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11 de março de 2021

Bruxa Akata | Nnedi Okorafor

Recebi Bruxa Akata em 2018, quando eu ainda era parceira da Record. Acabou que o tempo foi passando e o pobre ficou esquecido no limbo da minha estante, mas desde o final do ano passado eu tenho esse plano de ler meus livros encalhados — tá indo, devagar, mas tá indo, rs — e finalmente decidi dar uma chance para ele. O que mais chamou minha atenção foi essa atmosfera de magia e mistério que transborda até pela capa e nossa, tenho que admitir... Gostei demais!

Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que essa trama não é nada parecida com Harry Potter, num sei de onde as pessoas tiraram isso. Para mim, não faz sentido nenhum essa comparação, parece que não podem ver nada envolvendo magia que já puxam sardinha pra transfóbica, como se ela fosse a única que pudesse escrever fantasia de qualidade. Mas enfim, só queria deixar esse recadinho aqui antes de começar a falar de verdade sobre a história. 

Bruxa Akata tem como protagonista uma jovem de 12 anos, Sunny. Ela é filha de nigerianos, mas nasceu nos Estados Unidos e, além disso, é albina. Possui todos os traços comuns do seu grupo étnico, os igbos, mas obviamente a cor da sua pele atrai olhares curiosos. Sabe quando a gente sente que não se encaixa em lugar nenhum? É exatamente isso que Sunny sente, até que descobre que é uma pessoa-leopardo e mais que isso, é uma agente livre, uma pessoa com poderes mágicos que nasceu de pais comuns. 

Para completar esse enredo incrível, Nnedi Okorafor incluiu um vilão que age sequestrando crianças, e não é difícil imaginar que Sunny será uma das responsáveis por capturá-lo, juntamente com seus amigos Orlu, Chichi e Sasha. Porém, o ponto alto do livro é cultura nigeriana que a autora fez questão de abordar. Pesquisando um pouquinho sobre ela na internet, descobri que ela também é estadunidense com descendência africana, então suponho que tenha sentido uma necessidade muito grande de escrever essa história, para deixar claro que seu país de origem não apaga toda uma trajetória, né?

É claro que temos muitas passagens focadas nessa mitologia, mas é claríssimo que ela também tem muita influência na cultura africana, principalmente nos costumes e tradições. Como a protagonista é igbo, existem várias referências sobre essa cultura em específico, até mesmo na descrição das roupas, da culinária... Mas o povo efik também é bastante citado, já que Chichi pertence à esse grupo. São culturas riquíssimas e é interessante ver o quão diferente são das nossas. Os livros da Chimamanda Adichie também exaltam muito a Nigéria de forma geral, também indico bastante. 

Também fiquei impressionada com a escrita de Nnedi Okorafor, é tão fluida e envolvente que eu mal via as páginas passando. Achei brilhante a forma como ela vai apresentando os conceitos e como eles se autoexplicam com o decorrer das páginas, ou seja, ela não precisa ficar parando a narrativa toda hora para explicar o que é um juju, por exemplo — e sim, se vocês quiserem saber o que é, vão ter que ler! Ah, várias vezes surgem palavras em igbo, que, na minha opinião, só ajudam no processo de imersão. Os capítulos curtos também ajudam muito! 

É justamente por isso que acho que comparar Bruxa Akata com Harry Potter é uma tremenda injustiça, porque é uma trama muito, mas muito original. Eu gosto muito de Harry, vocês sabem bem disso, mas eu nunca tinha lido nada parecido com a criação de Nnedi Okorafor. A magia aqui é algo muito mais natural, mais sobrenatural, para falar a verdade. Ai gente, só lendo para saber mesmo, porque é muito diferente e criativo. 

O final foi a única coisa que deixou a desejar, acho que podia ter sido melhor desenvolvido, menos corrido, com mais ação... Só que ao mesmo tempo deixa um gancho muito bom para a continuação, Akata Warrior, cujo lançamento está previsto para esse ano aqui no Brasil. Outro adendo que não tem nada a ver com a história e sim com a edição brasileira são os problemas de tradução racista, os mesmos que foram encontrados recentemente no primeiro volume de Cidade da Lua Crescente. Fica aí a sugestão para que a Galera Record revise também seus livros mais antigos.

Título Original: Akata Witch ✦ Autora: Nnedi Okorafor
Tradução: João Sette Câmara ✦ Páginas: 322 ✦ Editora: Galera

5 de junho de 2020

O Amor Não é Óbvio | Elayne Baeta


Já tive contato com várias histórias LGBT+, mas pouquíssimas terminavam de uma forma bacana. Quando se trata desse assunto, geralmente há muito sofrimento envolvido e a maioria das histórias que eu tive contato acabaram em tragédia, o que me deixava muito triste. É claro que há, obviamente, muita coisa ruim que deve ser mostrada em um livro cuja protagonista é lésbica, como o medo, o preconceito, as inseguranças... Mas o que me fez amar profundamente O Amor Não é Óbvio foi o fato de ser um livro com história feliz, apesar de todas as dificuldades.

Nessa história, Elayne Baeta dá voz a Íris Pêssego, uma adolescente de 17 anos viciada em novelas e apaixonada por Cadu Sena desde que percebeu que poderia ser apaixonada por alguém. Mas acontece que Cadu Sena namora a mesma menina, Camila Dourado, desde o primeiro ano do Ensino Médio. Daí uma coisa bem inusitada acontece: Cadu fica solteiro, o que seria "ok" não fosse o fato de Camila tê-lo trocado por uma garota, Édra Norr. Antes de se enveredar pelos encantos de sua paixão platônica, Íris decide que precisa entender o que Édra tem de tão especial para Camila resolver ficar justo com ela. 

Quem me vê falando desse livro nem imagina que eu achei o começo muito chato e bobo. Não estava conseguindo me conectar com a Íris pelo simples fato da obsessão dela pela Édra, coisa que gostaria de pontuar que não é normal. Ela ficava seguindo a menina pra todo lado para tentar saber mais sobre ela (isso até me lembrou um pouco o Edward com a Bella, pra vocês terem ideia, rs), jurando que estava sendo super discreta — o que é praticamente impossível quando se está usando um binóculo em cima de uma bicicleta amarela, né? Daí eu fiquei "meu Deus, não é possível que o livro vai ser sobre uma menina de 17 anos agindo como uma criançona com comportamento psicótico, misericórdia", só que aí ela começa a se envolver efetivamente com a Édra. Além disso, me incomodei um pouco com a forma como a autora desenvolveu algumas falas no livro, algumas coisas bem problemáticas sobre a vivência de pessoas trans, inclusive.

Depois desses baixos no início, a história começa a engatar, mas acho que isso só acontece porque Íris começa a se descobrir. Nós, leitores, já sabemos, mas Íris só começa a perceber que está atraída pela personagem depois de um tempo. A partir daí, a gente percebe que essa obsessão toda que ela tinha no início era, na verdade, desejo — e eu volto a dizer que ficar seguindo as pessoas por aí não é normal, eu tô ciente e espero que vocês também! E pode parecer um pouco repetitiva e frenética a forma como a protagonista descrevia Édra, mas eu não consegui julgar ou achar ridículo porque eu mesma era assim quando tinha 17 anos. Que adolescente não fica louco por uma pessoa, primeiramente, pelas características físicas dela? Um cabelo bonito, o jeito que sorri ironicamente, o cheiro da pessoa... Enfim.

O livro, para mim, tem dois pontos altos. O primeiro é a escrita de Elayne Baeta, muito divertida e real, condizente com a atmosfera do livro e, principalmente, com a idade dos personagens. Não tem coisa mais horrível que ler um livro com personagem adolescente que pensa igual uma pessoa de 40 anos. O segundo é a atmosfera de descoberta. Foi a coisa mais fofinha do mundo acompanhar Íris descobrindo sua sexualidade, sua paixão pela Édra. Gente, euzinha não consigo parar de pensar na Édra, a autoconfiança dela é T-U-D-O para mim. Inclusive a Elayne Baeta é a própria Édra sim e ninguém vai tirar essa ideia da minha cabeça. 

Enquanto a gente ainda tá com a Édra na cabeça, é importante pontuar que a autoconfiança dela pode ser um ponto fora curva. Vejam a Íris, por exemplo, descobrindo um monte de respostas sozinha, sem conversar com ninguém, por medo de ser julgada. Em vários momentos dava para sentir que ela estava aflita só de cogitar sentir alguma coisa por uma pessoa do mesmo sexo, o que é triste principalmente porque é real. O pior é que se fosse num YA com protagonistas do sexo oposto, descobrir essa paixão seria a coisa mais descomplicada do mundo. É ou não é algo para se pensar?

Obviamente a história não se resume a Íris & Édra. Alguns personagens secundários são muito legais e importantes, como, por exemplo, Dona Símia. Lembram que eu contei que a Íris é apaixonada por novela? Pois então, ela divide esses momentos noveleiros com sua vizinha idosa, que é coisa mais foda desse mundo inteiro. Inclusive queria que tivessem mais cenas com ela (eu ia amar um livro inteiro dela, para falar a verdade).

Apesar dos defeitos, O Amor Não é Óbvio me deixou com um quentinho no coração. Eu amo um amor juvenil, aquele beija-não-beija, vocês não têm ideia. Melhor ainda é quando a gente consegue reproduzir as sensações da personagem: quando, por exemplo, ela sabe que vai rolar alguma coisa e sente um frio na barriga, e faz a gente sentir esse friozinho também, sabem? Além do mais, vocês têm noção que é um romance lésbico que não termina com nenhum drama e sim com cenas de tirar o fôlego? Esse livro é a representatividade que a gente sempre precisou, então, sinceramente, saiam com o hate de vocês para lá.

Título Original: O Amor Não é Óbvio ✦ Autora: Elayne Baeta
Páginas: 392 ✦ Editora: Galera
Livro recebido em parceria com a editora
Ajude o blog comprando o livro através do nosso link!

3 de junho de 2020

Na Hora da Virada | Angie Thomas


O Ódio que Você Semeia foi um livro que mexeu muito comigo. Sempre que me lembro dele ou dou uma relida na resenha, minha garganta aperta. Eu quis ler Na Hora da Virada porque amei a escrita da Angie Thomas e a forma como ela retratou o racismo nos Estados Unidos, país que ainda hoje é extremamente segregado. Obviamente não é algo exclusivo dos EUA; aqui no Brasil, por exemplo, as coisas funcionam de forma semelhante. Mas enfim, apesar de ter realmente voltado a tratar do tema que citei anteriormente com maestria, esperava um pouco mais da obra.

Aqui acompanhamos a história de Brianna, uma adolescente de periferia que sonha em ser uma rapper famosa. Apesar da pouca idade, a protagonista já sofreu muito: seu pai, um rapper em ascensão, foi morto por uma gangue do bairro quando ela ainda era muito novinha; pouco tempo depois, foi abandonada pela mãe, que começou a se envolver com drogas. Mesmo depois de ter ido para um centro de reabilitação e ter conseguido a guarda dos filhos — Bri tem um irmão mais velho, Trey — de volta, Jay nunca conseguiu fazer com que Bri confiasse totalmente nela de novo.

Tudo parecia estar entrando nos eixos novamente até que Jay perde o emprego. Eles não têm mais dinheiro para comprar comida, muito menos para pagar as contas. Para piorar a situação, Bri, que estuda em um colégio majoritariamente branco, passa por um episódio racista que muda sua vida completamente: dois seguranças a barram na porta do colégio e exigem ver o conteúdo da sua mochila; a imobilizam no chão para conseguir o que querem, mas obviamente Bri não tinha nada na bolsa, apenas doces que vende para conseguir uma grana extra. Mais óbvia ainda é a certeza de que nenhum aluno branco do colégio NUNCA passou por isso.

Esse episódio faz com que Bri escreva uma música, Na Hora da Virada, criticando e ironizando o que as pessoas acham que ela é por ser negra, viver na periferia e conviver diariamente com o tráfico. A música estoura, mas pelos motivos errados. As pessoas não entendem que é uma crítica social e começam a taxar Bri de marginal, para não dizer coisas piores. Assim, na mesma taxa em que sua carreira deslancha, sua vida pessoal parece não ter mais solução.

Eu simplesmente não tenho o que dizer da narrativa de Angie Thomas. É extremamente envolvente, assim como O Ódio que Você Semeia. É impossível controlar o desejo de saber o que vai ser de Bri, se ela vai conseguir sair da enrascada em que foi metida, se Jay vai conseguir outro emprego, se os guardas que atacaram Bri vão ter o que merecem (se a escola vai tomar alguma atitude quanto aos episódios de racismo que acontecem frequentemente com todos os estudantes negos de lá)... Os enredos dos personagens secundários também não deixam a desejar, até porque são muito importantes para a evolução da trama. Os melhores amigos de Bri, Malik e Sonny, são muito bem construídos e têm seus próprios conflitos para resolver, o que dá um gás a mais na história.

Outro ponto bastante interessante são os conflitos familiares retratados na história. Bri não confia totalmente na mãe, mesmo estando limpa há oito anos. Isso influencia diretamente no relacionamento delas. Também há a questão da avó de Bri, mãe do seu pai, detestar a nora, o que causa uma certa tensão em vários momentos. Não vou dizer que não é entendível, mas depois de tanto tempo limpa, acho que ela devia deixar Jay cuidar dos próprios filhos, coisa que ela se esforça muito para fazer. Além disso, tem a problemática da tia de Bri, Pooh, ser traficante e ela ficar com aquele eterno sentimento de que vai acontecer alguma coisa com ela. E tem aquela coisa, né... Bri pensa nisso o tempo todo. Como a tia vê a irmã definhar por causa de drogas e ainda assim se tornar uma traficante? Mas a gente sabe muito bem que tem muita história por trás de uma pessoa que entra para o tráfico, né? Pois é.

Poucas coisas me incomodaram durante a leitura. A primeira delas é que, apesar de achar que a tradutora fez um trabalho incrível, afinal, não dever ser nada fácil traduzir letras de músicas de forma que elas façam sentido para o leitor,  achei que as letras de Bri deixaram muito a desejar. É claro que as críticas são maravilhosas e cumprem com o seu papel, mas as rimas em si são bastante pobres e acho, infelizmente, que a tradução tenha uma certa influência sobre isso. E por falar em Bri, algumas decisões tomadas por ela no impulso a prejudicaram mais que ajudaram, vide o lance da música que a a mãe dela não tinha conhecimento, por exemplo.

Porém, o que mais me decepcionou foi o final e, para eu falar sobre isso, talvez tenha que dar alguns spoilers, então não leia esse parágrafo caso não queria saber o que acontece. Eu não gosto de finais abertos e foi isso o que Angie Thomas entregou em Na Hora da Virada. Nenhum dos conflitos foi realmente resolvido: a carreira de Bri no rap simplesmente não teve o desfecho que merecia — gente, pelo amor de Deus, que artista famoso do ramo mencionou o vídeo dela no Twitter? —, a situação da tia Pooh não foi resolvida e muitos outros acontecimentos ficaram, digamos, no ar. Esse foi o principal motivo de eu não ter amado esse livro como amei O Ódio que Você Semeia.

É claro que Na Hora da Virada continua sendo um livro ótimo e necessário. Novamente Angie Thomas mostra a realidade das pessoas negras através dos seus protagonistas, além de expor as dificuldades de uma mulher que sonha em construir uma carreira em um ambiente essencialmente machista. Outra coisa muito presente, é claro, são os dramas adolescentes, indispensáveis em qualquer romance jovem adulto de qualidade.

Título Original: On The Come Up  ✦ Autora: Angie Thomas ✦ Páginas: 378
Tradução: Regiane Winarski ✦ Editora: Galera Record
Livro recebido em parceria com a editora

4 de março de 2020

Todas as Suas (Im)perfeições | Colleen Hoover


É um fato que pelo menos uma vez ao ano preciso ler algo da Colleen Hoover. Ela é uma autora que tem a capacidade de me tirar de qualquer zona de conforto ou ressaca literária que eu esteja e sempre, sempre, sempre me faz sofrer com seus personagens. Muito me surpreende eu ficar assim com Quinn, que tem o desejo de engravidar, que todos os meses sofre quando sua menstruação desce. Eu nunca penso em filhos e definitivamente maternidade não é algo que eu quero para mim, então eu tinha tudo para não sentir empatia nenhuma por essa mulher que estava usando o seu marido para apenas um fim. Mas como não se solidarizar com ela? Quinn está representando neste livro todas as mulheres que sonham em ter filhos e não podem, todas as mulheres que estão sofrendo neste momento pois sabem que nunca irão poder gerar uma criança e, mesmo eu não querendo ter filhos, tipo nunca, eu sofri com ela em todos os momentos, pois eu tenho opção e ela nunca terá.

Todas as Suas (Im)perfeições é narrado em duas linhas do tempo: 
1. Antes, onde temos Quinn noiva de um cara muito rico, mas alheia às suas traições até conhecer Graham no corredor do prédio onde seu noivo morava; 
2. Agora, onde Quinn já esta casada com Graham há sete anos e sabe há pelo menos uns cinco que sua chance de ter uma família com sua alma gêmea é nula. Não é a primeira vez que CoHo nos mostra situações diferentes de uma mesma personagem em fazes diferentes da vida dela. A autora sempre consegue fazer isso tão bem que, mesmo se você estiver lendo distraidamente e não perceber que são duas linhas do tempo diferentes, é muito fácil notar mudança drástica de comportamento da protagonista.

Quinn, mesmo após descobrir a traição do tal ex-noivo, ainda tinha uma coisa dentro dela que fazia com que ela não se abalasse. Seus diálogos são sempre alegres e ela sempre vê o lado positivo de tudo. A Quinn do Agora é amarga, ressentida consigo mesma e não demonstra mais nenhum sentimento pelo seu esposo, mesmo que o ame muito. É muito fácil odiar a protagonista quando não nos colocamos em seu lugar, pois ela é uma personagem que incomoda, que não transmite coisas boas. Dá até vontade de deixar o livro de lado e ler algo mais feliz, mesmo sabendo que não podemos abandonáa-la naquele estado, sabe?

Graham é aquele personagem perfeito — eu amo os homens perfeitos que a CoHo cria. Por exemplo, não é difícil imaginar que Quinn traiu o ex-noivo para ficar com ele e, quando ele descobriu, tudo o que conseguiu fazer foi ser gentil com ela, ajudá-la a passar pela situação como se ele mesmo não estivesse sofrendo. Graham é tão altruísta que eu sentia raiva, me perguntava o tempo todo o porquê de ele não ser um cuzão como tantos homens que vemos por ai, mas como ele seria amando tanto Quinn? Ele sempre acreditou, desde o Antes, que eles são alma gêmeas, que todas as coisas culminaram para que eles se encontrassem exatamente naquele momento no corredor e depois de alguns meses em um restaurante. Gente, é tudo tão lindo que eu até renovo minha fé nessas coincidências.

Obviamente, o maior desejo de Grahamé fazer Quinn feliz, então se sente arrasado ao vê-la passando por tantas coisas terríveis sem fazer nada. Suas tentativas de agradá-la, de demonstrar seu amor acabaram comigo todas as vezes, pois é impossível qualquer pessoa fazer algo para amenizar a dor dela quando só há um objetivo. Mesmo no momento em que ele vacilou eu não consegui odiá-lo por completo, pois existem causas e consequências para tudo e naquela situação toda ninguém é culpado de nada a não ser a própria natureza.

Todas as Suas (Im)perfeições é sensível ao mostrar o relacionamento dos personagens antes do casamento e como tudo era tão lindo e perfeito. Porém, fique extremamente mexida ao ver como tudo ficou no passado. Acredito que nunca vou deixar de gostar desses personagens que tanto me ensinaram em poucas páginas. Prometi a mim mesma, como leitora, de que nunca deixarei de me colocar no lugar das personagens antes de julgá-los por suas atitudes: só quem está passando por situações extremas sabe realmente o que sentir.

Título Original: All Your Perfects ✦ Autor: David Wallace-Wells ✦ Páginas: 304
Tradução: Adriana Fidalgo ✦ Editora: Galera
Livro recebido em parceria com a editora
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4 de fevereiro de 2020

As Quatro Rainhas Mortas | Astrid Scholte


Eu adoro histórias de fantasia, mas geralmente é um gênero que eu evito porque grande parte dos autores dividem o enredo em trilogias e séries. Como prefiro livros únicos, me animei muito quando a Galera começou a divulgar As Quatro Rainhas Mortas. Aqui, conhecemos o continente Quadara, que era governado por um rei até o dia da sua morte. O rei deixou quatro rainhas viúvas, que resolveram dividir os continentes, de acordo com a origem de cada uma: assim surgiram os quadrantes Archia, Eonia, Toria e Ludia, cada um sob a tutela de uma das rainhas, que reinavam juntas, mas separadas. Desde então Quadara é governada apenas por mulheres, já que a coroa passa de mãe para filha. 

No ano em que a história se passa, as quatro comandantes são: Marguerite, rainha de Toria, 40 anos; Iris, rainha de Archia, 30 anos; Corra, a rainha de Eonia, 25 anos; Stessa a rainha de Ludia, 16 anos. É fácil notar que não existe idade mínima ou máxima para ser rainha e, além do mais, cada uma tem sua personalidade e um estilo de pensamento. Pode parecer difícil, mas no fim das contas conseguem se entender e governar em paz de acordo com as Leis das Rainhas. Enquanto somos apresentados à esse mundo pelo ponto de vista das rainhas, conhecemos Keralie, a melhor larápia e mentirosa de Jetée, um distrito de Toria. 

É aí que vocês se perguntam: o que Keralie, uma ladra profissional, tem a ver com as rainhas? Bom, não é segredo para ninguém que as rainhas vão morrer, já que o próprio título nos revela o fato. A questão está no porquê as rainhas estão morrendo, uma a uma, e quem está matando-as. Afinal, se as rainhas são mortas e não possuem descendentes, como o molde do reino será sustentado? É aí que Keralie entra, pois um dos seus furtos deu a ela informações extremamente valiosas que podem desvendar o mistério e, consequentemente, renderem à ela uma ótima recompensa. 

Todos devemos concordar que As Quatro Rainhas Mortas possui um enredo extremamente promissor, pois mistura duas fórmulas que dão muito certo, mistério e fantasia. O universo criado pela autora é muito interessante, mas ficou um pouco de lado quando o mistério foi introduzido. Acredito que se Astrid Scholte tivesse focado um pouco mais no desenvolvimento e estrutura de Quadara e na história das rainhas (que eu amei profundamente), a leitura teria sido muito mais proveitosa. Tudo bem, é justo levar em conta o fato de ser um livro único, mas algumas páginas a mais não fariam mal algum, não é mesmo? Histórias rápidas são ótimas, mas precisam SIM de desenvolvimento!

Me afeiçoei demais às rainhas, o que foi horrível porque eu sabia que todas elas seriam mortas a qualquer momento. O mais interessante no desenvolvimento delas é a rede de segredos que as prendem. Cada uma esconde alguma coisa por trás da fachada de "rainha perfeita", o que as torna extremamente humanas. Por outro lado, não consegui gostar muito de Keralie, a verdadeira protagonista da história — bom, Scholte tinha que escolher alguém para representar esse papel, não é mesmo? Ela é extremamente insegura a apresenta, a todo momento, um caráter dúbio, então é realmente difícil confiar nela. Inclusive, não sei como o Mensageiro, o pobre coitado que ela furtou e acabou envolvendo nessa confusão toda, conseguiu confiar nela tão rápido.

O mistério envolvendo a morte das rainhas não é ruim, mas possui algumas falhas, principalmente em relação à identidade do assassino — eu mesma não fiquei nem um pouco convencida. Além do mais, tudo foi resolvido de forma muito simples no final, igualzinho novela brasileira que o vilão sofre horrores e os mocinhos possuem um final feliz. Muitas resoluções me pareceram muito forçadas e até mesmo ilógicas e sem um pingo de noção. Acabou que eu fiquei bem frustrada, porque muita coisa não se encaixou como deveria. Ah, também rolou um romancezinho fajuto que não convence nem um pouco. Só queria dizer que um livro não precisa ter romance pra ser bom, gente. 

Eu não achei As Quatro Rainhas Mortas de tudo ruim. A narrativa de Scholte é muito fluida e ela soube encaixar reviravoltas nos momentos certos, além de conseguir nos prender com a coisa dos segredos das rainhas e, obviamente, nos deixar curiosos para saber quem era o assassino. Mas ainda assim, faltou alguma coisa. Sempre fico um pouco triste ao ver ideias tão legais se perderem no meio do caminho por falta de desenvolvimento, mas vida que segue, né?

Título Original: Four Dead Queens ✦ Autora: Astrid Scholte  
 Páginas: 392 Tradução: Adriana Fidalgo Editora: Galera
Livro recebido em parceria com a editora 

24 de janeiro de 2020

As Três Partes de Grace | Robin Benway


Eu li As Três Partes de Grace há um tempinho, mas não sabia exatamente como escrever essa resenha. Mesmo depois de muitos anos, tenho uma enorme dificuldade para escrever sobre meus livros favoritos ou sobre livros que me emocionaram ao extremo. Esse aqui se encaixa nas duas categorias. A história de Grace é, na verdade, a história de três irmãos, Grace, Maya e Joaquin, que são filhos da mesma mãe, mas, na verdade, nem se conheciam. 

A história se inicia em Grace, que, de certa forma, é o ponto central do livro. Não definiria como única protagonista, pois tudo é narrado pelos três irmãos de forma bem igualitária. Logo nas primeiras páginas descobrimos que Grace está grávida e pretende dar sua bebê para adoção — isso porque, além do pai da criança ter dado a mínima, os pais de Grace concordaram que a filha não teria nenhum tipo de estrutura para criar um bebê nessa altura do campeonato. Até aí tudo bem. O que surpreende, na realidade, é o fato de a própria Grace ser adotada. 

Após o parto e mantendo os planos de Pesseguinha — como a bebê é chamada pela mãe — ser acolhida por uma família melhor estruturada, Grace resolve procurar pela mãe biológica simplesmente porque queria saber se os motivos dela foram ao menos parecidos com os seus. E foi aí que seus pais adotivos revelaram sobre seus dois irmãos que, inclusive, moram praticamente do lado dela.

Gente, que livro mais bonito! Eu fiquei horas e horas pensando em como falar sobre ele para vocês, procurando alguma palavra para descrevê-lo, mas acho que não existe nada que possa expressar o tanto que esse livro é bom. Os personagens, por exemplo, são todos muito bem construídos. Grace, Maya e Joaquin têm momentos muito bonitos e especiais durante toda a história, todos condizentes com seus respectivos arcos. Gostei de todo mundo, mas foi Joaquin que realmente ganhou o meu coração. Dentre os irmãos, ele é que tem a vida mais sofrida, porque nunca foi adotado. Ele não fica se fazendo de coitado, mas é inegável que o abandono mexe muito mais com ele do que com as meninas.

É claro que a adoção é o tema central do livro, mas isso não significa que Robin Benway não tenha tocado em outros assuntos. Família — aquelas pessoas que te acolhem, te amam, te apoiam —, amizade, sexualidade e perdão são temas que também foram abordados com muita delicadeza pela autora. E por falar em coisas delicadas, acho que nunca tive contato com uma narrativa tão incrível e madura, que conseguiu contar tão bem a história desses três irmão, já que a cada página eles ficavam mais unidos!

As Três Partes de Grace é uma trama que impacta e emociona, foi claramente escrita para tal. A escrita é extremamente fluida, real e lotada de lições que são impossíveis de esquecer. O final foi muito emocionante e encheu o meu coração de alegria! Além de ter sido uma leitura muito proveitosa —  que, aliás, me fez chorar bastante —, me fez repensar os meus conceitos sobre adoção. Se você, assim como eu, é fã de histórias com protagonistas adolescentes e com alto teor dramático, esse livro é a escolha perfeita!

Título Original: Far From the Tree ✦ Autor: Robin Benway  
Tradução: Natalie Gerhart  Páginas: 322 ✦ Editora: Galera
Livro recebido em parceria com a editora 

16 de novembro de 2019

Impostores | Scott Westerfeld


Impostores é uma história que existe no mesmo universo que Feios (são do mesmo autor, afinal). Eu só li o primeiro volume da série e não tive problemas em entender a história em questão. Claro que você pega um pouquinho de spoiler de algumas coisas, mas é a vida.

O livro traz a história de duas irmãs gêmeas. Rafia e Frey. Rafia nasceu 26 Minutos antes e ela foi criada como a filha perfeita e imaculada, enquanto Frey foi feita de guerreira para proteger a filha que nasceu primeiro. Inacreditavelmente, as duas são muito unidas, mas também, sendo filhas de um líder autoritário como o pai delas, nem existiria outra opção. Ele é odiado, mas consegue tudo o que quer pelo poder que tem nas mãos.

Rafia então tem a melhor educação, é inteligente e é usada pelo pai, já que a população que o odeia, a venera. Frey foi criada para matar, ela sabe tudo sobre armas e sua missão de vida é proteger Rafia. Então, se alguma situação (discursos, exposições em público) colocam sua vida em perigo, não é Rafia, mas sim Frey. E o pai delas não pensaria duas vezes em sacrificar Frey se necessário fosse.

É difícil odiar alguém que luta ao seu lado. (p. 203)

As regiões onde o enredo se passa estão em guerra, pois o pai das meninas quer dominar todos os lugares, e alguns não estão tão afim de abrir mão das terras, enquanto os outros são os Rebeldes. O pai de Rafia e Frey firma um compromisso com Palafox, a primeira família de Victoria e Frey vai fingindo ser Rafia, como refém. E é a partir daqui que a história desenrola.

É muito surreal acompanhar a dinâmica entre Rafia e Frey e ainda ver o laço verdadeiro entre as irmãs. Impostores tem muitos conflitos por conta de governo autoritário e posse de terras. Frey acaba indo pras mãos de supostos inimigos porque seu pai quer mais e mais poder.

Durante minha vida toda achei que era a única impostora. Que todas as outras pessoas tinham certeza de que eram reais de uma maneira que jamais compreendi. Mas e se todos também estão fingindo? Talvez ninguém saiba quem é de verdade. (p. 277)

A história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Frey e isso dá uma boa visão de seus pensamentos e sentimentos ao longo das páginas. E eu gostei do autor ter usado a primeira pessoa porque considerando que Frey sempre foi a filha escondida, ela ter a voz na história provavelmente vai ser um recurso interessante futuramente também.

O livro não foi aquela coisa que me cativou como nunca, a história não é ruim, mas também não tem nada demais. Acho que o diferencial é só o lance das irmãs gêmeas e uma viver literalmente escondida e ninguém sequer saber que ela existe, de resto é um livro de distopia como qualquer outro.

A escrita é bem rápida de acompanhar e o fato dos capítulos serem curtos ajuda bastante. Até certo ponto eu li bem rápido, depois chegou num momento da história que eu fiquei com um pouco de preguiça porque parecia muito lenga lenga, algo bem repetitivo.

O final é um ótimo cliffhanger pro próximo volume e eu quero ver se isso vai dar certo. No geral, Impostores é uma leitura boa, mas sem nenhum grande elemento surpreendente que o diferencie de outros livros do gênero e até mesmo do que vi em Feios, a outra série do autor.

Título Original: Impostors ✦ Autor: Scott Westerfeld ✦ Páginas: 352
 Tradução: Giu Alonso ✦ Editora: Galera
Livro recebido em parceria com a editora

30 de setembro de 2019

Confidências de Uma Ex-Popular | Ray Tavares


Minha paixão pelos livros da Ray começou com Os 12 Signos de Valentina, definitivamente o único livro de adolescentes rebeldes que me cativou no auge dos meus 20 anos. Entretanto, Ray ataca novamente com mais um sucesso, com seus direitos já vendidos para a Paris Filmes: Confidências de Uma Ex-Popular. Ao contrário da tranquila e descontraída Valentina, Renata Vicenzo aprontou todas em São Paulo até finalmente perder sua fama, amigos e ser enviada para um colégio interno católico. Será que a jovem mimada da capital vai sobreviver trancafiada e frequentando missas obrigatórias todas as semanas?

26 de agosto de 2019

Especial | Ryan O'Connell


Quando eu peguei Especial para ler, imaginei que daria de cara com um YA, que é o meu gênero literário preferido — aliás, ainda não sei bem em qual gênero esse livro se encaixa, mas eu arriscaria uma autobiografia com uma pitada de humor —, mas fui deveras surpreendida ao descobrir que, na realidade, o protagonista dessa história é o próprio autor. 

3 de julho de 2019

36 Perguntas Que Mudaram o Que Sinto Por Você | Vicki Grant


Já pensou se existisse uma forma de fazer duas pessoas criarem um vínculo em tempo record? Pois acredite, existe e foi criada há 20 anos pelo cientista norte-americano Arthur Aron, professor da Universidade de Stony Brook em Nova York. Ele elaborou um experimento que consiste em 36 perguntas que prometem aproximar duas pessoas em menos de uma hora. O estudo foi publicado em 1997, intitulado "A geração experimental de proximidade interpessoal".

18 de junho de 2019

A Fada Mamãe e Eu | Sophie Kinsella


Não existia um livro da Sophie Kinsella que tinha ganhado o meu coração até eu ler A Fada Mamãe e Eu, e convenhamos que meus vinte e tantos anos não me impedem de me apaixonar por livros voltados para o público infantil. Esse livrinho fofo é tudo o que eu me imagino contando para os meus futuros filhos: as aventuras de uma menininha super inteligente que, pasmem, tem uma mãe que é uma fada. 

12 de abril de 2018

Coroa da Meia-Noite | Sarah J. Maas


Coroa da Meia-Noite é o segundo volume da série Trono de Vidro, da autora Sarah J. Maas. Após vencer a competição e se tornar a assassina oficial do rei, Celaena vê sua liberdade cada vez mais próxima. Nesse segundo volume, diferente do primeiro, a história se desenvolve num ritmo frenético. Tem sempre alguma coisa acontecendo, mais e mais mistérios vão surgindo, os relacionamentos e os conflitos são constantes e envolventes. 

7 de abril de 2018

Sem Filtro | Lily Collins


Adoro ler biografias, descobrir um outro lado de pessoas que não conhecemos pessoalmente ou de jeito nenhum. Para mim é muito interessante, principalmente quando eu mesma acabo aprendendo alguma coisa com a trajetória do(a) autor(a). Sem Filtro é a biografia de Lily Collins, atriz, modelo e escritora, filha do músico Phil Collins. Para ser sincera, conheço pouco o trabalho de Lily e pedi o livro mais pelo gênero, mas não me decepcionei.

29 de março de 2018

Uma Sombra Ardente e Brilhante | Jessica Cluess


Foi praticamente impossível não me interessar por um enredo onde uma mulher se sobressai em uma sociedade arcaica e extremamente machista. Em Uma Sombra Ardente e Brilhante, conhecemos a personagem Henrietta Howel, a primeira feiticeira em séculos. Mais do que isso, Nettie é a garota profetizada, que nasceu para salvar o mundo dos Ancestrais: "uma menina de origem feiticeira se levanta das cinzas de uma vida, vós deveis vislumbrá-la quando a Sombra queimar na Neblina de uma cidade reluzente". Apesar de possuir algumas ressalvas, me surpreendi bastante com a primeira obra de Jessica Cluess.

16 de março de 2018

Trono de Vidro | Sarah J. Maas


Celaena Sardothien, mais conhecida como a assassina de Adarlan, recebe uma proposta que pode lhe garantir a tão sonhada liberdade. Ela participará de uma competição que visa nomear o campeão do rei, representando o príncipe. Essa é a chance que ela precisava para poder garantir sua liberdade.

5 de março de 2018

Corte de Asas e Ruína | Sarah J. Maas


Corte de Asas e Ruína fecha a trilogia que conta a história de Feyre, sucedendo Corte de Espinhos e Rosas e Corte de Névoa e Fúria. O terceiro volume da trilogia começa onde o segundo terminou, com Feyre infiltrada na Corte Primaveril. Com a guerra a caminho, Feyre, Rhys e toda a Corte Noturna estão buscando aliados e tentando enfraquecer o inimigo.

3 de março de 2018

Bela Gratidão | Corey Ann Haydu


Bela Gratidão é um conjunto de relatos de uma jovem que deseja apenas durabilidade e pertencimento, e é justamente a simplicidade que torna a realização mais difícil. Montana está prestes a ingressar na universidade, mas está vivendo sob a sombra do famoso pai cirurgião, da irmã que rendeu-se às intervenções estéticas e da mãe que há muito não mantém contato. Mas as últimas férias trouxeram amor e muita instabilidade para a vida dessa loira. O que será que estará escrito em seu diário no final deste verão?

27 de fevereiro de 2018

É Assim Que Acaba | Colleen Hoover


Colleen Hoover já é uma das autoras preferidas de muitos leitores. Parte de seu sucesso está no fato de Colleen ter uma escrita muito fluída e unir romance chiclete com reflexões sobre temas importantes. Dessa forma, a autora consegue abordar assuntos delicados e complexos de forma descontraída, ligando entretenimento e informação.

14 de fevereiro de 2018

Análise de Séries: Corte de Espinhos e Rosas

Foto: Livros & Café

Sarah J. Maas, autora de outra série de sucesso, Trono de Vidro, é um dos grandes nomes da literatura na atualidade. Com muita criatividade e uma escrita agradável, Maas fez com que a trilogia protagonizada por Feyre se tornasse uma das histórias de fantasia mais conhecidas do universo literário.

3 de fevereiro de 2018

Uma História de Verão | Pam Gonçalves


Desde que eu li Boa Noite, primeiro livro solo da autora, decidi que iria acompanhar o desenvolvimento da Pam Gonçalves. Sempre acompanhei o canal dela e fiquei muito feliz com todas essas novidades, porque ela merece muito. Dessa vez, com uma premissa mais simples, Pam nos apresenta Ana Luísa — ou Analu, como gosta de ser chamada —, uma jovem adulta que acaba de descobrir que passou na faculdade em São Paulo. Antes de ir para lá, ela e seus amigos decidem curtir o restinho das férias em um lugar maravilhoso, a Praia da Rosa.