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13 de julho de 2021

Match imperfeito: O encontro de Dimple e Rishi | Sandhya Menon

Há algum tempo estava com vontade de ler algum livro da Sandhya Menon, já que só tinha visto comentários positivos sobre a autora. Match Imperfeito é o primeiro livro dela e já ganhou até adaptação para série da Netflix. Quando ele foi votado para ser o livro da LC do mês de um dos grupos que participo, decidi aproveitar a oportunidade e conhecer as histórias de Menon.

Nessa primeira história, conhecemos Dimple Shah, uma jovem de 17 anos indiano-americana, que só queria que seus pais compreendessem sua vontade de ir para a universidade ao invés de insistirem na busca pelo M.I.I. (Marido Indiano Ideal). Ela acabou de ser aprovada em Stanford e deseja passar as férias de verão na Insônia Con., um curso de programação que agregaria muito para sua formação e, caso ela ganhe a competição do curso, talvez tenha a chance de conhecer sua maior inspiração do desenvolvimento web, Jenny Lindt, já que há rumores que ela estará presente na premiação do curso desse ano.

Do outro lado, temos Rishi Patel, que é também indiano-americano, acabou de se formar no Ensino Médio e foi aprovado no MIT. Rishi tem grande respeito por seus pais e suas opiniões, por isso decidiu participar da Insônia Con., para conhecer sua possível futura esposa, Dimple. Nem preciso dizer que o primeiro encontro dos dois não saiu como ele esperava, não é mesmo?

Não tenho muita certeza do que eu esperava encontrar aqui, mas com certeza não era o que o livro entregou. Por ser uma autora tão bem falada, achei que encontraria um enredo diferente, algo que nos apresentasse à uma nova cultura e fugisse dos clichês. Ao invés disso, encontrei um romance água com açúcar que serve bem o propósito de entretenimento, mas não se aprofunda tanto nas questões mais importantes da história.

O livro é narrado em terceira pessoa e os capítulos são alternados entre os personagens principais, que é um estilo que sempre me chama a atenção. Mas aqui acho que acabou prejudicando em alguns momentos, ou pelo menos fez com que eu sentisse que alguns personagens e explicações fossem deixados de lado e por volta da metade do livro eu comecei a ficar levemente irritada com os protagonistas. Por um momento, achei que tinha encontrado um ponto de virada na história, algo que a autora faria diferente para fugir da mesma história de sempre, mas a decepção veio poucas páginas depois.

Duas coisas me desanimaram durante a história. A primeira foi que acreditei que teríamos mais detalhes sobre a Insônia Con. e que o relacionamento dos personagens seria desenvolvido aos poucos, conforme o tempo no curso fosse passando, mas tudo aconteceu de forma muito mais rápida e instalove do que eu estava esperando. Além de os detalhes do evento terem aparecido apenas quando convinha, sendo o maior foco o relacionamento dos protagonistas.

A segunda coisa que me incomodou foi um erro que muitos autores cometem, dando foco excessivo aos personagens principais e se esquecendo dos secundários. Existem mais dois livros dessa coleção, que não chega a ser uma série, mas pelo que entendi, temos alguns personagens em comum entre os três livros. Mas, aparentemente, mesmo com personagens em comum, os outros livros se passam em períodos de tempo diferentes, o que faz com que a falta de explicação sobre os personagens secundários seja, do meu ponto de vista, uma falha da autora.

No geral, tentei não prestar tanta atenção aos detalhes e curtir a história, já que o que eu precisava era apenas de algo leve para me recuperar de um livro com temas mais pesados que havia lido antes. Mas se seu objetivo for conhecer a cultura indiana ou qualquer outro que não entretenimento, acredito que Match Imperfeito não irá atender às expectativas. Ainda pretendo ler os outros livros da coleção e, quem sabe, dar também uma oportunidade para a série.

Título Original: When Dimple Met Rishi ✦ Autora: Sandhya Menon
Tradução: Lavínia Fávero  ✦ Páginas: 381 ✦ Editora: Gutenberg

27 de dezembro de 2020

Análise de Séries: The Good Place


The Good Place
teve início em setembro de 2016 (lançado nos EUA pela NBC), mas eu comecei a assistir apenas em março de 2018 (no Brasil está disponível na Netflix). A série teve 4 temporadas e seu episódio final foi lançado na Netflix dia 31 de janeiro desse ano. Por quase dois anos, venho acompanhando os personagens e aguardando ansiosamente a próxima semana para assistir cada pedacinho dessa história. E até hoje não consigo acreditar que não terei nenhum novo episódio para assistir.

Eu já havia mencionado a série aqui como minha série favorita dos últimos tempos (TAG: Séries), mas acredito que para mim ela se tornou muito mais do que uma das minhas séries preferidas. Apesar de ser uma série de comédia, ela traz várias reflexões sobre nossa vida e o que vem depois dela. Inclusive, não sei se vocês viram, mas o Barack Obama elegeu The Good Place como uma das suas séries preferidas de 2020... Quer motivo melhor que esse para começar a assistir agora?

Na primeira temporada conhecemos Eleanor Shellstrop (Kristen Bell), Chidi Anagonye (William Jackson Harper), Tahani Al-Jamil (Jameela Jamil) e Jianyu Li (Manny Jacinto), quatro pessoas que acabaram de morrer e foram para o Lugar Bom. Mas logo Eleanor percebe que alguém cometeu um erro, pois ela não foi uma boa pessoa na Terra e não deveria estar no "paraíso". Sem querer admitir o erro e aproveitar sua vida após a morte, ela pede ajuda à sua suposta alma gêmea, Chidi, que foi um professor de ética e filosofia quando em vida, para ajudá-la a se tornar uma pessoa melhor e conquistar seu lugar no "paraíso".


Michael (Ted Danson) é o arquiteto da vizinhança 12358W (onde nossos personagens principais moram, junto com outros 318 habitantes) e um dos meus personagens preferidos, talvez perdendo para a Janet (D'Arcy Carden) que é um tipo de assistente pessoal que sabe tudo sobre o Universo e pode materializar praticamente qualquer coisa que você queira. Apesar de serem personagens teoricamente mais desenvolvidos que os humanos, isso não os impede de se desenvolver e crescer ao longo da série.
 
Acho que a vida após a morte é uma questão que muitas pessoas discutem aqui na Terra, né? E que na realidade assombra a maioria de nós, porque ninguém tem a mínima noção de como é de verdade — e se realmente existe alguma coisa além do que conhecemos aqui... Esse é um ponto muito divertido em The Good Place, porque ela foi criada por Michael Schur em cima desse tabu. 

Outra coisa bem legal sobre a série é que em todas as temporadas existem referência de outras produções tão conhecidas por nós, como Friends, Harry Potter e até mesmo Game of Thrones! E por falar em produções, a trilha sonora é a coisa mais gostosinha que existe, então vale a pena conferir.
 
Sinceramente, uma das minhas maiores dificuldades em expressar meu amor por essa série, é fazer isso sem soltar nenhum spoiler. Isso acontece porque há uma grande reviravolta no final da primeira temporada, que afeta tudo o que se segue no enredo. A forma de agir dos personagens antes e depois da revelação muda e o crescimento pessoal de cada um depois disso é tão grande que ao reassistir a série (sim, eu já assisti tudo de novo e estou assistindo uma terceira vez), foi como se eu estivesse conhecendo cada um deles novamente.

Como eu disse, não dá pra falar muito sem acabar deixando escapulir um spoiler, por isso prefiro não dizer mais nada. Com apenas 4 temporadas e episódios curtos (aproximadamente 20 min por episódio), The Good Place é uma série digna de maratona. Tenho certeza que você vai se divertir com essa história e de quebra refletir sobre suas atitudes na Terra.


25 de novembro de 2020

A Prometida | Kiera Cass


Ainda não tenho muita certeza do que me chamou a atenção nesse livro. Talvez eu estivesse esperando uma narrativa leve e fluida, algo para me distrair. Com certeza não foi o que A Prometida me entregou. Ao invés de uma leitura leve e rápida, me deparei com um livro superficial, problemático e cansativo.

Na nova história de Kiera Cass conhecemos a jovem Hollis Brite, que vive na corte real de Coroa, no castelo de Keresken. Ela está prestes a ser pedida em casamento pelo rei de Coroa, Jameson. Tudo estava indo muito bem, ela estava feliz em sua posição, até perceber que seria apenas um enfeite ao lado do rei. Além disso, Silas Eastoffe, um jovem de Isolte (país vizinho de Coroa, com o qual já houveram desentendimentos no passado), chega ao castelo com sua família pedindo abrigo de seu rei, e acaba deixando a garota ainda mais confusa em relação aos seus desejos, pois ele a enxerga de uma forma que o rei jamais enxergou.

O livro é narrado em primeira pessoa, pela perspectiva da protagonista, Hollis. Talvez esse seja um dos motivos pelo qual eu senti falta de alguns detalhes durante a narrativa, principalmente da ambientação da história no começo. Essa falta de ambientação e a falta de acontecimentos relevantes nas primeiras páginas fez com que a primeira metade da história fosse mais arrastada para mim. Tive vários problemas durante a leitura, mas acredito que o principal foi a relação da protagonista com os demais personagens.

A começar pela própria Hollis, ela tinha muito potencial e poderia realmente ter feito a diferença, mas senti que a autora a utilizou como uma marionete e fazia com que ela pensasse e agisse apenas nos momentos que fossem mais convenientes para o enredo. Essa falta de caráter próprio foi um grande impedimento para mim na hora de simpatizar com os sentimentos da menina.

A relação dela com os pais também me incomodou bastante, pois eles quase nunca estavam presentes e, quando estavam, apenas oprimiam a menina, mesmo estando claro que a posição de maior prestígio no país em breve seria dela e ela raramente os enfrentava sozinha. O que nos leva à sua suposta melhor amiga, Delia Grace. Delia foi uma criança injustiçada por erros de seus pais, mas Hollis sempre esteve ao lado dela. Delia sempre foi mais inteligente e perspicaz e parece até inocente no começo, mas ao revelar alguns segredos no meio da trama, percebi que ela não era nada do que eu imaginava. Na verdade ela só pensa no benefício próprio e não se importa de verdade com a opinião da protagonista, inclusive sente muita inveja e ciúmes do que a amiga conquistou, mesmo quando percebe que ela está infeliz.

Apesar do plot ser, teoricamente, um triângulo amoroso, senti muita falta da presença do rei Jameson na narrativa. A relação dos dois sempre foi muito superficial e a protagonista sempre o tratou com muita cordialidade, como se os dois não tivessem nenhum tipo de intimidade. A história sobre como os dois se conheceram é tão superficial e clichê quanto a relação que eles mantêm, simplesmente não me conquistou.

O pior de tudo é que quando Silas Eastoffe chega ao castelo, junto de sua família, pedindo refúgio de seu rei, a protagonista parece se apaixonar instantaneamente por ele, depois de uma simples troca de olhares. Queria deixar claro que, a primeira vista, desconfiei de toda a família. A autora cria um clima de suspense sobre o passado dos Eastoffe, que deixaria qualquer um com uma pulga atrás da orelha, mas Hollis parece não se importar muito com isso e decide confiar neles logo de cara.

Eu estava errada em relação às minhas suspeitas, mas isso foi decepcionante. A verdade por trás da família não me deixou nem um pouco intrigada e o rumo que o "romance" entre Hollis e Silas tomou também não fez muito sentido para mim. Não posso dar muitos detalhes sobre essa parte, pois é provavelmente o maior spoiler da história, mas queria deixar claro que não fiquei feliz.

O único relacionamento do livro que me deixou feliz em alguns momentos foi a amizade da protagonista com a rainha de Isolte, Valentina. As duas começam se estranhando, claro, mas um tempo depois Hollis ganha certa intimidade com a moça e as duas se tornam boas amigas. Porém, como nada nesse livro são flores, existem alguns fatores que as impedem de ser o tipo de amigas que fazem trança no cabelo uma da outra e estão sempre felizes. Só o que me incomodou aqui foi o fato de não termos mais cenas das duas conversando.

Por fim, A Prometida prometeu muito mais do que cumpriu e terminou em uma tentativa falha de nos chamar atenção para o que acontecerá a seguir (ou não tão falha, pois quero saber sim o rumo que a história vai tomar - com expectativas abaixo de zero, claro). Mas de forma geral, sinto que Kiera poderia ter se aprofundado muito mais em algumas questões e trabalhado melhor em alguns pontos da trama, além de simplesmente deixar outros de lado. Espero sinceramente que a continuação seja melhor e que os relacionamentos entre os personagens sejam mais elaborados.

Título Original: The Betrothed ✦ Autor: Kiera Cass ✦ Páginas: 344
Tradução: Cristian Clemente ✦ Editora: Seguinte
Livro recebido em parceria com a editora

15 de outubro de 2020

Talking as Fast as I Can | Lauren Graham


Depois de assistir Gilmore Girls e ler Quem Sabe Um Dia, ainda não estava preparada para deixar Lauren Graham, então decidi ler Talking as Fast as I Can (ou Falando o Mais Rápido Que Posso na edição nacional, publicada pela Editora Record). Se a série, o revival ou o primeiro livro da autora me deixaram com alguma dúvida ou incômodo, a segunda obra de Lauren respondeu até o que nunca imaginei perguntar.

De sua infância até um tempo após o lançamento de Gilmore Girls: Um Ano para Recordar, Lauren nos conta um pouco de tudo. Seu caminho antes de conseguir o papel como nossa querida Lorelai Gilmore, como foi gravar cada temporada do show original, um pouco sobre Parenthood (outra série em que ela é uma das personagens principais), a experiência ao escrever seu primeiro livro até enfim voltar ao papel de Lorelai mais uma vez.

I still find that, in general, having a plan is, well, a good plan. But when my carefully laid plan laughed at me, rather than clutch at it too tightly I just made a new one, even if it was one that didn’t immediately make sense. In blindly trying a different path, I accidentally found one that worked better. So don’t let your plan have the last laugh, but laugh last when your plan laughs, and when your plan has the last laugh, laugh back, laughing!

A escrita de Lauren é bem-humorada e nos prende a cada capítulo. Os capítulos são curtos (exceto os dois em que ela fala sobre Gilmore Girls e sobre o revival) e Lauren nos mostra algumas fotos suas quando mais nova e outras de cenas da série para completar o que está contando.

Além disso, ao mesmo tempo em que ela nos conta tudo sobre sua carreira e um pouco de sua vida pessoal, a autora nos dá dicas e conselhos baseados em suas próprias experiências. Isso foi uma das coisas que mais gostei enquanto lia. Consegui me identificar mais uma vez com a personalidade da atriz e senti como se a cada palavra ela estivesse realmente falando comigo, tanto que segui (ou pelo menos estou tentando seguir, hahaha) algumas das dicas mencionadas no livro.

Sometimes the idea of doing something is the most fun part, and after you go through with it, you feel deflated because you realize you’re back to looking for the next thrill.

Acredito que mesmo quem não conhece o trabalho de Lauren pode gostar da leitura, mas vale avisar que se você tem a intenção de assistir Gilmore Girls algum dia, deve pular o sexto e o décimo quarto capítulos, pois são os capítulos onde ela retrata como foi sua experiência na série e no revival, com vários spoilers.

Leve e divertido, Talking as Fast as I Can é um ótimo livro para ler quando queremos relaxar um pouco ou simplesmente conhecer mais sobre Lauren. Como foi dito, a obra irá agradar mais quem já conhece o trabalho da atriz, mas não deve ser descartado por quem não a conhece. Por fim, apesar de já ter seguido em frente com minhas séries e leituras, ainda estou procurando uma oportunidade para ler o último livro lançado por Graham, In Conclusion, Don't Worry About It (foi lançado nos EUA em 2018, mas ainda não foi publicado no Brasil) e aguardo ansiosamente seus próximos filmes, séries e livros.

 Título Original: Talking as Fast as I Can Autora: Lauren Graham
Páginas: 224 Editora: Ballantine Books

24 de agosto de 2020

Nascido do Crime | Trevor Noah


Quando soube que o livro de janeiro da TAG Inéditos seria a autobiografia de um comediante, fiquei muito feliz e ansiosa. Mal podia esperar pela caixinha e pela história divertida que ela traria. Afinal, eu já li autobiografias de comediantes antes e me apaixonei. Não digo que estava completamente errada, de fato Trevor traz um tom de humor à sua história. Mas Nascido do Crime é muito mais que uma historinha engraçada sobre a vida de um comediante, pois mesmo quando o autor nos faz rir, nos questionamos se rir é realmente o que deveríamos estar fazendo.

Se eu tivesse me dado ao trabalho de ler a sinopse com mais atenção antes de tirar  minhas conclusões, talvez eu não tivesse pensado que daria gargalhadas do início ao fim. Trevor Noah nasceu na África do Sul, quando ainda existia o apartheid. Ele é filho de mãe negra e pai branco, por isso, para a época, "nascido do crime". Em sua autobiografia, ele nos conta um pouco de como foi nascer em um período ainda conturbado na África do Sul, como ele nunca se sentia parte de nenhum grupo mas, ao mesmo tempo, aprendeu a usar isso a seu favor.

Eu me tornei um camaleão. Minha cor era sempre a mesma, mas eu conseguia mudar a percepção dos outros sobre quem eu era. Se alguém falasse comigo em zulu, eu respondia em zulu. Se alguém falasse comigo em tswana, eu respondia em tswana. Talvez eu não me parecesse com você, mas, se eu falasse como você, éramos iguais.

A narrativa é dividida em três partes, que apesar de não terem títulos e acabarem indo ou voltando no tempo em algum momento, retratam sua infância, adolescência e um pouco da sua vida após o Ensino Médio. Apesar de Trevor ser obviamente o foco do livro, sua mãe foi uma pessoa que me impressionou bastante. Existe um capítulo em que o autor nos conta um pouco da história dela e percebemos claramente que ela era uma mulher a frente do seu tempo.

A relação entre os dois também é impressionante. Trevor diz que desde criança ela sempre o tratou de igual para igual, enquanto outras mães mal conversavam com seus filhos, pois não era assim que as coisas funcionavam. Uma coisa que me fez rir bastante sobre os dois foi um momento em que eles discutiam através de cartas, isso mesmo, cartas. Cada um tinha que escrever uma carta argumentando porque o outro estava errado e as respostas só eram aceitas se fossem escritas também.

— Por que isso tudo? Por que mostrar ao Trevor o mundo se ele nunca vai sair do gueto?
— Porque — respondia ela -, mesmo que ele nunca saia do gueto, ele vai saber que o gueto não é o mundo. Se eu conseguir pelo menos isso, já terei feito o suficiente.

Ao contar sua história, Trevor acaba esbarrando em vários assuntos que ainda hoje são problemáticos e geram discussões. Obviamente discute-se muito o racismo, mas também nos deparamos com problemas relacionados à religião e violência doméstica. Na maior parte do tempo Noah retrata tudo com bom humor e muitas vezes me peguei rindo quando na verdade eu deveria estar chorando.

Já foi anunciado que a obra será adaptada para as telinhas e mal posso esperar para ver como isso será feito! Além disso, em entrevista à TAG, Trevor disse que pretende escrever outro livro (mas sem pressa), então já estou ansiosa esperando pelos próximos capítulos dessa história.

Quando eu recebi esse livro, definitivamente não estava esperando a história que eu li. Nascido do Crime superou expectativas que eu nem sabia que tinha criado e com certeza está na minha lista de livros favoritos da vida.

Título Original: Born a Crime ✦ Autor: Trevor Noah ✦ Páginas: 336 
Tradução: Fernanda de Castro Daniel ✦ Editora: Verus & TAG Experiências Literárias
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26 de julho de 2020

Codinome Villanelle | Luke Jennings


Em Codinome Villanelle conhecemos Villanelle (nascida Oxana Vorontsova), uma psicopata assassina de aluguel, e Eve Polastri, uma ex-agente do serviço secreto inglês que agora foi contratada por uma agência de segurança nacional para identificar a assassina e aqueles que a contratam e capturá-los.

Ao ler a sinopse do livro, eu fiquei muito empolgada e louca para conhecer essa história, que imaginei que seria um suspense incrível, totalmente vira páginas. Mas minha primeira decepção foi descobrir que o livro é dividido em apenas quatro capítulos, o que acabou deixando a narrativa um pouco lenta para mim. Além disso, Luke Jennings tinha todos os elementos para criar uma narrativa envolvente, mas a forma como ele resolveu descrever o que estava acontecendo e o foco que ele escolheu para a história frustraram o potencial que ela tinha.

Villanelle é uma mulher inteligente e fascinante, seu passado também foi bem construído, mas descrito de uma forma um tanto maçante. Sem contar que a protagonista aparentemente tem que se relacionar sexualmente com praticamente qualquer personagem que cruze seu caminho, e isso foi o que mais me decepcionou no livro. As cenas da relação entre a psicopata e qualquer que fosse o personagem da vez foram descritas com mais detalhes do que as cenas em que ela está cometendo um assassinato, por exemplo.

Eve também é muito inteligente e ao longo do livro se torna cada vez mais obcecada por encontrar a assassina responsável por tantos crimes. O problema da história de Eve, ao contrário de Villanelle, é a falta de detalhes. Senti falta de um maior desenvolvimento da personagem ao longo das páginas, pois a princípio imaginei que ela coestrelaria a narrativa, mas ao meu ver ela se quase se encaixa no papel de personagem secundária.

Apesar de ter sentido falta do suspense, do mistério da história, o último quarto do livro conseguiu acender uma pequena faísca de curiosidade em mim, pois essa narrativa se encerra no que parece ser uma espécie de clímax. Basicamente, a história acaba onde eu achei que ela iria começar (rindo de nervoso).

A série Killing Eve, estrelada por Jodie Comer (Villanelle) e Sandra Oh (Eve), foi baseada nessa história. Eu já assisti ao primeiro episódio e de cara percebi que mudaram algumas coisas, o que não é algo ruim. Até agora, todas as pessoas que conheço que já leram o livro e assistiram a adaptação gostaram mais da série e acredito que não serei exceção.

Codinome Villanelle é o primeiro livro de uma trilogia e, ao que parece, é apenas uma preparação para os próximos livros. Ainda darei uma chance a essa história, já que o final me deixou um pouco curiosa, mas sem grandes expectativas (o que foi o meu maior erro ao ler o primeiro).
 
Título Original: Codename Villanelle ✦ Autor: Luke Jennings
Páginas: 216 ✦ Tradução: Leonardo Alves ✦ Editora: Suma
Livro recebido em parceria com a editora
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3 de abril de 2020

Apenas Um Olhar | Harlan Coben


Apenas Um Olhar é a segunda obra de Harlan Coben que passa pelas minhas mãos e o motivo pelo qual decidi me associar à TAG. Criei tantas expectativas para esse livro que, quando comecei a ler e a narrativa não me prendeu logo de cara, fiquei extremamente decepcionada e desanimei um pouco de continuar a leitura. Quem me conhece sabe que 2019 foi um ano difícil para mim e por isso acabei adiando essa leitura para esse ano. E não me arrependo, pois o final foi tão arrebatador que compensou toda a enrolação do começo.

Nessa história Coben nos apresenta Grace Lawson, uma mulher com um passado trágico que a deixou manca e às vezes ainda lhe causa pesadelos. Quando ela pega um pacote de fotos que mandou revelar, encontra uma foto misteriosa de vários jovens, tirada anos antes, dentre eles seu marido. Quando Grace mostra a foto para Jack Lawson, ele nega estar na foto e desaparece. Ela começa então a imaginar o que tinha naquela foto que fez seu marido, seu amável marido, ótimo pai para seus filhos, sumir do mapa. Com a ajuda de amigos e outras pessoas, Grace vai descobrindo a verdade aos poucos, sendo obrigada a reviver partes do seu passado.

Como eu disse, a primeira parte do livro não me prendeu muito, Coben começa com um assassino conversando com um homem e de repente conhecemos Grace. Não que isso seja ruim, na verdade fiquei bastante curiosa com o que esse primeiro capítulo tinha a ver com o resto da história, mas os capítulos seguintes não me apresentaram nada extraordinário, nada que me fizesse pensar que não havia outra opção se não continuar lendo.

Conforme a narrativa foi fluindo, muitos personagens foram introduzidos e comecei a imaginar qual seria a ligação entre eles. Até a metade do livro não consegui pensar em nada, era impossível saber tudo o que estava acontecendo e como os fatos se entrelaçavam. Da metade pra frente a trama começa a ficar mais interessante e começamos a fazer nossas suposições.

Óbvio que 99,9% de todas as suposições que eu fiz estavam erradas. Mas as últimas 100 páginas foram as mais intensas e tensas da história. Mesmo na reta final eu me perguntei como tudo terminaria e como assim o que eu acabei de ler aconteceu? Mais uma vez Harlan Coben conseguiu me surpreender e, bem no final, mudar tudo o que eu pensava sobre a história. Tudo se encaixou, o que tinha de ser esclarecido foi esclarecido e de quebra ainda ficamos com um questionamento final que está me incomodando até agora.

Apesar de ter demorado mais tempo do que deveria para ler a obra, acredito que Apenas Um Olhar seja uma leitura obrigatória para os fãs do autor e do gênero. A edição da TAG foi enviada para os assinantes da caixinha Inéditos em julho de 2019, no aniversário de 5 anos do clube. E o livro também já está disponível na edição de livraria, publicado pela editora Arqueiro.

Título Original: Just One Look ✦ Autor: Harlan Coben ✦ Páginas: 432 
Tradução: Ricardo Quintana ✦ Editora: Arqueiro & TAG Experiências Literárias
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11 de março de 2020

Pessoas Normais | Sally Rooney


Sinceramente, depois dessa leitura acredito que mais importante que não julgar um livro pela capa é não julgar um livro pela sinopse. Quando li a sinopse de Pessoas Normais, fiquei extremamente curiosa para saber mais. Mas, infelizmente, a autora não conseguiu atender às minhas expectativas.

Connell e Marianne estudam juntos na escola, estão no último ano do ensino médio, mas até então a única ligação entre os dois é que a mãe de Connell, Lorraine, trabalha na casa de Marianne. Em algum momento uma faísca ascende entre os dois e eles começam a se relacionar. Mas, entre a escola e a universidade, muitas coisas acontecem e eles ficam num vai e vem, tentando descobrir o que exatamente é a relação que eles têm.

Sinceramente, nunca me estressei tanto com um livro. O personagem masculino principal é um hétero top, querendo se passar por alguém que se importa com o sentimento da sua parceira, e a personagem feminina principal é fraca, além aceita tudo o que fazem com ela sem falar nada. Até agora não entendi se, para a autora (fiquei muito chocada quando descobri que uma mulher escreveu esse livro), Marianne é uma mulher bonita ou feia, não que a opinião da autora importe, mas cada hora tive uma impressão diferente.

É verdade que os personagens têm muitos problemas parecidos com os que muitos de nós temos, mas isso é tudo de “normal” que eles têm. Connell é sinceramente um babaca, mas insiste em se passar por mocinho inocente. E Marianne é o tipo de mulher que acredita que merece tudo que acontece com ela e nunca desconfia que estão abusando dela.

A linha do tempo também me confundiu muito, o espaço entre um capítulo e outro varia de semanas a meses, além disso a autora volta no tempo algumas vezes dentro do mesmo capítulo, para contar uma anedota que complementa o que está se passando.

É muito ruim quando não se tem nada de bom para falar sobre uma história, mas esse foi o caso. Talvez alguém tenha uma visão diferente, em alguns momentos eu senti pena sim de Marianne, pensei em como deve ser difícil ter a vida que ela tem, mas essa empatia para mim não foi suficiente para que eu desconsiderasse todo o resto que estava acontecendo.

Pessoas Normais é o segundo romance de Sally Rooney, pelo que eu li, sua primeira obra também deixou muito a desejar. Mas, quem sabe um dia eu não dê uma segunda chance à autora.

Título Original: Normal People ✦ Autora: Sally Rooney ✦ Páginas: 264
Tradução: Débora Landsberg ✦ Editora: Companhia das Letras 
Livro recebido em parceria com a editora

9 de fevereiro de 2020

Os Delírios de Natal de Becky Bloom | Sophie Kinsella


Eu tenho uma relação de amor e ódio com a Sophie Kinsella. O primeiro livro da autora que eu li foi Minha Vida (Não Tão) Perfeita, mas só gostei da segunda parte do livro, e o outro foi Mas Tem Que Ser Mesmo Para Sempre? e não gostei muito. Os Delírios de Natal de Becky Bloom é o nono livro da série Shopaholic, da conhecida protagonista Becky Bloom, mas é o primeiro que eu leio. Devo admitir que não esperava muito dessa história devido ao meu histórico com Kinsella, mas ela me surpreendeu bastante e eu simplesmente amei a leitura.

Resolvi dar uma chance a esse livro por saber que seria uma leitura leve e porque eu já assisti o filme inspirado em um dos livros, Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, e quando eu assisti gostei bastante e fiquei curiosa para saber um pouco mais sobre Becky. Mas o que eu senti lendo o livro, as passagens com as quais me identifiquei, superaram qualquer expectativa que eu pudesse ter criado.

Mas eu aprendi algumas lições importantes, que realmente mudaram meu modo de agir. Como, por exemplo:
1. Não uso mais sacolas de lojas. Elas eram minha maior felicidade na vida. Ah, meu Deus, a sensação de pegar uma sacola novinha em folha… as alças… o farfalhar do papel de seda… (Ainda fico boba de vez em quando com a coleção antiga que guardo no fundo do armário.) Mas agora uso ecobags. Pelo bem do planeta e tudo mais.
2. Apoio completamente o consumo responsável. Todo mundo sai ganhando! Você compra coisas legais e ainda consegue ser altruísta.
3. Nem gasto mais dinheiro. Eu só economizo.

Nesse livro Becky será a anfitriã no Natal e precisa organizar tudo: os enfeites, os presentes, os pratos a serem servidos, as músicas, enfim, tudo para que eles tenham um Natal perfeito. No começo ela se desespera um pouco ao saber que terá de organizar tudo sozinha, mas logo se anima e começa a fazer listas e mais listas de compras para que tudo seja perfeito. Mas como nem tudo são flores, os convidados de Becky começam a fazer muitas exigências e, para completar, seu ex-namorado roqueiro aparece na cidade e faz com que ela imagine quais são suas intenções.

Há muito tempo eu não ria tanto com uma história, nem me sentia tão próxima de uma personagem. Becky é muito mais que uma consumidora compulsiva e suas tentativas de conseguir os presentes perfeitos para sua família e amigos me fizeram rolar de tanto rir. Sua determinação para conseguir o que quer, até onde ela está disposta a ir para fazer quem ela ama feliz, é realmente impressionante. Além disso, ela é uma pessoa super empática e está sempre preocupada em ajudar e agradar a todos.

Ok. Nada de pânico. Nada de pânico, Becky. É só o Natal. Fico repetindo isso para mim o tempo todo – mas a questão é que não consigo mais acreditar nisso. Não existe essa coisa de “só o Natal”.
Está tudo saindo do controle. Por exemplo: 1. Minhas guirlandas sempre caem da prateleira da lareira, mesmo depois de eu usar Durex, fita crepe, fita dupla face e, na hora do desespero, de decidir usar meus halteres de ginástica para mantê-las no lugar. 2. Meu globo de neve gigante com uma vila de Natal vazou pelo chão ontem. 3. Meu vestido Alexander McQueen ainda não me serve, mesmo eu tendo feito vinte agachamentos antes de me enfiar nele e ter encolhido a barriga.

Apesar de Becky ser claramente nossa estrela principal, senti que os personagens secundários foram tão importantes e divertidos quanto ela. Seu marido é super atencioso, sua filha não poderia ser mais engraçada, seus pais também são sensacionais. Além de sua irmã (meia irmã, na verdade), que é vegana e faz com que Becky se esforce ainda mais para atender suas expectativas. E claro, sua melhor amiga, que sempre a apoia, mesmo quando pensa um pouco diferente.

A leitura desse livro para mim foi extremamente fluida e divertida. Claro que o livro é clichê, mas é um clichê divertido que, mesmo sabendo o que vai acontecer no final, faz com que você leia cada palavra de cada página ansiosa pelo que está por vir. A autora conseguiu me prender do início ao fim, chegando ao ponto de virar uma noite na história de “só mais um capítulo”.

Eu li esse livro como quem não quer nada, apenas para me distrair, mas acabei me divertindo muito e com certeza vou colocar os outros livros da série na minha lista de leituras. E tenho certeza que quem gosta da Becky vai amar essa história também.

Título Original: Christmas Shopaholic ✦ Autora: Sophie Kinsella ✦ Páginas: 480
Tradução: Natalie Gerhardt ✦ Editora: Record
Livro recebido em parceria com a editora

21 de dezembro de 2019

Roendo Indica: Filmes de Natal Para Ver na Netflix


Não sei vocês, mas eu amo o Natal. É sinceramente minha época preferida do ano, talvez perca só para o dia do meu aniversário rsrsrs. E como nada combina mais com Natal do que filmes clichês, eu resolvi fazer uma listinha com 10 filmes do gênero para vocês.

1. O Príncipe do Natal — A Christmas Prince


Quando uma repórter chamada Amber (Rose McIver) se disfarça de tutora para fazer uma reportagem inspirada na vida de um príncipe playboy, ela acaba se envolvendo em uma intriga real e vive uma grande paixão. Porém, depois de encontrar o amor de sua vida, será que Amber vai ser capaz de manter sua mentira em nome de uma matéria?

2. O Príncipe do Natal: O Casamento Real — A Christmas Prince: The Royal Wedding


Um ano depois de Amber ajudar o Príncipe Richard a protejer a coroa, os dois estão prestes a se casar em pleno Natal. Mas os planos do jovem casal são ameaçados por uma crise política que pode prejudicar o futuro do reino e pela insegurança de Amber em se tornar rainha.

3. O Príncipe do Natal: O Bebê Real — A Christmas Prince: The Royal Baby


Aldovia está em clima de Natal enquanto a Rainha Amber (Rose McIver) e o Rei Richard (Ben Lamb) se preparam para tirar um tempo para si e cuidar do seu primeiro filho, que está para nascer. Porém, primeiro eles precisam renovar um sagrado tratado de paz com o reino da Penglia. Quando uma tempestade de neve atinge o castelo na véspera de Natal e o tratado desaparece, o casal real precisa encontrar o ladrão para garantir a segurança de sua família e seus súditos.

Essa trilogia vai te prender e ainda vai deixar um gostinho de quero mais.

4. Klaus


Em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico, Jesper (Jason Schwartzman) é um estudante da Academia Postal que enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva (Rashida Jones) e no misterioso carpinteiro Klaus (J.K. Simmons), que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.

Este é, provavelmente, o filme natalino mais famoso de 2019. Acho que isso já é motivo suficiente para assistir!

5. Crônicas de Natal — The Christmas Chronicles


O presente de natal das crianças ao redor do mundo está em risco. Isso porque os irmãos Kate (Darby Camp) e Teddy Pierce (Judah Lewis) fizeram suas travessuras. Empenhados em flagrar o exato momento da chegada do Papai Noel, os dois se acomodaram em seu trenó e, acidentalmente, danificaram o veículo. Agora eles precisam fazer uma uma força-tarefa para ajudar o bom velhinho a correr contra o tempo, entregar os presentes e salvar o Natal.

Filmes natalinos onde as crianças correm o risco de não receber o presente? Receita divertidíssima e infalível!

6. Cartão de Natal — Christmas Inheritance


Antes que a ambiciosa Ellen Langford possa herdar o negócio de presentes de seu pai, ela deve entregar um cartão de Natal especial para o ex-parceiro de seu pai em Snow Falls, a cidade natal que ela nunca conheceu de verdade. Quando uma tempestade de neve a obriga a parar numa pousada da cidade, ela acaba encontrando um amor e descobre o verdadeiro significado do Natal.

Se existe filme melhor do que os que contam a história de uma menina mimada que teve que aprender que a vida não é tão fácil assim, eu desconheço.

7. Um Passado de Presente — The Knight Before Christmas


Depois que uma feiticeira transporta o cavaleiro medieval Sir Cole (Josh Whitehouse) para a época atual em Ohio, durante as festas de fim de ano, ele faz amizade com Brooke (Vanessa Hudgens), uma professora de ciências inteligente e gentil que está desiludida pelo amor. Brooke ajuda Sir Cole a navegar no mundo moderno e tenta ajudá-lo a descobrir como cumprir sua misteriosa e verdadeira missão - o único ato que o levará de volta para casa. Mas, à medida que ele e Brooke se aproximam, Sir Cole começa a se perguntar se realmente quer voltar à sua antiga vida.

Apesar de ser um clichê, esse filme é um pouco diferente, foge um pouco da lógica.

8. Deixe a Neve Cair — Let it Snow


Uma forte nevasca atinge a cidade de Gracetown na véspera de Natal e a transforma em um inesperado refúgio romântico. Um trem retido no meio do nada, uma corrida com os amigos no frio congelante e lidar com a tristeza da perda do namorado ideal. Três histórias de amor distintas que se conectam entre si.

Coloquei esse filme aqui porque não poderia faltar, mas vamos deixar bem claro que na maioria das vezes o livro é 986868986 vezes melhor que o filme. Então, já fica a dica de leitura pra vocês também.

9. A Princesa e a Plebeia — The Princess Switch


Uma duquesa e uma confeiteira descobrem que são sósias perfeitas uma da outra e decidem trocar de lugar. Quando elas se apaixonam por homens que não fazem a menor ideia de quem elas são de verdade, esse plano pode virar um problema.

Esse é um clichê bem clássico, que não pode faltar na sua listinha de Natal.

10. O Natal de Cinderela — A Cinderella Story: Christmas Wish
 

Kat (Laura Marano) é uma jovem aspirante a cantora, cujos sonhos sempre são esnobados pela cruel madrasta e meia-irmãs fúteis. Trabalhando como elfa na feira natalina, ela se encanta pelo belo Nick (Gregg Sulkin), novo Papai Noel da festa. Quando é convidada para um elegante baile que pode ser sua chance de sucesso, a protagonista é vítima da inveja da família, mas contará com o apoio da melhor amiga, Isla (Isabella Gomez), para comparecer ao evento.

Por fim, não tem como falar de filmes clichês sem uma versão da Cinderela. Sério, já assisti tantas versões que até perdi as contas.

Vocês já assistiram algum? Recomendam algum outro que não está na lista?

21 de outubro de 2019

Através do Vazio | S. K. Vaughn


Apesar de ter minhas preferências e tender a ler sempre os mesmos gêneros, vez ou outra tento descobrir alguma coisa nova. Dessa vez, resolvi dar uma chance ao Sci-Fi. Através do Vazio me levou em um carrossel de emoções e também me deixou bem confusa.

3 de junho de 2019

Quem Sabe Um Dia | Lauren Graham


Quando terminei de assistir Gilmore Girls, senti um vazio e uma saudade dos personagens que comecei a assistir entrevistas da Lauren Graham (nossa eterna Lorelai Gilmore) no YouTube. E foi assim que descobri que ela tinha escrito um livro, baseado em sua própria vida, chamado Quem Sabe Um Dia. Quando finalmente consegui o livro, preenchi cada segundo livre do meu dia lendo suas páginas.

29 de abril de 2019

A Viúva de Safira | Dinah Jefferies


Sou apaixonada pelos livros da Dinah Jefferies. O Perfume da Folha de Chá foi o primeiro romance de época que li e quando vi que, além de ser uma obra de uma das minhas autoras preferidas, A Viúva de Safira contaria com a presença dos personagens do primeiro livro, não pensei duas vezes antes de solicitá-lo.

15 de março de 2019

Gilmore Girls: Um Ano para Recordar


Como eu disse na TAG Séries, comecei a assistir Gilmore Girls há mais ou menos quatro anos e parei quase no final da segunda temporada, pois na época eu tinha uma rotina apertada e não estava com muita paciência para séries com episódios muito longos. Agora, com uma rotina um pouco menos agitada, consegui não só terminar as cinco temporadas restantes, mas também assisti ao revival, Gilmore Girls: Um Ano para Recordar, que conta com quatro episódios de aproximadamente uma hora e meia cada.

Gilmore Girls foi uma série que não me prendeu tanto no começo, mas conforme o tempo foi passando, comecei a me apegar aos personagens e a história como um todo. No final das sete temporadas, eu já me sentia uma Gilmore, tanto que não esperei nem um dia pra começar a assistir ao revival.
 
Devo admitir que, ao mesmo tempo que gostei de ver que houve um desfecho para algumas histórias que ficaram incompletas na série original, o revival me desapontou um pouco. Acredito que com nove anos (tempo que se passou entre o final da série original e o revival) os personagens deveriam ter evoluído um pouco mais. Senti quase como se o tempo tivesse passado para nós, mas Stars Hollow estivesse presa em 2007.

Rory (Alexis Bledel) foi a personagem que mais me incomodou. Ela parece completamente diferente e distante do que já foi um dia. No final da série original, ela tinha acabado de se formar na Universidade e conseguiu um emprego não muito bom, mas até aí tudo bem. Após acompanhar tudo pelo que ela passou, imagina-se que nove anos depois de formada, o mínimo que Rory teria seria um emprego estável. Mas não só ela ainda está em uma espécie de limbo quanto ao trabalho, sua vida amorosa parece estar despencando também.
 

Além de tudo, a relação da personagem com Lorelai (Lauren Graham) deixou muito a desejar. As duas parecem ter se distanciado um pouco, o que talvez seja normal, já que Rory não tem sequer um endereço fixo. Outra relação que me incomodou foi entre Lorelai e Luke (Scott Patterson). Apesar de não terem se distanciado entre o final da série e o revival, a relação dos dois parece estar estacionada no tempo. É como se os produtores quisessem que os fãs não perdessem nada, então simplesmente não deixaram o casal evoluir.

Também senti muita falta dos personagens secundários, Sookie (Melissa McCarthy) simplesmente desapareceu pelos primeiros três episódios, teve uma explicação do porquê, mas achei muito vago e sem sentido, afinal ela também é dona do Dragonfly Inn. Dos personagens secundários, o sumiço de Sookie foi o que mais me incomodou, mas as outras histórias também ficaram um pouco no ar. Os produtores focaram muito nas Gilmore Girls, deixando de lado os outros habitantes de Stars Hollow.

Duas personagens se destacaram nesse reencontro: Emily (Kelly Bishop) e Paris (Liza Weil). Na minha opinião, foram as duas personagens que mais evoluíram sem perder sua personalidade. Emily, agora viúva, está aprendendo a viver sem seu marido e me diverti muito vendo como ela passou de uma mulher que trocava de empregada quase diariamente, a uma mulher que deixa não só a empregada, mas o que imagino ser toda a família dela (literalmente) junto. Paris também se tornou a excelente profissional que eu imaginei que ela seria, isso sem perder seu jeitinho um tanto neurótico.
 
Quando terminei Gilmore Girls realmente senti que alguns personagens precisavam de um desfecho e com certeza estava morta de curiosidade para saber o que aconteceria com outros. Apesar de ter respondido algumas das minhas perguntas, senti que Gilmore Girls: Um Ano para Recordar ainda deixou muito a desejar, nos contou algumas histórias forçadas e se esqueceu de alguns detalhes importantes. Acredito que se ao invés de quatro episódios longos, tivessem feito uma temporada normal, muitas coisas poderiam ter sido corrigidas, os personagens secundários receberiam mais atenção e teríamos enfim um final digno para Gilmore Girls.

28 de outubro de 2018

Mas Tem Que Ser Mesmo Para Sempre? | Sophie Kinsella


Casados há sete anos e juntos há dez, Sylvie e Dan são o tipo de casal perfeito que sabe tudo um sobre o outro. Eles não precisam nem terminar suas frases para saber o que vão dizer e conseguem antecipar cada pensamento e movimento de seu parceiro. Não que parecesse possível, mas eles ficaram ainda mais próximos após terem gêmeas (que agora já têm 5 anos). Após irem ao médico para verificar se estava tudo bem, se assustam com a possibilidade de ainda passarem mais 68 anos juntos.

3 de setembro de 2018

A Livraria | Penelope Fitzgerald

Foto: Resenhas à La Carte
Florence Green é uma viúva de meia idade que mora em uma pequena cidade da Inglaterra chamada Hardborough. Ela almeja abrir uma livraria em uma das casas mais velhas da cidade, mas os habitantes da mesma estão um tanto resistentes quanto à ideia da mulher. Eles querem que a casa seja um Centro de Artes ao invés de uma livraria e farão de tudo para tirar a Sra. Green de lá.

22 de agosto de 2018

Em Pedaços | Lauren Layne

Foto: Suddenly Things
Olivia Middleton é uma jovem nova-iorquina que sempre viveu muito bem. Sua família é dona de uma agência de publicidade, então ela nunca teve muito com o que se preocupar. Os pais de Olivia são amigos dos St. Claire e dos Price há mais de vinte anos, então ela, Michael e Ethan sempre foram melhores amigos. Eles passavam mais feriados juntos do que na casa dos avós.

20 de julho de 2018

Um Segredo Doce e Amargo | Barbara Delinsky

Foto: O Que Tem na Nossa Estante
Charlotte e Nicole se conhecem desde os 8 anos de idade e, apesar de grandes amigas, não poderiam ser mais diferentes. Charlotte é solteira, vem de uma família complicada, cujos pais morreram muito cedo em um acidente de carro por pura imprudência. Apesar de seu histórico familiar, ela se tornou uma mulher bem-sucedida e viaja para todos os cantos do mundo para escrever histórias sobre as coisas mais inusitadas que existem.

25 de junho de 2018

O Colecionador de Memórias | Cecelia Ahern


Sabrina Boggs é uma mulher de 30 anos cuja rotina já se tornou um tanto monótona. Ela trabalha como salva-vidas em uma casa de repouso e todos os dias por lá são praticamente iguais. Até que ela se distancia por cinco minutos e um quase afogamento acontece. Perplexa com isso, Sabrina tem um ataque nervoso, então seu chefe a manda tirar o dia de folga. Quando chega em casa, recebe um telefonema da casa de repouso em que seu pai está. Ao chegar lá, ela se depara com caixas com antigos pertences de seu pai. Ao abrir uma caixa, se depara com uma imensa coleção de bolinhas de gude e um inventário escrito à mão.

7 de abril de 2018

Sem Filtro | Lily Collins


Adoro ler biografias, descobrir um outro lado de pessoas que não conhecemos pessoalmente ou de jeito nenhum. Para mim é muito interessante, principalmente quando eu mesma acabo aprendendo alguma coisa com a trajetória do(a) autor(a). Sem Filtro é a biografia de Lily Collins, atriz, modelo e escritora, filha do músico Phil Collins. Para ser sincera, conheço pouco o trabalho de Lily e pedi o livro mais pelo gênero, mas não me decepcionei.