9 de junho de 2025
Romantasia: a nova obsessão da comunidade literária
9 de maio de 2025
Tudo que eu aprendi atendendo mulheres ansiosas
Oii meninas. Tudo bem?
Eu me chamo Priscila Gatti, sou psicóloga e resenhista aqui do blog desde 2017. Se vocês acompanham o bloguinho, vocês já devem ter visto algumas resenhas minhas por aqui. Inclusive, já resenhei alguns livros de Psicologia.
Mas hoje eu vim divulgar o meu livro. Eu acabei de lançar um e-book onde eu compartilho tudo que eu aprendi atendendo mulheres ansiosas ao longo de 8 anos de Psicologia Clínica. Eu sou uma mulher ansiosa que atende mulheres ansiosas e, ao longo dos anos, aprendi muito sobre a nossa ansiedade.
Você já se sentiu sobrecarregada mesmo quando tudo parecia “em ordem”? Já teve a sensação de que, não importa o quanto se esforce, nunca é suficiente? Já percebeu que sua mente parece nunca parar, como se estivesse sempre tentando antecipar problemas, resolver pendências, agradar todo mundo? Já se sentiu travada frente a tantas demandas e preocupações? Ou já sentiu dificuldade em ficar parada tamanha inquietação causada pela ansiedade?
Tudo isso pode ser ansiedade, em diferentes formas de manifestação. Porque ansiedade não é só aquele nervosismo antes de uma prova ou reunião importante.
E vocês sabiam que mulheres tem quase o dobro de chance de desenvolver transtornos de ansiedade em relação aos homens? No meu e-book, eu exploro os porquês disso, incluindo causas como: pressão social e estética, violência de gênero, jornada dupla, entre outros fatores.
Ao longo desses 8 anos atendendo mulheres, eu identifiquei 6 perfis de mulheres ansiosas e, no meu e-book, eu explico cada um desses perfis e proponho técnicas e estratégias para cada tipo. São mais de 40 técnicas.
Se quiserem saber mais ou tiverem interesse em adquirir, me encontrem no Instagram: @psicologapriscilagatti
Espero vocês lá. 💛
3 de janeiro de 2025
"Eu disse que ele viria, nasceu..."
E eu nem sabia como seria
Alguém prevenia
Filho é pro mundo
Não, o meu é meu
Sentia a necessidade de ter algo na vida
Buscava o amor das coisas desejadas
Então pensei que amaria muito mais
Alguém que saiu de dentro de mim e mais nada
Me sentia como a terra: Sagrada
— Mãe, Emicida
13 de novembro de 2024
Quatro celebridades que seriam capazes de desvendar os mistérios de Murdle, de G. T. Karber
Murdle, publicado pela Intrínseca, é um livro que contém 100 casos misteriosos de assassinato que exigem capacidade lógica e dedutiva para serem decifrados. Nesse divertido quebra-cabeça, o leitor (e detetive amador) precisa responder algumas questões como "Quem cometeu o assassinato?", "Com qual arma ou ferramenta?" e "Onde aconteceu o crime?".
Aqui no blog, já existe um post com quatro personagens fictícios que se sairiam bem desvendando A Mandíbula de Caim, outro livro-enigma publicado pela Intrínseca. Agora, nesse post, eu vou falar sobre quatro personalidades reais que eu acredito que teriam a habilidade lógica necessária para decifrar os 100 enigmas de Murdle.
E a primeira pessoa que me vem à mente é a Natalie Portman que, além de ser uma atriz incrível, é formada em Psicologia por Harvard. A gata tem profundo interesse pela mente e pelo comportamento humano e certamente saberia analisar os mistérios de Murdle e decifrar os enigmas. Fora que ela já foi treinada por um assassino profissional no filme O Profissional, de 1994 kkkkk'
Mayum Bialik, a Amy de The Big Bang Theory, não é inteligente só na ficção. A atriz, assim como sua personagem, é doutora em neurociência, ama estudar a mente humana e compartilhar conhecimento científico. Seu interesse por esses assuntos e sua longa formação acadêmica certamente fariam dela uma ótima escolha para desvendar os mistérios de Murdle.
Murdle, que já está em seu volume 2 aqui no Brasil, foi baseado em um jogo on-line que virou febre mundial. Todos os dias o autor lança um novo desafio no site (https://murdle.com/, para quem quiser brincar também). Particularmente, adoro a ideia desse passatempo no papel. Enfim, quem mais vocês acham que topariam desvendar esses desafios?
19 de fevereiro de 2024
Heartstopper, saúde mental e rede de apoio
Oseman sempre me surpreende com seu domínio sobre temas de saúde mental. É evidente que a autora toma todos os cuidados necessários na hora de elaborar suas históricas. No entanto, seu maior trunfo é mostrar, de forma simples e acessível, o valor da rede de apoio. Basta lembrar que Elle descreve sua pintura que retrata seu grupo de amigos como um lugar seguro. A rede de apoio nada mais é do que ter pessoas em quem você confia e que sabe que poderá contar com elas se precisar. Redes de apoio reduzem as chances de tentativa de suicídio, por exemplo, mas não apenas isso: redes de apoio aumentam a eficácia de tratamentos psicológicos e psiquiátricos. Esse suporte no tratamento também pode ser observado em Heartstopper: quando Charlie é internado, quando Nick está lidando com se abrir para seus familiares e amigos a respeito de sua sexualidade ou quando Elle passou pela transição (momento que não é mostrado na série, mas que é muito comentado pelos personagens).
Uma rede de apoio sólida tem o poder de reduzir as chances de desenvolver um transtorno mental e melhorar e acelerar o tratamento. E quem não gostaria de ter o grupo de amigos retratado em Hearstopper, né?! Só de assistir e ler a gente já se sente acolhido e parte de algo maior. Me alegra saber que são obras assim que os jovens estão lendo, que mostram relações saudáveis, diversidade e aborda temas importantes.
24 de junho de 2023
TUDUM 2023
Lógico que eu precisava dar aquela conferida e trazer um post cheio de fotos e informações do festival da Netflix, um evento brasileiro gratuito que se tornou mundialmente famoso por trazer atores internacionais, novidades, ativações e conteúdos incríveis das séries que a gente mais gosta.
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Já começa lindo pela fachada! |
Falando assim parece até publi, mas vou contar a verdade sobre o festival. A primeira coisa é que os ingressos foram distribuídos pelo Sympla de forma gratuita, e isso gerou fraude. Cada pessoa poderia retirar um ingresso por CPF, até três ingressos por conta, mas vimos muitas pessoas vendendo esses ingressos, o que é ilegal e gerou confusão, claro.
Depois que, mesmo com ingresso você não tinha a garantia de entrada no evento. Como assim? O pavilhão estava sujeito à lotação, e quando isso acontece, só entra uma pessoa quando outra sair e assim por diante. Mas como tinha muita coisa pra fazer e o evento acontecia das 12h até as 21h, a gente sabia que as pessoas não sairiam dali rapidinho. Prevendo um caos no sábado, a gente chegou as 8h30 da manhã kkkk e valeu a pena! Então vou contar tudo que a gente conseguiu fazer e estandes que não tivemos coragem de chegar perto.
Já chegamos ganhando o copo do festival. Lá tinha bebedouro disponível e pipoca grátis sempre que você quisesse, o que eu achei incrível (e é algo que já tinha em 2020 e eles mantiveram).
Assim que entramos fomos direto para o segundo andar. A ideia era fazer ou agendar as coisas mais concorridas assim que a gente entrasse e eram lá que estavam todas elas. Sabíamos que depois seria impossível chegar perto de algumas atrações, mesmo com agendamento. E eu estava certa, a fila depois ficou ridícula, em todas elas!
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Todos os brindes que pegamos nos estantes: posters, bottons e rolou até cervejinha! |
Então de primeira fomos para Heartstopper. O quarto do Charlie estava sem fila, assim como o fliperama, então entramos direto. Eles deixavam a gente subir na cama, mexer na bateria, nos livros, nas roupas. Simplesmente perfeito, quartinho de milhões. Já no fliperama a gente podia jogar na garrinha pra conseguir um donut igual na série! Não tive sorte no donut, mas ganhamos um bottom. Aliás! Todos os estandes tinham brindes, seja bottom, poster, pin!
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É óbvio que não ia deixar de tirar uma fotinha no quarto do Charlie, protagonista de Heartstopper, uma das minhas séries preferidas da atualidade |
Depois fomos para o Koreatown, que tinha vários cenários de muitos dramas, além de uma área de alimentação com comida coreana. All of Us Are Dead, A Advogada Extraordinária, Round 6... Sim, você podia jogar Batatinha Frita 1, 2, 3, cabo de guerra, tirar fotos nos cenários, em cabines, enfim! Muito fofo. Eu não sou uma pessoa que curte muito drama, mas faz parte do meu trabalho (pra quem não sabe, eu trabalho com eventos de cultura coreana aqui em SP também ), então foi muito gratificante ver esse espaço lindo.
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A entrada pro Koreatown, com várias atrações muito legais! |
Aí seguimos para o espaço do Cobra Kai. Esse foi INCRÍVEL! Eu tava meio assim de entrar no espaço por pura vergonha haha mas as pessoas que estavam trabalhando ali eram muito fofas e acolhedoras. Eu não tirei foto pois era um estande totalmente imersivo, mas vou deixar meu vídeo aqui para vocês verem um pedacinho da experiência. Você podia pintar a cerquinha do senhor Miyagi, entrar no Miyagi-Do e fazer um teste de equilíbrio, bater muito nos bobs (os bonecos que são utilizados para praticar luta em academia) no Cobra Kai e no Presas de Águia a gente não chegou a entrar pois estávamos atrasadas para... Wandinha!
Esse foi o primeiro agendamento que eu fiz correndo, já sabendo que iria lotar. A área contava com o pátio da escola Nevermore, a pista de dança do baile (em que você podia fazer a dancinha da Wandinha com staffs muito queridos e talentosos), o quarto da Enid e Wandinha e também a parte escondida, que só era liberada se você estralasse os dedinhos. Lá o atelier do Xavier aparecia, cheio dos desenhos dele. Do lado de fora do quarto uma atriz caracterizada de Wandinha tocava violoncelo, e logo do lado tinha até a moto do Tio Chico, com o próprio, para mais momentos de fotos. Nesse eu entrei sozinha e uma das Wandinhas me ajudou tirando as fotos, depois de eu ter prometido que ela poderia me torturar kkkk gente, esse foi perfeito!
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Detalhes do quarto da Enid e da Wandinha |
Entramos no estande da Bud Zero que tinha degustação e espaço de atrações de Round 6 e Sintonia. Aliás, esse espaço só era acessível para maiores de 18 anos, e era muito legal! Infelizmente só fiz videozinho dele também, pois foi tudo rapidinho. Ganhamos duas Buds temáticas das duas séries numa sacolinha fofíssima.
Fomos ainda no quarto da Aimee de Sex Education. Tinha o cenário do posto (aquele, daquele momento esperado, que não vou dar spoilers), mas acabamos não entrando, por causa da fila. Depois passamos no corredor dos armários de Eu Nunca (#TeamBen) e subimos novamente para ir andar no roller de Stranger Things. Desse eu não tenho foto, só vídeozinho, mas logo atrás tinha o cenário do cemitério, em que a gente podia escontrar a Max, e lápides um tanto quanto emocionantes. Quem viveu sabe!
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Cenários de quarto dos personagens pisam demais! Esse aqui é o da Aimee, de Sex Education. Que saudade dessa série, gente! |
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Com licença, só dou moral para quem é #TeamBen, beijos. |
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O cenário do cemitério de Stranger Things. Adorei tirar essas fotos! |
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Fotinho na carruagem Bridgerton pois impossível não pensar na Ana, né? |
Num geral posso dizer que foi um eventão incrível. Isso que nem falei das atrações internacionais que estiveram aqui como Henry Cavill, Gal Gadot, Chris Hemsworth, Maitreyi Ramakrishnan, India Amarteifio, Corey Mylchreest e Nicola Coughlan, entre muitos outros!
Apesar do frio e das filas, é um evento que curto muito e pretendo voltar sempre que possível. E aí, você foi no Tudum também? O que mais gostou e o que mais sentiu falta no evento?
20 de dezembro de 2022
Cenas de Vermelho, Branco e Sangue Azul que espero ver na adaptação
Já faz um tempinho desde que Vermelho, Branco e Sangue Azul foi lançado aqui no Brasil, acredito que no fim de 2019. Como a Sil leu e escreveu resenha, nunca imaginei que eu fosse ler. Quer dizer, tenho esse "problema", raramente leio livros que as colunistas do Roendo Livros leram e falaram sobre por aqui. Mas acontece que anunciaram recentemente que as gravações da adaptação foram finalizadas, e foi aí que comecei a ficar curiosa...
Resumidamente, o livro retrata o romance entre Alex Claremont-Diaz, filho da presidenta dos Estados Unidos, e o príncipe Henry de Gales, da Família Real Britânica. Logo no início da narrativa há um confusão durante um casamento real envolvendo os personagens, que são obrigados a conviver para evitar uma crise diplomática. A partir de então, eles precisam convencer as pessoas de que são muito próximos, até que se tornam próximos de fato, rs.
Quem me acompanha nas redes sociais sabe que eu gostei do livro, mas com ressalvas. Esperava um pouco mais do romance no quesito desenvolvimento. Pegação é deveras importante, não vou negar, mas também gosto da parte "espiritual" da coisa, digamos assim. Então senti que a narrativa ficou um pouco repetitiva por causa disso e por causa das partes políticas. Além disso, me incomodei um pouco com o nome do príncipe, que é o mesmo do príncipe Henry de verdade, então não consegui desassociar essa imagem e isso acabou me atrapalhando um pouco.
Ainda assim, não vejo a hora de ver o filme, porque a história tem um potencial cinematográfico gigantesco! Parte disso se dá pelo clichê com um casal formado por dois mocinhos, que infelizmente estamos acostumados a ver unicamente com casais heterossexuais. Então, acredito que Vermelho, Branco e Sangue Azul é super importante para a comunidade LGBTQIAP+, e ter uma adaptação da obra é uma vitória tremenda pra gente.
A adaptação está sendo desenvolvida pela Amazon Studios, com Nicholas Galitzine no papel de Henry e Taylor Zakhar Perez como Alex. A autora, Casey McQuiston, comentou durante a Flipop 2022 que leu o roteiro do longa e acompanhou as filmagens na Inglaterra, então estou esperançosa de que minhas cenas preferidas estarão na adaptação — voltarei nessa publicação posteriormente para conferir minhas apostas. Ah, a partir daqui teremos vários spoilers do livro, então aconselho a lerem depois que finalizarem a leitura.
1. Primeiro beijo na Casa Branca
Obviamente não poderia elencar outra cena, mores, porque esse primeiro beijo demora um pouquinho para acontecer — mas depois que aconte, meus amigos... Não falo mais nada. Alex e Henry começam a história meio que como rivais, mas vão se apaixonando aos pouquinhos durante a convivência forçada. O beijo rola durante uma festa de ano novo na Casa Branca, enquanto eles conversavam no jardim. Acredito que todos os fãs estão louquíssimos pra ver essa pegação, né? E boto fé demais que vai rolar, porque o perfil oficial do filme no Twitter divulgou uma imagem muito suspeita, rs.
No thoughts, just a tree. pic.twitter.com/Pj3A6GjPtO
— Red, White & Royal Blue on Prime (@RWRBonPrime) August 29, 2022
2. —Alex? — a voz arranhada e perplexa de Henry do outro lado da linha. — Você me ligou às três da madrugada para me fazer escutar um peru?
Sinceramente, se não tiver essa cena icônica eu desisto, sabem? Juro para vocês que é a primeira coisa que vem na minha cabeça quando penso em Vermelho, Branco e Sangue Azul, antes mesmo do "History, huh? Bet we could make some", que eu também espero que esteja na adaptação de alguma forma.
3. Feriado no Texas
A Casey McQuiston falou durante a Flipop que tiveram gravações no Texas, mas não contou pra gente exatamente o que foi gravado lá. Claro que pode ser alguma coisa envolvendo as eleições, flashbacks e tudo mais, mas espero sinceramente que seja o feriado na antiga casa da família Claremont-Diaz, porque uma das minhas cenas preferidas acontece nessa viagem, que é o quase "eu te amo" no lago.
Além disso, é claro, mal posso esperar para ver como a bissexualidade do Alex vai ser retratada no filme. É um ponto muito importante para mim, porque diferentemente do Alex, eu me entendi bissexual bem mais nova, na casa dos 18, mas talvez a realidade do protagonista seja parecida com a de muitos jovens por aí.
Não vou mentir para vocês que o que me inspirou nesse post foi a nova edição de colecionador de Vermelho, Branco e Sangue Azul lançada recentemente pela Editora Seguinte, que tá a coisa mais maravilhosa desse mundo. Não é só uma edição de capa dura com desing diferente: tem guardas com ilustrações das nossas cenas preferidas, laterais coloridas, e, por Deus, um capítulo inédito narrado pelo ponto de vista de Henry.
A edição de colecionador já está disponível para compra na Amazon, então se você ainda não leu ou é simplesmente muito fã, adquira essa belezura pelo amor de Deus! Só lembrando que esse livro não é indicado para menores de 16 anos, porque contêm cenas bem quentes entre os protagonistas, hein? Agora me contem aqui nos comentários: o que vocês esperam encontrar na adaptação de Vermelho, Branco e Sangue Azul?
29 de outubro de 2022
Conheça Christophe Chabouté
Esse post é para te apresentar um dos meus autores favoritos. Caso você ainda não o conheça, Christophe Chabouté é um quadrinista francês publicado no Brasil pela editora Pipoca & Nanquim.
Meu primeiro contato com esse artista foi em 2018. Ao decidir fazer a leitura do clássico Moby Dick, eu descobri que existia uma HQ que adaptava a história de Herman Melville e decidi fazer a leitura de ambos, romance e história em quadrinhos. A experiência foi maravilhosa, pois a HQ ilustrava muito bem não só a história, mas as emoções, os mistérios e os anseios dos personagens. Desde esse primeiro contato, eu fiquei impressionada com as habilidades do quadrinista.
Depois disso, a Pipoca & Nanquim publicou Um Pedaço de Madeira e Aço. E foi aqui que eu me rendi, pois descobri que além de ótimo artista e quadrinista, Chabouté é um excelente criador de histórias, principalmente por seu olhar cuidadoso e sua sensibilidade.
Um Pedaço de Madeira e Aço é a história de um banco de praça e de tudo o que ele viu (ou veria, se bancos de praça pudessem enxergar). Pessoas indo e vindo, àsvezes parando, estações mudando e o tempo passando. Tocante e singela, essa HQ nos faz pensar sobre a passagem do tempo e sobre tudo o que muda (e o que não muda também).
Em seguida, veio a minha favorita: Solitário, sobre um senhor que mora num farol. Essa HQ tem um plot twist no final que só pessoas sem coração não vão se emocionar. Fiz todo mundo que eu conheço ler essa HQ e não teve uma pessoa que não se emocionou.
Henri Desiré Landru foi o lançamento seguinte e conta a história real de um serial killer francês, demonstrando a capacidade que Chabouté tem de criar histórias de diferentes tipos, sejam roteiros originais, adaptados de outras histórias ou baseados em histórias reais.
Yellow Cab veio quase como lançamento simultâneo (arrasou Pipoca & Nanquim) em 2021 e traz aquele mesmo tom reflexivo sobre a vida que eu encontrei em Um Pedaço de Madeira e Aço, já que aqui o autor decide mostrar o dia a dia de um taxista e todas as histórias que passam por ele ao longo das corridas que ele faz. Yellow Cab é a adaptação de um livro autobiográfico.
Por fim, em 2022, a Pipoca & Nanquim trouxe Purgatório, HQ mais pedida pelos fãs do quadrinista no Brasil. E é fácil entender porque essa era a história mais pedida do autor. Como o próprio nome já diz, Purgatório nos apresenta o purgatório imaginado por Chabouté. Apenas sensacional.
O traço do Chabouté é super marcante e, pra quem conhece suas artes, é fácil reconhecer um quadrinho seu. Ao mesmo tempo que seu traço é bastante específico e identitário, suas histórias carregam muita versatilidade. Chabouté é capaz de falar sobre um assassino com a mesma maestria que é capaz de falar sobre um casal apaixonado.
Espero ter conseguido despertar em você a vontade de conhecer esse quadrinista (caso você já não conhecesse). Me conta: qual história mais te interessou? Ou, se você já conhece: qual a sua HQ favorita do Chabouté?
6 de julho de 2022
26º Bienal Internacional do Livro de São Paulo
A Expo Center Norte (que é onde o evento está acontecendo esse ano) abria suas portas às 10h e cheguei por lá uns 40 minutos depois disso. Nem acreditei no tamanho da fila de entrada, a essa altura dando a volta quase completa no quarteirão. Eu e minhas amigas ficamos duas horas nessa empreitada, rs. Sim gente, duas horas para entrar na Bienal. Essa parte foi bem confusa mesmo e parece que a logística não melhorou muito nos outros dias.
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Banheira no stand da Companhia das Letrinhas |
Dito isso, vou dar alguns conselhos para os que ainda irão para a Bienal, baseado na minha experiência e do que presenciei no primeiro dia do evento. Começando por onde encontrar livros com descontos bons, o maior conselho é: tenha paciência e procure entrar em vários stands antes de fazer a sua primeira compra. Um dos livros que eu queria na editora que o publica estava quase 20 dinheiros mais caro do que na Submarino, por isso foi importante olhar com calma. Aliás, a Submarino está com vários kits incríveis do King que vem com brindes muito legais, mas estavam sem o leitor de código de barras (assim você precisava perguntar para os atendentes o valor dos livros).
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Kit da Intrínseca veio com marcadores, bottons, kit de post it e essa ecobag de milhões. O túnel com os livros coloridos da Intrínseca é um dos cenários mais requisitados do evento! |
Os cenários e painéis para fotos provavelmente vão ter algumas filas mas elas andam rapidinho. Existem staffs disponíveis em alguns deles para tirarem as fotos, mas sempre tem uma pessoa que está ali fazendo o mesmo que você e que pode te ajudar.
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Eu, Mari e Tats no cenário da Buzz, que foi o maioral apenas haha |
Por último... Planejamento é tudo! Faça uma listinha de tudo que você deseja, em qual stand você gostaria de passar e se tem algum bate-papo que quer ver, isso ajuda muito. E tenha paciência, afinal, o evento é enorme e bem cheio.
No site da Bienal vocês encontram informações sobre a programação, mapa do evento, como chegar, como comprar ingressos e muito mais. No meu Insta deixei mais fotos da Bienal, das compras e brindes para os curiosos de plantão, além de um vídeozinho onde dei uma geral em tudo.
E aí, nos vemos na próxima Bienal do Livro?
16 de março de 2022
Não quero mais ler?
12 de maio de 2021
Ajude a financiar a edição de luxo do livro Viagem ao Centro da Terra, de Julio Verne
Quem me acompanha no Instagram sabe que fui convidada pelo Estúdio GGAC para ser curadora de um projeto muito especial: o desenvolvimento de uma edição de luxo mais que exclusiva do livro Viagem ao Centro da Terra, do escritor francês Julio Verne, considerado o pai da ficção científica.
O livro foi lançado pela primeira vez em 1864 e narra a expedição de um Geólogo & professor de Mineralogia, Otto Lidenbrock, e seu sobrinho Axel ao núcleo terrestre após desvendarem um código secreto encontrado em inscrições em ruínas antigas. Os protagonistas viajam através de vulcões e se deparam com situações inimagináveis até para nós, mortais do século XXI. É, realmente, uma obra com bastante embasamento científico e, ainda que conheçamos os diversos avanços da ciência, ainda é capaz de cativar e impressionar os leitores mais críticos.
Com o apoio dos leitores, o projeto ganhará vida, com direito a uma edição em capa dura, artes originais, diagramação especial, tradução autoral do original em francês e conteúdos extras. Além disso, você pode esperar muito conteúdo e brindes nas recompensas dos apoios que farão a sua leitura ser ainda mais imersiva e especial. Uma experiência que só essa edição poderá proporcionar.
Assim, a única forma encontrada de fazer esse projeto sair do papel é o famoso financiamento coletivo, que já está acontecendo na plataforma Catarse. Os interessados em tornar esse sonho possível podem realizar um apoio e receberão em casa, além do livro, é claro, recompensas únicas. Algumas dessa recompensas são limitadas a essa campanha, ou seja, nem todas elas poderão ser adquiridas posteriormente.
As recompensas são escolhidas de acordo com o valor de apoio e os brindes disponíveis em cada pacote, que vocês podem conferir detalhadamente clicando no link acima. E não se preocupem! Se o projeto não atingir a meta estipulada, todos os apoiadores receberão 100% do valor de volta. Só para instigar a curiosidade de vocês, eis alguns dos brindes disponíveis para os apoiadores:
Para não restar dúvidas sobre a qualidade da edição, os meninos do GGAC já liberaram um demonstrativo com alguns capítulos para vocês lerem: acessem o documento clicando aqui.
O GGAC é um estúdio criativo fundado em 2020 por jovens profissionais de
diversas áreas. Formado por mentes inquietas, o GGAC Estúdio Criativo
nasceu com o intuito de atender qualquer necessidade criativa e
artística. Viagem ao Centro da Terra é o segundo projeto lançado por eles, sendo o primeiro do selo ESSENCIAL GGAC, criado
pelo estúdio com o intuito de propagar livros clássicos e
revolucionários da literatura mundial em edições exclusivas.
9 de maio de 2021
A melhor mãe do mundo é a minha!
18 de agosto de 2020
Semana Especial Rick Riordan: Percy Jackson, Os Olimpianos & Eu
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Foto: Ana Gabriela |
- As Crônicas dos Kane, trilogia focada em mitologia egípcia;
- Magnus Chase e os Deuses de Asgard, trilogia que mitologia nórdica;
- Os Heróis do Olimpo, continuação de Percy Jackson, baseada na mitologia greco-romana e se passa seis meses após os acontecimentos de O Último Olimpiano;
- As Provações de Apolo, que retoma os acontecimentos do último livro da série Os Heróis do Olimpo. Com narração sob o ponto de vista de Apolo, conta as aventuras do deus que, após irritar Zeus, foi expulso do Olimpo, tornando-se um mero mortal.
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Arte por Viria |
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Arte por Viria |
11 de agosto de 2020
A Saga Crepúsculo e algumas das suas problemáticas

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Sinceramente esse GIF é T-U-D-O pra mim, nossa... |
Às vezes eu fico refletindo refletindo sobre o fato da Bella nunca ter tido escolha... Tipo, a partir do momento que ela conheceu o Edward, o destino dela meio que já estava traçado, né? Tudo passou a girar em torno dele e todas as decisões dela eram tomadas pensando num futuro onde ela se tornaria vampira para passar o resto da eternidade com ele. Ela nunca foi realmente livre e hoje eu enxergo isso e não desejo um amor tão pesado, sabem? Mesmo quando Edward vai embora pelo simples fato de ele sempre achar que sabe o que é melhor pra Bella, ela se manteve presa à ele... Não sei se vocês entendem o que eu quero dizer, mas enfim.

Acho que a minha resposta padrão para isso é que eu tenho consciência que essa história foi escrita em 2005 e naquela época a gente não falava sobre esses assuntos. E é verdade. Eu fico realmente feliz que hoje conseguimos ter consciência sobre certos comportamentos a ponto de refletirmos sobre eles. Então, sim, eu consigo enxergar todas essas coisas e várias outras — tipo o lance do imprinting ou o fato de praticamente não existir personagens negros em todos os livros da saga, fatos que podemos discutir aqui nos comentários — sem deixar de gostar de algo que foi e ainda é tão importante para mim. Reconhecer esses erros, aceitá-los e falar sobre eles com naturalidade é mil vezes melhor que criticar as pessoas que gostam da série, não é mesmo?