9 de julho de 2025
A mini coleção de livros infantis de Arthur publicados pela Intrínseca
3 de julho de 2025
Phantasma, de Kaylie Smith, entrega o que promete ou é apenas mais uma romantasia?
Phantasma tinha tudo pra dar certo pra mim: fantasia com elementos sombrios, fantasmas, demônios, uma família de mulheres Necromantes e inteligentes, relação entre irmãs e, de brinde, um hotzinho. E será que conseguiu entregar o que prometeu? Vou fazer esse mistério e dar minha resposta no final da resenha. 👀
A história já começa com a morte da senhora Grimm, mãe de Genevieve e Ophelia, nossa protagonista, deixando as filhas com uma dívida financeira e uma herança mágica que mais parece uma maldição. As coisas se desenrolam de tal forma que ambas as irmãs vão parar em Phantasma, a mansão do diabo onde acontecem competições macabras e sangrentas que podem resultar em prêmios mágicos.
Na mansão, Ophelia conhece Blackwell, um fantasma metido e galanteador que lhe propõe um pacto. Em se tratando de uma romantasia, nós já sabemos que Ophelia e Blackwell viverão um romance. Romance este que renderá muitas cenas picantes ao longo do livro. Algumas muito boas, outras nem tanto.
A maior parte do livro consiste em Ophelia vivendo seus dias em Phantasma, passando pelas fases e pelos desafios que a mansão apresenta, desenvolvendo sua relação com Blackwell, buscando pela irmã e desvendando mistérios. Há questões envolvendo sua própria história e família e também mistérios sobre quem é Blackwell e o que ele precisa para se libertar.
Uma coisa interessante, e que a autora nos alerta logo no início do livro, é que Ophelia apresenta comportamentos obsessivo-compulsivos com muitos pensamentos intrusivos perturbadores. Essa, pra mim, foi uma das partes mais interessantes do livro. Poucas vezes eu vi um romance retratar tão bem o TOC. Ao final, entendemos que esse retrato fiel é decorrente da própria autora ter esse diagnóstico.
Ophelia lida com os demônios de Phantasma e com seus próprios demônios internos, o que faz dela uma personagem bem complexa que, em alguns momentos, cai em alguns clichês dos livros de fantasia, mas nada que tenha atrapalhado a leitura.
Não é a fantasia mais inovadora que eu já li, mas é muuuuito envolvente. O lance da competição é bem batido em livros desse gênero, mas o fato de ser entre demônios e assombrações conseguiu trazer algo de novo. Outro ponto a se considerar é que o livro tem um tom bem juvenil, que não era exatamente o que eu estava esperando.
O que eu mais senti falta foi ver mais do universo fantástico e do sistema de magia. Sinto que passar o livro todo dentro da mansão foi um pouco limitante. Mas, como sabemos que não se trata de um livro único, tenho esperança de ver mais sobre isso na(s) sequência(s).
No início do livro tem uma Hierarquia de Seres Paranormais que inclui Diabo, Demônios, Assombrações, Vampiros, Metamorfos, Familiares, Espíritos, Videntes, Feiticeiras e Espectros, mas quase nada disso é apresentado ou explorado no livro.
Mas, então: valeu a pena? Pra mim, valeu sim. Eu fiquei super envolvida com a história, as competições são interessantes e seguem uma lógica bem definida, o desenrolar da história surpreende, Blackwell é um gostoso querido, os poderes da Ophelia ainda têm muito a entregar e tem uma revelação no final do livro que a gente descobre, mas os personagens não e eu estou super curiosa pra saber como será feita essa revelação pra eles.
Essa leitura era exatamente o que eu estava precisando, uma fantasia simples que serviu entretenimento. Se é isso que você está procurando: recomendo fortemente.
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14 de junho de 2025
Imagens Estranhas, um suspense perturbador de Uketsu
Uketsu, fenômeno do terror japonês, chegou ao Brasil por duas editoras diferentes: Casas Estranhas, que eu já li e já resenhei, foi lançado pela Intrínseca, enquanto Imagens Estranhas veio pela Suma. Decidi pegar os dois pra ler no mesmo mês porque queria conhecer logo esse autor que tem feito tanto sucesso, tanto pela qualidade de suas obras, quanto pelo mistério de sua própria identidade, já que ninguém sabe quem ele é, pois sempre que ele aparece, ele está usando uma máscara branca sinistra.
Já quero começar falando sobre a edição brasileira de Imagens Estranhas que está impecável: a capa é linda e tem detalhes em verniz localizado, a parte interna da capa é ilustrada, assim como todo o livro e a diagramação está perfeita. Foi um prazer fazer essa leitura, ao mesmo tempo que eu observava as ilustrações.
A história começa com uma psicóloga e professora universitária mostrando aos alunos um desenho feito por uma criança que matou a própria mãe. Em seguida, somos apresentados a quatro histórias diferentes e todas envolvem desenhos que parecem normais, mas que revelam, aos olhos mais atentos, detalhes obscuros e segredos chocantes.
Um homem posta em seu blog os desenhos que sua mulher fez durante sua gravidez, uma professora mostra a uma mãe o estranho desenho que seu filho fez na escola, um professor de artes deixa um último desenho antes de morrer misteriosamente e uma garotinha pede ao pai um passarinho de estimação.
Essas quatro histórias se ligam paras formar uma única e completa história. E aqui vai o primeiro ponto positivo: normalmente, em livros com histórias que se ligam, essa ligação só fica realmente clara no fim da leitura. Porém, em Imagens Estranhas, isso vai ficando evidente capítulo a capítulo, permitindo que nós, leitores, possamos ligar os pontos aos poucos e de forma constante.
Assim como aconteceu em Casas Estranhas, aqui também a investigação beira o mirabolante em vários momentos e é preciso fazer certa suspensão de descrença e apenas aceitar os caminhos que o autor decide trilhar. Na verdade, essa característica das histórias de Uketsu me lembra muitos os livros de Sherlock Holmes, em que o personagem possui habilidades dedutivas brilhantes e, por vezes, não muito criveis.
Uma curiosidade é que esse personagem em questão (que faz deduções inacreditáveis) também aparece em Casas Estranhas. Essa é uma tendência forte em livros de investigação e mistério: Agatha Christie tinha seu Poirot, Arthur Conan Doile tinha Sherlock Holmes e Uketsu tem Kurihara.
Eu gostei da leitura, mas o mistério por trás dos desenhos não me prendeu tanto assim. Já próximo do fim do livro eu percebi que não me importava tanto com o desfecho, que a jornada em si é que estava sendo interessante e divertida: observar os desenhos e tentar encontrar as respostas antes delas serem reveladas me manteve na leitura mais do que a resolução em si.
Foi uma leitura rápida, mas não tão rápida quanto Casas Estranhas, que é menor e, na minha opinião, um pouco mais fluido. Uma coisa curiosa sobre a esmagadora maioria dos livros japoneses que eu já li é que suas narrativas são muito mais diretas do que a literatura com a qual estamos habituados (livros da América e da Europa, principalmente). Um bom exemplo disso é que, mesmo após ler dois livros com o Kurihara eu sigo sem saber nada sobre ele, apenas que ele tem boas habilidades dedutivas.
Ou seja, Uketsu não nos dá muito contexto e background. Ele vem, conta a história que quer contar e nada além disso. Se você gosta de histórias direto ao ponto, provavelmente você vai gostar. Eu gostei de conhecer o trabalho desse autor, foram leituras intrigantes, rápidas e bem diferentes do que eu estou acostumada.
Uma coisa que eu já havia dito na resenha de Casas Estranhas e que aqui se repetiu foi a questão de eu ter ido esperando terror quando, na verdade, encontrei mistério e investigação. Em Imagens Estranhas isso se repete: apesar da capa e de algumas imagens serem bem perturbadoras, é um livro de investigação para que o leitor brinque de detetive.
No geral, gostei das minhas experiências com Uketsu, mas nada muito memorável. E você, já leu alguma coisa do mascarado?
9 de junho de 2025
Romantasia: a nova obsessão da comunidade literária
3 de junho de 2025
Casas Estranhas, um sucesso do misterioso autor japonês Uketsu
9 de maio de 2025
Tudo que eu aprendi atendendo mulheres ansiosas
Oii meninas. Tudo bem?
Eu me chamo Priscila Gatti, sou psicóloga e resenhista aqui do blog desde 2017. Se vocês acompanham o bloguinho, vocês já devem ter visto algumas resenhas minhas por aqui. Inclusive, já resenhei alguns livros de Psicologia.
Mas hoje eu vim divulgar o meu livro. Eu acabei de lançar um e-book onde eu compartilho tudo que eu aprendi atendendo mulheres ansiosas ao longo de 8 anos de Psicologia Clínica. Eu sou uma mulher ansiosa que atende mulheres ansiosas e, ao longo dos anos, aprendi muito sobre a nossa ansiedade.
Você já se sentiu sobrecarregada mesmo quando tudo parecia “em ordem”? Já teve a sensação de que, não importa o quanto se esforce, nunca é suficiente? Já percebeu que sua mente parece nunca parar, como se estivesse sempre tentando antecipar problemas, resolver pendências, agradar todo mundo? Já se sentiu travada frente a tantas demandas e preocupações? Ou já sentiu dificuldade em ficar parada tamanha inquietação causada pela ansiedade?
Tudo isso pode ser ansiedade, em diferentes formas de manifestação. Porque ansiedade não é só aquele nervosismo antes de uma prova ou reunião importante.
E vocês sabiam que mulheres tem quase o dobro de chance de desenvolver transtornos de ansiedade em relação aos homens? No meu e-book, eu exploro os porquês disso, incluindo causas como: pressão social e estética, violência de gênero, jornada dupla, entre outros fatores.
Ao longo desses 8 anos atendendo mulheres, eu identifiquei 6 perfis de mulheres ansiosas e, no meu e-book, eu explico cada um desses perfis e proponho técnicas e estratégias para cada tipo. São mais de 40 técnicas.
Se quiserem saber mais ou tiverem interesse em adquirir, me encontrem no Instagram: @psicologapriscilagatti
Espero vocês lá. 💛