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22 de fevereiro de 2015

Psicose | Robert Bloch

Título Original:
Psycho
Autor: Robert Bloch
Páginas: 240
Tradução: Anabela Paiva
Editora: Darkside Books
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Acho que não há uma pessoa nesse mundo que não tenha, no mínimo, ouvido falar da famosa cena do chuveiro de Alfred Hitchcock. Até eu que nunca assisti ao filme conheço. É mais provável que não saibam que o filme é, na verdade, uma adaptação do livro homônimo. Também pudera! O cineasta achou a obra tão incrível que comprou as três mil cópias disponíveis e trancafiou todas em um porão, tudo para que não descobrissem o final da trama. 

A maioria de vocês, leitores, deve conhecer a trama. Mary Crane é noiva de Sam há muito tempo e vê seu casamento cada vez mais distante devido a uma dívida de seu companheiro. Surge então uma oportunidade e Mary rouba 40 mil dólares da empresa onde trabalha e foge, indo ao encontro do noivo. Porém, as coisas começam a dar errado quando se vê perdida e exausta, após 18 longas horas de viagem. Ter errado a rota acabou levando a moça para o Bates Motel, um estabelecimento decadente de propriedade de Norman Bates. É óbvio que descansar, naquela altura do campeonato, seria perfeito. Então, Mary decide ficar no hotel aquela noite. 

Tudo parece extremamente normal, inclusive Norman convidá-la para jantar em sua casa. Eles conversam bastante e Norman, que tem uma relação estreita com a mãe (como o Complexo de Édipo), conta para Mary alguns apertos que passa com ela, o que gera uma terrível discussão. Quando Mary retorna ao seu quarto depois do longo dia e vai tomar banho, é morta a sangue frio pela mãe do dono do hotel. O sumiço de Mary leva sua irmã, Lila, e Sam a uma constante busca por ela, o que desencadeia vários acontecimentos.

Claro, o tempo é relativo. Einstein disse isso, e ele não fora o primeiro a descobrir — os antigos também sabiam, assim como alguns místicos modernos, como Aleister Crowley e Ouspensky. Tinha lido todos, tinha até alguns livros deles. A Mãe não aprovava; dizia que essas coisas eram contrárias à religião. Mas esse não era o verdadeiro motivo. Era porque, quando ele lia esses livros, não era mais o filhinho dela. [...] Quando pensava na Mãe, ele voltava a ser criança, usava vocabulário de criança, referências e reações infantis. Mas quando estava sozinho, não; em verdade, não sozinho, mas afundado em um livro, era um indivíduo maduro.

Psicose é um clássico do terror que é consagrado até hoje. Confesso que morria de medo de ler o livro justamente por se tratar de um terror, mas durante a leitura percebi que o ponto alto do livro não é o assassinato em si, mas sim o entendimento da cabeça do personagem principal. Tudo indica que essa relação doentia entre mãe e filho é a principal causadora dos distúrbios psicológicos de Norman. 

Porém, eu realmente acho que Norman já nasceu com alguma coisa maligna dentro dele e que isso foi aflorado com o relacionamento que mantinha com a mãe. Mesmo com todos os abusos psicológicos que sofria, em sua biblioteca pessoal constava alguns livros sobre ocultismo, psicologia anormal e teosofia, o que me leva a acreditar seriamente que ele era mau por natureza. 

É bem difícil falar sobre Psicose sem ter medo de estragar um pouquinho a história. Como eu não sabia nada sobre ela (não assisti ao filme por motivos de medo mesmo, hahaha), tive uma grande surpresa com o final. O livro flui com tanta facilidade que o li em pouco mais de duas horas. É claro que eu não podia deixar de comentar sobre o trabalho gráfico da Darkside, que mandaram super bem na diagramação. Tem até uma foto da cena do chuveiro! Creio que não há livro melhor no mundo para quem gosta de thriller psicológico, super recomendado. 

10 comentários :

  1. Oie Ana
    essa cena do chuveiro é super emblemática. Como fã do diretor, já assisti ao filme inúmeras vezes, e sempre me surpreendo com a técnica que ele utilizou em uma época em que efeitos especiais não era utilizados.
    Comprei o livro recentemente, e espero ler e gostar.
    Bjos
    www.mybooklit.com

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    1. Oi Jacque!

      Não é?
      Confesso para você que eu tenho um pouco de medinho de assistir ao filme completo. Assim, a cena do chuveiro não é tão aterrorizante, mas eu temo medo mesmo assim. rs
      Espero mesmo que você goste!

      Beijo!

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  2. Ô Ana, eu daria tudo só pra ganhar seu coração! ♥
    Eu amo esse livro, cara. Muito obrigada por ser essa pessoa.
    Te marquei numa postagem lá no blog. Beijo da Lê.
    http://naipurum.blogspot.com.br/2015/02/tag-liebster-award.html

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    1. Oi miga!

      Já respondi a tag há pouco mais de uma semana, acho...
      Mas obrigada por me marcar. <3

      Beijo!

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  3. Oi Ana, tudo bem?
    Sei qual é a cena do chuveiro, mas também não assisti ao filme e nem li o livro.
    Comecei a assistir a série Bates Motel, e gostei bastante, apesar de achar que a história não é 100% igual a do livro. A relação do Norman com a mãe e seu distúrbio tem destaque na história, mas acho que na série eles acabaram perdendo o foco...
    Enfim, fiquei com vontade de ler o livro pra conhecer a história real. :)
    Beijos!

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    1. Oi Patrícia!

      Então, o livro não é o assassinato em si, e sim esse transtorno psicológico do Norman. Mesmo assim fiquei sabendo que a série é bem bacana. Espero que goste do livro!

      Beijo!

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  4. Oi Ana, li o livro recentemente e me apaixonei ! Nunca assisti o filme (um erro que terei de acertar logo), mas me encantei com o livro, sou apaixonada por terror e mistério, e adorei esse clássico. Pena que demorei tanto para ler!

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com

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    1. Oi Kétrin!

      É muito legal mesmo, né? Li numa sentada só. E também não vi o filme, tenho medinho (de verdade hauehauehae). Não costumo nem ler terror e essas coisas porque sou medrosa e chorona demais. kkkkkkkkk

      Beijo!

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  5. Eu sou muito medrosa, mas incrivelmente vi o filme... rs... já o livro, não tenho coragem de ler, não quero entrar na cabeça do Norman de jeito nenhum... hehe... a Darkside sempre arrasa no trabalho gráfico, e eu fico arrasada por não gostar do gênero que eles publicam. :/

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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    1. Oi Ju!

      Assim, eu também não sou muito fã de Terror não. Quer dizer, eu não gosto nem um pouco de sentir medo. Fico pensando nessas coisas semanas depois. Mas não senti tanto medo assim lendo o livro, achei bem legal.

      Beijo!

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