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23 de novembro de 2015

Como Se Apaixonar | Cecelia Ahern

Título Original:
How To Fall in Love
Autora: Cecelia Ahern
Páginas: 352
Tradução: Bárbara Menezes de Azevedo Belamoglie
Editora: Novo Conceito
Livro recebido em parceria com a editora
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Depois de ler A Lista, que me conquistou por ser incrivelmente simples, quis imediatamente ler outro livro da autora. Vocês já ouviram falar que a Cecelia Ahern escreve auto-ajuda disfarçado? Pois bem, acho que ela esqueceu um pouquinho dessa parte de disfarçar em Como Se Apaixonar. Mas calma! Ainda assim o livro é até divertido. 

Christine tem 33 anos e trabalha em algo deveras diferente para nós: ela ajuda pessoas a encontrarem e manterem os empregos através de uma central de relacionamentos. A mulher é totalmente viciada em livros de autoajuda e tenta viver de acordo com eles, além de ser uma pessoa extremamente prestativa. Em uma noite qualquer, após tentar ajudar Simon e ver que todos os seus esforços foram em vão quando o homem atira na própria cabeça, Christine revê vários conceitos da sua vida, começando com o término do seu casamento fracassado.

Depois de pedir o divórcio e perder tudo porque o ex-marido filho da puta resolve ferrar com a vida dela, Christine ainda acaba no lugar errado em uma hora mais errada ainda: ela está prestes a presenciar um segundo suicídio. É claro que Christine tenta impedir Adam de pular da ponte e, depois de muita conversa, o homem dá para ela um prazo de duas semanas para fazê-lo mudar de ideia. Okay, não tem como ser mais autoajuda que isso, não é mesmo?

Às vezes, quando você vê ou vivencia algo muito real, fica com vontade de parar de fingir. Você se sente um idiota, um charlatão. Fica com vontade de afastar-se de tudo o que é falso, seja algo inocente e inofensivamente falso ou algo mais sério; como seu casamento. Isso aconteceu comigo. (p. 09)

Não preciso nem dizer o quanto a fascinação de Christine por livros de autoajuda me irritou. As frases de efeito no decorrer do livro também me incomodaram bastante, mas acabei relevando por ter que me identificado demais com a personagem: eu também tento de todas as formas possíveis ajudar as pessoas e sim, na maioria das vezes acabo me ferrando no final. Além do mais, Christine é uma pessoa incrível, forte e decidida. Adam também é um ótimo personagem, mesmo com todos os problemas e transtornos psicológicos. Inclusive, tenho a impressão de que se o livro fosse narrado por ele ao invés de Christine, teria sido muito mais interessante. 

Não é difícil imaginar que durante essas duas semanas um sentimento começa a nascer, mas o que eu amei mesmo é que isso não foi o foco principal do livro. O verdadeiro intuito de Christine era fazer Adam voltar a ser apaixonar pela vida. Minha ansiedade para descobrir o que aconteceria com Adam e com os dois despontou desde o momento em que eles se encontram pela primeira vez, e foi esse sentimento que motivou a minha leitura. 

Como Se Apaixonar é um bom livro, mas creio que teria aproveitado muito mais se eu tivesse lido em outro momento da minha vida. O tema foi extremamente bem abordado, mas acho que funcionaria melhor se não houvesse tantos toques de auto-ajuda (sim, vou falar disso o tempo inteiro). Infelizmente, essas coisas apresentadas dessa forma não funcionam para mim.

4 comentários :

  1. Oie
    Tenho muita curiosidade em ler este livro. Foi primeira resenha que eu li sobre e fiquei interessada. Pena que pra vc não funcionou muito ou momento errado.

    Beijos
    http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/

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  2. aff, sério que alguém gosta de autoajuda (mesmo que seja uma personagem de livro)? rsrsrsrs
    É o tipo de leitura que a pessoa me dá para nunca ler. Se bem que concordo com o autoajuda disfarçado que são os livros da Cecelia. Fiquei curiosa com a história
    Beijos!

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  3. Oi, Ana! Tudo bem? Assim que vi esse livro tive um insight e percebi que ele não era para mim e que se fosse lê-lo não ia gostar dele. Parece que estava certo, pois lendo um pouquinho sobre ele em sua resenha percebi que a obra não é para mim. Adorei a resenha! :)

    Abraço

    http://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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  4. Ana assim como você essa obsessão da protagonista com auto ajuda também me irritou, apesar de amar o auto ajuda disfarçado de Cecelia ainda assim não gosto de livros que propõem consertar tudo, então não me dei bem com essa faceta da protagonista. Ao terminar o livro tive a certeza do que você citou na resenha, apesar de ter o amor ele não foi o foco, para mim o tema central foi o amor pela vida, e a autora demonstrou isso de uma forma sensível, esse livro é um dos meus preferidos da autora! http://blogliterata.blogspot.com.br/

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