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26 de julho de 2022

Me Leve Com Você | David Levithan & Jennifer Niven

Gosto muito de narrativas que fogem do convencional. Recentemente li Evidências de Uma Traição, da Taylor Jenkins Reid, totalmente narrado em forma de cartas. Logo depois resolvi ler Me Leve Com Você, parceria entre dois nomes da literatura juvenil contemporânea que fazem muito sucesso, David Levithan & Jennifer Niven. Supreendentemente, a estrutura desse livro é semelhante a do que citei anteriormente: a diferença principal é que a narrativa se dá através de uma troca de e-mails entre irmãos ao invés de cartas de amor entre amantes. Essa estrutura é muito atrativa para mim, porque é muito fluida e, consequentemente, a leitura é bem rápida. 

Aqui, conhecemos a história dos irmãos Ezra e Beatriz. Acho que a única coisa que posso contar sobre o enredo sem dar muitos spoilers é que Bea parte na calada da noite, largando sua vida inteira para trás. O e-mail, portanto, é a única coisa que a garota deixa para se comunicar com o irmão. Fato é que Bea foi atrás de respostas e que não quer ser encontrada, ao mesmo tempo que não consegue abrir mão do laço com o irmão. Ela sabe muito bem que ela é a única pessoa que Ezra tem na vida, no fim das contas. 

Mas Me Leve Com Você não tão simples como parece. Não é apenas uma adolescente fujona e Ezra não é simplesmente um garoto que não sabe viver sem a irmã mais velha. A sinopse em momento algum conta a real situação em que os irmãos vivem e o que, na minha opinião, foi o motivo de Bea ter ido embora: ambos são abusados psicologicamente pelas pessoas que os criam, a mãe e o padrasto. Eu sei que muitas pessoas acham que devemos algo para nossos pais pelo simples fato de termos nascido deles e por eles nos criarem e, por isso, temos que aceitar desaforos e humilhações, mas não é bem assim. Então, de certa forma, gostei muito de como o assunto foi retratado.

Então o que eu aprendi foi o seguinte. Um: Não tem motivo para esconder o que aconteceu com você, porque esses maus-tratos que você sofreu são vergonha para eles, que te agrediram, não para vocês. Dois: Fazemos parte de um grupo que nunca quisemos estar, o grupo das pessoas que quase foram destruídas e que descobriram que têm força para sobreviver. Temos de estender a mão uns para os outros sempre que pudermos. E três: Sempre que você estiver no fundo poço, tem como sair. Seu agressor não vai querer que você saiba disso, mas outras pessoas podem te ajudar a sair.

Apesar de fluir extremamente bem, não me apeguei de fato à história e aos personagens. Eu sei que Bea foi muito corajosa por deixar tudo pra trás e ir em busca de uma vida melhor, mas em diversos momentos achei ela muito egoísta. Não exatamente por ter deixado o Ezra, mas pelas coisas que ela falava com ele e pelas informações que omitia. Para ser sincera, gostei muito mais do Ezra e a identificação com ele foi desde os primeiros e-mails. Também achei ele muito corajoso, mas corajoso por ficar, sabem? Não que eu acho que Bea era obrigada a ficar e passar pelos perrengues que ele passou, mas a decisão de ficar também requer muita coragem. Não sei se me fiz entender, enfim.

Não é que eu não tenha gostado, mas confesso que esperava um pouco mais do livro e principalmente do plot twist. Não estava exatamente esperando pelo o que aconteceu, mas não me emocionei porque achei bem forçado. Na minha concepção, faltou um pouquinho mais de polícia no caso, e não posso dizer mais nada. Então, de forma geral, a narrativa é muito boa, mas a história em si não convence tanto. 

Uma coisa é certa, David Levithan & Jennifer Niven escreveram de forma que qualquer pessoa que tenha sofrido ou ainda sofra abuso psicológico em casa se identifique. É uma situação realmente dolorosa, porque ser abusado por quem deveria ser um ponto de apoio não é fácil. Me Leve Com Você, então, dá um sopro de esperança, mostra que por mais que as coisas não saiam conforme esperamos, é possível fugir do caos.

Só pra finalzar, queria demais exaltar essa capa que é a coisa mais linda do Universo e vocês são obrigados a concordar comigo! Não podia deixar de falar nela, já que se tornou uma das minhas favoritas da estante. Apaixonadíssima!

Título Original: Take Me With You When You Go ✦ Autor: David Levithan & Jennifer Niven
Páginas: 288 ✦ Tradução: Alessandra Esteche ✦ Editora: Seguinte
Livros recebidos em parceria com a editora

22 de julho de 2022

Carrie | Stephen King


Dentre os livros mais vendidos na Bienal do Livro de SP, fiquei feliz em ver que Carrie figurou no top 10 da Suma. O motivo da minha empolgação é que eu sempre indico ele como o livro de entrada para o mundo do Stephen King. Inclusive a primeira vez que falei dele aqui no Roendo Livros foi em 2013 e desde então meu amor só cresceu pelo terror na literatura e em todo o resto de mídias possíveis.

Acho que se você nunca leu Carrie, ao menos você já ouviu falar da história: uma menina que sofria bullying e era maltratada pela própria mãe (uma fanática religiosa), mas que descobriu poderes telecinéticos ao longo dos anos e os usou para se vingar de todos que a faziam sofrer. O motivo para muitas pessoas terem familiaridade com o romance de estreia do King acontece principalmente pela grande influência que a obra exerce até hoje em diversas produções. 

O primeiro filme de Carrie foi lançado em 1976 e é considerado um clássico até hoje. A última referência que se fez a obra (e que eu tenho conhecimento, afinal, sou só uma rs) foi no novo filme do Sam Reimi, ele mesmo... Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, onde a Wanda além de ter poderes iguais aos de Carrie White também aparece visualmente como a personagem de terror.

Acredito que o motivo para isso acontecer é que a temática do livro ainda é muito presente. Tirando o fato do sobrenatural que King majoritariamente trata em seus textos, o autor também fala muito sobre a podridão humana, retratando seres humanos que muitas vezes são piores do que as próprias "coisas" desconhecidas. O fanatismo, puritanismo, bullying, até mesmo depressão e problemas psicológicos são pautas muito comuns em 2022, infelizmente.

Fato é que quando King jogou o manuscrito de Carrie no lixo por não achar tão bom, nunca deve ter imaginado que a obra seria importante, um marco na história. E eu vim aqui com todo carinho do mundo indicar mais uma vez essa obra incrível para os medrosos de plantão que não tem coragem de ler O Iluminado, It, ou Misery.

Pelo meu post aqui em 2013 vi que me irritei com a escrita do King por não estar acostumada com a "bagunça" que ele faz aqui, mas hoje eu digo que é justamente por ser tão diferente que continua me prendendo quase 10 anos depois da primeira leitura hahaha.

Agora que meu livro favorito da vida virou It, você deve entender que um livro 10x menor não é arrastado não, eu é que era uma chatolina e também pode estar ligado ao meu amadurecimento e ter lido muito mais coisas nesse tempo. O fato de que mesmo o livro sendo pequeno mas consegue transmitir os sentimentos da protagonista de forma muito nítida, aprofunda os personagens e dá complexidade aos eventos também é incrível.

Enfim, o livro de milhões né? E para quem se interessar em adquirir Carrie, a Suma lançou recentemente uma versão linda em capa dura, que faz parte da coleção Biblioteca Stephen King. Óbvio que eu já tenho o meu em casa <3.

Título Original: Carrie ✦ Autor: Stephen King
Páginas: 208 ✦ Tradução: Regiane Winarski  ✦ Editora: Suma
Livros recebidos em parceria com a editora

19 de julho de 2022

Evidências de Uma Traição | Taylor Jenkins Reid

Uma das minha metas para os próximos meses — não vou falar para esse ano porque as coisas estão corridas demais, rs — é ler todos os livros da Taylor Jenkins Reid publicados no Brasil. Já li Em Outra Vida, Talvez?, que é o meu preferido até agora, Amor(es) Verdadeiro(s) e Depois do Sim. Apesar de nem sempre achar as tramas muito surpreendentes, devo concordar que a autora sabe construir uma narrativa como ninguém. 

Nesse sentido, eu sabia que Evidências de Uma Traição não decepcionaria. Publicado em 2021 exclusivamente em formato de e-book pela Editora Paralela, o conto totalmente narrado em forma de cartas apresenta a história de uma mulher que descobriu que foi traída pelo marido. Simples assim. O diferencial aqui está na forma como essa traição foi conduzida, digamos assim: em um ato de desespero, Carrie escreve para o marido da mulher com que seu cônjuge a trai, David.

Num primeiro momento, a única coisa que Carrie deseja é que esse homem envie para ela as cartas que o marido escrevia para a amante, mas a medida que o tempo passa, ela e David se aproximam cada vez mais. A verdade é que David a compreende, uma vez que está passando pela mesmíssima coisa que ela. Então essas cartas que eles trocam são como um refúgio para os dois, que não sabem como seguir em frente sem as pessoas que acreditam amar.  

Diferentemente da maioria dos leitores, não achei o plot assim tão surpreendente. E aqui vem um spoiler, caso tenham interesse no conto e não queiram saber muitos detalhes, pulem esse parágrafo. Desde o momento em que Carrie disse que não conseguia engravidar, eu tinha certeza que ela ficaria grávida de David. Mas gostei muito da crítica feita pela Jenkins Reid, porque sempre acham que existe um problema com a mulher quando ela não consegue gerar um filho, nunca com o homem. Obviamente isso era bem pior na década de 70, momento em que se passa a história, mas esse conceito ainda perdura. 

Interessante mesmo foi a forma como os personagens resolveram lidar com as traições, no fim das contas. Quer dizer, é interessante porque nós tendemos a taxar as ações humanas como "certas ou erradas" por causa de um politicamente correto que nós mesmos inventamos, então ver personagens seguindo uma direção totalmente contrária do que achamos que é o melhor ou correto é, no mínimo, uma situação para refletirmos.

Assim, Evidências de Uma Traição se consagrou como uma boa leitura, principalmente por ser bem rapidinha, mas nada extraordinário. Como nos outros livros da autora, o que mais me chamou atenção não foi a história em si, e sim como ela foi conduzida. Taylor Jenkins Reid é inegavelmente uma especialista nessa questão.

Título Original: Evidence of the Affair ✦ Autora: Taylor Jenkins Reid
Páginas: 101 ✦ Tradução: Alexandre Boide ✦ Editora: Paralela
Livros recebidos em parceria com a editora

15 de julho de 2022

Maternidades no Plural | Annie Bàracat, Deh Bastos, Glaucia Batista, Ligia Moreiras, Marcela Tiboni & Mariana Camardelli


Um dos meus maiores sonhos, se não o maior, é me tornar mãe. Ainda não sei se fui condicionada a isto por ser mulher e porque a sociedade acredita que toda mulher deve ser mãe, mas a verdade é que sempre fui fascinada por crianças — e ouso dizer que faço sucesso com elas também, rs. Eu fui criada pelos meus pais, que estão juntos até hoje, e este é o meu núcleo familiar. A grande questão é que, assim como existem diversos núcleos familiares ("composto por duas ou mais pessoas, unidas por laços sanguíneos ou não, originado do casamento, união estável ou da afinidade"), existem também diversas formas de maternar. 

A propósito, eu adoro ler sobre criação de filhos, mas Maternidades no Plural foi o primeiro que li que foge do conceito de "família tradicional brasileira", se é que vocês me entendem, rs. A maior parte dos livros que falam sobre o assunto retratam um núcleo familiar que envolve mãe, pai e filhos, mas o que acontece com as pessoas que não se veem inseridas nesse contexto? Dito isso, devemos levar em consideração que esse modelo "tradicional" representa menos menos de 50% das famílias brasileiras

É sobre esse assunto, então, que Annie Baracat, Deh Bastos, Glaucia Batista, Ligia Moreiras, Marcela Tiboni & Mariana Camardelli tratam em Maternidades no Plural, com foco, obviamente, nas diversas mães que existem por aí. No livro, existe um relato maravilhoso de cada uma das autoras, sobre como se tornaram mães e um pouco do que vem depois dos filhos. Provavelmente a mensagem preferida que tirei dos textos é que maternar envolve uma série de erros e acertos, o que mostra que não existem mães perfeitas, bem como não existem pessoas perfeitas. Cada mãe encontra seu jeitinho de criar os filhos, e cada uma dá o seu melhor na medida do possível.

A história de cada uma delas é muito incrível, emocionante e inspiradora: Annie Bàracat, fotógrafa e mãe do Lilo, fala sobre sua experiência com a adoção e maternidade solo por opção; Deh Bastos, que é comunicadora, fala sobre as barreiras do racismo e sobre a importância de lutar contra o sistema e ensinar as crianças sobre o assunto; Glaucia Batista, economista de formação, discorre sobre a maternidade atípica e como foi passar por esse processo duas vezes, uma vez que Thales possui Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) e Breno está no espectro autista; Ligia Moreiras, cientista que nunca sonhou em ser mãe, também fala sobre a maternidade solo e sobre como ajuda outras mulheres que passam pelo mesmo processo; Marcela Tiboni, por sua vez, estoura a bolha da família heteronormativa ao dialogar sobre os amores e as dores da dupla maternidade; por fim, mas não menos importante, Mariana Camardelli traz uma visão incrível sobre o papel da madrasta na vida dos enteados, confirmando que é possível criar e amar filhos que não nasceram de você. 

Os relatos são intensos e comoventes, e quem é mãe vai se identificar com pelo menos um deles, principalmente porque apesar das diferenças, todos têm dois pontos em comum: o amor pelos filhos e a luta contra a nossa sociedade patriarcal que exige mães perfeitas. Assim como crianças são diferentes, as mães são diferentes. Cada uma tem sua própria realidade e muitas vezes a gente não tem a mínima noção do que elas passam. Então, que tal respeitarmos e acolhermos essas mães ao invés de metermos o bedelho na criação dos filhos delas, hein?

Maternidades no Plural tem tanta informação relevante pra ser colocada em prática que merece ser lido — e relido — por todo mundo! Não consigo mensurar o tanto que eu aprendi com essa leitura e o tanto que eu aprendo todos os dias acompanhando o perfil das autoras no Instagram, que inclusive vou deixar aqui para vocês darem uma olhada:

✦ Annie Bàracat: @vamosfalardeadocao
✦ Deh Bastos: @criandocriancaspretas
✦ Glaucia Batista: @humaninhostdl
✦ Ligia Moreiras: @cientistaqueviroumae
✦ Marcela Tiboni: @marcelatiboni
✦ Mariana Camardelli: @somos.madrastas

Apenas leiam, gente. Tenho certeza que vocês sairão desse leitura com outro olhar sobre a maternidade e provavelmente nunca mais vão julgar mães por suas escolhas e ações. 

Título Original: Maternidades no Plural ✦ Autoras: Annie Bàracat, Deh Bastos, Glaucia Batista, Ligia Moreiras, Marcela Tiboni & Mariana Camardelli
Páginas: 352 ✦ Editora: Fontanar
Livro recebido em parceria com a editora

13 de julho de 2022

O Exorcismo da Minha Melhor Amiga | Grady Hendrix

Ai ai, o que dizer desse livro? Estou escrevendo essa resenha logo após finalizar a leitura e com os olhos marejados. Nem acredito que um livro com esse título me fez chorar. Mas, calma, vamos começar do começo.

A primeira coisa que chama a atenção em O Exorcismo da Minha Melhor Amiga é o visual. Mais uma edição lindíssima da Intrínseca (nunca errou). Capa dura, corte colorido e detalhes que fazem a edição parecer desgastada e antiga. Sem falar nas ilustrações da capa que dão essa vibe anos 80 que tem tudo a ver com o livro (já que a história se passa nos anos 80).

Todo início de capítulo apresenta o título de uma música e foi muito divertido ouvi-las durante a leitura. Algumas eu já conhecia, outras não.

Abby, nossa protagonista, se torna amiga de Gretchen quando, em sua festa de aniversário de 10 anos de idade, Gretchen é a única a aparecer. A partir daí, acompanhamos essa relação de parceria, companheirismo e afeto se fortalecendo ao longo dos anos. Até que algo muda. Depois de um episódio traumático, Gretchen não é mais a mesma e Abby fará de tudo para salvar sua melhor amiga.

Essa história é muito simples e, ao mesmo tempo, tem muitas nuances. É uma comédia de terror gore estilo O Exorcista e é trash como Garota Infernal (onde também temos uma melhor amiga possuída). É o tipo de história que eu adoro e tinha tudo pra dar certo. E deu. Na verdade, deu mais certo do que eu achei que daria.

Eu dei boas risadas logo nas primeiras páginas. Abby, apesar de não ser exatamente nossa narradora (pois a história é narrada em terceira pessoa), é quem conduz a história e, em boa parte do livro, é a partir da perspectiva dela que vemos os acontecimentos. E sua forma de encarar as coisas é tão genuína, autêntica e intensa que eu me apaixonei por ela rapidamente.

Abby é a amiga que todos nós gostaríamos de ter, aquela amiga que nunca desiste de nós, mesmo quando damos todos os motivos para que ela faça isso. Abby é forte e determinada. Em vários momentos, eu pensava que ela fosse desistir e ela não desistia. Pra mim, esse livro é, acima de qualquer outra coisa, um livro sobre amizade.

Eu sou psicóloga, o que me faz ter uma tendência a fazer interpretações psicológicas das histórias que eu consumo. Por que eu estou dizendo isso? Só pra avisar que o que eu vou dizer agora pode ser totalmente uma viagem minha. Ok? Ok! Dito isso: em muitos momentos, eu senti que essa história não era sobre possessão demoníaca, mas sim, sobre trauma. Gretchen sofreu um trauma, como consequência disso, ela mudou, começou a apresentar comportamentos autodestrutivos, agressividade e depressão. Como boa parte das pessoas deprimidas, Gretchen se recusa a receber ajuda. Mas ela não contava com o amor de sua amiga Abby, que está disposta a ajudá-la mesmo ela não querendo ser ajudada. Sério! Se isso não te comove, seu coração é de pedra. kkkkk'

Eu senti umas oscilações no ritmo da história. Teve alguns capítulos que parecerem desnecessariamente longos e desinteressantes, enquanto outros me deixavam vidrada. Mas o final..... O FINAL.... me quebrou. Não vou contar, óbvio. Mas sabe aquele final que faz tudo valer a pena? Não que esse seja um desses livros que se sustenta apenas pelo final. O livro é bom no todo, é divertido, é envolvente, mas, como eu disse, ele não me prendeu 100% do tempo. Mas o final foi tipo: "Que bom que eu li esse livro".

O Exorcismo da Minha Melhor Amiga é divertido, leve, rápido, interessante, intrigante, ao mesmo tempo que consegue causar náusea, ansiedade, horror e reflexão. Vi algumas resenhas que diziam que o livro é bom, mas que o leitor logo esquece a história, pois não tem nada de memorável. E, com todo o respeito: eu discordo totalmente. Pelo menos pra mim, essa história vai ficar guardada num lugar muito especial e não me vejo esquecendo dela facilmente.

Leiam, leiam, leiam. É o tipo de livro que não tem erro. Se você gosta de comédia, você vai gostar. Se gosta de terror, vai gostar. Gosta de drama? Também vai curtir. Prefere histórias de amor e de amizade? Com certeza vai gostar.

Título Original: My Best Friend's Exorcism ✦ Autor: Grady Hendrix
Páginas: 320 ✦ Tradução: Edmundo Barreiros ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora
Ajude o blog comprando os livros através do nosso link!

9 de julho de 2022

Os Rokesbys: Mais uma série da Julia Quinn para chamar de minha

Até eu me acostumar, vou começar todos os posts em que falo sobre romances de época com "para quem ainda não sabe, me rendi aos romances de época" e vocês que lutem, rs. Mas é engraçado mesmo, porque nunca na vida imaginei que seria uma leitora desse gênero que tanto critiquei, então nunca vou superar esse fato. E por isso cá estou eu para panfletar mais uma série escrita pela Julia Quinn, Os Rokesbys, que também está inserida no universo dos Bridgertons.

Diferentemente de Os BridgertonsOs Rokesbys é uma série bem mais curta e muito mais recente: o primeiro livro foi lançado em 2018, então a Julia Quinn está com uma escrita infinitamente mais madura e dá para perceber isso nitidamente. O mais legal dessa série é que ela se passa alguns anos antes da série mais aclamada da autora. Os Rokesbys são amigos íntimos da família Bridgerton, mas muito antes de Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth pensarem em existir. Para vocês terem ideia, Violet e Edmund são citados aqui como jovens recém casados, mas é uma delícia entender como tudo começou e saber que existem outros Bridgertons perdidos por aí. 

Mas enfim, nessa nova série, conhecemos quatro irmãos muito charmosos: George, Edward, Andrew e Nicholas. Cada um deles vive um romance arrebatador com uma dama diferente de todas as damas da Inglaterra no século XVIII, e convenhamos que Julia Quinn é expert em criar mulheres que fogem do estereótipo. Uma coisa que achei muito interessante em Os Rokesbys é que, apesar do casamento ser algo muito importante para a época, a atmosfera é totalmente diferente. Os Bridgertons se passa em uma Londes extremamente luxuosa, com bailes maravilhosos e chamativos. Os Rokesbys, por sua vez, evidencia uma vida mais campestre e tranquila. 

Essa série também é do tipo que se pode ler os livros fora de ordem sem que o enredo fique confuso, uma vez que, apesar de existir um núcleo principal, cada livro tem um casal protagonista diferente. Porém, sempre defendo ler pela ordem de lançamento, porque os personagens de uma história sempre aparecem na outra para matar nossa saudade e nessa série isso é muito bem definido. Dessa forma, a ordem de leitura de Os Rokesbys é:

Uma Dama Fora dos Padrões, que conta o romance cão e gato entre Billie Bridgerton e George 
Um Marido de Faz de Conta, cujo enredo gira em torno do casamento de mentira entre Edward e Cecilia Harcourt
Um Cavalheiro a Bordo, com o romance aventureiro entre Poppy Bridgerton e Andrew
✦ Uma Noiva Rebelde, com o casamento arranjado — que deu certo no final — de Nicholas e Georgiana Bridgerton

Gente, eu gostei de todos os livros. Acho que essa é a primeira série que eu leio na vida que eu realmente gosto de tudo o que li, mesmo com alguns defeitinhos. Mas o meu preferido dos quatro ainda é o primeiro, Uma Dama Fora dos Padrões, justamente porque a Billie é diferente. É uma mocinha que gosta de administrar a fazenda do pai, brincava com Andrew e Edward quando eram pequenos, nunca se sentiu confortável com vestidos e as mil coisas que vinham por baixo deles... Resumindo, ela sempre gostou de ser livre! E obviamente tem toda a coisa do romance cão e gato que é muito irresistível né. De certa forma também foi improvável, porque Billie sempre achou que fosse se casar com Andrew ou Edward, que considera como amigos muito queridos, e não com George, o irmão arrogante e rabugento. 

Uma Noiva Rebelde vem logo em seguida também por possuir uma protagonista diferente. Mas dessa vez, diferente de todas as outras protagonistas que Julia Quinn já escreveu. A Georgie é muito destemida, não tem medo de nada e fica super indignada com a posição da mulher na sociedade, sabem? No livro, ela é sequestrada por um pretendente, dá um soco nele e consegue fugir, mas ao invés de ficarem impressionados com ela, a reputação dela vai por água abaixo por ter ficado sozinha por horas com um homem. É de ficar p* da vida mesmo, né gente? Outra coisa muito legal é que Nicholas estuda Medicina, e Georgie se interessa muito pelo assunto. Apesar de não poder entrar na faculdade por ser mulher, ela acaba estudando muito sozinha e o Nicholas super apoia ela, gostei muito disso. 

Em terceiro lugar temos Um Marido de Faz de Conta, que eu gostei demais, mas acabei me incomodando com a forma como o romance começou. Cecilia, a protagonista, precisou mentir que era esposa do Edward para conseguir informações sobre o irmão dela que desapareceu misteriosamente na guerra. Ele era amigo do Edward, que estava em coma, então meio que ela inventou isso por impulso também para conseguir cuidar dele. O problema maior nem foi a mentira em si, mas o fato dela ter enrolado tanto pra falar a verdade, no fim das contas. Mas óbvio que tem toda aquela coisa deles terem se aproximado só por causa disso e do enredo em si girar em torno disso, né? De qualquer forma é muito divertido. 

Um Cavalheiro a Bordo acabou ficando na última posição desse hanking, mesmo que eu tenha me divertido demais durante a leitura. A questão aqui é o cenário mesmo, que acaba deixando a história muito monótona. Na trama, Poppy é sequestrada por piratas que agem sobre o comando de Andrew, então o livro praticamente inteiro se passa dentro de um navio. Lógico que tem aquele clichê que a gente ama do "meu Deus só tem um quarto e teremos que dividí-lo", mas o romance também demora muito pra engatar. Também senti falta de mais envolvimento dos personagens secundários... Tudo girou muito em torno da Poppy e do Andrew e acabou que perdi a paciência com isso em alguns momentos. 

Mas sério, arrisco dizer que em relação aos livros gostei mais de Os Rokesbys do que de Os Bridgertons, pegando um panorama geral. Vocês que leram também: gostaram? Me contem aqui nos comentários! Agora já estou aqui me preparando para ler a duologia Agentes da Coroa e já doida para contar sobre ela para vocês.

Títulos Originais: Because of Miss Bridgerton | The Girl With the Make-Believe Husband | The Other Miss Bridgerton | First Comes Scandal
Autora: Julia Quinn ✦ Páginas: Total de 1136
Tradução: Thaís Paiva e Viviane Diniz
Editora: Arqueiro

6 de julho de 2022

26º Bienal Internacional do Livro de São Paulo


Por incrível que pareça eu nunca tinha ido numa Bienal. Pensei que esse ano não seria diferente, mas o universo sorriu para mim e eu aproveitei. Então bora contar como foi o primeiro dia da Bienal do Livro em São Paulo, que aconteceu no último sábado, 02 de julho!

A Expo Center Norte (que é onde o evento está acontecendo esse ano) abria suas portas às 10h e cheguei por lá uns 40 minutos depois disso. Nem acreditei no tamanho da fila de entrada, a essa altura dando a volta quase completa no quarteirão. Eu e minhas amigas ficamos duas horas nessa empreitada, rs. Sim gente, duas horas para entrar na Bienal. Essa parte foi bem confusa mesmo e parece que a logística não melhorou muito nos outros dias.

Banheira no stand da Companhia das Letrinhas
Assim que entramos, passar na catraca com o ingresso foi bem fácil e então seguimos para o pavilhão. Pegamos o mapa do evento para conseguirmos fazer um planejamento por onde começaríamos e eu tinha dois objetivos principais — pegar o livro do Modus Operandi e ver o painel das autoras, juntamente com o Ivan Mizanzuk, que aconteceria às 19h. Ou seja, até lá tinha um tempão para aproveitar e passear pela feira inteira.

Acontece que absolutamente tudo tinha fila, haha. O stand da Intrínseca estava com uma fila gigantesca, assim como o da Submarino por exemplo. Mesmo assim conseguimos entrar em todos os stands, pois tivemos paciência e ficamos até a Bienal fechar. Além dos autógrafos, painéis, variedades, descontos e lançamentos, os stands ofereciam brindes nas compras (ou mesmo só passando por lá) e cenários para o momento blogueira.

Dito isso, vou dar alguns conselhos para os que ainda irão para a Bienal, baseado na minha experiência e do que presenciei no primeiro dia do evento. Começando por onde encontrar livros com descontos bons, o maior conselho é: tenha paciência e procure entrar em vários stands antes de fazer a sua primeira compra. Um dos livros que eu queria na editora que o publica estava quase 20 dinheiros mais caro do que na Submarino, por isso foi importante olhar com calma. Aliás, a Submarino está com vários kits incríveis do King que vem com brindes muito legais, mas estavam sem o leitor de código de barras (assim você precisava perguntar para os atendentes o valor dos livros).

Kit da Intrínseca veio com marcadores, bottons, kit de post it e essa ecobag de milhões. O túnel com os livros coloridos da Intrínseca é um dos cenários mais requisitados do evento! 

Brindes? Os stands da Companhia das Letras e da Intrínseca estavam com marcadores nas estantes, era só pegar. Mas sei que muitas outras editoras fizeram o mesmo e eles acabaram rapidinho, então eu mesma não peguei. Na Submarino, junto com a sua compra, eles colocam um marcador da Skoob e também ganhei adesivos da Darkside (que aliás, só está presente nesse stand). Na Amazon eles deram um marcador de páginas do Kindle que é muito fofinho. Já a Intrínseca foi o amor da minha vida e deu um kit lindão para os parceiros.

Os cenários e painéis para fotos provavelmente vão ter algumas filas mas elas andam rapidinho. Existem staffs disponíveis em alguns deles para tirarem as fotos, mas sempre tem uma pessoa que está ali fazendo o mesmo que você e que pode te ajudar.

Eu, Mari e Tats no cenário da Buzz, que foi o maioral apenas haha

Quanto aos autógrafos, sei que a Bienal organizou uma parte e soltou as senhas no site deles. Tudo esgotado pelo que vi, mas ainda existe esperança. A Carol Moreira e a Mabê Bonafé do Modus Pod deram autógrafo até para quem não tinha senha! Muitos autores ficam no próprio stand da editora que os publica para esse momento e você pode acessá-los dessa maneira.

Vá com roupa confortável, leve água e algum lanchinho se possível. Existe praça de alimentação mas ela tá sempre lotada e não é tão barata. Os banheiros que ficam nos extremos da feira são os mais vazios e sem fila também, sempre bom verificar antes de entrar em mais fila. Existem muitos locais para descanso para dar aquela pausa e recuperar as energias.

Por último...  Planejamento é tudo! Faça uma listinha de tudo que você deseja, em qual stand você gostaria de passar e se tem algum bate-papo que quer ver, isso ajuda muito. E tenha paciência, afinal, o evento é enorme e bem cheio.

No site da Bienal vocês encontram informações sobre a programação, mapa do evento, como chegar, como comprar ingressos e muito mais. No meu Insta deixei mais fotos da Bienal, das compras e brindes para os curiosos de plantão, além de um vídeozinho onde dei uma geral em tudo. 

E aí, nos vemos na próxima Bienal do Livro?

4 de julho de 2022

A Sociedade de Atlas | Olivie Blake

Dark Academia é o novo queridinho dentre os gêneros literários. Assim como acontece na música e no cinema, o TikTok é responsável por esse hype. Com uma estética colegial sombria, cheia de tons terrosos e outonais e uma vibe culta, o Dark Academia vem conquistando os jovens leitores. E a estética é realmente linda: mocassim, tweed, xadrez, camisa social, boina, blazer, sobretudo e tudo que pareça vintage e aparente inteligência. Quando se trata de literatura, os livros Dark Academia se passam em ambientes acadêmicos e possuem uma atmosfera sombria e misteriosa, o que pode ser composto por enredos que envolvam investigações, assassinatos e magia.

Me interessei pelo gênero por gostar da estética. Pessoas introvertidas e que amam estudar certamente são as mais atraídas por essa sobriedade. Porém, na minha experiência, a estética prometeu muito e os livros entregaram pouco. Três leituras foram o suficiente para me mostrar que esse gênero não é pra mim.

Comecei com um livro que é considera um dos primeiros do gênero: A História Secreta. Depois, fui para um sucesso russo: Vita Nostra. E finalizo essa jornada com A Sociedade de Atlas, um grande hit do TikTok internacional e que chega ao Brasil pela editora Intrínseca. E eu preciso dizer: que edição belíssima. A editora se dedicou e entregou uma edição que dá gosto de ter na estante, ilustrada e lindamente diagramada.

Mas vamos lá: A Sociedade de Atlas é sobre uma sociedade secreta que seleciona, a cada 10 anos, 6 jovens adultos mágicos para competirem entre si pela permanência na Sociedade Alexandrina, que abriga o conhecimento perdido das grandes civilizações da Antiguidade. Dos 6 selecionados, 5 permanecerão.

Os competidores que iremos acompanhar ao longo do livro são: os físicos Libby e Nico, a naturalista Reina, a telepata Parisa, o empata e manipulador emocional Callum, e Tristan, que consegue ver através das ilusões. E é aqui que o problema começa: Todos os personagens são chatos, chatos mesmo. E não me entendam mal, porque eu adoro personagens controversos, defeituosos, ambíguos e maus. Mas os personagens desse livro são apenas chatos. E o pior: eles não sabem que são chatos. Eles se acham incríveis, mas são todos mesquinhos, prepotentes e hipócritas. Nota 0 em carisma e personalidade.

Os personagens não tem personalidade própria e voz própria. São todo iguais, com as mesmas ambições e a mesma falta de profundidade. Os primeiros capítulos do livro, que supostamente servem pra apresentar os personagens, são terrivelmente cansativos, porque não tem nada que diferencie os personagens. Parece que a autora copiou e colou os capítulos um depois do outro e só mudou algumas palavras. Além de chatos, os personagens são superficiais. Apesar de serem jovens adultos, todos com mais de 20 anos, os personagens se comportam como adolescentes antipáticos, se recusando a colaborar uns com os outros e reproduzindo o tempo todo o discurso de "Eu sou mais forte que você" e bla bla bla.

O sistema de magia é interessante e bem diferente de tudo que eu já li. Mas o livro demora muito pra mostrar essa magia acontecendo. Os personagens só ficam dizendo: "Eu sou muito poderoso. Eu sou mais forte que todo mundo. Minha magia é incrível". E eu tipo: "Ok, então me mostra".

E o livro é leeeeeento (o que parece ser um ponto em comem entre os livros Dark Academia). Nada acontece. É aquele livro que conta muito e mostra pouco. E, para piorar, está lotado de frases de efeito e reflexões óbvias ditas como se fossem grandes descobertas. Querem um exemplo? Um personagem pergunta o que eles estão comemorando e o outro responde: "Nossa mortalidade frágil. A inevitabilidade de nos reduzirmos a caos e poeira." Ai não, gente, sério?

Tem uma coisa (extremamente óbvia) que os personagens descobrem e o livro passa muitas e muitas e muitas páginas focado nesse fato óbvio, que nem é interessante, mostrando os personagens contando uns aos outros sobre isso e sempre tendo as mesmas reações ("não, não é possível"). Poderosos? Talvez. Mas inteligentes? Definitivamente não.

Os personagens passam boa parte do livro tentando convencer uns aos outros que eles não se importam com nada, que eles não ligam pra ninguém, que são super seguros, indiferentes, inabaláveis e exaustivamente presunçosos. Uma espécie de niilismo soturno exagerado e cansativo. Perdi a conta de quantas vezes eu revirei os olhos. Querem outro exemplo? Olha essa fala do personagem: "Eu? Eu nunca me desespero. Estou perpetuamente indiferente." Aiiiiii a vergonha alheia que eu sinto.

Reina foi a única personagem com quem eu consegui (um pouco, bem pouco mesmo) simpatizar. Apesar de ela ser egoísta e amargurada, a disputa de ego não é tão evidente da parte dela e eu gostei muito dos momentos em que as plantas se comunicavam com ela.

Mas, continuando: O homem que recruta esses jovens é Atlas. Fiquei curiosa e fui pesquisar um pouco mais sobre o Atlas da Mitologia Grega. Atlas (o da mitologia) desejava o poder supremo. Ele travou uma guerra contra os deuses em busca disso, mas foi derrotado e condenado a segurar o planeta nas costas. A busca pelo poder condiz bastante com o que o Atlas (do livro) e a Sociedade Alexandrina desejam e buscam. Inclusive, essa sociedade guarda e protege o conhecimento e acredita que ele não deve ser distribuído livremente. Essa questão de como eles lidam com o conhecimento é um debate bem interessante que o livro traz. O conhecimento deve ser distribuído livremente ou nem todos conseguem lidar com ele?

O livro também tem um toque bastante sexual em algumas passagens, o que foge totalmente do tom geral do livro, deixando esses momentos esdrúxulos e forçados. Eu senti que a autora queria provar como sua história era madura e adulta, mas a forma como os personagens se comportam o resto do tempo não convence o leitor disso.

Em alguns momentos, a sensação era de que o livro era tão ruim que chegava a ser bom. Eu lia porque achava engraçado e tosco. Mas depois, pasmem: até que começou a ficar bom mesmo. Lá pela metade do livro, algumas coisas realmente começam a acontecer, os personagens finalmente começam a usar e mostrar seus poderes e mistérios são inseridos na trama. Não que o livro fique ótimo, mas melhora. A maior parte do livro é composta por diálogos. Eita povo que conversa. Eles parecem estar no caminho para algo, mas é difícil entender e acompanhar porque, como ninguém confia em ninguém, eles não conseguem se comunicar abertamente e com sinceridade. Esses diálogos são, em sua maioria, sobre quem deve ser o eliminado entre eles.

Enquanto isso, alguns deles lidam com problemas particulares. Dos dilemas particulares dos personagens, o que mais me interessou foi a questão envolvendo Gideon, amigo não humano de Nico.

Enfim, posso dizer que minha experiência de leitura foi mais negativa do que positiva. O livro é prepotente, os personagens beiram o insuportável e os debates que o livro propõe, apesar de serem interessantes, não compensam todo o resto. Acho que essa história pode funcionar melhor com os mais jovens (o que explica seu sucesso no TikTok).

Título Original: The Atlas Six ✦ Autora: Olivie Blake
Páginas: 448 ✦ Tradução: Karine Ribeiro ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

1 de julho de 2022

Top Comentarista: Julho 2022


Enganou-se quem achou que eu ia desistir do Roendo Livros assim tão fácil. Eu sei que eu tô sumida, mas tá sendo muito complicado conciliar minha nova rotina com o blog, infelizmente. E confesso que também estou com um pouco de preguiça de produzir conteúdo para redes que praticamente não entregam nada, sabem? Enfim, continuo contando com a ajuda de vocês. 💚

As regrinhas vocês já sabem de cor, mas não custa relembrar: antes era obrigatório comentar em todas as postagens para não ser desclassificado do concurso, mas a partir de agora vocês serão sorteados a partir dos comentários. Isso significa que não é obrigatório comentar em todos os posts: cada comentário que vocês fizerem devem ser cadastrados no formulário do Rafflecopter, que só aceita uma entrada por dia — recomendo que vocês comentem e preencham o formulário sempre que sair post novo, já que quanto mais comentários cadastrados, maior a chance de ganhar. Todos os meses um comentário será sorteado pelo aplicativo.

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