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25 de novembro de 2020

A Prometida | Kiera Cass


Ainda não tenho muita certeza do que me chamou a atenção nesse livro. Talvez eu estivesse esperando uma narrativa leve e fluida, algo para me distrair. Com certeza não foi o que A Prometida me entregou. Ao invés de uma leitura leve e rápida, me deparei com um livro superficial, problemático e cansativo.

Na nova história de Kiera Cass conhecemos a jovem Hollis Brite, que vive na corte real de Coroa, no castelo de Keresken. Ela está prestes a ser pedida em casamento pelo rei de Coroa, Jameson. Tudo estava indo muito bem, ela estava feliz em sua posição, até perceber que seria apenas um enfeite ao lado do rei. Além disso, Silas Eastoffe, um jovem de Isolte (país vizinho de Coroa, com o qual já houveram desentendimentos no passado), chega ao castelo com sua família pedindo abrigo de seu rei, e acaba deixando a garota ainda mais confusa em relação aos seus desejos, pois ele a enxerga de uma forma que o rei jamais enxergou.

O livro é narrado em primeira pessoa, pela perspectiva da protagonista, Hollis. Talvez esse seja um dos motivos pelo qual eu senti falta de alguns detalhes durante a narrativa, principalmente da ambientação da história no começo. Essa falta de ambientação e a falta de acontecimentos relevantes nas primeiras páginas fez com que a primeira metade da história fosse mais arrastada para mim. Tive vários problemas durante a leitura, mas acredito que o principal foi a relação da protagonista com os demais personagens.

A começar pela própria Hollis, ela tinha muito potencial e poderia realmente ter feito a diferença, mas senti que a autora a utilizou como uma marionete e fazia com que ela pensasse e agisse apenas nos momentos que fossem mais convenientes para o enredo. Essa falta de caráter próprio foi um grande impedimento para mim na hora de simpatizar com os sentimentos da menina.

A relação dela com os pais também me incomodou bastante, pois eles quase nunca estavam presentes e, quando estavam, apenas oprimiam a menina, mesmo estando claro que a posição de maior prestígio no país em breve seria dela e ela raramente os enfrentava sozinha. O que nos leva à sua suposta melhor amiga, Delia Grace. Delia foi uma criança injustiçada por erros de seus pais, mas Hollis sempre esteve ao lado dela. Delia sempre foi mais inteligente e perspicaz e parece até inocente no começo, mas ao revelar alguns segredos no meio da trama, percebi que ela não era nada do que eu imaginava. Na verdade ela só pensa no benefício próprio e não se importa de verdade com a opinião da protagonista, inclusive sente muita inveja e ciúmes do que a amiga conquistou, mesmo quando percebe que ela está infeliz.

Apesar do plot ser, teoricamente, um triângulo amoroso, senti muita falta da presença do rei Jameson na narrativa. A relação dos dois sempre foi muito superficial e a protagonista sempre o tratou com muita cordialidade, como se os dois não tivessem nenhum tipo de intimidade. A história sobre como os dois se conheceram é tão superficial e clichê quanto a relação que eles mantêm, simplesmente não me conquistou.

O pior de tudo é que quando Silas Eastoffe chega ao castelo, junto de sua família, pedindo refúgio de seu rei, a protagonista parece se apaixonar instantaneamente por ele, depois de uma simples troca de olhares. Queria deixar claro que, a primeira vista, desconfiei de toda a família. A autora cria um clima de suspense sobre o passado dos Eastoffe, que deixaria qualquer um com uma pulga atrás da orelha, mas Hollis parece não se importar muito com isso e decide confiar neles logo de cara.

Eu estava errada em relação às minhas suspeitas, mas isso foi decepcionante. A verdade por trás da família não me deixou nem um pouco intrigada e o rumo que o "romance" entre Hollis e Silas tomou também não fez muito sentido para mim. Não posso dar muitos detalhes sobre essa parte, pois é provavelmente o maior spoiler da história, mas queria deixar claro que não fiquei feliz.

O único relacionamento do livro que me deixou feliz em alguns momentos foi a amizade da protagonista com a rainha de Isolte, Valentina. As duas começam se estranhando, claro, mas um tempo depois Hollis ganha certa intimidade com a moça e as duas se tornam boas amigas. Porém, como nada nesse livro são flores, existem alguns fatores que as impedem de ser o tipo de amigas que fazem trança no cabelo uma da outra e estão sempre felizes. Só o que me incomodou aqui foi o fato de não termos mais cenas das duas conversando.

Por fim, A Prometida prometeu muito mais do que cumpriu e terminou em uma tentativa falha de nos chamar atenção para o que acontecerá a seguir (ou não tão falha, pois quero saber sim o rumo que a história vai tomar - com expectativas abaixo de zero, claro). Mas de forma geral, sinto que Kiera poderia ter se aprofundado muito mais em algumas questões e trabalhado melhor em alguns pontos da trama, além de simplesmente deixar outros de lado. Espero sinceramente que a continuação seja melhor e que os relacionamentos entre os personagens sejam mais elaborados.

Título Original: The Betrothed ✦ Autor: Kiera Cass ✦ Páginas: 344
Tradução: Cristian Clemente ✦ Editora: Seguinte
Livro recebido em parceria com a editora

21 de novembro de 2020

Quatro Motivos Para Ler Volte Para Mim, de Paola Aleksandra

Volte Para Mim gira em torno da personagem Brianna, que precisou largar sua vida como herdeira de um duque ao escolher fugir da Inglaterra para a Escócia. Porém, em determinado momento da história, a personagem precisa voltar para casa, para todas as pessoas que abandonou, incluindo Desmond Hunter, melhor amigo e primeiro amor. Assim, para o post de hoje, eu preparei uma lista com alguns motivos para ler esse romance incrível da autora Paola Aleksandra.

1. É nacional e escrito por uma mulher

Antigamente eu tinha um certo preconceito a respeito de livros nacionais, mas ainda bem que isso ficou no passado e hoje em dia eu amo conhecer novos livros e autores do nosso Brasil. E é claro que Volte Para Mim não poderia ficar de fora da minha lista, afinal, foi escrito pela Paola Aleksandra (do blog Livros & Fuxicos) e é um romance de época nacional (mas não se passa no Brasil). Vale a pena mencionar que a Paola cria conteúdos literários para internet desde 2011 e foi uma das grandes responsáveis pela propagação dos romances de época no Brasil.

2. Tem romance, tem clichê e também tem muito drama

Eu adoro livros com muito romance, com muito clichê e com muito drama. Nessa história, passado e presente se misturam e aos poucos podemos descobrir o que levou Brianna a fugir da Inglaterra para a Escócia e todas as consequências de suas ações. E, nesse ponto, as cartas trocadas pelos personagens (e que abrem a maioria dos capítulos) foram essenciais para o meu entendimento dos fatos. Acho que eu não preciso falar mais nada, né?! Foi impossível não me envolver com essa trama e me emocionei durante toda a leitura da obra. Apesar de eu não ter concordado com algumas ações dos personagens, eu irei guardá-los para sempre em meu coração.

3. Cenários e descrições

Durante a leitura, eu realmente senti como se estivesse sido transportada para os cenários descritos pela Paola. É nítido que a autora fez uma pesquisa detalhada a respeito dos lugares, tradições, costumes e acontecimentos da época. E ela soube descrever tudo com um jeitinho bem Paola de ser. Aliás, a cada página que eu lia, eu podia imaginar a voz da Pah na minha cabeça, lendo cada parágrafo e falando sobre as atitudes dos personagens. 

4. Personagens marcantes

Por se tratar de um livro que conta a história de uma família, é claro que temos muitos personagens. Eu gostei bastante da Brianna e do Desmond, mas minha personagem preferida foi a Malvina, a irmã de Brianna. Fiquei com vontade de abraçar essa garotinha várias e várias vezes, principalmente quando descobri o que ela havia passado com a mãe enquanto Bri estava fora. E, cá entre nós, essa menina tinha um dom maravilhoso! (que não vou contar pra não estragar a surpresa de quem não leu :p). Os irmãos de Desmond também me cativaram bastante, principalmente porque quando eles apareciam, na maioria das vezes, a história ficava mais leve e engraçada. E é claro que eu não poderia deixar de citar que em Volte Para Mim temos um doguinho super fofo. ♥ 


Sei que esse título é oito ou oitenta, mas eu particularmente gostei da obra como um todo. Em minha opinião, Volte Para Mim é um livro sobre superações, perdão, amor, amadurecimento, autoconhecimento e amizade. Devorei as mais de 300 páginas em poucos dias e estou ansiosa para ler os demais títulos publicados pela Paola Aleksandra. Contem para mim se já leram essa obra e o que acharam do livro de estreia da Paola. 
 
Título Original: Volte Para Mim ✦ Autor: Paola Aleksandra
Páginas: 304 ✦  Editora: Essência

19 de novembro de 2020

De Quem é Esta História? | Rebecca Solnit

Já faz um tempo que meu interesse por assuntos envolvendo questões de gênero aumentou. Inclusive, o tema do meu trabalho de conclusão de curso foi violência contra a mulher e, durante meu período de pesquisa, aprendi inúmeras coisas. Então sempre quero ler qualquer coisa que vejo relacionada ao feminismo. E foi assim que conheci De Quem é Esta História?

O subtítulo do livro já diz tudo: "feminismos para os tempos atuais". Aqui, Rebecca Solnit reuniu 20 ensaios publicados por ela em outras mídias que tratam do feminismo sob diferentes temáticas: política, cidadania, assédio sexual e até mesmo a crise climática. Os ensaios são bem pautados na sociedade estadunidense, mas, no final das contas, a realidade lá é bem parecida com a nossa, até porque o machismo e o patriarcalismo não escolhem um só povo, uma só nação.

Algo que permeia praticamente todos os textos de Solnit é a relação entre representatividade e poder. Inclusive ela faz uma reflexão bastante interessante sobre o fato de nossas cidades serem permeadas de nomes masculinos. Por exemplo, moro numa rua chamada Antônio Paulino Neto; todas as escolas que estudei também homenageavam homens: Escola Estadual Coronel Coelho, Instituto Educacional Manuel Luiz Pego, Colégio Tiradentes... Os homens sempre são lembrados pelos seus "grandes feitos" enquanto as mulheres continuam sendo apagadas da nossa história.

Inclusive, esse assunto leva a outro ponto: quando lembradas, as mulheres nunca estão em posição de poder, ou seja, são sempre vistas apenas como mães, esposas, donas de casa... Não que isso seja errado, claro que não, até porque a maioria das mulheres vive essa vida dupla, aliada ao trabalho, mas temos que reconhecer que é um estereótipo imposto a nós. Nós nunca somos lembradas por feitos científicos, pela luta feminista ou por qualquer relação de poder. Percebem?

Rebecca Solnit se expressa muito bem e traz muita sinceridades aos seus textos, que conversam entre si. Apesar de discorrer sobre várias coisas, é certo que o tema central gira em torno da desigualdade entre homens brancos hétero-cis das outras camadas da população, que incluem homens não brancos, mulheres, mulheres não brancas, comunidade LGBT no geral, e como eles detém o poder, e, portanto, são perfeitos. Querem um exemplo muito, mas muito claro? Vocês se lembram do quanto a presidenta Dilma era criticada por sua falta de oratória durante seus discursos, mas o mesmo não acontece com o homem que está no poder agora, ainda que ele viva falando abobrinhas, absurdos e dez milhões de coisas desconexas por aí?

Aí chegamos em alguns pontos para se pensar: será que o título do livro é De Quem é Esta História? pelo fato de, majoritariamente, as histórias serem escritas e narradas por homens? Ora, se não podemos contar nossas próprias histórias, se nossas histórias não são nossas, como seremos lembradas? 😕

 Título Original: Whose Story Is This?: Old Conflicts, New Chapters  
Autor: Rebecca Solnit Páginas: 216
Tradução: Isa Mara Lando ✦ Editora: Companhia das Letras
Livro recebido em parceria com a editora

16 de novembro de 2020

Pequeno Manual Antirracista | Djamila Ribeiro

Quase sempre nós utilizamos a leitura como forma de diversão e entretenimento, até porque na maioria das vezes a gente já tá tão cansado de estudar que não quer ficar preso em coisas muito complicadas fora do âmbito acadêmico, né? Em contrapartida, eu concordo que às vezes a gente precisa de leituras mais sérias, como Pequeno Manual Antirracista. Mas não se preocupem porque de complexo esse livro não tem nada, já que Djamila Ribeiro usa toda sua desenvoltura para trazer uma linguagem simples a esse assunto tão importante do nosso cotidiano.

Apesar da pouca quantidade de páginas, 136, esse manual é carregado de reflexões. E justamente pelo fato de ser curtinho, Djamila é muito precisa nos temas que aborda: políticas raciais afirmativas, privilégio branco, racismo estrutural, lugar de fala, combate à violência racial, a própria luta antirracista e vários outros conceitos que, assim como todo manual, são ensinados a quem o lê.

É claro que não vai ser uma leitura do tipo "10 passos para se tornar antirracista", até porque vivemos numa sociedade onde o racismo está enraizado, ou seja, é um processo de desconstrução. O interessante são os questionamentos que a autora traz a tona e a forma como ela tenta nos fazer enxergar além da bolha em que vivemos, além de nos fazer compreender o papel de cada indivíduo na luta antirracista.

Para entenderem a importância do Pequeno Manual Antirracista, deixo aqui para vocês algumas estatísticas que revelam e comprovam a desigualdade racial em nosso país:

1. Taxa de analfabetismo

No Brasil, a taxa de analfabetismo entre os negros (9,1%) de 15 anos ou mais é superior ao dobro da taxa de analfabetismo entre os brancos da mesma faixa de idade (3,9%), segundo o IBGE.

2. Renda per capta e taxa de emprego

Ainda de acordo com o IBGE, pretos e pardos tinham um rendimento domiciliar per capita de R$ 934 no ano de 2018. No mesmo ano, os brancos ganhavam praticamente o dobro, cerca de R$ 1.846. A taxa de desocupação entre os negros em 2018 foi de 14,1%, contra 9,5% entre os brancos.

Nesse sentido também é possível afirmar que pardos e pretos normalmente são mais pobres que brancos: em 2018, 15,4% dos brancos viviam na pobreza, mas o percentual era maior entre pretos e pardos, chegando a 32,9%.

3. Violência policial

No Brasil, os negros são as vítimas em 75% dos casos de morte em ações policiais. Além disso, entre os presos com dados disponíveis no sistema sobre cor de pele, raça ou etnia, 67% são negros, e os brancos, 32%. Na sociedade brasileira, esses dois grupos são, respectivamente, 56% e 44%.

Todos os dados foram retirados da reportagem da BBC intitulada Protestos por George Floyd: em seis áreas, a desigualdade racial no Brasil e nos EUA. Acessem o link para mais informações sobre o assunto.

Título Original: Pequeno Manual Antirracista ✦ Autora: Djamila Ribeiro
Páginas: 136 ✦ Editora: Companhia das Letras
Livro recebido em parceria com a editora

11 de novembro de 2020

Promoção: Sete Anos de Roendo Livros

Às vezes é difícil para mim assimilar que o meu filhinho já está fazendo sete aninhos! De 2013 para cá foram muitas conquistas e muito companheirismo — sou muito grata por ter vocês e pelas meninas que me ajudam a manter o Roendo Livros firme e forte, vocês são tudo para mim! De verdade, não tenho palavras para agradecer o que cada um de vocês, leitores e amigos, fazem por mim e pelo blog! Espero continuar interagindo com vocês nos anos que estão por vir.

Eu sei que vocês estavam super ansiosos por esse momento, porque sabem muito bem que é de praxe realizar um sorteio comemorativo nessa data tão importante, né? Esse ano um de vocês vai levar para casa três livros incríveis e o direito de escolher quaisquer (ou qualquer) livros na Amazon no valor de R$65,00!!

Parceiros
 

Regras
- A promoção será válida no período de 11/11/2020 à 11/12/2020;
- Apenas as primeiras entradas do formulário são obrigatórias. As opções obrigatórias valem 1 ponto cada, enquanto as opcionais valem 5 pontos cada;
- A entrada "tweet about de giveaway" só será válida se a pessoa estiver seguindo os Twitters informados (@anadoroendo e @cassiavicentin_);
- Após o término da promoção, o Roendo Livros tem até 15 dias para divulgar o resultado;
- O ganhador tem 48h para responder o e-mail com os dados de envio, caso contrário o sorteio será refeito. O(s) livro(s) escolhido(s) (na faixa de preço estabelecida) deverá(ão) ser informado(s) no corpo do e-mail;
- Após feito o contato, o prêmio será enviado dentro de até 60 dias úteis. É obrigatório residir em território nacional;
- Para os livros serem enviados, é necessário que o ganhador passe o número do CPF para a Ana, já que agora os Correios solicitam uma declaração de conteúdo. Só participe do sorteio se estiver de acordo;
- O Roendo Livros não se responsabiliza por extravio ou atraso na entrega dos Correios, bem como danos causados nos livros. Assim como não se responsabiliza por entrega não efetuada por motivos de endereço incorreto, fornecido pelo próprio ganhador, e ausência de recebedor. Os livros não serão enviados novamente. O Roendo Livros também não se responsabiliza pelos prêmios enviados pelos parceiros;
- O Roendo Livros se reserva o direito de dirimir questões não previstas neste regulamento;
- Este concurso é de caráter recreativo/cultural, conforme item II do artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71 e dispensa autorização do Ministério da Fazenda e da Justiça, não está vinculada à compra e/ou aquisição de produtos e serviços e a participação é gratuita.

 a Rafflecopter giveaway

Participem também do sorteio que está rolando no Instagram, que vai presentear um seguidor muito sortudo com os novos livros da Rainbow Rowell lançados pela Editora Seguinte, Sempre em Frente e O Filho Rebelde, + um vale-livro na Amazon no valor de R$50,00

Ver essa foto no Instagram

✨ S O R T E I O D E A N I V E R S Á R I O ✨ Amanhã, dia 11/11/20, o Roendo Livros completará S E T E aninhos! 🎉🎈 Para comemorar, chamei minhas amigas maravilhosas para me ajudarem a presentear um seguidor muito sortudo com os livros Sempre em Frente e O Filho Rebelde 🔮 da Rainbow Rowell + um vale-livro no valor de R$50,00 na Amazon! 🌈 ✔️ Para concorrer é muito fácil, basta seguir as regrinhas abaixo! • Curtir essa foto bonitinha; • Seguir os perfis: @anadoroendo @editoraseguinteoficial @blogcapitulotreze @osdeliriosliterariosdelex @procureiemsonhos @aquelemqueana @blogtemposliterarios • Marcar um amigo (mas tem que ser amigo mesmo, alguém que você siga, tá? 🧐) aqui nos comentários. Pode comentar quantas vezes quiser entre os dias 11/11/2020 e 04/12/2020 às 12h, mas não serão aceitas marcações de perfis fakes, que existam exclusivamente para sorteio e/ou de pessoas famosas. Ah, obviamente, quem quiser participar mais de uma vez para ter mais chances, têm que marcar um amigo diferente em cada comentário! 🤞🏻 🗣️ A T E N Ç Ã O 🗣️ • Para participar você precisa ter um endereço de entrega no Brasil; • O Roendo Livros não se responsabiliza por extravio dos Correios ou entrega não efetuada e os livros não serão enviados novamente; • O resultado será divulgado nos stories em até 7 dias após o término da promoção (não se esqueça de deixar o perfil aberto para eu poder conferir tudo direitinho); • O ganhador terá 24h para requerer o prêmio, que será enviado em até 30 dias úteis. Esse perfil não se responsabiliza pelos prêmios enviados pelos parceiros; • Esse concurso é de caráter recreativo/cultural, conforme item II do artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71 e dispensa autorização do Ministério da Fazenda e da Justiça, não está vinculada à compra e/ou aquisição de produtos e serviços e a participação é gratuita. #sorteio #livros #bookworm #booklover #bookstagram #instabook #books #book #giveway #amoler #instabook

Uma publicação compartilhada por Ana 🔸 Roendo Livros (@anadoroendo) em

9 de novembro de 2020

Onze Best-Sellers de Ficção que Vocês Precisam Conhecer


 
Que atire a primeira pedra quem nunca se viu refém de um best-seller, afinal, quanto mais vendido o livro é, mais as pessoas falam dele e mais curiosos nós ficamos, né? Pensando nisso, a mybest Brasil convocou a mim e outros produtores de conteúdo literário incríveis para falarmos sobre o nosso best-seller queridinho. O resultado foi uma lista com 11 livros tão diversos que vai ser até difícil vocês decidirem a próxima leitura!

Como vocês bem sabem, sou a rainha do jovem adulto. É meu gênero literário preferido e, obviamente, o que eu mais leio e tenho propriedade para falar. Sendo assim, escolhi um livro representa esse nicho muito bem: O Ódio Que Você Semeia. Quem acompanha o Roendo Livros sabe o quanto essa história mexeu comigo e o quanto ela é importante para a luta contra o racismos, então adorei indicá-la para as pessoas num site tão influente! E sim, enquanto eu pude e enquanto eu estiver influenciando pessoas falarei sobre a importância de sermos antirracistas!


É claro que eu sei que nem todos vocês se identificam tanto assim com YA, então não se preocupem que tem indicação para todos os gostos: clássicos, terror, suspense, infantojuvenil... Mas essas dicas vocês só vão conseguir pegar se acessarem o post completo montado pela mybest Brasil!

Leiam tudo e comentem aqui quais desses livros vocês vão adicionar na wishlist — se eu fosse vocês aproveitava que o Natal está chegando para pedir todos eles —, se já leram algum deles ou quais vocês acrescentariam à lista! Ah, me contem aqui também se vocês gostaram do meu texto e se vocês gostariam de me ver participando mais de outros sites, tá bom? ❤
 
Vocês podem acessar o post Best-Sellers: Veja 11 Livros de Ficção que Você Precisa Conhecer através desse link. A ação foi patrocinada pela mybest Brasil.

6 de novembro de 2020

O Sol é Para Todos | Harper Lee

O Sol é Para Todos é um dos maiores clássicos da literatura americana. Foi publicado em 1960, mas ainda faz sucesso no mundo inteiro por causa de sua trama atemporal, que gira em torno de um advogado branco que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos, em 1930. A história é narrada por Scout, filha mais nova do advogado. Apesar de ser contado sob o ponto de vista de uma criança, o tom da narrativa é extremamente crítico justamente por causa do tema central: racismo e injustiça social.

Antes de começar a falar de fato sobre o livro e o que eu senti enquanto lia, queria deixar claro que essa resenha estará repleta de spoiler. Para mim, é impossível discutir alguns pontos sem expor algumas partes muito importantes do enredo. Então, se vocês não conhecem, não sabem o que acontece e têm vontade de ler o livro em algum momento da vida, parem por aqui.

Harper Lee recebeu o Prêmio Pulitzer de Ficção em 1961 por essa obra e digo que não foi em vão. Além de ser uma história extremamente bem construída, os personagens são inesquecíveis. Todos eles são, até os mais odiáveis e preconceituosos, até porque, infelizmente, a narrativa só reflete a sociedade da época — que não mudou tanto assim nesses últimos 60 anos. 

Se a sociedade da fictícia Maycomb é, de forma geral, detestável, a família Finch é o ponto fora da curva. Ainda assim, não gosto de pensar em Atticus — pai & advogado — como herói ou redentor. Por mais admirável que sua personalidade seja, para mim ele era apenas um homem de caráter e com o mínimo de senso, características que todos nós deveríamos ter. Mas é claro que o fato de ele não se omitir, mesmo sabendo das consequências, é um ponto importante. Vejam bem, se Atticus Finch aceita defender Tom Robinson mesmo sabendo que a causa era perdida, não foi por acaso.

— Em primeiro lugar, Scout — ele disse —, se aprender um truque simples, vai se relacionar melhor com todo tipo de gente. Você só consegue entender uma pessoa de verdade quando vê as coisas do ponto de vista dela.
— É?
— Precisa se colocar no lugar dela e dar umas voltas. (p. 43)

Nesse contexto, encaramos uma realidade muito triste, porque já era claro desde o começo que Tom era inocente — fato que foi comprovado, na minha opinião, durante o julgamento —, mas que seria declarado culpado por causa da cor da sua pele. Afinal, ele era apenas um negro, no fim das contas, e o que valia a palavra de um negro contra a palavra de uma pessoa branca, ainda que fosse mulher? Perceberam que a todo momento é possível fazer um link com a realidade que vivemos hoje?

E por falar nisso, fiquei muito pensativa e incomodada sobre a situação toda. Porque assim, eu sempre parto do pressuposto que uma mulher não tem motivos para mentir sobre ter sido estuprada. Então o tempo todo me senti num impasse, porque eu queria acreditar na personagem que estava acusando, mas todas as provas mostravam o contrário. Mas mesmo sabendo que ela estava mentindo para se proteger e proteger o pai, mesmo sentindo uma indignação muito grande, consegui entender o lado dela unicamente por causa da situação em que ela vivia. Imagino que ela tenha sentido muito medo, sabe? Só que percebam, eu disse que entendo, mas não que concordo.

Inclusive esse foi um tópico que gerou bastante discussão no clube do livro, mas conseguimos chegar a conclusão que O Sol é Para Todos é um livro sobre racismo e não sobre o papel da mulher, então acreditamos que essa foi a melhor forma que Harper Lee encontrou, na época, para descrever esse problema que acompanha a sociedade desde os seus primórdios.

A sociedade era e é muito injusta, e uma das coisas que eu mais gostei de acompanhar nesse livro foi como Scout e Jem, os filhos de Atticus, começaram a perceber isso. São dois personagens que só crescem durante a trama, porque é fácil perceber o que eles sentem de verdade ainda que reproduzam conceitos racistas propagados pelos adultos. Ou seja, além de tudo, só me fez ter certeza que nenhuma criança nasce preconceituosa, que somos nós que influenciamos nisso.

— [...] Ouvi quando ela disse que estava na hora de alguém dar uma lição neles, que estavam indo longe demais, daqui a pouco iam querer casar com brancos. Jem, como uma pessoa pode detestar tanto Hitler e depois falar isso de alguém daqui mesmo...? (p. 307)

Outro ponto que questionei bastante foi a tradução do título do livro para o Português brasileiro. Eu sei que há conexão com o discurso de Atticus Finch no tribunal, mas ainda assim sinto que O Sol é Para Todos passa uma ideia um tanto equivocada sobre o conteúdo da história... Isso porque o que acontece com Tom Robinson só prova que, na realidade, o sol não é para todos. Muito pelo contrário, né? A gente sabe muito bem o quanto o sol brilha apenas para uma pequena parcela da população. Além disso, acredito que To Kill a Mockingbird faça alusão à destruição da inocência, que é o que acontece com nossos personagens principais.

Eu não sou especialista em Direito e questões que envolvam Direito Penal ou qualquer coisa relacionada ao tema, já que não sou dessa área. Mas não precisa ser o maior entendedor de leis e do próprio sistema para entender que a trama criada por Harper Lee é um retrato do  judiciário e das pessoas que o compõe: como podemos esperar decisões justas sendo que a sociedade que nos representa é injusta? Fica aí a reflexão.

Título Original: To Kill a Mockingbird ✦ Autor: Harper Lee
Páginas: 364 ✦ Tradução: ✦ Editora: José Olympio

3 de novembro de 2020

A Regra é Não Ter Regras | Reed Hastings & Erin Meyer

Você já imaginou como seria trabalhar na Netflix? Esse provavelmente é o emprego dos sonhos de muitos jovens mundo a fora neste momento, principalmente com o aumento do valor agregado ao serviço de streaming às nossas vidas durante a quarentena. Mas será que você está pronto para a cultura? Sinceridade custe o que custar, ausência de política de férias e despesas, feedbacks constantes, poder de decisão em todos os níveis hierárquicos... Se você entende um pouco de organização corporativa certamente já vislumbrou o caos de clima organizacional e evitaria uma oferta de emprego por lá. Porém a maior surpresa de todas que o próprio CEO e uma importante escritora de negócios trazem é: a regra é não ter regras e isto nos leva ao sucesso. 

A Netflix virou fenômeno na vida dos brasileiros há cerca de 7 anos, quando o consumo de filmes por plataformas de streaming e on demand já eram realidade nacional. Apesar da controvérsia sobre o modelo de negócios e lucratividade, a companhia é um exemplo de empreendimento sólido, que conquistou o público e possui uma proposta de valor irrefutável. O que acontece no operacional para que esta startup do Vale do Silício se diferencie das demais é a cultura organizacional, que certamente é um fator determinístico. Sendo isso que levou Reed Hastings, CEO da Netflix, e Erin Meyer, vencedora do Thinker50, a escreverem e explicarem em 10 passos como toda a inovação deste unicórnio funciona por trás das telinhas. 

Partindo dos primeiros anos da companhia, somos arremessados a uma nova forma de fazer negócios. Certamente, o serviço de streaming revolucionou um mercado, pois começou como uma locadora de DVD's via serviço postal e tornou-se uma plataforma que pode ser acessa por diversos dispositivos, além de uma gigantesca produtora com indicações e premiações na Academia, como no Oscar ou Emmy. Mas o que fazem as mentes pensantes por trás de tudo? Como o título sugere, A Regra é Não Ter Regras mas como tudo se organiza para funcionar sem uma falência ou um caos?

O livro divide-se em três partes que apresentam como estruturar o que Reed chama de "Liberdade com Responsabilidade". Em cada uma das partes, existem três pilares que juntos, interligam-se e conseguem sustentar um ponto de vista com validade. Três é o número sagrado para os negócios, e gostei dessa abordagem para o livro. Outra característica brilhante é como ao final de cada capítulo, tópico ou parte, o pensamento é "Óbvio que isso não funciona na prática" domina, mas logo no começo do parágrafo seguinte, os próprios atores refutam os contra argumentos que possam ter surgido na cabeça do leitor. Isso é incrível, mas é igualmente desgastante. A sensação é que o livro vai deixando lacunas no texto que te deixem esperando por mais. Essa é exatamente a técnica sedutora que usam na produção de gigantes cinematográficos, como Stranger Things. Em um filme ou série é ótimo, é esperado, até. Entretanto, em um livro, parece que o leitor está apenas mordendo iscas para chegar ao fim, e não construindo um fluxo de ideias contínuo. 

Talvez nomeando essa característica como "marketeira" fique mais palpável o estilo narrativo. Um livro repleto de exemplos mirabolantes que certamente são reais, mas que nos levam a desconfiar se essa cultura pregada com tanto apreço no livro de fato funciona. São apresentados belíssimos argumentos para sustentar o pagamento dos melhores salários do mercado, a demissão de funcionários medianos, o compartilhamento geral de informações confidenciais... Mas como uma pessoa que já trabalhei em uma empresa que funciona bem há mais de 100 anos, me pergunto por quantos anos essa cultura será sustentável, ou melhor, quando este pode tornar o modo normal de todas as empresas operarem. 

Apesar da minha descrença da boa aplicabilidade de ações indicadas no livro, os autores avisam que não adianta tomar parte das medidas, elas funcionam apenas em rede, todas juntas, complementando-se. E isto me leva a outro porém, já que o que parece viável é replicar a cultura da Netflix ou continuar no status quo. Tal postura pode ser viável para novas startups, que começaram a conceber seus escopos de funcionamento e controle atualmente, mas não para multinacionais seculares. 

Apesar do debate levantado por mim, recomendo a leitura do livro, pois este certamente abrirá sua mente enquanto gestor ou como liderado. Como gestor, o tornará mais questionador do status quo da sua organização. Como liderado, o fará perceber elementos do ambiente de trabalho que podem ser um fardo ou boas surpresas no futuro. O ponto é que assim como a Netflix consegue nos prender por horas com seus algoritmos e conteúdos, este livro pode persuadi-lo com igual poder.

Título Original: No Rules Rules ✦ Autores: Reed Hastings & Erin Meyer
Tradução: Alexandre Raposo ✦ Páginas: 352 ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

1 de novembro de 2020

Top Comentarista: Novembro 2020


Vocês têm noção que só faltam 60 dias pro ano acabar? Falta pouco tempo, mas tenho certeza que dá tempo de colocar as leituras em dia! Eu mesma não tenho certeza de quais livros vou ler porque gosto de deixar livre, mas queria saber de vocês o que pretendem ler ainda em 2020, então deixem aqui nos comentários! Enfim, o prêmio do mês é um vale compras no valor de trinta e cinco reais na Amazon e o período de inscrições vai de 01/11/2020 à 01/12/2020, lembrando que o último dia é apenas para a regularização de comentários. 

Regras
- Comentar em todos os posts, exceto os de promoções, no período de 01/10/2020 à 31/10/2020;
- Não serão computados comentários genéricos, só aqueles que exprimem a opinião do leitor e mostram que ele realmente leu o post. Comentários plagiados de outras plataformas (lembrem-se que plágio é crime) ou que se repetem em outros blogs não serão considerados. Comentários do tipo serão excluídos sem aviso prévio e o participante será automaticamente desclassificado;
- É permitido apenas um comentário por post;
- Apenas as duas primeiras entradas do formulário são obrigatórias;
- A entrada "tweet about de giveaway" só será válida se a pessoa estiver seguindo o Twitter informado (@anadoroendo), bem como a entrada "comentar nos posts do Instagram", que só será validada se o perfil (@anadoroendo) for seguido pela pessoa que tiver comentado;
- Após o término do top, o Roendo Livros tem até 15 dias para divulgar o resultado;
- O ganhador tem 48h para responder o e-mail com os dados de envio, caso contrário o sorteio será refeito. O livro escolhido (na faixa de preço estabelecida) deverá ser informado no corpo do e-mail;
- Após feito o contato, o prêmio será enviado dentro de até 60 dias úteis;
- Para o livro ser enviado, é necessário que o ganhador passe o número do CPF para a Ana, já que agora os Correios solicitam uma declaração de conteúdo (saiba mais aqui) Só participe do sorteio se estiver de acordo;
- O Roendo Livros não se responsabiliza por extravio ou atraso na entrega dos Correios, bem como danos causados no livro. Assim como não se responsabiliza por entrega não efetuada por motivos de endereço incorreto, fornecido pelo próprio ganhador, e ausência de recebedor. O livro não será enviado novamente;
- O Roendo Livros se reserva o direito de dirimir questões não previstas neste regulamento.
- Este concurso é de caráter recreativo/cultural, conforme item II do artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71 e dispensa autorização do Ministério da Fazenda e da Justiça, não está vinculada à compra e/ou aquisição de produtos e serviços e a participação é gratuita.

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