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22 de abril de 2024

O fenômeno Ali Hazelwood: uma (não tão) breve opinião sobre Noiva, Xeque-mate e Amor, teoricamente

Foto: @pimenta_preta
Juro para vocês que eu até pensei em fazer uma resenha separada para cada uma dessas leituras, mas vamos ser sinceros: eu ia enrolar até o fim do ano e não ia sair nada, e depois eu ia simplesmente desistir de falar sobre elas. Então, como li esses livros com um intervalo de tempo relativamente curto e são da mesma autora, achei que seria legal deixar minha opinião — totalmente parcial, já fiquem sabendo — aqui para vocês. 

Quem não vive em uma bolha, ou quem vive na bolha certa, provavelmente conhece a Ali Hazelwood. Ela ficou muito conhecida após o sucesso de A Hipótese do Amor, uma comédia romântica sobre uma cientista que acaba se envolvendo com um professor do setor onde realiza sua pesquisa de doutorado. Depois desse, podemos dizer que a carreira da autora deslanchou. Para ser bem sincera, além das situações cômicas entre os personagens, o que eu mais amo nos livros da Ali é justamente o fato dela trazer protagonistas que atuam nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) e, consequentemente, o ambiente científico/acadêmico para as tramas. Foi assim com A Razão do Amor e com as novelas que compõe a coletânea Odeio te Amar

Eu não costumo ser muito exigente com comédias românticas e é por isso que gostei de todas essas histórias, mas não vou negar que elas são mesmo muito parecidas. Nem acho que é por causa das protagonistas atuarem nas áreas de STEM, e por fazerem questão de mostrar o ambiente tóxico e machista do meio científico... A grande questão são os romances, geralmente com homens altos, musculosos, gostosos, ranzinzas e grandes feito guarda-roupas. Inclusive, acho que essa é maior crítica que a gente vê por aí sobre a autora e seus livros — e o fato de todos serem brancos, é claro —, mas querem saber a verdade? Eu adoro essa farofada. Não tem porque eu mentir para vocês. 

E foi por causa disso que eu resolvi ler Amor, Teoricamente, que é meu livro preferido da Ali Hazelwood até agora. Em primeiro lugar, sinto que o texto dela evoluiu muito. Ela consegue manter seu estilo de escrita, mas sai um pouco dessa "fórmula" de fanfic. Não tô dizendo que isso é negativo gente, seria até hipócrita da minha parte porque eu amo fanfic, mas dá para perceber claramente que ela saiu desse lugar-comum, o que significa que, de certa forma, ela ouviu seus leitores. 

Nessa história, Elsie Hannaway, uma física teórica, se envolve com Jack Smith, um físico experimental. Eles são basicamente rivais acadêmicos, mas fora desse contexto se dão muito bem. As diferenças já começam aí, porque os protagonistas não se "odeiam", dialogam bastante, mas existem outras questões que "impedem" que eles se envolvam romanticamente. Um deles, por exemplo, é o processo seletivo para professora titular que Elsie participa e que está diretamente ligado a Jack. Alías, essa parte foi muito bem desenvolvida no livro, e eu sei disso porque eu tô no meio acadêmico, e eu amei pra caramba! Ouso dizer que foi o que mais me cativou no enredo, e é uma das coisas que torna esse o meu livro preferido da autora. Também adorei que a Ali desmistificou duas coisas que todo mundo acredita: que professor universitário ganha bem e que pesquisa é valorizada em algum lugar

Depois, engatei a leitura de Xeque-mate, e foi muito bom porque foi um livro que me prendeu num momento que nada mais estava me interessando. Esse é o primeiro livro da Ali Hazelwood que não é voltado para o público adulto. Confesso que fiquei um pouco receosa porque sou do tipo de pessoa que acha que o sexo é uma das formas mais fáceis de conectar personagens, mas gostei muito de como a autora trabalhou essa questão da sexualidade aqui. Mallory é uma jovem de 18 anos, bissexual, com uma vida sexual muito ativa, mas tem dificuldade de se apegar às pessoas. Nolan, por sua vez, apesar de ser um pouco mais velho que Mallory, nunca havia experimentado de fato o desejo sexual. Essa dinâmica foi muito interessante de acompanhar. 

Mas voltando ao cerne da questão, nessa história não temos o famoso ambiente acadêmico, mas os personagens não deixam de ser super inteligentes. Mallory é uma ex jogadora de xadrez, que basicamente desistiu do esporte para sustentar a família. Seu pai faleceu há alguns anos — e mesmo se estivesse vivo, não posso dizer que a relação deles era muito boa —, sua mãe tem uma doença crônica nas juntas que a impede de trabalhar e ela tem duas irmãs mais novas. Esse foi um ponto que me incomodou muito durante a narrativa, porque não me parece normal uma pessoa tão jovem abrir mão de todos os seus sonhos porque acha que tem responsabilidade sobre a família. E o pior de tudo é que a própria família dela parece se sentir muito confortável com a situação.

Abrindo um parênteses aqui... Amo o fato da Ali ter criticado o sistema de saúde estadunidense tanto em Xeque-mate quanto em Amor, Teoricamente. No primeiro, Mallory não teria que aceitar um emprego insalubre, desistir do xadrez e da faculdade, se não tivesse que comprar os remédios caríssimos da mãe, e sem eles ela não consegue se manter saudável o suficiente para fazer qualquer coisa que seja. No fim das contas, ela não tinha muita escolha a não ser deixar que, indiretamente, Mallory assumisse o seu papel em casa e eu até demorei um pouco para entender isso. No segundo, Elsie tem diabetes e mesmo com dois empregos não consegue ter grana o suficiete para bancar um tratamento, o que faz com que ela seja obrigada a "trabalhar" por fora como uma espécie de acompanhante de luxo — acompanhante mesmo, nada sexual, gente. No Brasil esse tipo de coisa não aconteceria, né, mores. 

Espacinho para agradecer imensamente minha amiga Marcella por ter salvado minha vida com essas fotos incríveis, já que eu li os livros no Kindle. Agora vão lá no Instagram dela dar uma moral pois pfta d+.

Tá, retornando para Xeque-mate... Mallory acaba aceitando participar de um torneio de xadrez beneficente e, totalmente "sem querer", derrota facilmente o atual campeão mundial, Nolan. Por mais que exista o romance — e notem que os romances da Ali quase sempre são pautados em rivalidades e não necessariamente em relações de inimizade, o que é bem diferente —, o foco maior é na relação da protagonista com a família e no seu crescimento, tanto pessoal, quanto no xadrez. Mesmo depois de muito tempo sem jogar, Mallory se mostra uma competidora à altura, o que incomoda muitos homens. Essa questão do machismo é muito bem trabalhada em todas as histórias da autora, aliás, por isso que eu amo tanto.

E sobre o romance... É interessante perceber como a Mallory tem uma visão super distorcida de relacionamentos amorosos por causa de uma situação envolvendo seu pai, que também era jogador de xadrez. Acaba que esse ponto em específico não influencia somente a forma da protagonista se conectar emocionalmente com as pessoas, mas também em como ela enxerga o xadrez. Por isso gosto de dizer que é uma história sobre uma pessoa que precisa, acima de tudo, resolver seus dilemas para conseguir seguir em frente e entrar em uma relação. 

Agora, voltando totalmente para o rolê das fanfics, temos Noiva, o mais novo lançamento da Ali Hazelwood, e com certeza o livro mais diferente da autora — o que parece bem irônico, mas vou explicar. Primeiramente, é um romance sobrenatural entre um lobisomem, ou licano, e uma vampira, e foi praticamente inevitável associar a um universo alternativo em que a Bella e o Jacob de Crepúsculo ficaram juntos. Ao mesmo tempo, foge totalmente da dinâmica científica/acadêmica/totalmente nerd que estamos acostumados, ainda que a protagonista seja da área da tecnologia. 

Misery Lark é filha do maioral dos vampiros, e acaba sendo "obrigada" a casar com Lowe Moreland, o alfa do bando de lobisomens. Bom, historicamente sabemos que vampiros e licanos são inimigos mortais, e esse casamento é uma tentativa de estabeler a paz entre os reinos. Misery tem outras razões, nada a ver com alianças políticas, para aceitar essa união forçada, então ainda temos uma cerejinha no bolo que é essa aura de mistério

Além disso, acho que a maior diferença para todos os outros livros, é que me parece a primeira vez que o personagem masculino tem dilemas quanto ao relacionamento. Sei que muito disso vem do fato deles serem de clãs inimigos, mas o Lowe gosta da Misery e se sente atraído por ela desde o primeiro instante, mas existe alguma coisa dentro dele que impede o desenvolvimento dessa relação. Ainda mais porque a Misery meio que não esconde o tesão né, coitada. A pobre lá doida pro vuco-vuco e o querido "não podemos pois somos incompatíveis sexualmente bibibi bobobó". Enfim, senti que nesse livro a protagonista que tava pronta, e ela que teve que esperar pelo mocinho, sabem?

Também acho que Noiva é o livro mais sexy da Ali, até porque ela explora outras formas de sexo, outras formas de contato e outras formas de conexão — e olha que eu nem tô falando especificamente do babado do nó, que se vocês quiserem saber o que é, sugiro dar um Google ou imaginar dois cachorros cruzando, rs. Tem uma cena específica que rola dentro de um avião, depois deles firmarem uma aliança, que eu faltei morrer lendo e não podia dar nem um piozinho porque era madrugada e não podia acordar o meu querido. Inclusive, esse foi o primeiro livro que me fez virar uma noite lendo, depois de muito, muito tempo... Um hábito nada saudável para uma pessoa grávida, mas não consegui me controlar.

Então vocês me questionam... Nesse momento, eu sei que meu livro preferido da Ali é Amor, Teoricamente, mas eu não consigo ranquear os outrosA Hipótese do Amor tem meu primeiro guarda-roupa preferido, o Adam... Bee e Levi, de A Razão do Amor, arrancam suspiros com a maior tensão sexual da vida... Xeque-mate tem uma das tramas mais legais envolvendo o desenvolvimento pessoal da protagonista... Noiva me trouxe aquele sentimento gostoso de que finalmente os romances paranormais estão voltando com tudo e com muita qualidade... E até Odeio te Amar, que tem uma das minhas novelinhas favoritas, Sob o Mesmo Teto. Simplesmente não dá para escolher, gente. 

Eu acho que Ali Hazelwood merece esse hype todo. São histórias muito divertidas, sensuais, bem farofentas, mas sem deixarem de falar sobre algum assunto importante, do jeitinho que eu gosto. Agora, no dia que ela resolver me escrever um mocinho à lá Amaury Lorenzo, aí sim vocês vão me ver bem surtadinha. E é isso, assumo que sou completamente obcecada por essa autora e não vejo a hora de ler qualquer outra coisa que ela lançar. Apenas LEIAM, um beijo e um queijo. 

23 de março de 2023

Odeio te Amar, de Ali Hazelwood, é mais do mesmo?


Depois das minhas resenhas dos livros A Hipótese do Amor e A Razão do Amor, não restam dúvidas de que me apaixonei perdidamente pelas histórias criadas por Ali Hazelwood. Sim, eu sei que são comédias bem clichês, mas ninguém pode negar que as personagens femininas dela são maravilhosas e que a atmosfera acadêmica é um brilho muito merecido para nós, que pouco somos valorizadas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Então, é óbvio que eu não via a hora de ler Odeio te Amar, coletânea de novelas que acompanha as amigas Mara, Sadie e Hannah.

Nessa trilogia, Ali Hazelwood cria situações específicas para nos apresentar suas novas protagonistas. Nada é muito complexo, afinal, são tramas com menos de 150 páginas, então os problemas precisavam ser simples o suficiente para que a resolução também fosse simples. Mara, Sadie e Hannah são cientistas, como todas as mulheres criadas pela autora, e estão naquela fase de consolidação da carreira. Por causa disso, cada uma está em um canto diferente do mundo, trabalhando, pesquisando, mostrando do que são capazes, simplesmente f0d0n4s.

Apesar de serem três histórias diferentes, cada uma com sua protagonista, acho interessante lê-los em ordem de lançamento, porque temos vislumbres dos personagens anteriores nas tramas subsequentes, acarretando em inúmeros spoilers. Para não restar dúvidas, os títulos dessa série e a ordem de leitura são:

Sob o Mesto Teto: tem Mara, uma engenheira ambiental, como protagonista;
Presa com Você: acompanha Sadie, que é engenheira civil;
Abaixo de Zero: nos apresenta Hannah, engenheira aeroespacial da NASA.

Um artifício muito inteligente utilizado por Ali Hazelwood para que conhecêssemos melhor Mara, Sadie e Hannah foi intercalar os capítulos entre presente e passado, dando pra gente um panorama geral da vida delas sem precisar contar muitos detalhes. Isso acontece nos três volumes, mesmo com enredos diferentes para cada uma delas. 

Em Sob o Mesmo Teto, Mara descobre que sua orientadora deixou para ela de herança uma casa. O grande problema é que a mulher não era dona do imóvel sozinha, e Mara se vê obrigada a compartilhar o ambiente com Liam, um advogado muito renomado que trabalha para uma empresa petrolífera. Nesse sentido, já temos dois pontos que se tornam embate entre eles: além de serem completos opostos, inclusive na área de atuação, Liam não aceita muito bem essa surpresinha que sua tia tramou para ele.

Esta é a minha favorita dentre as três novelas, simplesmente porque achei que foi melhor desenvolvida e a química entre Liam e Mara é de milhões literalmente desde o primeiro encontro. Além do mais, gostei muito desse lance da disputa territorial e de eles se perceberem apaixonados aos poucos a partir da convivência. De todos, Sob o Mesmo Teto foi o único que me deixou realmente com um gostinho de quero mais, com aquele sentimento de "meu Deus, esse negócio podia ter umas 400 páginas que eu ia amar". Ah, obviamente a discussão sobre o papel da mulher na ciência está presente, aqui com foco em como homens infinitamente menos qualificados ocupam posições muito maiores em empresas.

Presa com Você, por sua vez, é o que apresenta o enredo mais enxuto: Hannah e Erik ficam presos no elevador do prédio onde trabalham e sabe-se que eles tiveram um envolvimento no passado, mas alguma coisa aconteceu para que eles parassem de falar um com o outro. Ao longo das páginas, vemos então como esses personagens se conheceram, o encontro romântico e a separação, ao mesmo tempo em que eles finalmente conversam sobre o assunto, algo inevitável com essa reaproximação forçada. 

Ainda que eu tenha achado legal, a trama de Sadie e Erik foi a que menos me agradou. Mesmo sendo curta e com pouco espaço para detalhes, achei o desenvolvimento um pouco fraco. É uma característica geral dos relacionamentos da Ali a falta de comunicação, mas isso chegou no ápice com esse livrinho. Eu fiquei muito ansiosa pra saber o que de tão ruim o "Thor Corporativo" tinha feito pra ser odiado de uma hora para outra e, quando a resposta finalmente vem, é meio decepcionante. Óbvio que o Erik não é um santo, mas a Sadie não também não fez questão nenhuma de conversar e isso me irritou bastante. Mesmo com teimosia, a protagonista é legal e ama futebol, coisa que eu amei porque compartilhamos essa característica — quem me acompanha no Twitter sabe muito bem os surtos.

Já Abaixo de Zero, apesar de ter os mesmos problemas de comunicação que citei do livro anterior, me conquistou demais pela protagonista. Quer dizer, Hannah é cientista, mas diferente das suas amigas e das outras personagens da Ali, não sonhou com isso a vida inteira. Inclusive me identifiquei bastante quando ela conta que sequer foi boa aluna antes de fazer faculdade. E olhem que legal: hoje sou cientista, nunca sonhei com isso e fui uma péssima aluna durante o Ensino Médio. Achei genial mostrar que é possível chegar lá com um pouco de esforço. 

O enredo é bem parecido com o anterior em algumas questões: Hannah também teve um envolvimento com seu par romântico no passado e se reencontra com ele no presente. Mas não houve nenhum mal entendido, ela só não queria mesmo embarcar num relacionamento sério. Hannah sequer odiava Ian até ele vetar uma verba importante para um projeto que ela desenvolveria no Ártico. De alguma forma, o superior dela consegue esse dinheiro e eles vão para essa missão super perigosa... E obviamente Hannah se envolve em um acidente e a única pessoa disposta a salvá-la é Ian. 

Outra característica que as três novelas compartilham é o estereótipo dos seus protagonistas masculinos, que são sempre fortes, altos, musculosos, maravilhosos, p4uzud0s e qualquer outro adjetivo que demonstre o quão enormes eles são. Via de regra, Ali Hazelwood adora homens aparentemente inalcançáveis: isso também acontece em A Hipótese do Amor e A Razão do Amor. Particularmente não tenho nada contra esse padrão, mas isso, aliado ao fato das mocinhas esterem sempre envolvidas com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, dá um ar de repetição às histórias. Eu, pessoalmente, concordo com essa afirmação e discordo dela ao mesmo tempo.

Por mais que tenham semelhanças, acho todos os personagens da Ali Hazelwood singulares, sabem? Podem ser parecidos fisicamente e o c4r4lh0 a quatro, mas cada um tem sua personalidade, algo que se sobressai. Além do mais, qual o problema em encontrar uma fórmula na literatura? A autora gosta de escrever sobre o assunto e muitas pessoas gostam de ler, então está tudo bem! Assim, quem curtiu a vibe de A Hipótese do Amor e A Razão do Amor com certeza vai adorar a trilogia Odeio te Amar. Histórias curtas, narrativa divertida, muita tensão sexual e cenas quentes na medida certa, do jeitinho que a gente gosta! 

Sob o Mesmo TetoPresa com Você Abaixo de Zero podem ser adquiridos separadamente na versão e-book, mas o volume físico com as três histórias + um capítulo extra sob o ponto de vista de Liam, Erick e Ian já está em pré-venda.

Títulos Originais: Under One Roof | Stuck With You | Bellow Zero
Autora: Ali Hazelwood ✦ Páginas: Total de 352
Tradução: Roberta Clapp ✦ Editora: Arqueiro

17 de fevereiro de 2023

Agentes da Coroa, de Julia Quinn: a duologia perfeita para começar a ler romances de época

Uma coisa vocês não podem negar: Julian Quinn é a rainha dos romances de época. Sei que existem diversas outras autoras consagradas, mas toda vez que penso no gênero, é ela que me vem na cabeça. Quem está aqui no Roendo Livros há mais tempo sabe que eu não era a maior consumidora desse tipo de livro, e acabei me rendendo depois de ler Os Bridgertons. Do mesmo universo, também li Os Rokesbys, que é igualmente boa, mas nada tira da minha cabeça que não existem livros melhores para começar a ler romances de época do que Agentes da Coroa.

Nessa duologia, Julia Quinn traz um enredo um pouco diferente de todos os seus outros livros por dois motivos principais: o primeiro é porque foge daquele ambiente luxuoso de Londres, uma vez que ambas as histórias se passam no interior da Inglaterra; e o segundo é porque os protagonistas, Blake Ravenscroft e James Siddons, são espiões que prestam serviço para a Coroa. Isso significa que, além do romance habitual, os dois livros que compõe a série possuem uma atmosfera de mistério e aventura que é muito legal de acompanhar e pode cativar mais leitores.

Apesar de cada livro ter seu casal protagonista e enredo com princípio, meio e fim, acho importante salientar que os livros de Agentes da Coroa devem ser lidos em ordem de publicação. Como Blake e James são amigos, já os conhecemos no primeiro volume, Como Agarrar Uma Herdeira. Além disso, os personagens desse primeiro livro são figuras carimbadas em Como se Casar Com um Marquês, o segundo e último volume da duologia. 

Eu gostei igualmente das duas histórias. É sério, simplesmente não consigo classificar a minha preferida e justamente por isso gosto de dizer que Agentes da Coroa é, na verdade, um grande livro que foi dividido em dois, rs. Em Como Agarrar Uma Herdeira a personagem principal é Caroline Trent, uma moça bem nascida que se vê presa em uma casa onde ninguém gosta dela. Como ficou órfã muito cedo, foi deixada aos cuidados de um tio que faz da bichinha gato e sapato e, como se isso já não fosse sofrimento o suficiente, o velho quer obrigá-la a se casar com o próprio filho para que ambos continuem usufruindo da enorme herança da garota. É óbvio que Caroline não quer se casar com qualquer salafrário e resolve fugir na calada da noite. 

Acontece que no meio dessa fuga Caroline é confundida com uma espiã super perigosa e é capturada por Blake Ravenscroft. Por mais que seja um imenso mal entendido, Caroline resolve se aproveitar da situação. Ora, ela pode até estar presa na casa de um desconhecido perigoso — porém lindo e sedutor —, mas pelo menos não terá que se casar com o primo nojento. Ela só precisa manter essa farsa por seis semanas, data em que completará 21 anos e passará a controlar seu próprio dinheiro. A partir daí vocês podem imaginar o que acontece, rs. 

Mesmo com esse negócio de sequestro e da mocinha se apaixonar pelo sequestrador, eu achei a história muito divertida e eu não esperava por isso. Porque assim, eu sei que é errado privar alguém da sua liberdade e já comecei a ler com esse preconceito, mas Blake tratava Caroline muito bem mesmo achando que ela era uma vilã perigosa. Tipo, em tese ele não sequestrou uma dama inocente e sim prendeu uma criminosa. Gostei muito mesmo da mocinha, porque ela é muito inteligente e engenhosa, e gostei igualmente do Blake, mesmo ele sendo uma pessoa mais fechada. E o que eu mais gostei foi porque a Julia Quinn mostrou o porquê de ele ter essa personalidade, uma das sequelas causadas pela guerra. 

Como se Casar Com um Marquês, por sua vez, acompanha Elizabeth Hotchkiss, simplesmente a dama de companhia da lady Danbury, uma das minhas personagens preferidas de Os Bridgertons. Diferente de Caroline, mesmo com títulos Elizabeth é muito pobre, e é obrigada a trabalhar para sustentar os três irmãos mais novos. O dinheiro é escasso, então ela sabe muito bem seu destino, que é se casar com um homem rico. Num ato de puro desespero, a mocinha resolve seguir as dicas de um livro muito suspeito, Como se Casar Com um Marquês, para colocar seu "plano casamento" em prática. 

É aí que ela conhece James Siddons, sobrinho de lady Danbury, que o convocou para investigar um chantagista que está tirando a paz da tia. É claro que, para isso, ele finge ser um simples cavalariço, mas na verdade é o marquês de Riverdale. No entanto, adivinhem só quem é a principal suspeita de James? Isso mesmo! E para passar mais tempo ao lado de Elizabeth, a fim de descobrir se ela é realmente culpada, James como quem não quer nada se oferece para ajudá-la a conseguir um marido, deixando-a praticar as técnicas com ele. 

Um dos principais motivos para eu ter gostado desse livro foi o desenvolvimento do relacionamento entre James e Elizabeth, já que se tormam amigos antes de se apaixonarem. E não vou mentir, adoro esses enredos com intrigas e revelações bombásticas no final, é óbvio. Porém o que quase me matou de tanto rir nesse livro foi essa perspectiva da mocinha ter que casar com um homem rico pra salvar a própria família, mas se apaixonar por um homem pobre que na verdade é rico e ela não sabe. A confusão, meu pai. 

Escrevendo essa análise, consigo perceber claramente o porquê de eu não ter um favorito: Como Agarrar Uma Herdeira ganha no desenvolvimento dos personagens, enquanto Como se Casar Com um Marquês ganha pelo enredo, o que acaba deixando os dois no mesmo patamar, digamos assim. Agora sim sinto que posso garantir que fui totalmente arrebatada pela Julia Quinn, que escreve esses romances como ninguém. Sério, eu já li esse gênero sob a perspectiva de outras autoras, mas nenhuma me conquistou tanto! Para quem quer começar a se aventurar também, indico fortemente os Agentes da Coroa.

Títulos Originais: To Catch a Heiress | How to Marry a Marquis
Autora: Julia Quinn ✦ Páginas: Total de 794
Tradução: Ana Rodrigues ✦ Editora: Arqueiro

10 de dezembro de 2022

É possível fazer sucesso utilizando a mesma fórmula em vários livros? A Razão do Amor, de Ali Hazelwood

Ali Hazelwood estourou no universo literário com seu primeiro livro, A Hipótese do Amor, que inicialmente era uma fanfic de Star Wars. A verdade é que além do enredo brilhante abrangendo uma mulher cientista, todos os personagens criados pela autora foram muito bem aceitos, bem como o envolvimento entre eles. O sucesso foi tanto que Ali repetiu a dose com A Razão do Amor, que apresenta uma história muito bacana e personagens igualmente carismáticos. 

Dessa vez acompanhamos Bee Königswasser, que diferentemente da Olive de A Hipótese do Amor, já concluiu o doutorado. Acontece que mesmo sendo muito inteligente e possuindo pesquisas muito relevantes para a área da neurociência, vários acontecimentos culminaram para que sua carreira não deslanchasse da forma que esperava. Até que surge uma oportunidade para liderar um projeto de neuroengenharia da NASA, e tudo parecia perfeito demais até ela descobrir que precisará trabalhar com Levi Ward, seu arqui-inimigo da época do doutorado. 

Pelo que Bee fala, o cara é detestável e fazia questão de ser muito mesquinho com ela, então rola aquele rancinho antes mesmo de sabermos quem ele é. E o pior que a raiva se torna muito real quando Levi é apresentado e ele realmente parece ser muito babaca, porque assim, o cara simplesmente ignora a Bee 90% do tempo e, quando não ignora, tem que fazer um esforço gigantesto pra ter qualquer tipo de diálogo com ela. Confesso pra vocês que esse início foi um exercício de paciência com esse homem, meu Deus do céu... Até entender o contexto das ações do Levi e até ele começar a interagir com a Bee como um ser humano normal, eu fiquei bem com um instindo assassino, rs. 

Assim, convenhamos que é extremamente complicado falar de um autor sem comparar suas obras, e não seria diferente com a Ali Hazelwood. Quero deixar bem claro que existem muitas semelhanças entre A Razão do Amor A Hipótese do Amor, a começar pelo protagonista masculino: assim como Adam, Levi é alto, forte, musculoso, troncudo, grande e qualquer outra característica física de um homem másculo. Foi aí mesmo que eu tive certeza que a Ali é totalmente obcecada pelo Adam Driver, que fez o papel do vilão Kylo Ren em Star Wars. Apesar disso, achei a personalidade deles bem diferente... O Levi é mais estourado, menos delicado, sei lá. 

Quanto as protagonistas, ouso dizer que a Bee, mesmo eu me identificando mais com a Olive, é muito mais legal e bem desenvolvida. Eu gostei muito da autora ter definido a personagem com características que são consideradas incomuns no âmbito científico, sabem? Ela usa roupas diferentes, tem cabelo colorido, é cheia de tatuagem. E infelizmente, até hoje, existe muito preconceito com a aparência física da gente. É sempre aquela coisa: "como as pessoas vão te levar a sério no trabalho se você usa o cabelo rosa, sai com essas roupas, tem tatuagem pelo corpo inteiro?". Obviamente isso piora quando a pessoa em questão é do sexo feminino. 

Por falar em machismo no ambiente científico, o tema é novamente muito bem retratado pela autora. Eu não esperava menos desse livro, uma vez que a Bee é uma cientista que lidera uma equipe 100% masculina, equipe esta que nunca dá credibilidade para as coisas que ela fala até o Levi demonstrar ter o mesmo ponto de vista. Dá um ódio gigantesco ser muito boa no que faz, ter certeza dos fatos que está expondo porque foram resultado de muito estudo, e ainda assim precisar um homem reafirmar aquilo para acreditarem em você. 

Mesmo com essas e outras semelhanças — outra bastante perceptível é o carinha que se faz de bom moço mas na verdade é um pa* no c* —, o envolvimento entre os personagens é diferente. Em A Hipótese do Amor a gente tem o famoso namoro de mentira, e aqui é mais no estilo enemies to lovers, mesmo eu achando que eles não são tão inimigos assim. Gente, homem é uma coisa muito esquisita, né? Digamos que o livro não teria acontecido se o Levi simplesmente tivesse aberto a boca e conversado com a Bee. Fico pensando porque cargas d'água ele pensou que ignorar a menina seria a saída mais fácil para os problemas que ele mesmo inventou, no fim das contas. 

Agora, não vou mentir para vocês: eu estava sim ansiosa para a cena hot desse livro. Eu amei demais a forma como a Ali Hazelwood conduziu a cena entre Adam e Olive em A Hipótese do Amor, e eu queria muito saber se foi um golpe de sorte ou se ela realmente tem o dom de escrever cenas de sexo de forma gráfica, mas delicada ao mesmo tempo. E gente... Mais uma vez fui tombada, principalmente porque a tensão sexual entre Bee e Levi é muito maior. Como consequência disso, achei A Razão do Amor muito mais erótico, uma vez que as cenas quentes aparecem com mais frequência.

Depois de falar igual pobre na chuva, voltemos ao questionamento inicial. Dá para se manter no topo do mundo literário escrevendo livros com enredos muito semelhantes? E a minha resposta para vocês é sim! A Ali Hazelwood achou o método dela, com protagonistas masculinos viris, mulheres inteligentes e independentes e esse plano de fundo científico que é um diferencial... Da mesma forma que, por exemplo, a Julia Quinn tem a fórmula dela para os romances de época e a Colleen Hoover tem suas receitinhas para os romances contemporâneos dramáticos, e são ambas autoras de muito sucesso. 

Fato é: quem gostou de A Hipótese do Amor vai gostar de A Razão do Amor, principalmente se a leitura for feita de forma despretensiosa. Inclusive, eu quis ler esse livro justamente porque eu sabia que enredo envolveria uma mulher que atua nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Assim como a Ali Hazelwood é obcecada pelo Adam Driver, eu sou obcecada pelas histórias que ela escreve, simples assim. As narrativas são muito inteligentes, engraçadas, sarcásticas e feministas, muito gostosas de acompanhar! Meu ponto fraco sim, vocês que lutem!

Título Original: Love on the Brain ✦ Autora: Ali Hazelwood
Páginas: 336 ✦ Tradução: Raquel Zampil ✦ Editora: Arqueiro

10 de novembro de 2022

Namoro de mentira, "só tem um quarto" e todos os clichês que eu mais amo: A Hipótese do Amor, de Ali Hazelwood

Pensei que nem traria resenha desse livro para vocês, uma vez que é o hype do momento e acredito que a grande maioria das pessoas já leu e tirou suas próprias conclusões. E por falar em hype, não sei vocês, mas eu gosto de dar uma chance para esses livros que estão fazendo muito sucesso... E ainda bem que segui esse raciocínio com A Hipótese do Amor, porque eu simplesmente amei! É clichê? Claro que sim! Mas ao mesmo tempo possui elementos que nunca tinha visto antes em comédias românticas, como a própria trama que se passa num ambiente de pós-graduação. 

9 de julho de 2022

Os Rokesbys: Mais uma série da Julia Quinn para chamar de minha

Até eu me acostumar, vou começar todos os posts em que falo sobre romances de época com "para quem ainda não sabe, me rendi aos romances de época" e vocês que lutem, rs. Mas é engraçado mesmo, porque nunca na vida imaginei que seria uma leitora desse gênero que tanto critiquei, então nunca vou superar esse fato. E por isso cá estou eu para panfletar mais uma série escrita pela Julia Quinn, Os Rokesbys, que também está inserida no universo dos Bridgertons.

Diferentemente de Os BridgertonsOs Rokesbys é uma série bem mais curta e muito mais recente: o primeiro livro foi lançado em 2018, então a Julia Quinn está com uma escrita infinitamente mais madura e dá para perceber isso nitidamente. O mais legal dessa série é que ela se passa alguns anos antes da série mais aclamada da autora. Os Rokesbys são amigos íntimos da família Bridgerton, mas muito antes de Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth pensarem em existir. Para vocês terem ideia, Violet e Edmund são citados aqui como jovens recém casados, mas é uma delícia entender como tudo começou e saber que existem outros Bridgertons perdidos por aí. 

Mas enfim, nessa nova série, conhecemos quatro irmãos muito charmosos: George, Edward, Andrew e Nicholas. Cada um deles vive um romance arrebatador com uma dama diferente de todas as damas da Inglaterra no século XVIII, e convenhamos que Julia Quinn é expert em criar mulheres que fogem do estereótipo. Uma coisa que achei muito interessante em Os Rokesbys é que, apesar do casamento ser algo muito importante para a época, a atmosfera é totalmente diferente. Os Bridgertons se passa em uma Londes extremamente luxuosa, com bailes maravilhosos e chamativos. Os Rokesbys, por sua vez, evidencia uma vida mais campestre e tranquila. 

Essa série também é do tipo que se pode ler os livros fora de ordem sem que o enredo fique confuso, uma vez que, apesar de existir um núcleo principal, cada livro tem um casal protagonista diferente. Porém, sempre defendo ler pela ordem de lançamento, porque os personagens de uma história sempre aparecem na outra para matar nossa saudade e nessa série isso é muito bem definido. Dessa forma, a ordem de leitura de Os Rokesbys é:

Uma Dama Fora dos Padrões, que conta o romance cão e gato entre Billie Bridgerton e George 
Um Marido de Faz de Conta, cujo enredo gira em torno do casamento de mentira entre Edward e Cecilia Harcourt
Um Cavalheiro a Bordo, com o romance aventureiro entre Poppy Bridgerton e Andrew
✦ Uma Noiva Rebelde, com o casamento arranjado — que deu certo no final — de Nicholas e Georgiana Bridgerton

Gente, eu gostei de todos os livros. Acho que essa é a primeira série que eu leio na vida que eu realmente gosto de tudo o que li, mesmo com alguns defeitinhos. Mas o meu preferido dos quatro ainda é o primeiro, Uma Dama Fora dos Padrões, justamente porque a Billie é diferente. É uma mocinha que gosta de administrar a fazenda do pai, brincava com Andrew e Edward quando eram pequenos, nunca se sentiu confortável com vestidos e as mil coisas que vinham por baixo deles... Resumindo, ela sempre gostou de ser livre! E obviamente tem toda a coisa do romance cão e gato que é muito irresistível né. De certa forma também foi improvável, porque Billie sempre achou que fosse se casar com Andrew ou Edward, que considera como amigos muito queridos, e não com George, o irmão arrogante e rabugento. 

Uma Noiva Rebelde vem logo em seguida também por possuir uma protagonista diferente. Mas dessa vez, diferente de todas as outras protagonistas que Julia Quinn já escreveu. A Georgie é muito destemida, não tem medo de nada e fica super indignada com a posição da mulher na sociedade, sabem? No livro, ela é sequestrada por um pretendente, dá um soco nele e consegue fugir, mas ao invés de ficarem impressionados com ela, a reputação dela vai por água abaixo por ter ficado sozinha por horas com um homem. É de ficar p* da vida mesmo, né gente? Outra coisa muito legal é que Nicholas estuda Medicina, e Georgie se interessa muito pelo assunto. Apesar de não poder entrar na faculdade por ser mulher, ela acaba estudando muito sozinha e o Nicholas super apoia ela, gostei muito disso. 

Em terceiro lugar temos Um Marido de Faz de Conta, que eu gostei demais, mas acabei me incomodando com a forma como o romance começou. Cecilia, a protagonista, precisou mentir que era esposa do Edward para conseguir informações sobre o irmão dela que desapareceu misteriosamente na guerra. Ele era amigo do Edward, que estava em coma, então meio que ela inventou isso por impulso também para conseguir cuidar dele. O problema maior nem foi a mentira em si, mas o fato dela ter enrolado tanto pra falar a verdade, no fim das contas. Mas óbvio que tem toda aquela coisa deles terem se aproximado só por causa disso e do enredo em si girar em torno disso, né? De qualquer forma é muito divertido. 

Um Cavalheiro a Bordo acabou ficando na última posição desse hanking, mesmo que eu tenha me divertido demais durante a leitura. A questão aqui é o cenário mesmo, que acaba deixando a história muito monótona. Na trama, Poppy é sequestrada por piratas que agem sobre o comando de Andrew, então o livro praticamente inteiro se passa dentro de um navio. Lógico que tem aquele clichê que a gente ama do "meu Deus só tem um quarto e teremos que dividí-lo", mas o romance também demora muito pra engatar. Também senti falta de mais envolvimento dos personagens secundários... Tudo girou muito em torno da Poppy e do Andrew e acabou que perdi a paciência com isso em alguns momentos. 

Mas sério, arrisco dizer que em relação aos livros gostei mais de Os Rokesbys do que de Os Bridgertons, pegando um panorama geral. Vocês que leram também: gostaram? Me contem aqui nos comentários! Agora já estou aqui me preparando para ler a duologia Agentes da Coroa e já doida para contar sobre ela para vocês.

Títulos Originais: Because of Miss Bridgerton | The Girl With the Make-Believe Husband | The Other Miss Bridgerton | First Comes Scandal
Autora: Julia Quinn ✦ Páginas: Total de 1136
Tradução: Thaís Paiva e Viviane Diniz
Editora: Arqueiro

22 de outubro de 2021

Eu finalmente terminei de ler Os Bridgertons, da Julia Quinn


Pois é, meu amores. Chegou o dia que vocês mais esperavam, aquele em que eu assumo que os romances de época não são tão horríveis quanto eu pregava, rs. Isso tudo porque eu resolvi ler O Duque e Eu, primeiro volume da série Os Bridgertons, e acabei me apaixonando. É claro que não foi do nada, como vocês podem imaginar. Eu fiquei muito curiosa para ver a série da Netflix, e achei mais que justo ler pelo menos a história da protagonista, Daphne, antes de assisti-la. Agora vocês que lutem comigo surtando por certos duques, viscondes e condes por aí.

Só para recapitular, não é que eu ache romances de épocas ruins, eu só nunca tive muita paciência pro contexto temporal. Nunca me agradou esse negócio de casamento arranjado e a sociedade extremamente patriarcal e machista do século passado — não que ainda não sejamos patriarcais e machistas, mas acho que vocês conseguiram me entender. A questão é que resolvi ler com o pensamento mais aberto, entendendo que as coisas eram daquele jeito e pronto, e foi justamente isso que fez com que eu aproveitasse e gostasse dos livros. 

A série criada por Julia Quinn é composta por oito livros + um spin off, que é um livro de contos lançado em 2016, exatamente 10 anos depois do último livro, A Caminho do Altar. Acho que os fãs e a própria autora estavam tanta saudade dos personagens maravilhosos que ela acabou não resistindo! Mas enfim... Cada livro tem como personagem principal um dos irmãos Bridgerton: Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Hyacinth e Gregory. Essa é a ordem cronológica dos irmãos, do mais velho para o mais novo — como vocês podem ver, Lady Bridgerton achou que seria uma ótima ideia nomeá-los em ordem alfabética —, e não necessariamente a ordem em que eles aparecem nos livros. Por exemplo, conhecemos todos os personagens, primeiramente, no livro cujo enredo gira em torno de Daphne, O Duque e Eu. Mesmo quando não são protagonistas, volta e meia os personagens aparecem nos livros dos outros irmãos, e eu adoro isso.  

De um modo geral, a série como um todo tem um enredo principal. Se passa em meados dos anos 1810, numa época em que o sonho de todas as mães de família era que suas filhas se casassem bem. Sendo assim, as temporadas sociais em Londres bombavam e o único intuito era encontrar o marido perfeito — rico e com título, de preferência — em meio aos bailes ultra luxuosos. O que eu mais adoro é que a sociedade é muito puritana, pelo menos numa fachada, mas a verdade é que todos os personagens possuem segredos muito, mas muito "pecaminosos". 

Os Bridgertons é o tipo de série em que podemos ler os livros fora de ordem. O enredo não fica comprometido, uma vez que cada livro tem um protagonista diferente. Mas é claro que é muito mais interessante lê-los a medida que foram lançados, pois assim ninguém corre o risco de pegar spoilers, né? Então, para quem ainda tem dúvida:

O Duque e Eu, que tem Daphne como protagonista;
O Visconde Que Me Amava, que tem Anthony, o irresistível, como protagonista;
Um Perfeito Cavalheiro, que tem Benedict como protagonista;
Os Segredos de Colin Bridgerton, o próprio nome já diz, rs;
Para Sir Phillip, Com Amor, que tem Eloise como protagonista;
O Conde Enfeitiçado, quando finalmente Francesca tem a visibilidade que merece;
Um Beijo Inesquecível, o livro da Hyacinth;
A Caminho do Altar, do nosso caçulinha Gregory;
✦ E Viveram Felizes Para Sempre, que é composto por segundos epílogos de todas as histórias anteriores.


Agora vamos aos pormenores. Em primeiro lugar, alguém pode me explicar por que cargas d'água O Visconde Que Me Amava é o livro preferido de todos os fãs da série? Espero respostas sinceras de vocês nos comentários, porque na minha cabeça O Conde Enfeitiçado e Um Perfeito Cavalheiro são infinitamente superiores — eu juro que não tô tentando criar intriga, pelo amor de Deus! Risos! Falando super sério, eu comecei a me apaixonar já no primeiro volume, mas O Conde Enfeitiçado roubou meu coração, porque a Francesca é a personagem "esquecida no churrasco", sabem? Tão esquecida que nem na série aparece direito e nem apareceu na foto de família, rs. Quase não falam dela nos livros anteriores, então eu não esperada nada da história dela, e foi a mais sensível e bonita, ao meu ver. Tive a sensação de que a personagem era mais madura, e justamente por isso achei que o enredo foi melhor desenvolvido. 

Para quem tá curioso, a minha ordem de preferência dos livros é: O Conde Enfeitiçado, Um Perfeito Cavalheiro, O Duque e Eu, Um Beijo InesquecívelOs Segredos de Colin Bridgerton, O Visconde Que Me Amava, Para Sir Phillip, Com Amor e A Caminho do Altar. Também me apaixonei pelo livro de contos e dei cinco estrelas para ele, porque respondeu exatamente todas as coisinhas que eu queria ter ficado sabendo durante as tramas. 

Como vocês puderam ver, o livro do Anthony não está exatamente no meu hall dos preferidos, mas ainda é infinitamente melhor que Para Sir Phillip, Com Amor e A Caminho do Altar — tudo bem, um enemies to lovers realmente conquista corações, eu concordo, e a Kate realmente é perfeita e sem defeitos. Mas enfim, fiquei tão decepcionada com a trama da Eloise, gente! É uma das minhas personagens preferidas e achei que a Julia Quinn foi contra toda a personalidade dela ao casá-la com um cara tão, mas tão diferente dela... Ainda mais ela que queria desbravar o mundo, poxa! Em relação à história do Gregory, tive a sensação de que a Julia Quinn estava meio esgotada, achei bem superficial esse rolê da melhor amiga feia que não chama atenção de ninguém.

Ah, é claro que eu não me esqueci da cena polêmica de O Duque e Eu. Realmente gente, não tenho nem palavras pra dizer o quanto fiquei incomodada e não tem como fechar os olhos e ignorar. Ao mesmo tempo, acho que temos que ter um ponto principal em perspectiva: a primeira publicação do livro foi em 2000, o que significa que ele foi escrito, provavelmente, na década de 90... As visões eram diferentes, o que era socialmente aceito era diferente. E ainda bem que as coisas mudaram e que conseguimos enxergar coisas que não são tão legais! Prova disso é que na série da Netflix deixou a cena bem mais leve, inclusive. 

E por falar em série, eu gostei e muito da primeira temporada! Adorei as modificações que foram feitas no enredo para que as cenas ficassem mais dinâmicas e principalmente o desenvolvimento dos outros personagens, que só ganham uma maior destaque mesmo nos próprios livros. Inclusive eu amei todos os personagens e as escolhas dos atores... Parecem que foram feitos para os papéis, vocês concordam? Sim, eu sou declaradamente apaixonada por Simon Basset e nunca vou superar o fato de que Regé-Jean Page não vai voltar para a segunda temporada, ainda que eu esteja super ansiosa por ela. Enfim, talvez minhas divagações sobre a série sejam assunto para outro post, o que acham?

É isso, gente! Queimei minha língua e aposto que vocês estão rindo deliciosamente da minha cara enquanto leem esse post. Então agora é a hora que vocês aproveitam esse momento de surto para me indicar novos romances de época tão apaixonantes quanto Os Bridgertons. 

Títulos: O Duque e Eu | O Visconde Que Me Amava | Um Perfeito Cavalheiro | Os Segredos de Colin Bridgerton | Para Sir Phillip, Com Amor | O Conde Enfeitiçado | Um Beijo Inesquecível | A Caminho do Altar | E Viveram Felizes Para Sempre
Autora: Julia Quinn ✦ Páginas: Total de 2864
Tradução: Cássia Zanon, Ana Resende, Cláudia Guimarães e Viviane Diniz
Editora: Arqueiro

23 de outubro de 2020

Meus Livros Preferidos da Editora Arqueiro

A Editora Arqueiro é conhecida, principalmente, por seus romances de época. Vocês me conhecem e sabem que não sou muito fã do gênero. Por isso mesmo achei que essa listinha seria incrível para, além de indicar livros muito legais, mostrar que a Arqueiro é muito mais abrangente do que vocês imaginam!

Água para Elefantes foi um dos primeiros livros que eu comprei na vida, logo quando eu comecei a pensar em criar um blog para compartilhar as minhas leituras. É uma história muito bonita e um pouco triste, para falar a verdade... Mas fazer o quê, eu adoro derramar umas lagriminhas enquanto leio. Aliás, esse é um dos livros com finais mais lindos que me lembro de ter lido.

Comprei esse livro por um motivo apenas: ele estava muito barato. Eu nem sabia do que ele se tratava e fiquei muito feliz ao me deparar com uma história sobre a Segunda Guerra Mundial. Hoje em dia é muito fácil encontrar livros com essa temática, mas A Vida em Tons de Cinza tem um diferencial, apesar de todos os clichês de guerra: a personagem principal é lituana e, aqui, o vilão é Stalin, que tomou os países Bálticos em 1941. Esperem uma história carregada de drama e cheia de ensinamentos sobre fé e amor.

Esses são os dois únicos livros que li do Harlan Coben e são dois livros que amo muito, ou seja, com certeza teriam mais livros desse autor nessa listinha caso eu tivesse tido contato. Cilada e Não Conte a Ninguém são ícones do suspense, de verdade. Falo isso porque em ambas as histórias fui surpreendida com plots que funcionaram bem demais. Se alguém ainda tem um pingo de dúvida, acredito que essas são obras muito boas para conhecer a escrita de Coben, porque deram muito certo comigo!

Okay, eu tenho quase certeza que 90% das pessoas que lerem esse post conhecem essas obras aclamadíssimas da Nicola Yoon, mas como posso deixar de falar delas aqui? Tanto Tudo e Todas as Coisas quanto O Sol Também é Uma Estrela são muito sensíveis e poéticos... E nossa, a narrativa da Yoon é a coisa mais deliciosa do mundo, a gente não consegue parar de ler até terminar. É uma coisa tão doida que ela usa mil e um clichês e ainda consegue inovar, sabe? Ai, amo.

 
 
Entre Irmãs não é simplesmente meu livro preferido da Arqueiro: é um dos meus livros preferidos da vida, ficando empatado com pouquíssimos outros em primeiro lugar no meu coração. Gente, essa é uma das histórias mais emocionantes que eu li na vida, fico com os olhos cheios de lágrimas só de lembrar de tudo o que essas protagonistas passam. Ah, além de se passar no Brasil na época do cangaço, o que é um super ponto positivo, a história foi adaptada pela Globo em formato de minissérie e ficou muito, muito fiel — Marjorie Estiano e Nanda Costa donas da teledramaturgia brasileira, apenas. 

Ficaram interessados nos livros? Adquiram através dos links abaixo e ajudem o Roendo Livros a crescer! Ah, e não deixem de comentar se já leram algum deles e qual o livro da Editora Arqueiro que vocês mais gostam!

Outros posts da série: 

Meus Livros Preferidos da Editora Seguinte

6 de outubro de 2020

Análise de Séries: Os Hathaways

 
Oi, pessoal! Tudo bem? Eu sou a Cássia, e agora também faço parte da equipe do Roendo Livros. A ideia inicial é que eu escreva sobre romances de época, um dos meus gêneros literários preferidos, mas pode ser que eu apareça com algum outro tema por aqui — se a tia Ana deixar, claro!

Para esse meu primeiro post eu resolvi falar um pouco sobre uma das minhas séries preferidas: Os Hathaways, da autora Lisa Kleypas. Eu conheci essa série meio que por acaso, porque acabei ganhando o segundo livro em um sorteio no Twitter, mas deixei a obra parada na estante por um tempo (como se isso fosse alguma novidade). Porém, em 2018 eu resolvi ler o primeiro volume da série e me apaixonei logo nas primeiras páginas. Depois devorei o segundo e fiquei num limbo literário, porque os livros dessa série são um pouco difíceis de encontrar — juro que não sei porque a Arqueiro faz isso.... Mas eu felizmente consegui completar minha série (obrigada Enjoei, Estante Virtual e Pablo rs) e finalizar a leitura dos livros. 

A série é composta por cinco livros + um conto (Casamento Hathaway, lançado apenas em e-book) e ao longo da trama vamos acompanhando o dia a dia da família Hathaway, em que cada livro tem como enredo principal um dos irmãos: Amelia, Leo, Win, Poppy e Beatrix Hathaway — e também vou considerar o Marripen nessa lista, porque ele é praticamente um irmão adotivo dos personagens citados anteriormente. Ah, vale lembrar que o conto, apesar de ter sido lançado depois, se encaixa entre Sedução ao Amanhecer e Tentação ao Pôr do Sol, segundo e terceiro volumes da série, respectivamente. Seria interessante que a leitura acontecesse nessa ordem, mas não é obrigatório, como em quase todas as séries de romance de época!

Tenho um carinho muito especial por todos os livros da série, mas o meu preferido é, sem sombra de dúvidas, Paixão ao Entardecer. A irmã caçula, Beatrix, sempre foi a personagem com a qual eu mais me identifiquei dentro desse universo criado pela Lisa Kleypas, e ter um livro inteirinho só dela fez meu coração pular de alegria. Foi muito gratificante acompanhar o desenvolvimento dessa personagem tão querida, que não aceitava rótulos e não tinha vergonha de quem era. Beatrix sempre foi muito excêntrica, acho que é por isso que eu gosto tanto dela! 

Eu gosto muito da escrita da Lisa Kleypas, principalmente porque ela consegue envolver o leitor desde o mais simples diálogo, até a mais elaborada cena. E não é a toa que ela é uma das autoras queridinhas dos fãs dos romances de época. Lisa consegue ser, ao mesmo tempo, ousada e cativante. E isso me agrada demais, porque apesar de ser uma série que se passa em meados de 1840, ela criou personagens bem construídos, mulheres a frente do seu tempo e o mais importante: uma família unida. 
 
Aliás, se vocês estão pensando que os Hathaways faziam parte da aristocracia, vocês estão bem enganados — e isso é o que torna essa série tão única, porque podemos acompanhar o amadurecimento, crescimento, acertos e erros dos personagens. Eu particularmente adoro quando uma história faz com que eu me sinta "em casa", e foi essa a sensação que tive enquanto lia a série.

Nossa! Pensei que o post não iria ficar tão longo, mas é muito bom falar sobre algo que nos faz bem! ♥ Espero que vocês tenham gostado da temática que abordei, e se alguém quiser algum post sobre um romance de época específico — ou sobre algum assunto relacionado ao tema —, é só deixar um comentário!

Títulos: Desejo à Meia-Noite | Sedução ao Amanhecer |  Casamento Hathaway | Tentação ao Pôr do Sol | Manhã de Núpcias | Paixão ao Entardecer
Autora: Lisa Kleypas ✦ Páginas: Total de 1387
Tradutor: Lívia de Almeida, Débora Isidoro, Maria Clara de Biase e Ana Rodrigues
Editora: Arqueiro

3 de abril de 2020

Apenas Um Olhar | Harlan Coben


Apenas Um Olhar é a segunda obra de Harlan Coben que passa pelas minhas mãos e o motivo pelo qual decidi me associar à TAG. Criei tantas expectativas para esse livro que, quando comecei a ler e a narrativa não me prendeu logo de cara, fiquei extremamente decepcionada e desanimei um pouco de continuar a leitura. Quem me conhece sabe que 2019 foi um ano difícil para mim e por isso acabei adiando essa leitura para esse ano. E não me arrependo, pois o final foi tão arrebatador que compensou toda a enrolação do começo.

Nessa história Coben nos apresenta Grace Lawson, uma mulher com um passado trágico que a deixou manca e às vezes ainda lhe causa pesadelos. Quando ela pega um pacote de fotos que mandou revelar, encontra uma foto misteriosa de vários jovens, tirada anos antes, dentre eles seu marido. Quando Grace mostra a foto para Jack Lawson, ele nega estar na foto e desaparece. Ela começa então a imaginar o que tinha naquela foto que fez seu marido, seu amável marido, ótimo pai para seus filhos, sumir do mapa. Com a ajuda de amigos e outras pessoas, Grace vai descobrindo a verdade aos poucos, sendo obrigada a reviver partes do seu passado.

Como eu disse, a primeira parte do livro não me prendeu muito, Coben começa com um assassino conversando com um homem e de repente conhecemos Grace. Não que isso seja ruim, na verdade fiquei bastante curiosa com o que esse primeiro capítulo tinha a ver com o resto da história, mas os capítulos seguintes não me apresentaram nada extraordinário, nada que me fizesse pensar que não havia outra opção se não continuar lendo.

Conforme a narrativa foi fluindo, muitos personagens foram introduzidos e comecei a imaginar qual seria a ligação entre eles. Até a metade do livro não consegui pensar em nada, era impossível saber tudo o que estava acontecendo e como os fatos se entrelaçavam. Da metade pra frente a trama começa a ficar mais interessante e começamos a fazer nossas suposições.

Óbvio que 99,9% de todas as suposições que eu fiz estavam erradas. Mas as últimas 100 páginas foram as mais intensas e tensas da história. Mesmo na reta final eu me perguntei como tudo terminaria e como assim o que eu acabei de ler aconteceu? Mais uma vez Harlan Coben conseguiu me surpreender e, bem no final, mudar tudo o que eu pensava sobre a história. Tudo se encaixou, o que tinha de ser esclarecido foi esclarecido e de quebra ainda ficamos com um questionamento final que está me incomodando até agora.

Apesar de ter demorado mais tempo do que deveria para ler a obra, acredito que Apenas Um Olhar seja uma leitura obrigatória para os fãs do autor e do gênero. A edição da TAG foi enviada para os assinantes da caixinha Inéditos em julho de 2019, no aniversário de 5 anos do clube. E o livro também já está disponível na edição de livraria, publicado pela editora Arqueiro.

Título Original: Just One Look ✦ Autor: Harlan Coben ✦ Páginas: 432 
Tradução: Ricardo Quintana ✦ Editora: Arqueiro & TAG Experiências Literárias
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11 de janeiro de 2019

Um Acordo Pecaminoso | Lisa Kleypas


Terceiro livro da série Os Ravenels escrita pela autora Lisa Kleypas, Um Acordo Pecaminoso foi o volume mais divertido até agora. Sou apaixonada por livros de época e esta série me prendeu de um jeito que fico desesperada a cada lançamento. Eu estava muito ansiosa para ler a história dessa protagonista, a mais revolucionária das irmãs Ravenel. 

18 de dezembro de 2018

O Jardim Esquecido | Kate Morton


Sabe quando lemos um livro tão bom, mas tão bom e bem construído que, no final, a gente se questiona de onde certos autores tiram tantas ideias criativas para escreverem histórias tão extraordinárias? Foi exatamente isso que aconteceu comigo quando finalizei O Jardim Esquecido. É tão incrível que não consegui achar um mísero furo no enredo. Aquele meme "poxa, nenhum defeito" é a expressão perfeita para esse livro.

7 de novembro de 2018

Eu Perdi o Rumo | Gayle Forman

 
Não sei vocês, mas eu acredito muito em destino — assim como acredito que podemos traçá-lo e mudá-lo a partir das nossas escolhas. Para mim, foi justamente esse tal destino que uniu os três protagonistas dessa história: Freya, Harun e Nathaniel. Eles perderam completamente o sentido da vida, mas, juntos, lutam para encontrar uma nova direção. Eu Perdi o Rumo é o último livro publicado pela Gayle Forman e, de longe, o mais coerente que li.

20 de agosto de 2018

Mais Forte Que o Sol | Julia Quinn


Segundo volume da duologia Irmãs Lydon, Mais Forte Que o Sol traz uma premissa agradável, com um romance que acontece de forma gradativa após um pedido de casamento inesperado. A história gira em torno da atrapalhada Ellie, irmã mais nova da protagonista do primeiro volume — Mais Lindo Que a Lua e Charles, o maravilhoso e irresistível conde de Billington.

17 de junho de 2018

Uma Proposta e Nada Mais | Mary Balogh


Quando eu tinha mais ou menos dezessete anos, li uma trilogia de época que ganhou o meu coração. Desde então, nunca mais achei nenhuma que me agradasse. Ouvi falar tão bem da Mary Balogh que resolvi dar uma chande para Uma Proposta e Nada Mais, primeiro volume da trilogia O Clube dos Sobreviventes. Infelizmente, foi com esse livro que eu descobri que nunca mais terei um relacionamento sério com um romance de época na vida.

17 de maio de 2018

Estrelas da Sorte | Nora Roberts


A esta altura do campeonato vocês já notaram que eu amo os livros da Nora Roberts, então não temos muitas novidades na resenha de hoje. Estrelas da Sorte é mais um lançamento da autora, que está escrevendo uma nova série, Os Guardiões, e está sendo publicada pela Editora Arqueiro aqui no Brasil. Juro que estou tentando ler todos os livros da Nora, mas tá ficando cada dia mais difícil!

6 de maio de 2018

A Luz que Perdemos | Jill Santopolo


A Luz que Perdemos é um romance no mesmo estilo de Um Dia, em que acompanhamos um casal ao longo de muitos anos. Lucy é nossa narradora e sua narrativa começa na manhã do dia 11 de setembro de 2001, quando ela conhece Gabe. Em meio ao terrível acontecimento que marcou essa data, Lucy e Gabe acabam criando um vínculo muito forte.

18 de março de 2018

A Mulher na Janela | A. J. Finn


A Mulher na Janela traz uma premissa que, por si só, não possui nada de muito original: uma mulher solitária espionando os vizinhos e que acaba ficando obcecada por uma família que, aos seus olhos, parece perfeita. Na verdade,é quase impossível não fazer comparações com A Garota no Trem, pois não só a premissa é parecida, como o título do livro. Porém, o diferencial de A Mulher na Janela está em seu desenvolvimento e no quanto essa história vai se tornando sombria e complexa.

12 de março de 2018

Um Sedutor Sem Coração | Lisa Kleypas


Um Sedutor Sem Coração é o primeiro livro da série Os Ravenels, da autora Lisa Kleypas. A série está sendo publicada no Brasil pela editora Arqueiro, que sempre investindo bastante em livros de época. Inclusive estou claramente me tornando uma leitora assídua desse gênero literário que há alguns anos atrás não me interessavam tanto assim. 

22 de fevereiro de 2018

Entre Irmãs | Frances de Pontes Peebles


Quando eu terminei de assistir Entre Irmãs — no formato de minissérie que passou na Globo —, fiquei tão mexida com a história das irmãs Luzia e Emília que não consegui parar de pensar na adaptação por muito tempo. Foi só um tempo depois que me toquei que o filme/minissérie foi baseado em um livro, publicado originalmente como A Costureira e o Cangaceiro, e que minha querida editora parceira havia relançado essa obra tão maravilhosa. Hoje, dias após ter finalizado a leitura, ainda penso nas melhores costureiras de Taquaritinga do Norte com um aperto no peito.