SOCIAL MEDIA

7 de julho de 2016

Fuja, Coelhinho, Fuja | Barbara Mitchelhill

Título Original: 
Run, Rabbit, Run
Autora: Barbara Mitchelhill
Páginas: 236
Tradução: Luiz Antônio Aguiar
Editora: Biruta
Compre aqui

O que mais me interessou nesse livro foi o fato de se passar na Segunda Guerra Mundial e eu costumo simplesmente amar histórias que se passam nessa época por causa da carga dramática, que é gigantesca. Depois de pesquisar um pouquinho, descobri que, apesar de os personagens serem de criação da autora, os acontecimentos contidos no livro foram baseados em fatos reais. Como não ficar curiosa?

Lizzie, de apenas 11 anos, mora em uma cidadezinha chamada Rochdale com seu irmãozinho mais novo, Freddie, e seu pai. A mãe das crianças, infelizmente, foi morta em um bombardeio e é justamente esse fato que faz de William um pacifista, ou seja, ele acredita que uma guerra não é a melhor solução e se recusa a matar seus iguais. Sendo assim, ele tinha apenas duas escolhas: ou deixava os filhos sozinho e ia para a prisão ou fugia para longe para tentar manter unida o que restou da sua família. Sendo assim, com a ajuda de alguns amigos, Willian consegue chegar são em salvo em Whiteway, uma cidadezinha praticamente isolada da guerra, mas é claro que os problemas não demoram para aparecer. 

O livro é narrado em primeira pessoa, sob a perspectiva de Lizzie. Geralmente eu gosto muito de livros narrados por crianças, porque acaba dando um tom de serenidade para história, mesmo quando um tema pesado, como a Segunda Guerra Mundial, é o centro do livro. O mais incrível é que mesmo tudo sendo contado por apenas um personagem, consegui perceber um pouco o que os outros personagens sentiam e pensavam, e achei isso fantástico!

Fuja, Coelhinho, fuja, coelhinho, fuja, fuja, fuja.
BANGUE, BANGUE
BANGUE, BANGUE
faz a espingarda do fazendeiro.
Fuja, Coelhinho, fuja, coelhinho, fuja, fuja, fuja.
Fuja, Coelhinho, fuja, coelhinho, fuja, fuja, fuja.
Não dê essa alegria ao fazendeiro, não, não, não.
Ele vai Passar muito bem sem sua torta de coelho
Então fuja, Coelhinho, fuja, coelhinho, fuja, fuja, fuja.

A narrativa é muito fluida, rápida e interessante, característica de infanto-juvenis. Infelizmente não consegui me conectar muito com a história e, sinceramente, não sei o porquê. Sou uma mocinha muito emotiva, choro por qualquer coisa, e até me assustei por não ter me emocionado com a história de Lizzie. Para falar a verdade achei os acontecimentos muito previsíveis e superficiais, sem contar que não teve aquele clímax que estamos acostumados a ver em livros do gênero. É claro que é bastante comovente ver como famílias podem ser destruídas e separadas por causa da guerra e as outras atrocidades que acontecem, mas eu simplesmente não fui pegada pelo coração. 

Acho que eu estava mais acostumada com um lado mais pesado da Guerra, em que os protagonistas eram judeus e sofriam coisas que a gente não consegue nem imaginar como seria. Nunca tinha lido um livro do gênero, mas com personagens que sofrem por serem contra - deixando claro que ser contra à Guerra, naquela época, era sinal de covardia, mas eu acho totalmente o contrário, já que é preciso ser corajoso até demais para lidar com as consequências dos seus ideais. Enfim, o que eu estou tentando dizer é que os protagonistas de Fuja, Coelhinho, Fuja sofreram, sim, mas não tanto quanto os judeus sofreram, acho que por isso não consegui achar "demais".

Creio que o maior mérito do livro, para mim, foi a edição, que está impecável. Não que o livro seja ruim, mas acho que a diagramação se destacou mais que a história em si. 

9 comentários :

  1. Olá Ana!
    Pensei que o livro seria mais empolgante, já li vários livros com o tema da Segunda Guerra Mundial que me emocionaram muito, mas este deixou mesmo a desejar, você esta certa sobre o fato de não mostrar tanto sofrimento comparado com outros que se basearam nos judeus e seus campos de concentração.

    ResponderExcluir
  2. É a primeira vez que eu descubro sobre desse livro e já me interessei por simplesmente ter como tema a Segunda Guerra Mundial kk também gosto muito quando o livro é narrado por uma criança,é diferente e sempre super interessante ler sobre a perspectiva dela.Poxa que pena que você não achou o livro tão envolvente,mas vou tentar ler e ver se tenho a mesma opinião.Ótima resenha,bjss!

    ResponderExcluir
  3. Olá!
    Gosto de livros com a temática sobre a guerra e esse me interessou, mas acredito que seja para um publico mais jovem, por ser previsível e com pouca profundidade. Ainda estou considerando se leio ou não. Dica anotada!
    http://colecionandoromances.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. Olá! Que título curioso o desse livro, heim? Se passando na Segunda Guerra, é um ótimo candidato à minha lista de leitura, pois adoro livros desse tema! Ao ler sua resenha, principalmente pelo fato de se tratar da narrativa de uma criança e se passar na guerra, me lembrei do "Fique onde está e então corra". Se você ainda não leu, fica a indicação para quando puder. Que pena não ter conseguido se conectar e se emocionar tanto com a história, provavelmente é porque realmente o sofrimento em outros livros supera a narrativa em si.

    Beijos!

    Karla Samira
    http://pacoteliterario.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  5. OI!

    Pena que você não gostou, livros da segunda guerra mundial também me atraem, adoro. Principalmente quando os acontecimentos são verídicos, toda essa realidade me sucumbir para dentro desse mundo único. Não gostei muito da capa e não compreendi o título, tudo muito singular, enfim, obrigada pela dica. Beijos!!!

    ResponderExcluir
  6. O titulo me chamou atenção, juro que pensava que era uma livro infantil bem daqueles bobos, mas ao ler sua resenha vi que não. Parece ser um bom livro sim, pena que vc não se achou nele, entendo vc perfeitamente as vezes acontece isso mesmo, Parabéns pela resenha e pela sinceridade

    ResponderExcluir
  7. Oi Ana, sua linda, tudo bem?
    Que pena que não conseguiu se envolver tanto assim com o livro. Eu gosto muito de histórias com o contexto da guerra. Talvez, pelo público alvo ser mais jovem, a autora tenha dado leveza ao seu texto. Mas gostei da mensagem do livro, por isso vou anotar a dica. Gostei muito da sua sinceridade, sua resenha ficou ótima!!!
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  8. Oi Ana!

    Bem a edição da Biruta é uma beleza a parte, adoro o trabalgo gráfico deles. Uma pena que a hisyória em si não tenha sido tão comovente, compreendo bem isso, por mais que a leitura seja boa, não temos conectividade com o enredo. A sua resenha me deixou pensando se este é um livro se irá me agradar, mas acredito que o melhor é ler e tirar minha conclusões. Enfim, gostei muito de sua opinião a respeito de Fuja, coelhinho, Fuja.

    ResponderExcluir
  9. Oi, ana. Só de ler a sinopse do livro, já gostei. Me lembrou um pouco de O menino do pijama listrado, um dos meus livros favoritos. Pois, tem a caraga dramática e é narrado por uma criança. Gostei da sua resenha e já quero ler esse livro! <3 Bi que você faz um adendo para a diagramação,adoro ver a criatividade dos editores em bolar as diagramações. Boa dica!

    Http://PorreDeLivros.blogspot.com

    ResponderExcluir