SOCIAL MEDIA

Mostrando postagens com marcador especial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador especial. Mostrar todas as postagens

9 de junho de 2025

Romantasia: a nova obsessão da comunidade literária


Romantasia, como o próprio nome indica, é a fusão entre romance e fantasia. Essa junção é crucial para a narrativa. Não se trata apenas de adicionar amor a uma história fantástica, mas de integrar os elementos de ambos, criando um subgênero que oferece o melhor de dois mundos. Leitores se perdem em universos mágicos, acompanhando histórias de amor profundas e complexas, tornando a leitura única e envolvente.

Embora a mistura de amor e sobrenatural não seja nova, a popularização e formalização da romantasia como gênero distinto são fenômenos recentes. Isso foi impulsionado por comunidades de leitores online e pela demanda por narrativas que ofereçam escapismo e emoção — muitas vezes figurando entre os melhores livros de fantasia para você ler quando o assunto é literatura envolvente e cativante. O gênero se consolidou com características e expectativas bem definidas.

Assim, é crucial diferenciar a romantasia da "fantasia romântica". Na fantasia romântica, o foco principal é a fantasia, com o romance secundário. Na romantasia, romance e fantasia compartilham o protagonismo, desenvolvidos com igual profundidade. A remoção de um comprometeria a história, pois ambos os pilares são interdependentes. 

A ascensão da romantasia

A romantasia reside na capacidade de oferecer uma fuga da realidade para mundos fantásticos, ao mesmo tempo em que satisfaz o desejo por narrativas focadas em relacionamentos e emoções humanas. Essa combinação única de elementos permite que os leitores se conectem com personagens complexos e torçam por seus desfechos românticos em cenários extraordinários, tornando o gênero altamente atrativo.


O sucesso da romantasia é impulsionado por fatores como as redes sociais, especialmente TikTok (BookTok) e Instagram. Essas plataformas divulgam e recomendam livros, criando comunidades de fãs que compartilham leituras e entusiasmo. A facilidade de acesso a informações e a formação de grupos de discussão online aumentam a visibilidade de novas obras e autores.

Embora estatísticas de vendas globais específicas sejam difíceis de isolar, a constante menção em artigos e o sucesso de títulos indicam a força da romantasia no mercado editorial. Especialistas preveem crescimento contínuo em 2025, solidificando o gênero como um dos mais vendidos e influentes. A demanda por histórias que equilibram aventura fantástica com paixão e romance continua a impulsionar a produção e o consumo de obras de romantasia, garantindo sua relevância.

Elementos essenciais da romantasia

As histórias se passam em universos com sistemas de magia complexos, criaturas fantásticas, diferentes raças e geografias elaboradas. Este cenário detalhado não é apenas um pano de fundo, mas interage diretamente com a trama romântica e as jornadas dos personagens. As regras da magia, dinâmicas políticas ou ameaças sobrenaturais podem criar obstáculos ou fornecer meios para o relacionamento florescer em meio ao perigo e à aventura. O desenvolvimento de personagens é crucial, com foco nos protagonistas do romance. Os leitores torcem por eles, acompanhando suas lutas, crescimento pessoal e jornada romântica.

Arquétipos comuns incluem heróis relutantes, heroínas fortes, vilões complexos ou figuras misteriosas. A química entre o casal, seus diálogos, conflitos e a evolução do relacionamento são centrais, prendendo a atenção do leitor e tornando o aspecto romântico tão vital quanto a trama de fantasia. A interligação entre o enredo romântico e a trama de fantasia é a essência da romantasia, está intrinsecamente ligado aos eventos fantásticos. O destino do mundo pode depender do sucesso do relacionamento dos protagonistas, ou desafios mágicos podem ser superados pela força de seu vínculo.

Exemplos notáveis e autores de destaque

A romantasia é impulsionada por obras de sucesso que se tornaram referências. Quarta Asa (Fourth Wing) de Rebecca Yarros exemplifica a força do gênero, combinando fantasia envolvente com romance intenso. Corte de Espinhos e Rosas (ACOTAR) de Sarah J. Maas é outro pilar, com rica construção de mundo e personagens complexos que se apaixonam em meio a conflitos épicos.

Além de Yarros e Maas, autores como Jennifer L. Armentrout, com De Sangue e Cinzas, Rachel Gillig e seu maravilhoso Uma Janela Sombria e Rebecca Ross com o sucesso Divinos Rivais, destacam-se. Suas narrativas misturam romance proibido, criaturas sobrenaturais e intrigas políticas. Essas autoras criam mundos imersivos e personagens que ressoam com os leitores, garantindo que o elemento romântico seja tão empolgante quanto as aventuras fantásticas.


O impacto cultural da romantasia é inegável, influenciando o mercado editorial e a cultura pop. O sucesso de vendas e a paixão dos fãs geram discussões sobre adaptações para TV ou cinema, ampliando o alcance das histórias. Além disso, a romantasia é um terreno fértil para a criatividade, inspirando fanarts, fanfics e possui uma comunidade literária muito engajada, solidificando seu lugar como fenômeno cultural relevante.

O futuro da romantasia

O futuro da romantasia é promissor, com o gênero evoluindo e se diversificando. Autores exploram essa fusão, e novas abordagens narrativas surgem. Podemos esperar histórias com elementos de mistério, suspense ou ficção científica, mantendo o equilíbrio entre romance e fantasia. Essa capacidade de adaptação e inovação garante que o gênero continue relevante e atraente para um público, ávido por narrativas emocionantes que desafiem as convenções.

O papel da romantasia na literatura contemporânea é cada vez mais significativo. Longe de ser uma moda, o gênero aborda temas complexos através de suas lentes. Questões de identidade, poder, escolha, sacrifício e a natureza do amor são exploradas em profundidade em mundos onde magia e perigo são reais. A romantasia oferece uma plataforma única para discutir a condição humana e os relacionamentos em contextos extraordinários, provando que histórias populares podem ser divertidas e instigantes.

A paixão de sua base de fãs, a proliferação de novas vozes e a contínua exploração de suas possibilidades narrativas indicam que o gênero continuará a encantar leitores. Seja em sagas épicas com romances proibidos ou histórias intimistas em reinos encantados, a romantasia oferece uma rica tapeçaria de narrativas que celebram a imaginação, a emoção e a poderosa conexão entre os seres.

Conclusão

A ascensão meteórica da romantasia, impulsionada por comunidades online e o apelo por escapismo e aventura, reflete uma demanda crescente por histórias que ofereçam tanto a emoção de um grande amor quanto a maravilha de mundos inexplorados. Os elementos essenciais, do worldbuilding ao desenvolvimento de personagens e a interligação intrínseca entre romance e fantasia, são a base de seu sucesso.

O impacto e a relevância da romantasia na literatura contemporânea são inegáveis. Obras de autores como Jennifer L. Armentrout e Sarah J. Maas definiram o gênero e abriram portas para novos escritores e leitores. A romantasia provou ser mais que uma tendência, oferecendo um espaço para explorar temas universais em contextos fantásticos e promovendo uma comunidade global de fãs.

9 de maio de 2025

Tudo que eu aprendi atendendo mulheres ansiosas

Oii meninas. Tudo bem?

Eu me chamo Priscila Gatti, sou psicóloga e resenhista aqui do blog desde 2017. Se vocês acompanham o bloguinho, vocês já devem ter visto algumas resenhas minhas por aqui. Inclusive, já resenhei alguns livros de Psicologia.

Mas hoje eu vim divulgar o meu livro. Eu acabei de lançar um e-book onde eu compartilho tudo que eu aprendi atendendo mulheres ansiosas ao longo de 8 anos de Psicologia Clínica. Eu sou uma mulher ansiosa que atende mulheres ansiosas e, ao longo dos anos, aprendi muito sobre a nossa ansiedade.

Você já se sentiu sobrecarregada mesmo quando tudo parecia “em ordem”? Já teve a sensação de que, não importa o quanto se esforce, nunca é suficiente? Já percebeu que sua mente parece nunca parar, como se estivesse sempre tentando antecipar problemas, resolver pendências, agradar todo mundo? Já se sentiu travada frente a tantas demandas e preocupações? Ou já sentiu dificuldade em ficar parada tamanha inquietação causada pela ansiedade?

Tudo isso pode ser ansiedade, em diferentes formas de manifestação. Porque ansiedade não é só aquele nervosismo antes de uma prova ou reunião importante.

E vocês sabiam que mulheres tem quase o dobro de chance de desenvolver transtornos de ansiedade em relação aos homens? No meu e-book, eu exploro os porquês disso, incluindo causas como: pressão social e estética, violência de gênero, jornada dupla, entre outros fatores.

Ao longo desses 8 anos atendendo mulheres, eu identifiquei 6 perfis de mulheres ansiosas e, no meu e-book, eu explico cada um desses perfis e proponho técnicas e estratégias para cada tipo. São mais de 40 técnicas.

Se quiserem saber mais ou tiverem interesse em adquirir, me encontrem no Instagram: @psicologapriscilagatti 

Espero vocês lá. 💛

3 de janeiro de 2025

"Eu disse que ele viria, nasceu..."

E eu nem sabia como seria
Alguém prevenia
Filho é pro mundo
Não, o meu é meu
Sentia a necessidade de ter algo na vida
Buscava o amor das coisas desejadas
Então pensei que amaria muito mais
Alguém que saiu de dentro de mim e mais nada
Me sentia como a terra: Sagrada
— Mãe, Emicida

13 de novembro de 2024

Quatro celebridades que seriam capazes de desvendar os mistérios de Murdle, de G. T. Karber

Murdle, publicado pela Intrínseca, é um livro que contém 100 casos misteriosos de assassinato que exigem capacidade lógica e dedutiva para serem decifrados. Nesse divertido quebra-cabeça, o leitor (e detetive amador) precisa responder algumas questões como "Quem cometeu o assassinato?", "Com qual arma ou ferramenta?" e "Onde aconteceu o crime?".

Aqui no blog, já existe um post com quatro personagens fictícios que se sairiam bem desvendando A Mandíbula de Caim, outro livro-enigma publicado pela Intrínseca. Agora, nesse post, eu vou falar sobre quatro personalidades reais que eu acredito que teriam a habilidade lógica necessária para decifrar os 100 enigmas de Murdle.

E a primeira pessoa que me vem à mente é a Natalie Portman que, além de ser uma atriz incrível, é formada em Psicologia por Harvard. A gata tem profundo interesse pela mente e pelo comportamento humano e certamente saberia analisar os mistérios de Murdle e decifrar os enigmas. Fora que ela já foi treinada por um assassino profissional no filme O Profissional, de 1994 kkkkk'


Outra personalidade que se daria muito bem desvendando crimes é John Grisham, autor de dezenas de livros policiais e investigativos. Grisham já vendeu mais de 300 milhões de exemplares ao redor do mundo, seus livros já foram traduzidos para mais de 40 idiomas e vários de seus livros já foram adaptados para o cinema. Alguns dos títulos mais famosos são: Tempo de Matar, Cartada Final, Justiça a Qualquer Preço e Acerto de Contas. Para compor suas histórias, o autor se utiliza de sua própria experiência como advogado criminal.


A terceira personalidade que, ao meu ver, teria sucesso em decifrar Murdle é Brian May, o guitarrista do Queen. Brian é doutor em astrofísica, inteligentíssimo e já trabalhou em várias pesquisas científicas, o que demonstra seu profundo interesse por problemas complexos.

Mayum Bialik, a Amy de The Big Bang Theory, não é inteligente só na ficção. A atriz, assim como sua personagem, é doutora em neurociência, ama estudar a mente humana e compartilhar conhecimento científico. Seu interesse por esses assuntos e sua longa formação acadêmica certamente fariam dela uma ótima escolha para desvendar os mistérios de Murdle.

Murdle, que já está em seu volume 2 aqui no Brasil, foi baseado em um jogo on-line que virou febre mundial. Todos os dias o autor lança um novo desafio no site (https://murdle.com/, para quem quiser brincar também). Particularmente, adoro a ideia desse passatempo no papel. Enfim, quem mais vocês acham que topariam desvendar esses desafios?

Título Original: Murdle #1 ✦ Autor: G. T. Karber 
Páginas: 400 ✦ Tradução: Regina Lyra ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

19 de fevereiro de 2024

Heartstopper, saúde mental e rede de apoio


Em dezembro de 2023, a Seguinte, selo da Editora Companhia das Letras, lançou o quinto volume de Hearstopper, série em quadrinhos que se tornou fenômeno mundial e já tem adaptação na Netflix. Apesar de Hearstopper mostrar um romance fofo e quase utópico entre dois garotos, a história também aborda temas importantes e sérios, como saúde mental, descoberta da sexualidade, relações familiares, bullying e transtornos alimentares. A saúde mental dos personagens é sempre cuidadosamente abordada por Alice Oseman, seja mostrando os impactos emocionais da descoberta da própria sexualidade, de se apaixonar pelo melhor amigo, de se identificar como trans, de não ter apoio familiar ou de estar em um relacionamento abusivo.

Charlie, por exemplo, que, desde o princípio, dava sinais de que não tinha uma relação completamente saudável com a comida, mostra como uma pessoa que convive com com um transtorno alimentar precisa de suporte e de uma boa rede de apoio. A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que se caracteriza pela restrição de ingestão calórica, medo intenso de ganhar peso e uma perturbação no modo como o peso e o próprio corpo são vistos. Apesar de Charlie nunca ter revelado uma intenção direta de emagrecer ou um medo de engordar, ele tem muitos comportamentos que caracterizam uma relação disfuncional com a alimentação e um possível comer transtornado. Charlie pula refeições frequentemente, mente que já comeu quando lhe oferecem comida, já chegou a desmaiar por restrição de alimento e já afirmou que não se alimentar é uma forma de se manter no controle, e essa é uma fala comum entre pessoas com transtornos alimentares.


Outro tema de saúde mental que a série aborda é a automutilação. A automutilação não suicida, ou seja, quando não há intenção de morrer, é bastante comum em pessoas com transtornos alimentares. Diversos motivos podem estar por trás da automutilação, incluindo autopunição por erros e falhas que a pessoa acredita ter cometido ou até como uma forma de reduzir o estresse, a tensão e a ansiedade.

Oseman sempre me surpreende com seu domínio sobre temas de saúde mental. É evidente que a autora toma todos os cuidados necessários na hora de elaborar suas históricas. No entanto, seu maior trunfo é mostrar, de forma simples e acessível, o valor da rede de apoio. Basta lembrar que Elle descreve sua pintura que retrata seu grupo de amigos como um lugar seguro. A rede de apoio nada mais é do que ter pessoas em quem você confia e que sabe que poderá contar com elas se precisar. Redes de apoio reduzem as chances de tentativa de suicídio, por exemplo, mas não apenas isso: redes de apoio aumentam a eficácia de tratamentos psicológicos e psiquiátricos. Esse suporte no tratamento também pode ser observado em Heartstopper: quando Charlie é internado, quando Nick está lidando com se abrir para seus familiares e amigos a respeito de sua sexualidade ou quando Elle passou pela transição (momento que não é mostrado na série, mas que é muito comentado pelos personagens).

Uma rede de apoio sólida tem o poder de reduzir as chances de desenvolver um transtorno mental e melhorar e acelerar o tratamento. E quem não gostaria de ter o grupo de amigos retratado em Hearstopper, né?! Só de assistir e ler a gente já se sente acolhido e parte de algo maior. Me alegra saber que são obras assim que os jovens estão lendo, que mostram relações saudáveis, diversidade e aborda temas importantes.

24 de junho de 2023

TUDUM 2023


A primeira edição do Tudum aconteceu em janeiro de 2020 e foi icônica. Inclusive tem post aqui sobre ele, e lendo você consegue ter uma ideia do quanto o festival já era enorme e divertido desde aquela época. Ele chegou a acontecer online também, por causa da pandemia. Mas a gente tava com saudade de um eventinho presencial né? E a edição de 2023 (que aconteceu do dia 16 ao dia 18 no Ibirapuera) veio aí pra provar que conseguiria sim ser ainda maior e melhor!

Lógico que eu precisava dar aquela conferida e trazer um post cheio de fotos e informações do festival da Netflix, um evento brasileiro gratuito que se tornou mundialmente famoso por trazer atores internacionais, novidades, ativações e conteúdos incríveis das séries que a gente mais gosta.

Já começa lindo pela fachada!

Falando assim parece até publi, mas vou contar a verdade sobre o festival. A primeira coisa é que os ingressos foram distribuídos pelo Sympla de forma gratuita, e isso gerou fraude. Cada pessoa poderia retirar um ingresso por CPF, até três ingressos por conta, mas vimos muitas pessoas vendendo esses ingressos, o que é ilegal e gerou confusão, claro.

Depois que, mesmo com ingresso você não tinha a garantia de entrada no evento. Como assim? O pavilhão estava sujeito à lotação, e quando isso acontece, só entra uma pessoa quando outra sair e assim por diante. Mas como tinha muita coisa pra fazer e o evento acontecia das 12h até as 21h, a gente sabia que as pessoas não sairiam dali rapidinho. Prevendo um caos no sábado, a gente chegou as 8h30 da manhã kkkk e valeu a pena! Então vou contar tudo que a gente conseguiu fazer e estandes que não tivemos coragem de chegar perto.

Já chegamos ganhando o copo do festival. Lá tinha bebedouro disponível e pipoca grátis sempre que você quisesse, o que eu achei incrível (e é algo que já tinha em 2020 e eles mantiveram).

Assim que entramos fomos direto para o segundo andar. A ideia era fazer ou agendar as coisas mais concorridas assim que a gente entrasse e eram lá que estavam todas elas. Sabíamos que depois seria impossível chegar perto de algumas atrações, mesmo com agendamento. E eu estava certa, a fila depois ficou ridícula, em todas elas!

Todos os brindes que pegamos nos estantes: posters, bottons e rolou até cervejinha!

Então de primeira fomos para Heartstopper. O quarto do Charlie estava sem fila, assim como o fliperama, então entramos direto. Eles deixavam a gente subir na cama, mexer na bateria, nos livros, nas roupas. Simplesmente perfeito, quartinho de milhões. Já no fliperama a gente podia jogar na garrinha pra conseguir um donut igual na série! Não tive sorte no donut, mas ganhamos um bottom. Aliás! Todos os estandes tinham brindes, seja bottom, poster, pin!

É óbvio que não ia deixar de tirar uma fotinha no quarto do Charlie, protagonista de Heartstopper, uma das minhas séries preferidas da atualidade

Depois fomos para o Koreatown, que tinha vários cenários de muitos dramas, além de uma área de alimentação com comida coreana. All of Us Are Dead, A Advogada Extraordinária, Round 6... Sim, você podia jogar Batatinha Frita 1, 2, 3, cabo de guerra, tirar fotos nos cenários, em cabines, enfim! Muito fofo. Eu não sou uma pessoa que curte muito drama, mas faz parte do meu trabalho (pra quem não sabe, eu trabalho com eventos de cultura coreana aqui em SP também ), então foi muito gratificante ver esse espaço lindo.

A entrada pro Koreatown, com várias atrações muito legais!

Aí seguimos para o espaço do Cobra Kai. Esse foi INCRÍVEL! Eu tava meio assim de entrar no espaço por pura vergonha haha mas as pessoas que estavam trabalhando ali eram muito fofas e acolhedoras. Eu não tirei foto pois era um estande totalmente imersivo, mas vou deixar meu vídeo aqui para vocês verem um pedacinho da experiência. Você podia pintar a cerquinha do senhor Miyagi, entrar no Miyagi-Do e fazer um teste de equilíbrio, bater muito nos bobs (os bonecos que são utilizados para praticar luta em academia) no Cobra Kai e no Presas de Águia a gente não chegou a entrar pois estávamos atrasadas para... Wandinha!

Esse foi o primeiro agendamento que eu fiz correndo, já sabendo que iria lotar. A área contava com o pátio da escola Nevermore, a pista de dança do baile (em que você podia fazer a dancinha da Wandinha com staffs muito queridos e talentosos), o quarto da Enid e Wandinha e também a parte escondida, que só era liberada se você estralasse os dedinhos. Lá o atelier do Xavier aparecia, cheio dos desenhos dele. Do lado de fora do quarto uma atriz caracterizada de Wandinha tocava violoncelo, e logo do lado tinha até a moto do Tio Chico, com o próprio, para mais momentos de fotos. Nesse eu entrei sozinha e uma das Wandinhas me ajudou tirando as fotos, depois de eu ter prometido que ela poderia me torturar kkkk gente, esse foi perfeito!

Detalhes do quarto da Enid e da Wandinha

Entramos no estande da Bud Zero que tinha degustação e espaço de atrações de Round 6 e Sintonia. Aliás, esse espaço só era acessível para maiores de 18 anos, e era muito legal! Infelizmente só fiz videozinho dele também, pois foi tudo rapidinho. Ganhamos duas Buds temáticas das duas séries numa sacolinha fofíssima.

Fomos ainda no quarto da Aimee de Sex Education. Tinha o cenário do posto (aquele, daquele momento esperado, que não vou dar spoilers), mas acabamos não entrando, por causa da fila. Depois passamos no corredor dos armários de Eu Nunca (#TeamBen) e subimos novamente para ir andar no roller de Stranger Things. Desse eu não tenho foto, só vídeozinho, mas logo atrás tinha o cenário do cemitério, em que a gente podia escontrar a Max, e lápides um tanto quanto emocionantes. Quem viveu sabe!

Cenários de quarto dos personagens pisam demais! Esse aqui é o da Aimee, de Sex Education. Que saudade dessa série, gente!

Com licença, só dou moral para quem é #TeamBen, beijos.

O cenário do cemitério de Stranger Things. Adorei tirar essas fotos!

Fotinho na carruagem Bridgerton pois impossível não pensar
na Ana, né?

Conseguimos ainda entrar numa parte do estande de One Piece para ver os figurinos e props usados nas filmagens do Live Action, e na carruagem de Bridgerton. De fora vimos o resto das atrações que estavam lindas, tanto a fachada do castelo quanto o pomar da Rainha. Ainda tinha uma praça de alimentação gigante e lugares para descanso (o que é bem importante, depois de tanta dança, luta, patins e correria).

Estandes que não conseguimos entrar por causa da fila ou que decidimos nem tentar foram os de Bridgerton, Sandman (pois era o mesmo cenário da CCXP que já tínhamos tirado fotos em dezembro), You, Emily em Paris, Casamento às Cegas (que você podia arrumar até um date), o navio de One Piece, The Witcher, Resgate 2 e Agente Stone.

Num geral posso dizer que foi um eventão incrível. Isso que nem falei das atrações internacionais que estiveram aqui como Henry Cavill, Gal Gadot, Chris Hemsworth, Maitreyi Ramakrishnan, India Amarteifio, Corey Mylchreest e Nicola Coughlan, entre muitos outros!

Apesar do frio e das filas, é um evento que curto muito e pretendo voltar sempre que possível. E aí, você foi no Tudum também? O que mais gostou e o que mais sentiu falta no evento?

20 de dezembro de 2022

Cenas de Vermelho, Branco e Sangue Azul que espero ver na adaptação

Já faz um tempinho desde que Vermelho, Branco e Sangue Azul foi lançado aqui no Brasil, acredito que no fim de 2019. Como a Sil leu e escreveu resenha, nunca imaginei que eu fosse ler. Quer dizer, tenho esse "problema", raramente leio livros que as colunistas do Roendo Livros leram e falaram sobre por aqui. Mas acontece que anunciaram recentemente que as gravações da adaptação foram finalizadas, e foi aí que comecei a ficar curiosa...

Resumidamente, o livro retrata o romance entre Alex Claremont-Diaz, filho da presidenta dos Estados Unidos, e o príncipe Henry de Gales, da Família Real Britânica. Logo no início da narrativa há um confusão durante um casamento real envolvendo os personagens, que são obrigados a conviver para evitar uma crise diplomática. A partir de então, eles precisam convencer as pessoas de que são muito próximos, até que se tornam próximos de fato, rs. 

Quem me acompanha nas redes sociais sabe que eu gostei do livro, mas com ressalvas. Esperava um pouco mais do romance no quesito desenvolvimento. Pegação é deveras importante, não vou negar, mas também gosto da parte "espiritual" da coisa, digamos assim. Então senti que a narrativa ficou um pouco repetitiva por causa disso e por causa das partes políticas. Além disso, me incomodei um pouco com o nome do príncipe, que é o mesmo do príncipe Henry de verdade, então não consegui desassociar essa imagem e isso acabou me atrapalhando um pouco. 

Ainda assim, não vejo a hora de ver o filme, porque a história tem um potencial cinematográfico gigantesco! Parte disso se dá pelo clichê com um casal formado por dois mocinhos, que infelizmente estamos acostumados a ver unicamente com casais heterossexuais. Então, acredito que Vermelho, Branco e Sangue Azul é super importante para a comunidade LGBTQIAP+, e ter uma adaptação da obra é uma vitória tremenda pra gente.  

A adaptação está sendo desenvolvida pela Amazon Studios, com Nicholas Galitzine no papel de Henry e Taylor Zakhar Perez como Alex. A autora, Casey McQuiston, comentou durante a Flipop 2022 que leu o roteiro do longa e acompanhou as filmagens na Inglaterra, então estou esperançosa de que minhas cenas preferidas estarão na adaptação — voltarei nessa publicação posteriormente para conferir minhas apostas. Ah, a partir daqui teremos vários spoilers do livro, então aconselho a lerem depois que finalizarem a leitura. 

1. Primeiro beijo na Casa Branca

Obviamente não poderia elencar outra cena, mores, porque esse primeiro beijo demora um pouquinho para acontecer — mas depois que aconte, meus amigos... Não falo mais nada. Alex e Henry começam a história meio que como rivais, mas vão se apaixonando aos pouquinhos durante a convivência forçada. O beijo rola durante uma festa de ano novo na Casa Branca, enquanto eles conversavam no jardim. Acredito que todos os fãs estão louquíssimos pra ver essa pegação, né? E boto fé demais que vai rolar, porque o perfil oficial do filme no Twitter divulgou uma imagem muito suspeita, rs.

2. —Alex? — a voz arranhada e perplexa de Henry do outro lado da linha. — Você me ligou às três da madrugada para me fazer escutar um peru?

Sinceramente, se não tiver essa cena icônica eu desisto, sabem? Juro para vocês que é a primeira coisa que vem na minha cabeça quando penso em Vermelho, Branco e Sangue Azul, antes mesmo do "History, huh? Bet we could make some", que eu também espero que esteja na adaptação de alguma forma.

3. Feriado no Texas

A Casey McQuiston falou durante a Flipop que tiveram gravações no Texas, mas não contou pra gente exatamente o que foi gravado lá. Claro que pode ser alguma coisa envolvendo as eleições, flashbacks e tudo mais, mas espero sinceramente que seja o feriado na antiga casa da família Claremont-Diaz, porque uma das minhas cenas preferidas acontece nessa viagem, que é o quase "eu te amo" no lago.

Além disso, é claro, mal posso esperar para ver como a bissexualidade do Alex vai ser retratada no filme. É um ponto muito importante para mim, porque diferentemente do Alex, eu me entendi bissexual bem mais nova, na casa dos 18, mas talvez a realidade do protagonista seja parecida com a de muitos jovens por aí. 

Não vou mentir para vocês que o que me inspirou nesse post foi a nova edição de colecionador de Vermelho, Branco e Sangue Azul lançada recentemente pela Editora Seguinte, que tá a coisa mais maravilhosa desse mundo. Não é só uma edição de capa dura com desing diferente: tem guardas com ilustrações das nossas cenas preferidas, laterais coloridas, e, por Deus, um capítulo inédito narrado pelo ponto de vista de Henry. 

A edição de colecionador já está disponível para compra na Amazon, então se você ainda não leu ou é simplesmente muito fã, adquira essa belezura pelo amor de Deus! Só lembrando que esse livro não é indicado para menores de 16 anos, porque contêm cenas bem quentes entre os protagonistas, hein? Agora me contem aqui nos comentários: o que vocês esperam encontrar na adaptação de Vermelho, Branco e Sangue Azul?

29 de outubro de 2022

Conheça Christophe Chabouté

Esse post é para te apresentar um dos meus autores favoritos. Caso você ainda não o conheça, Christophe Chabouté é um quadrinista francês publicado no Brasil pela editora Pipoca & Nanquim.

Meu primeiro contato com esse artista foi em 2018. Ao decidir fazer a leitura do clássico Moby Dick, eu descobri que existia uma HQ que adaptava a história de Herman Melville e decidi fazer a leitura de ambos, romance e história em quadrinhos. A experiência foi maravilhosa, pois a HQ ilustrava muito bem não só a história, mas as emoções, os mistérios e os anseios dos personagens. Desde esse primeiro contato, eu fiquei impressionada com as habilidades do quadrinista.

Depois disso, a Pipoca & Nanquim publicou Um Pedaço de Madeira e Aço. E foi aqui que eu me rendi, pois descobri que além de ótimo artista e quadrinista, Chabouté é um excelente criador de histórias, principalmente por seu olhar cuidadoso e sua sensibilidade.

Um Pedaço de Madeira e Aço é a história de um banco de praça e de tudo o que ele viu (ou veria, se bancos de praça pudessem enxergar). Pessoas indo e vindo, àsvezes parando, estações mudando e o tempo passando. Tocante e singela, essa HQ nos faz pensar sobre a passagem do tempo e sobre tudo o que muda (e o que não muda também).

Em seguida, veio a minha favorita: Solitário, sobre um senhor que mora num farol. Essa HQ tem um plot twist no final que só pessoas sem coração não vão se emocionar. Fiz todo mundo que eu conheço ler essa HQ e não teve uma pessoa que não se emocionou.

Henri Desiré Landru foi o lançamento seguinte e conta a história real de um serial killer francês, demonstrando a capacidade que Chabouté tem de criar histórias de diferentes tipos, sejam roteiros originais, adaptados de outras histórias ou baseados em histórias reais.

Yellow Cab veio quase como lançamento simultâneo (arrasou Pipoca & Nanquim) em 2021 e traz aquele mesmo tom reflexivo sobre a vida que eu encontrei em Um Pedaço de Madeira e Aço, já que aqui o autor decide mostrar o dia a dia de um taxista e todas as histórias que passam por ele ao longo das corridas que ele faz. Yellow Cab é a adaptação de um livro autobiográfico.

Por fim, em 2022, a Pipoca & Nanquim trouxe Purgatório, HQ mais pedida pelos fãs do quadrinista no Brasil. E é fácil entender porque essa era a história mais pedida do autor. Como o próprio nome já diz, Purgatório nos apresenta o purgatório imaginado por Chabouté. Apenas sensacional.

O traço do Chabouté é super marcante e, pra quem conhece suas artes, é fácil reconhecer um quadrinho seu. Ao mesmo tempo que seu traço é bastante específico e identitário, suas histórias carregam muita versatilidade. Chabouté é capaz de falar sobre um assassino com a mesma maestria que é capaz de falar sobre um casal apaixonado.

Espero ter conseguido despertar em você a vontade de conhecer esse quadrinista (caso você já não conhecesse). Me conta: qual história mais te interessou? Ou, se você já conhece: qual a sua HQ favorita do Chabouté?

6 de julho de 2022

26º Bienal Internacional do Livro de São Paulo


Por incrível que pareça eu nunca tinha ido numa Bienal. Pensei que esse ano não seria diferente, mas o universo sorriu para mim e eu aproveitei. Então bora contar como foi o primeiro dia da Bienal do Livro em São Paulo, que aconteceu no último sábado, 02 de julho!

A Expo Center Norte (que é onde o evento está acontecendo esse ano) abria suas portas às 10h e cheguei por lá uns 40 minutos depois disso. Nem acreditei no tamanho da fila de entrada, a essa altura dando a volta quase completa no quarteirão. Eu e minhas amigas ficamos duas horas nessa empreitada, rs. Sim gente, duas horas para entrar na Bienal. Essa parte foi bem confusa mesmo e parece que a logística não melhorou muito nos outros dias.

Banheira no stand da Companhia das Letrinhas
Assim que entramos, passar na catraca com o ingresso foi bem fácil e então seguimos para o pavilhão. Pegamos o mapa do evento para conseguirmos fazer um planejamento por onde começaríamos e eu tinha dois objetivos principais — pegar o livro do Modus Operandi e ver o painel das autoras, juntamente com o Ivan Mizanzuk, que aconteceria às 19h. Ou seja, até lá tinha um tempão para aproveitar e passear pela feira inteira.

Acontece que absolutamente tudo tinha fila, haha. O stand da Intrínseca estava com uma fila gigantesca, assim como o da Submarino por exemplo. Mesmo assim conseguimos entrar em todos os stands, pois tivemos paciência e ficamos até a Bienal fechar. Além dos autógrafos, painéis, variedades, descontos e lançamentos, os stands ofereciam brindes nas compras (ou mesmo só passando por lá) e cenários para o momento blogueira.

Dito isso, vou dar alguns conselhos para os que ainda irão para a Bienal, baseado na minha experiência e do que presenciei no primeiro dia do evento. Começando por onde encontrar livros com descontos bons, o maior conselho é: tenha paciência e procure entrar em vários stands antes de fazer a sua primeira compra. Um dos livros que eu queria na editora que o publica estava quase 20 dinheiros mais caro do que na Submarino, por isso foi importante olhar com calma. Aliás, a Submarino está com vários kits incríveis do King que vem com brindes muito legais, mas estavam sem o leitor de código de barras (assim você precisava perguntar para os atendentes o valor dos livros).

Kit da Intrínseca veio com marcadores, bottons, kit de post it e essa ecobag de milhões. O túnel com os livros coloridos da Intrínseca é um dos cenários mais requisitados do evento! 

Brindes? Os stands da Companhia das Letras e da Intrínseca estavam com marcadores nas estantes, era só pegar. Mas sei que muitas outras editoras fizeram o mesmo e eles acabaram rapidinho, então eu mesma não peguei. Na Submarino, junto com a sua compra, eles colocam um marcador da Skoob e também ganhei adesivos da Darkside (que aliás, só está presente nesse stand). Na Amazon eles deram um marcador de páginas do Kindle que é muito fofinho. Já a Intrínseca foi o amor da minha vida e deu um kit lindão para os parceiros.

Os cenários e painéis para fotos provavelmente vão ter algumas filas mas elas andam rapidinho. Existem staffs disponíveis em alguns deles para tirarem as fotos, mas sempre tem uma pessoa que está ali fazendo o mesmo que você e que pode te ajudar.

Eu, Mari e Tats no cenário da Buzz, que foi o maioral apenas haha

Quanto aos autógrafos, sei que a Bienal organizou uma parte e soltou as senhas no site deles. Tudo esgotado pelo que vi, mas ainda existe esperança. A Carol Moreira e a Mabê Bonafé do Modus Pod deram autógrafo até para quem não tinha senha! Muitos autores ficam no próprio stand da editora que os publica para esse momento e você pode acessá-los dessa maneira.

Vá com roupa confortável, leve água e algum lanchinho se possível. Existe praça de alimentação mas ela tá sempre lotada e não é tão barata. Os banheiros que ficam nos extremos da feira são os mais vazios e sem fila também, sempre bom verificar antes de entrar em mais fila. Existem muitos locais para descanso para dar aquela pausa e recuperar as energias.

Por último...  Planejamento é tudo! Faça uma listinha de tudo que você deseja, em qual stand você gostaria de passar e se tem algum bate-papo que quer ver, isso ajuda muito. E tenha paciência, afinal, o evento é enorme e bem cheio.

No site da Bienal vocês encontram informações sobre a programação, mapa do evento, como chegar, como comprar ingressos e muito mais. No meu Insta deixei mais fotos da Bienal, das compras e brindes para os curiosos de plantão, além de um vídeozinho onde dei uma geral em tudo. 

E aí, nos vemos na próxima Bienal do Livro?

16 de março de 2022

Não quero mais ler?


Como vocês puderam perceber, não posto nada relacionado a livros aqui no blog desde o dia 25 de fevereiro, em que falei um pouquinho sobre Pássaro Branco e mostrei alguns trechos lindos para vocês. O último livro que li foi Um Marido de Faz de Conta, ainda no mês passado, mas minha pretenção é fazer um post sobre a série inteira assim que eu terminar de lê-la. Enfim, faz mais de 15 dias que eu não pego em um livro e, obviamente, se eu não leio, o conteúdo não existe, né?

Tava dando uma olhadinha no meu Skoob e constatei que, até essa mesma data em 2021, meados do meio de março, eu já tinha lido 22 livros. Até agora, em 2022, li 8. Não que seja um número baixo, muito pelo contrário... É muito mais do que o que muitas pessoas leem durante um ano inteiro! Mas num basta a gente estar no fundo do poço, ainda tem que ficar fazendo comparações pra ficar se sentindo meio mal, rs.

Eu podia tentar me justificar de várias formas — "ah porque estou cheia de coisas para fazer da faculdade" ou "tô trabalhando demais zero tempo" ou qualquer coisa do tipo —, mas a verdade é que tô sem um pingo de vontade de ler mesmo. Não existe nenhuma explicação especial para o fato... Tipo, só não quero mesmo.  Nadica de nada me apetece e quando eu tento ler qualquer coisa, fico achando tudo uó, chato para caramba, tedioso e boto defeito em tudo etc e tal. Pode ser um livro incrível que eu vou reclamar, e vocês não merecem isso!

A questão é... Porque isso é um problema? Teoricamente não seria um problema em condições normais, mas eu fico me sentindo super culpada porque os livros de parceria não param de chegar e eu não quero ler nenhum kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk — rindo de nervosa. Sem contar os milhares de e-books que tenho no Kindle me esperando também, e os livros do ano passado que ainda não dei conta de zerar... No final a bola de neve só vai aumentando e o desespero também. 

Cês acreditam que esse mês eu cogitei realmente parar com o blog? Parar mesmo, mandar e-mail pras parceiras cancelando tudo, agradecer todos esses anos comigo e seguir a vida. Confesso que sigo pensando nessa possibilidade às vezes, mas ao mesmo tempo eu amo tanto o Roendo Livros que nem sei se tenho essa coragem toda. 

A única tristeza disso tudo é porque ler é uma das coisas que eu mais gosto de fazer na vida, e compartilhar isso com vocês é um bônus maravilhoso. Acho que só tô um pouquinho casada mesmo, porque eventualmente uma coisa que eu faço por prazer acabou se tornando uma "obrigação", e quando isso acontece o fardo acaba sendo bem difícil de carregar. Não que eu esteja sendo cobrada de fato, essa cobrança vem de mim mesma, o que talvez acaba sendo pior? Não sei bem. 

Enfim, é só um desabafo e uma atualização pra vocês entenderem o que está acontecendo — fui reclamar no Twitter ontem e uma seguidora linda sugeriu que eu escrevesse sobre essa experiência, e só de escrever me sinto melhor! Sei que tem muita gente que me acompanha de verdade e deve estar achando um pouco estranho esse hiato no blog, então nada mais justo do que falar com vocês sobre isso. Espero que vocês tenham mais um pouquinho de paciência e não desistam de mim. 

12 de maio de 2021

Ajude a financiar a edição de luxo do livro Viagem ao Centro da Terra, de Julio Verne

Quem me acompanha no Instagram sabe que fui convidada pelo Estúdio GGAC para ser curadora de um projeto muito especial: o desenvolvimento de uma edição de luxo mais que exclusiva do livro Viagem ao Centro da Terra, do escritor francês Julio Verne, considerado o pai da ficção científica. 

O livro foi lançado pela primeira vez em 1864 e narra a expedição de um Geólogo & professor de Mineralogia, Otto Lidenbrock, e seu sobrinho Axel ao núcleo terrestre após desvendarem um código secreto encontrado em inscrições em ruínas antigas. Os protagonistas viajam através de vulcões e se deparam com situações inimagináveis até para nós, mortais do século XXI. É, realmente, uma obra com bastante embasamento científico e, ainda que conheçamos os diversos avanços da ciência, ainda é capaz de cativar e impressionar os leitores mais críticos. 

Com o apoio dos leitores, o projeto ganhará vida, com direito a uma edição em capa dura, artes originais, diagramação especial, tradução autoral do original em francês e conteúdos extras. Além disso, você pode esperar muito conteúdo e brindes nas recompensas dos apoios que farão a sua leitura ser ainda mais imersiva e especial. Uma experiência que só essa edição poderá proporcionar. 

Assim, a única forma encontrada de fazer esse projeto sair do papel é o famoso financiamento coletivo, que já está acontecendo na plataforma Catarse. Os interessados em tornar esse sonho possível podem realizar um apoio e receberão em casa, além do livro, é claro, recompensas únicas. Algumas dessa recompensas são limitadas a essa campanha, ou seja, nem todas elas poderão ser adquiridas posteriormente.

APOIEM-NOS CLICANDO AQUI

As recompensas são escolhidas de acordo com o valor de apoio e os brindes disponíveis em cada pacote, que vocês podem conferir detalhadamente clicando no link acima. E não se preocupem! Se o projeto não atingir a meta estipulada, todos os apoiadores receberão 100% do valor de volta. Só para instigar a curiosidade de vocês, eis alguns dos brindes disponíveis para os apoiadores:

Para não restar dúvidas sobre a qualidade da edição, os meninos do GGAC já liberaram um demonstrativo com alguns capítulos para vocês lerem: acessem o documento clicando aqui.

O GGAC é um estúdio criativo fundado em 2020 por jovens profissionais de diversas áreas. Formado por mentes inquietas, o GGAC Estúdio Criativo nasceu com o intuito de atender qualquer necessidade criativa e artística. Viagem ao Centro da Terra é o segundo projeto lançado por eles, sendo o primeiro do selo ESSENCIAL GGAC, criado pelo estúdio com o intuito de propagar livros clássicos e revolucionários da literatura mundial em edições exclusivas.

9 de maio de 2021

A melhor mãe do mundo é a minha!


Sempre tento trazer algum post especial para o dia das mães aqui no Roendo Livros, mas esse ano senti uma enorme vontade de homenagear minha mãe, minha companheira, a razão do meu viver. Não porque eu ache que ela é melhor que as outras, mas a minha mãe é a mais maravilhosa, a melhor que eu poderia ter. Nada melhor do que deixar registrado o meu amor desse cantinho que é tão importante para mim!

Nós duas já passamos por poucas e boas nesses 26 anos de convivência, principalmente quando eu era mais nova e nosso relacionamento era bem complicado. Mas eu sei, simplesmente sei, que tudo o que aconteceu com a gente foi indispensável para construirmos o laço que temos hoje. Minha mãe me conhece melhor do que ninguém, é minha melhor amiga. Eu daria o mundo para ela se eu conseguisse, até porque é isso que ela faz por mim todos os dias.

Inclusive — já devo ter contado essa "história" mil vezes por aqui, mas não me canso de recordar —, se o blog existe, se eu estou aqui compartilhando minhas experiências com vocês, é por causa dela. Foi ela que me ensinou a ler e que cultivou o hábito da leitura em mim. Quando eu estava desanimada, lia comigo. Sempre me dava livrinhos infantis de presente e eu amava! Rodava nossa cidade inteirinha procurando quem me emprestasse livros.

Sempre que falamos sobre literatura, ela faz questão de falar para quem estiver ouvindo que contava histórias para mim quando ainda estava grávida e eu acho a coisa mais fofa do mundo! Isso já é prova os suficiente de que eu não seria nem metade de quem sou se não tivesse minha mainha ao meu lado, me apoiando, aconselhando, torcendo e, é claro, dando uns puxões de orelha sempre que necessário. 

Mãe, a gente foi feita sob medida uma para a outra! Obrigada por ser tão amorosa, por ter me ensinado valores, por ter tido tanta paciência. É clichê, mas é verdade: eu te amo infinitamente mais que a quantidade de estrelas que existem no céu. Tenho muito orgulho de quem a senhora é, obrigada por ter me escolhido e por nunca desistir de mim!


Para finalizar, não podia deixar de me lembrar de algumas obras com figuras maternas tão marcantes que é impossível não listá-las aqui. Cada uma delas é uma linda homenagem e um lembrete de que o mundo não seria absolutamente nada sem essas mulheres incríveis.


Marmee, a mãe conselheira: Mulherzinhas, Louisa May Alcott
Violet Bridgerton, a mãe amiga: O Duque e Eu, Julia Quinn
Mãe, a mãe protetora: Quarto, Emma Donoghue
✦ Yejide, a mãe resiliente: Fique Comigo, Ayòbámi Adébáyò
Susan, a mãe paciente: A Guerra Que Salvou Minha Vida, Kimberly Brubaker Bradley

18 de agosto de 2020

Semana Especial Rick Riordan: Percy Jackson, Os Olimpianos & Eu

Foto: Ana Gabriela

Uma das séries de mais sucesso do Rick Riordan é Percy Jackson & os Olimpianos, que retrata a mitologia grega no século XXI ao acompanhar a vida de um pré-adolescente que descobre que é filho de ninguém menos que Poseidon, o deus do mar. Eu não sei se vocês sabem, mas hoje, dia 18 de agosto, é aniversário desse personagem tão querido por tantas pessoas e tão importante para a carreira do tio Rick, então a Intrínseca convidou todos os parceiros para falarem um pouco mais sobre as obras dele em uma semana especial.

Resolvi falar especificamente sobre Percy Jackson & os Olimpianos nesse post porque foi, infelizmente, a única série que eu li do Rick Riordan, mas o autor faz muito sucesso também com outras séries e trilogias:

  • As Crônicas dos Kane, trilogia focada em mitologia egípcia;
  • Magnus Chase e os Deuses de Asgard, trilogia que  mitologia nórdica;
  • Os Heróis do Olimpo, continuação de Percy Jackson, baseada na mitologia greco-romana e se passa seis meses após os acontecimentos de O Último Olimpiano;
  • As Provações de Apolo, que retoma os acontecimentos do último livro da série Os Heróis do Olimpo. Com narração sob o ponto de vista de Apolo, conta as aventuras do deus que, após irritar Zeus, foi expulso do Olimpo, tornando-se um mero mortal. 

Arte por Viria
Para variar, eu li Percy Jackson unicamente por influência do meu irmão — sim, o mesmo que encenava as cenas de Crepúsculo comigo. Ele tinha 14 anos e era obcecado por séries e praticamente me obrigava a ler tudo o que ele lia. Quando ele começou a série ficou tão empolgado que não parava de falar sobre ela, sobre o acampamento meio-sangue, sobre os personagens incríveis que tinham mais ou menos a nossa idade... Então eu obviamente não me aguentei, comecei a ler O Ladrão de Raios assim que ele terminou. Eu tinha 15 anos nessa época.

Depois de ler todos os livros e fazermos o teste para saber de qual deus éramos filhosprazer, Ana Clara Oliveira Magalhães, filha de Athena —, entramos em um grupo no Facebook que nem existe mais cheio de pessoas tão fissuradas como nós. Lá a gente fazia um monte de quizzes, que funcionavam como batalhas e angariavam pontos para os deuses, conversávamos sobre a saga e sobre os burburinhos de novos lançamentos. Enfim, a gente enlouquecia junto e era bem legal, porque sabíamos que existiam (e ainda existem, né?) pessoas do país inteiro que pensava como a gente. 

Não sei se todos vocês já tiveram contato com Percy Jackson, mas todo o enredo criado é muito interessante. Primeiro, o fato de Percy ser filho de um dos três grandes deuses é uma ameaça à ordem das coisas, o que resulta em grandes batalhas envolvendo várias profecias, algumas muito assustadoras, inclusive. Segundo, a narrativa é feita pelo protagonista e, como ele tem apenas 12 no primeiro volume, tudo é muito simples e fluido. Para mim é um ponto positivo porque alcança faixas etárias menores. Acredito que crianças nos seus 8-10 anos iriam se identificar muito com a história e iriam se desenvolver junto com os personagens.

Arte por Viria
Por falar neles, nem só de Percy vive essa série, né? Afinal, o que seria dele sem a Annabeth Chase, filha de Athena e a única pessoa que consegue impedir o menino de fazer burrada? Ou o Grover, o sátiro responsável pelos dois pré-adolescentes que é basicamente o melhor amigo que eles têm.... E o meu favorito, Tyson, que aparece no livro O Mar de Monstros e muda basicamente todo o curso da história. Para ser sincera, todos os personagens secundários são muito importantes para a trama e são super bem construídos, incluindo os vilões, que a gente ama odiar.

Aliado aos personagens, existe o próprio universo criado por Rick Riordan, que é um dos mais legais e únicos entre todas as séries que eu conheço. A forma como ele insere a mitologia grega mesclando as antigas histórias que a gente aprende na escola com acontecimentos atuais é excepcional e, de fato, muito bem explicado no decorrer das páginas. É realmente uma história muito especial e que, na minha opinião, foi construída de formidavelmente. Mesmo sendo uma série infantojuvenil — sou suspeita para falar porque é meu gênero literário preferido —, todas as coisas fazem sentido, inclusive as soluções mágicas que o autor encontra para resolver alguns problemas.

O mais legal de tudo é que faz mais de dez anos que tive meu primeiro contato com Percy Jackson & os Olimpianos e o encanto continua o mesmo. Também foi uma série muito importante para a minha inserção do mundo literário e sou muito grata ao Rick Riordan por isso. Sempre penso especificamente nesses livros quando as pessoas me fazem perguntas do tipo "qual livro você acha interessante para começar a gostar de ler?" ou "que história você indicaria para o meu filho de 10 anos?". Então, é realmente impossível não comemorar uma data tão importante para uma série que, mesmo depois de tanto tempo, continua fazendo sucesso e ganhando leitores!

Feliz aniversário, Percy! 
E obrigada por tudo, Rick Riordan!

11 de agosto de 2020

A Saga Crepúsculo e algumas das suas problemáticas


Não é segredo para nenhum leitor do Roendo Livros que eu sou fã da saga Crepúsculo. Os livros protagonizados por Bella e Edward contribuíram imensamente para a minha vida de leitora, já que eles foram a porta de entrada para eu me tornar essa blogueira que vos fala hoje. 

Na época em que li pela primeira vez, o meu exemplo de homem passou a se tornar Edward Cullen e queria desesperadamente um romance como o deles. Queria alguém que cuidasse de mim como o Edward cuidava da Bella, alguém que me protegesse, que soubesse exatamente o que eu queria, que me tratasse com todo aquele cuidado. O que esperar de uma menina que passou a transição para adolescência toda lendo livros cujos envolvimentos românticos eram iguais aos que citei anteriormente? 

O meu eu de 13 anos não identificava os problemas presentes nessa história porque tudo o que ela via ao seu redor eram comportamentos muito parecidos com o que ela havia lido, então, para a Ana de 2008, aquilo ali era o normal. Hoje, aos 25 anos, consigo enxergar muitas coisas que não são tão legais assim e, mesmo como fã, mesmo que eu ainda goste da saga, acho de extrema importância falar um pouquinho sobre essas coisas com vocês. 

Acho que nada melhor que começar justamente falando sobre o fato de Edward ser tão obcecado pela Bella: primeiro querendo matá-la e depois, do nada, "perceber" que na verdade a amava incondicionalmente. Hoje em dia fico me perguntando como ela correspondeu aos sentimentos dele mesmo sabendo que o quão atraído ele se sentia pelo sangue dela... Eu ficaria aterrorizada, mas sendo Edward quem é, não consigo e nem estou em posição de julgar a Bella, mesmo se não houvesse toda aquela história dos vampiros naturalmente atraírem os humanos. Nesse contexto, consigo enxergar principalmente três coisas que me incomodam imensamente:

1. Edward entrando no quarto da Bella à noite enquanto ela dorme. Cheguei nessa parte em Sol da Meia-Noite e a justificativa que temos é que ele tinha medo do que poderia acontecer com a Bella enquanto ela dormia — como, por exemplo, cair um meteoro em cima dela ou algo do tipo. Para mim, nada justifica. É estranho, invasivo, assustador. Meu eu de 13 anos achava romântico, rs.

2. A quantidade de vezes que Edward literalmente manda a Bella fazer coisas simples, como comer ou vestir um agasalho. Foram só exemplos, mas o tempo todo ele tenta dizer o que ela deve ou não fazer. Ok, ele é um vampiro que lê mentes, mas não consegue ler a dela e não sabe como lidar com um ser humano tão frágil, mas ainda assim me irrita. Aqui também acho que pode entrar a questão de ele não deixar a Bella fazer nada sozinha por achar que ela vai se partir no meio. Aos 13 anos, achava que isso era cuidado.

3. Edward stalker psicótico maluco maníaco neurótico vigiando cada mísero passo da Bella pela mente das outras pessoas. Não preciso nem comentar, né?

Sinceramente esse GIF é T-U-D-O pra mim, nossa...
Esses pontos são até meio óbvios, mas já pararam para pensar no quanto a Bella era sufocada por basicamente todos os homens ao redor dela? Além de ficar quase todo tempo sob a mira do Edward, existiam os colegas da escola que, ao menos num primeiro momento, também não a deixavam em paz. Grande exemplo disso é quando ela fala que iria viajar no fim de semana do baile e ainda assim receber mil convites, mesmo os caras sabendo que ela iria viajar (o que, inclusive, gera uma rivalidade feminina totalmente sem necessidade, né?). O Charlie, pai da Bella, apesar de muito bonzinho, não parecia confiar 100% nela — vocês se lembram aquela parte em que ele desconecta os cabos da bateria da caminhonete porque jurava por Deus que ela ia tentar sair escondida à noite?

E por falar em outros homens, o que dizer do Jacob? Dá pra acreditar que aquele serumaninho fofo do primeiro volume se tornaria o mais escroto dos escrotos? Tudo bem, confesso que nunca fui muito fã do personagem de forma geral, então realmente posso ser bem injusta nesse quesito, mas não dá pra defender de forma alguma, por exemplo, ele beijando a Bella a força em Eclipse ou todos os abusos psicológicos que ele fazia para que a menina escolhesse ficar com ele. Ah, e para quem tem curiosidade em saber: sim, a Bella traiu o Edward naquele beijo super esquisito que rola depois, achei a coisa mais sem sentido do mundo.

Às vezes eu fico refletindo refletindo sobre o fato da Bella nunca ter tido escolha... Tipo, a partir do momento que ela conheceu o Edward, o destino dela meio que já estava traçado, né? Tudo passou a girar em torno dele e todas as decisões dela eram tomadas pensando num futuro onde ela se tornaria vampira para passar o resto da eternidade com ele. Ela nunca foi realmente livre e hoje eu enxergo isso e não desejo um amor tão pesado, sabem? Mesmo quando Edward vai embora pelo simples fato de ele sempre achar que sabe o que é melhor pra Bella, ela se manteve presa à ele... Não sei se vocês entendem o que eu quero dizer, mas enfim.

É nesse ponto que vocês se perguntam: "Ana, mas como é possível você amar Crepúsculo tanto assim e apontar esse tanto de problema!? Como assim você é tão cadelinha do Edward mesmo assim??"

Acho que a minha resposta padrão para isso é que eu tenho consciência que essa história foi escrita em 2005 e naquela época a gente não falava sobre esses assuntos. E é verdade. Eu fico realmente feliz que hoje conseguimos ter consciência sobre certos comportamentos a ponto de refletirmos sobre eles. Então, sim, eu consigo enxergar todas essas coisas e várias outras — tipo o lance do imprinting ou o fato de praticamente não existir personagens negros em todos os livros da saga, fatos que podemos discutir aqui nos comentários — sem deixar de gostar de algo que foi e ainda é tão importante para mim. Reconhecer esses erros, aceitá-los e falar sobre eles com naturalidade é mil vezes melhor que criticar as pessoas que gostam da série, não é mesmo?

Mesmo assim, eu gostaria de fazer um adendo importante: sim, eu continuarei criticando livros que foram escritos recentemente ou no século passado que romantizam estupro e qualquer outro tipo de violência contra mulher. Continuarei levantando pautas importantes aqui no blog sobre LGBTfobia, racismo e todo e qualquer tipo de preconceito mesmo que o livro tenha sido escrito em 1810. Mais que importante, é necessário que a gente não feche os olhos para nenhuma dessas coisas. 

Eu tive vontade de escrever esse texto porque já passei da metade de Sol da Meia-Noite e comecei a pensar muito sobre esse assunto em específico, porque depois de ler vários pensamentos do Edward tive certeza que ele realmente é neurótico, na falta de palavra melhor, rs. E sim, mesmo assim tô aqui igual adolescente de novo amando o livro e me sentindo super nostálgica. A diferença é que agora eu enxergo tudo e, melhor ainda, não me culpo mais ou me acho uma completa babaca por carregar essa história no coração.