Na trama, temos como protagonista a jovem Liz Buxbaum, que está no último ano do ensino médio e sonha em viver um amor digno das comédias românticas. Ela é muito fã desse tipo de filme porque sua mãe a ensinou a gostar deles quando ainda era viva. As duas se juntavam para maratoná-los e, de certa forma, Liz sente que esses filmes mantêm a memória da mãe mais forte dentro dela. É claro que viver um romance igual aos das telinhas seria perfeito, porque não era isso o que a mãe esperava dela?
A oportunidade perfeita surge quando Michael Young, o crush da infância de Liz, simplesmente resurge das cinzas após dez anos morando fora. Quando eles se esbarraram no corredor da escola, Liz sente que o Universo está mandando uma mensagem para ela: os dois nasceram para ficar juntos. O plano era fazer com que Michael a convidasse para o baile de formatura e, se para isso ela precisasse implorar pela ajuda de Wes, seu vizinho insuportável que era amigo próximo do seu par perfeito, ela o faria.
Como puderam perceber, o enredo não tem muito segredo e desde o início sabemos o que vai acontecer com os personagens. E eu amo esse tipo de história, que mesmo sabendo o desfecho, acompanhamos o desenrolar porque é gostosinho. O romance realmente é muito fofinho e sinceramente, quem é Michael na fila do pão perto do Wes? A minha grande questão com esse livro foi a protagonista e os dilemas dela.
Tudo bem, eu sei que não é justo eu esperar problemas muito elaborados de um livro adolescente... Mas acho que, aos 17 ou 18 anos, não somos mais crianças. A gente já tem que ter maturidade o suficiente para conseguir lidar com algumas situações sem magoar as pessoas ao nosso redor. Liz, muitas vezes, tem comportamentos muito infantis e imaturos para uma adolescente da idade dela. Vou dar exemplos, mas para isso precisarei dar alguns spoilers leves, então sugiro que pulem o próximos dois parágrafos caso queiram manter a surpresa da leitura.
Como eu falei no início da resenha, Liz perdeu a mãe. Como ela era muito novinha quando aconteceu, ela morre de medo de esquecer a imagem dela. A questão é que Liz tem uma madrasta, uma mulher muito legal, que não consegue se aproximar dela porque a garota sente que está traindo a memória da mãe. Em momento algum sinto que a Helena quer roubar esse posto, só quer fazer parte da vida da Liz, mas em 90% das interações que elas têm a protagonista está sendo babaca ou tendo pensamentos babacas. Realmente, eu não consigo imaginar o que é perder a figura materna, mas poxa, agir como uma garotinha de 10 anos é demais para mim. Esse foi o ponto que mais me incomodou. Só que ao mesmo tempo não consigo compreender os sentimentos dela porque mainha, graças a Deus, está comigo. Não compreendo esse luto e não sei como lidaria com essa questão, mas não acho palpável esse tipo de comportamento em uma pessoa quase adulta.
Além disso, a postura da Liz com a melhor amiga é bem estranha. Como assim essa é sua amiga mais próxima, talvez a única que você tem, e você mente para ela ininterruptamente? E se você está mentindo porque não quer ouvir algumas verdades, é porque sabe que o que está fazendo não é muito legal, sabem? Não gostei nada dessa atitude da protagonista, até porque, ao meu ver, eram mentiras sem sentido que iam trazer um conflito futuro totalmente desnecessário. Sou do time que conversar e ser sincera é sempre o melhor caminho.
Em contrapartida, eu gostei muito da interação entre Liz e Wes. Primeiro porque de todos os clichês românticos, o que eu mais gosto é romance de mentira — não pela mentira, obviamente, mas pelo desenvolvimento dos personagens que começam não se gostando muito e, com a convivência, percebem que são ótimos juntos —, e segundo porque o Wes é um príncipe. Mesmo com algumas atitudes duvidosas da Liz, ele continou fofo e respeitoso.
Agora, Melhor do Que Nos Filmes é uma bela reflexão de como idealizamos nossos relacionamentos, principalmente quando somos jovens. De fato sonhamos com os maiores clichês do mundo, né? Falo por experiência própria, já que sou da época em que todas as garotas hétero/bi queriam namorar o Edward Cullen — e a Bella, é claro. Por isso gostei do processo da Liz de perceber que se as pessoas não são perfeitas, os romances são menos perfeitos ainda.
Voltando para o questionamento que introduzi no primeiro parágrafo... Sinto que estou ficando um pouco velha para esse gênero literário, no fim das contas — e não é muito clichê da minha parte dizer isso? Já não me identifico mais com as questões juvenis, então muitas vezes acabo achando a trama um pouco maçante e os personagens meio insossos... Mas tenho consciência que não é culpa do livro ou mesmo dos personagens, afinal, que adolescente não é chato?
Assim, se você gosta de comédias românticas como 10 Coisas que Eu Odeio em Você, O Casamento do Meu Melhor Amigo e O Amor Não Tira Férias, gosta de se deparar com esse tipo de referência — inclusive de trilhas sonoras! — em livros, e não se importa com questões superficiais de adolescentes ou pelo menos consegue relevá-las por entender que são problemas da faixa etária, Melhor do Que Nos Filmes é a pedida perfeita para você.
Olá! Também gosto muito desses enredos, cheios de clichês, mas confesso que algumas vezes a imaturidade dos personagens me desanima um pouco, ainda assim, estou curiosa para conhecer o livro, que tem essa capa super fofa.
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirQuando vi esse livro no Instagram e comentários positivos sobre ele ,eu fiquei com vontade de ler mas não sabia que a personagem é adolescente. .Passou a vontade de ler . Não curto romances com adolescentes.
Ótima resenha como sempre!!!!
Fico me questionando se eu ainda gosto de romances com personagens adolescentes, viu? rs
ExcluirOi!
ResponderExcluirMesmo tendo adorado a premissa desse livro (adoro os filmes mencionados), ele não foi parar na minha wishlist por eu estar com o mesmo dilema: livros ya não andam funcionando muito mais comigo e ando procurando os clichês que gosto em livros para o público adulto mesmo.
Estou na mesma, mas acho que tô insistindo porque eu sempre amei YA, sabe? kkkkkkkkkkkkk
ExcluirSou assim também, Ana, amo comédias românticas bem clichês! E sei que vou amar Melhor do que nos filmes.
ResponderExcluirEspero ter uma experiência melhor com Liz do que você.
Sinto que Wes vai conquistar o meu coração
Eu acredito que nossos gostos literários vão de certa forma amadurecendo com o tempo,mas asa vezes é tão bom se desligar disso e simplesmente se jogar em um livro com nada a acrescentar, exceto a diversão rs
ResponderExcluirE pelo que li acima, esse livro é bem isso, a diversão aliada a temas necessários, mas trazidos de forma leve, o que deixa tudo mais fluído e gostoso.
Com certeza vai pra listinha de desejados!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Ana!
ResponderExcluirEstou como você: abusada com os romances adolescente, o que não quer dizer que vez por outra, ler um, pode aliviar as leituras mais pesadas, não é?
Acho que estou mesmo ficando velho (5.8) e sem muita paciência para as controvérsias adolescentes.
cheirinhos
Rudy
Eu acho que como fases que gostamos muitos de ler um genero as vezes tem a que cansamos dele por um tempo, o que nao quer dizer que n funcione mais pra mim. Normal de leitura.
ResponderExcluirTo bem curiosa em ler esse livro, adoro ler comedia romantica, bem mais do que as assistir rs...e espero conseguir ler ele em breve.
O título desse livro que me chamou bastante atenção, além dos comentários na página da editora. Gostei de ler uma resenha sobre ele.
ResponderExcluirOieee,
ResponderExcluirAmigaaa, esse é uns dos romances que to louca pra ler... parece ser bem clichêzinho, do jeitinho que gosto..
Lembro de você reclamar nos storys sobre ele. kkkkkkk
Eu tenho certeza que você vai amar, amiga kkkkkkkkkk
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