Manual de Assassinato para Boas Garotas é o mais novo hype lançado pela Editora Intrínseca. Eu fiquei interessada logo de cara, porque além de ser um livro voltado para o público juvenil ― e eu queria muito saber como a autora trabalharia uma adolescente conduzindo uma investigação ―, o Isaac, da adaptação de Heartstopper da Netflix, aparece em um dos episódios o lendo. Receita para o sucesso, não é mesmo?
Na trama, a protagonista Pip decide revisitar e analisar, para um projeto da escola, um crime que chocou a pequena cidade onde vivem, Little Kilton: Andie Bell, a menina mais linda & popular da escola foi assassinada pelo namorado, Sal Singh, que se matou logo em seguida. A grande questão é que Pip tem certeza da inocência de Sal e ela vai fazer de tudo para provar isso (além de achar o verdadeiro culpado, é claro).
Uma das coisas que eu mais gostei nesse livro é a atmosfera dele. Uma cidadezinha pequena, cheia de mistérios, mentiras, intrigas e personagens no ensino médio metendo o bedelho em tudo, rs. A única outra vez que vi algo do tipo foi em Pretty Little Liars, que eu adoro. Para ser sincera, eu acho o suprassumo da diversão esses enredos em que os pais dos adolescentes são CEGOS e não veem as doideiras que eles estão fazendo.
Por mais que Pip seja jovem, nada foge do olhar crítico dela. Esse é o ponto alto do livro, porque quanto mais ela remexe no passado, mais pistas vão surgindo e, consequentemente, mais perguntas também. A narrativa é muito envolvente e nisso com certeza Holly Jackson acertou em cheio: ao misturar as entradas do diário de produção de Pip com uma visão em terceira pessoa, a autora tornou o enredo muito mais dinâmico, impossível de largar. Cada detalhe importa, então até o leitor de suspense investigativo mais experiente tem que estar muito atento caso pretenda desvendar o caso por si mesmo. Além disso, a diagramação é muito engenhosa, porque faz com que o leitor interaja com a narrativa. É como se nós estivéssemos tendo acesso ao mesmo material que Pip.
Além da protagonista, que é muito inteligente, temos a contribuição de Ravi, irmão mais novo de Sal, que é igualmente esperto. A maior diferença entre os dois é a cautela com que levam a investigação: enquanto Pip é extremamente imprudente a ponto de colocar sua vida em risco, Ravi é mais pé no chão. Adorei esse contraste entre eles, porque dá para notar a personalidade deles com isso. Além do mais, no fim das contas, os dois querem trazer a honra de Sal de volta.
Fato é: o enredo é bem básico. Mas Manual de Assassinato para Boas Garotas é a prova viva de que o básico funciona. Apesar dos clichês, Holly Jackson conseguiu com maestria amarrar todas as pontas soltas que envolvem os acontecimentos da noite em que Andie foi morta, e isso é para poucos. Não é atoa que o livro tornou Holly Jackson uma autora best-seller do New York Times.
Ah, impossível terminar essa resenha sem dizer que a história daria uma série maravilhosa, principalmente porque Manual de Assassinato para Boas Garotas é apenas o primeiro volume de uma trilogia ― há boatos que os direitos para TV e cinema foram comprados pela produtora britânica Moonage Pictures em 2019. Boa garota, segredo mortal, o volume dois, já está em pré-venda. As Good As Dead, o fim da trilogia, ainda não possui data de lançamento no Brasil.
Durante a leitura já estava me perguntando se seria livro único.... e a resposta veio no fim kkkk
ResponderExcluirCidadezinhas americanas são fascinantes e algumas até são perigosas.
Se não me engano vi o livro antes da série estreiar mas passou batido. O hype que a série trouxe me fez prestar atenção no livro. Ainda não adicionei a wishlist mas pretendo
Ola
ResponderExcluirEsse é um genero que gosto muito por isso assim que fui lendo as resenhas eu me interessei pela trama.Muito verdade mesmo isso dos pais não enxergarem o que os filhos andam fazendo.Assim que tiver oportunidade lerei o livro.
Eu vou admitir que não sabia que era uma trilogia rs juro que pensei que era um livro único, mas tudo bem.
ResponderExcluirEu já tenho o lindo na estante e é só fazer novena pra chegar a vez do pobrezinho de ser lido.
Comprei assim que foi lançado, pois o hype foi alto e ainda é.
E agora já tenho plena certeza de que foi uma ótima compra!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Miga, mas pelo o que eu entendi, acredito que vai dar pra ler os livros separadamente, mesmo tendo a história dos personagens no fundo. Tipo séries policiais mesmo, sabe?
ExcluirCom certeza conseguiu me convencer a dar uma chance para o livro. Também acho que às vezes o básico funciona melhor quando bem feito do que um super enredo que não se amarra tornando-se cansativo e incoerente. Que grande jogada o livro aparecer sendo lido por um personagem de uma série da netflix.
ResponderExcluirAi, que bom!
ExcluirEspero que você leia e goste tanto quanto eu!
Não é o tipo de livro que leio, por enquanto vou acompanhar a trilogia apenas pelas resenhas, e torço para que os próximos livros saiam logo.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Nao sabia que era uma trilogia...
ResponderExcluirEu ja tava bem curiosa em ler pelo hype mesmo, apesar de estar meio receosa tb, por ser suspense mais jovem, n sei. Mas fico muito curiosa em ler depois que leio resenhas como essa. Sempre elogiam a protagonista tb, q ela é inteligente hahhaha adoro isso, pois quem le suspense sofre com algumas coisas rsrs
Menina, mas a autora foi bem inteligente. E eu gostei desse toquezinho de adolescentes que não têm medo do perigo, sabe? rs
ExcluirAna!
ResponderExcluirGosto também quando os livros são infantos juvenis porque tornam as aventuras mais emocionantes e pelo que entendi aqui, eles ou a protagonista, tem um visão mais madura e consegue desvendar todo mistério, deve se sensacional.
cheirinhos
Rudy
Oiiiie,
ResponderExcluirEsse é uns dos livros que estou muito desejando em ler. Já vi muitos leitores falarem bem e também como você disse aparece na serie heartstopper e olha que nem assistir viu... Adoro um bom suspense e já estou querendo ler ele.