SOCIAL MEDIA

Mostrando postagens com marcador chiado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador chiado. Mostrar todas as postagens

15 de novembro de 2021

Guayrá | Jorge Marques Dias


O Guayrá é uma antiga região que pertenceu ao Império Espanhol. Em meados de 1630, as terras foram atacadas pelos bandeirantes, mas ainda que não fosse mais dominado pelos espanhóis, o Guayrá só foi reconhecido como território português em 1750. A partir de 1870, o local começou a ser ocupado por brasileiros e, em 1853, a província tornou-se o conhecemos hoje como o estado do Paraná.

Na trama criada por Jorge Marques Dias, que se passa no final do século 20, o Guayrá ainda existe e tornou-se uma pequena nação. Nuno, personagem que dá voz à história, apesar de viver em Portugal com sua família há muitos anos, nasceu no Guayrá e tinha um enorme desejo de retornar à sua terra natal. E eis que essa oportunidade chega como uma dádiva, em um momento em que ele precisava passar um tempo longe para decidir qual rumo tomar em sua vida pacata e deveras desinteressante. 

No primeiro quarto do livro acompanhamos a viagem conturbada do protagonista até chegar me seu destino final na América do Sul. Durante o percurso, Nuno se envolve com várias pessoas, e a sensação que eu tive no começo é que seriam personagens passageiros, do tipo que aparecem unicamente para preencher lacunas, sabem? É só à medida que o enredo se desenvolve que esses personagens vão mostrando sua importância para a história. 

Apesar da primeira metade da história ser bem lenta — afinal, leva bastante tempo até Nuno se acostumar com sua nova vida, uma vez que a curta visita se estende por um tempo indeterminado —, a escrita de Jorge Marques Dias é sensacional e muito convidativa. Interessante que eu senti a mesmíssima coisa enquanto lia O Senhor dos Anéis, que também é extremamente descritivo: parece que as coisas não andam, que nada vai acontecer, mas a verdade é que a trama é construída a partir dos detalhes. Cada pequena informação leva a um destino, e, para mim, esse é o propósito de Guayrá: nos atentarmos aos detalhes do cotidiano.

Não vou mentir para vocês. Guayrá é um livro bastante longo, com mais de 650 páginas, então pode ser um pouquinho difícil engatar na leitura. Sabe quando a gente pega um livro que é muito grande, passa um bom tempo lendo e constata que ainda faltam muitas páginas para descobrir o que vai acontecer com o protagonista? Dá uma ansiedade, né? Mas apesar disso, é justamente os pequenos mistérios que Jorge Marques Dias insere na trama que fazem com que queiramos seguir em frente: tudo o que a gente quer é saber onde história de Nuno vai parar.

Outra coisa que não posso deixar de falar é sobre a edição em si, que ficou muito bem feita. A fonte é de um tamanho super confortável — o que também ajuda a dar um gás na leitura — e eu fiquei simplesmente apaixonada pela capa, que é de um bom gosto incrível. Parece muito as capas dos clássicos publicados pela Penguin Companhia, que eu adoro. 

Recomendo Guayrá para pessoas que não se assustam fácil com livros muito grandes  — confesso que eu tenho um pouquinho, apesar de sempre gostar da experiência no final — e, é claro, para os apaixonados por tramas com contexto histórico real. O e-book está disponível para compra na loja Kindle, cliquem aqui para acessá-lo. Existe um outro livro de mesmo nome, portanto, caso forem comprar, atentem-se para o autor, certo?

Título Original: Guayrá ✦ Autor: Jorge Marques Dias
Páginas: 673 ✦ Editora: Chiado
Esse post foi patrocinado pelo autor, mas segue as diretrizes de autenticidade do Roendo Livros, que sempre divulga opiniões sinceras acerca de toda e qualquer obra

24 de outubro de 2018

Flores de Fogo | Stephanie Grünheidt


Flores de Fogo é um livro de ficção fantasiosa escrito por Stephanie Grünheidt e lançado pela Chiado em 2018. A obra conta a história de Benjamin, um simples um pescador de um pequeno vilarejo, que em um dia pacato, joga suas redes à água de um rio, mas vê as mesmas sendo consumidas em chamas. Aquele rio era o principal sustento de muitos pescadores e nenhum deles conseguia explicar o que estava acontecendo.