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28 de abril de 2020

Vida e Morte | Stephenie Meyer


Resolvi ler Vida e Morte, a história de Crepúsculo reinventada, por causa da Semana Especial Clássicos Intrínseca que foi promovida aqui no blog. Obviamente escolhi meus vampiros preferidos para homenagear e me senti tão nostálgica que me deu uma baita vontade de reler a saga. Só que para variar um pouquinho, resolvi revisitar Forks através dos olhos de um protagonista meio diferente.

O enredo de Crepúsculo todo mundo conhece de cabo a rabo: a adolescente aparentemente sem graça que se muda para a casa do pai em uma cidade que odeia, Forks, e conhece o cara perfeito, dono de uma aparência incrível e dons sobrenaturais que fazem com que ele guarde um segredo terrível. O que acontece no decorrer das páginas todo mundo também sabe. Mas então, o que há de novo em Vida e Morte, afinal, já que Stephenie Meyer usou o mesmo enredo nessa obra? A autora simplesmente inverte o sexo de — quase — todos os personagens. 

Então, apesar de termos a mestra trama do livro original, em Vida e Morte acompanhamos o amor entre Beau, o garoto que odeia frio e vai morar com o pai na cidade mais fria e chuvosa que existe no Universo, e Edythe, a vampira mais bonita de todas as vampiras existentes. Assim como os protagonistas, todos os personagens menos Charlie e Renée — há uma explicação no início para isso — se tornam novos personagens: Alice se torna Archie, Carlisle se torna Carine, Rosalie se torna Royal, Jacob se torna Jules e assim sucessivamente até com aquelas pessoas que eu nem me lembrava que existiam.  

Eu gostei muito dessa nova versão, apesar de ter tido um problema muito grande com ela: não consegui de forma alguma associar os novos personagens com exceção de Beau e Edythe. Consegui criar uma nova imagem para esses dois, mas para os outros, por mais que eu tentasse, continuava imaginando Alice, Carlisle, Rosalie, Jacob, o que foi bem estranho e engraçado. Não sei se vocês entenderam muito bem, então para exemplificar: por mais que eu estivesse lendo o nome Archie ou Royal, mesmo sabendo que eram dois homens, eu insistia em enxergar Alice e Rosalie, duas mulheres. 

Ah, vale lembrar que algumas passagens acabaram sofrendo modificações para se adequarem aos novos personagens, mas ainda acho que muita coisa poderia ter sido diferente. Por exemplo, achei hilário Edythe carregando Beau nas costas na cena da campina, mesmo sabendo que ela era uma vampira super mais forte que qualquer ser humano. No final, a própria autora deixou claro que essa ideia de mudar o sexo dos personagens surgiu para mostrar que a Bella não era uma moça indefesa, e sim um humano indefeso. Ainda assim, no fim das contas, apesar de Beau ter herdado a sensibilidade e a falta de coordenação da Bella, senti que ele não foi descrito tão quebradiço quanto nossa protagonista feminina foi...

O mais engraçado de tudo isso foi realmente ter tido uma experiência totalmente diferente, o que se deu, muito provavelmente, por algumas escolhas diferentes que Stephenie Meyer fez em relação ao destino do nosso narrador e protagonista — e sim, vocês só vão descobrir o que é se derem uma chance. Reafirmando, me surpreendi bastante com Vida e Morte, mas não trocaria a boa e velha versão original com Bella e Edward por nada nesse mundo. 

Título Original: Life and Death  ✦ Autora: Stephenie Meyer ✦ Páginas: 391
Tradução: Regiane Winarski e Ryta Vinagre ✦ Editora: Intrínseca

14 comentários :

  1. Olá Ana!
    Acredito que essa experiência reimaginativa da história original seja um excelente complemento para a obra original.
    Com esse conceito de troca de personagens, com certeza a nossa mente, tão acostumada com os protagonistas originais, estranha um pouco esse novo cenário, e é isso que torna a experiência ainda melhor e mais divertida.
    Fiquei bastante intrigado para conferir essas mudanças-chave que a autora realizou, e dessa forma me sinto ainda mais motivado para ler série.
    Beijos.

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  2. Ana!
    Muito bom poder ler a mesma história, porém com ponto de vista de outra personagem.
    Como gosto dos vampiros.
    Para mim o lançamento desse livro na época, foi uma jogada de marketing para vender mais livros da autora
    cheirinhos
    Rudy

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    1. Claro, até porque ela sabia que ia vender. Os fãs iam querer ler algo dela, né? Mas não é ruim, eu juro. Foi uma experiência bem diferente.

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  3. Que bom saber desse livro.
    Não tenho familiaridade com Crepúsculo, mas seus posts recentes despertaram a vontade de conhecer esse universo.
    Achei legal essa versão; boa para quem é fã e fica com vontade de retomar para Forks, né?

    Beijos

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  4. Beau- Bela
    Edythe- Edward
    Gostei!
    A princípio quando li história de Crepúsculo reinventada acreditei que seria sob a ótica de um personagem coadjuvante. Não imaginava que era dessa forma.
    É estranho mas de um jeito legal.
    Não sei se conseguiria imaginar essa mudança, talvez lesse como se fosse uma nova história é fugiria das associações com Crepúsculo

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    1. Na realidade, acho que se fosse sob a ótica de um personagem coadjuvante teria sido mais legal. Mais legal ainda se ela tivesse explorado a historia pessoal de algum deles... Tipo a Alice ou a Rosalie, até mesmo o Carlisle.

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  5. Então..eu li este livro tem um tempinho e também fiquei nessa complicação de não conseguir associar a releitura, os personagens, ao enredo original.
    Sei lá..não funcionou sabe??
    Não é ruim de jeito nenhum, mas é como uma heresia ao enredo real..rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  6. Eu sou uma cria da Saga Crepúsculo, lembro quando terminei de ler a saga pela segunda vez e me sentir totalmente órfão, foi ai que descobri os capítulos de Sol da Meia-Noite e claro li. Quando esse livro foi anunciado eu fiquei em completo êxtase, as pessoas podem falar o que quiser, mas, meu amor por Crepúsculo vai durar para a vida todo.
    Logo que o livro saiu eu comprei e devorei kkkkk eu não tive as mesmas dificuldades para reimaginar os personagens em gêneros invertidos, mas, concordo com você sobre a construção do "humano" indefeso!!
    Eu sinceramente gostei bastante do livro, porque no fim poderia ter sido uma possibilidade do que poderia ter acontecido com Bella. Sigo sendo Alice, esperando Stephe ter um surto e lançar Sol da Meia-Noite.

    Beijos!
    Eita Já Li

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  7. Acredita que tenho esse livro mas nunca li ele? Eu não vi muita necessidade em reescrever a historia apenas alterando o genero. Eu tambem nunca fui muito fâ de crepusculo então pode ser só perseguição minha mesmo

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  8. Quando vi que ela iria escrever uma versão do livro diferente nunca que iria imaginar essa doideira. E deve ter sido bem engraçado ver esses personagens assim porque é difícil mesmo associar que um personagem virou garota e ter que botar aquela cara em uma mulher e uma mulher virou homem e pensar nela como garoto. A confusão! Mas não me chamou atenção pra ler por ter passado aquele fanatismo todo. Achei engraçada a ideia, mas não leria com essa facilidade. De todo modo pra fã é uma experiencia bem diferente ver isso tudo assim.

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    1. Foi a coisa mais engraçada não conseguir imaginar novos personagens, mesmo com as descrições deles, hahahaha. Eu li para poder ter uma experiência além da história original, mas queria mesmo Midnight Sun (amém, nosso dia chegou).

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  9. Oi, Ana
    Não li Crepúsculo, mas vi os filmes. Então meu conhecimento desse universo é razoável.
    Depois de ver seus posts, seu empenho em mostrar teu amor por Crepúsculo que tenho vontade de ler. Pesquiso os preços todos os dias, quem sabe rola uma promoção e compro.
    Interessante a autora mudar o sexo dos personagens e mostrar mais detalhes do enredo.
    Beijos

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  10. Adoro os livros de Stephenie Meyer!
    Como sempre, quando leio um livro tenho a felicidade de me transportar para dentro da história o que é fantástico !!

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  11. Oi, Ana
    Li ele 2x e gostei. Mas como um romance fofo normal.
    Não tem aquela magia que Crepúsculo tem.
    Achei o final triste, mas superinteressante.
    Bom pra relaxar.
    Bjs

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