A Central da Morte está prestes a ser lançada. Esse serviço será capaz de informar a seus usuários que eles irão morrer nas próximas 24 horas. As pessoas decidem se reunir na Time Square para conferir o lançamento e é lá onde Orion Pagan e Valentino Prince se conhecem, cada um deles com seus motivos para querer que o serviço seja real. A conexão entre os garotos é instantânea, mas, à meia-noite a Central da Morte liga para um deles anunciando que em 24 horas horas sua vida chegará ao fim.
Lembro bem quando esse livro foi divulgado... Eu já tinha lido Os Dois Morrem no Final, que na época causou um reboliço danado ao apresentar as últimas 24 horas de vida de Mateo Torrez e Rufus Emeterio, muitos anos depois do lançamento da Central da Morte. Sem dúvidas foi uma leitura muito boa, mas que não me tocou tanto o quanto eu esperava, não tanto quanto outros livros do autor que eu já havia lido. Então, não fui com muita sede ao pote na leitura desse livro.
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✦ Resenha: Os Dois Morrem no Final
Não vou negar, eu gosto muito da escrita do Adam Silvera, gosto da forma como ele desenvolve os seus personagens e história. Mesmo quando o livro não é cinco estrelas para mim, a leitura é sempre muito gostosa e fluida, ainda que os leitores vivam em apreensão sem saber a que momento o autor pretende quebrar nosso coração em mil pedacinhos com os acontecimentos de seus livros.
É de partir o coração perceber como viver custa caro quando se está sempre morrendo.
Por mais que apresente semelhanças com Os Dois Morrem no Final, afinal, se passam no mesmo Universo, não se enganem: essa história é completamente diferente, com novas histórias de vida inspiradoras e novas discussões igualmente representativas.
Eu criei uma conexão muito gostosa com os protagonistas desse livro. Orion e Valentino são personagens que vou pensar por muito tempo. Orion já passou por tantas coisas na vida dele, tantas perdas e tantas dificuldades, mas ele se mostra um personagem extremamente vivo, que emana uma energia boa. Já Valentino é aquele personagem que a gente gosta de cara. Também teve suas dificuldades na vida, mas não se deixa abater, segue em frente é corajoso, altruísta e humilde, sempre correndo atrás de seus sonhos. Adam Silvera também reserva partes do livro para nos apresentar novos personagens para nos apegarmos, é claro.
A vida não deveria estar prestes a acabar para alguém começar a viver.
O Primeiro a Morrer no Final me surpreendeu, não vou mentir. Como disse, eu adorei os protagonistas, mas indo além disso, eu adorei a forma como o Adam desenvolveu a criação da Central da Morte. Ele foi muito certeiro nessa prequel, porque não fica com sensação de desnecessária, o sentimento é que ela acrescenta e muito ao universo. Também temos a presença de Rufus e Mateo no livro, temos uma pequena amostra do passado dos garotos e não vou mentir isso mexeu comigo, tendo em vista o que esperar deles no futuro.
A leitura me pegou muito desprevenido porque eu não esperava muito dela e a finalizei chorando de soluçar, tinha muito tempo que eu não me sentia tão conectado a uma história e personagens a ponto de me fazer chorar tanto. Eu me rendi por completo a esse livro, sem dúvidas O Primeiro a Morrer no Final se tornou o meu livro favorito do Adam Silvera.