Eu nunca tinha lido nada da Caitlin Doughty — até porque quem acompanha o blog há mais tempo sabe muito bem que esse tipo de livro é muito mais a cara da Jess, que inclusive adora a autora. Apesar de ter Confissões do Crematório na minha pequena coleção, preferi começar o meu caminho com a morte através do Verdades do Além-Tumúlo simplesmente porque eu amo qualquer escrito voltado para o público infantil.
29 de janeiro de 2021
Verdades do Além-Túmulo | Caitlin Doughty
26 de janeiro de 2021
Revi Jurassic Park Depois de 18 Anos (e Com Uma Pequena Bagagem Científica nas Costas)
Jurassic
Park, filme de 1993, foi imortalizado por Steven Spielberg. Prova
disso é
que a obra se tornou um clássico dos cinemas e ainda ouvimos falar sobre
ela quase
30 anos após sua estreia. Assisti ao filme pela primeira vez com uns 7
ou 8 anos, na época em que as locadoras faziam sucesso. É gente, eu tô
realmente ficando velha, rs. Mas enfim, vamos ao que interessa, a minha
visão sobre a obra depois de tanto tempo!
Outro ponto pouco comentado é o próprio título do filme! O certo seria Cretaceous Park, já que a maioria dos dinossauros retratados no filme viveu nesse período, e não no Jurássico. Foi no Cretáceo, inclusive, que os dinossauros dominaram o planeta. Mas convenhamos que a sonoridade com esse novo título não ficaria tão legal, né?
23 de janeiro de 2021
Três Motivos Para Ler O Impulso, de Ashley Audrain
O Impulso, livro de estreia de Ashley Audrain, mal foi lançado e já está fazendo burburinho na internet. O thriller psicológico gira em torno de Blythe Connor, uma mulher que teve a infância marcada pela negligência da mãe. Apesar de ter medo da maternidade — e de nem ter certeza se quer isso para sua vida —, a mulher decide que vai fazer tudo diferente, que vai ser a mãe que nunca teve. Porém, assim que Violet nasce, ela percebe que a filha não tem o comportamento semelhante com o de nenhuma outra criança.
Se o enredo já não foi suficiente para deixar vocês com um comichão de curiosidade, listei três motivos imperdíveis para impulsionar (hehehe) de vez essa vontade.
1. Narrativa extremamente fluida
É óbvio que uma das coisas que faz com que a gente goste de um livro é a fluidez da narrativa, e essa característica é muito presente em O Impulso. Em primeiro lugar, os capítulos são curtos, o que dá uma turbinada na leitura. Depois, a narrativa é em primeira pessoa pela visão de Blythe. No livro, ela conta para o ex-marido — nas primeiras páginas já somos informados que ela não é mais casada — a versão dela da história envolvendo a filha, Violet, e as diversas coisas que aconteciam que provavam, no ponto de vista dela, que havia alguma coisa errada com a menina.
Além do mais, eu gosto muito quando um livro tem narradores não confiáveis. Tudo que acontece na história nos é apresentado pelo ponto de vista de uma mulher psicologicamente instável, e todo mundo parece duvidar das coisas que ela fala. Eu particularmente gosto dessa sensação de acreditar em tudo o que li mesmo sabendo que a personagem possa ter enxergado inúmeras situações da forma como quis enxergar, se é que vocês me entendem.
2. Fala sobre a maternidade sob um prisma diferente
Sabemos muito bem como a sociedade exige que sejam as mães: perfeitas, sempre cuidadosas, não podem se permitir errar e, principalmente, devem abdicar de todos os desejos para estarem sempre à disposição dos filhos. Aliás, mais do que isso, a sociedade exige que as mulheres sejam mães, né? A questão aqui é que Blythe não queria verdadeiramente ser mãe, mas seu marido a pressionava tanto que ela sentiu que tinha que dar isso para ele.
Quando finalmente aconteceu, ela não conseguia se conectar direito com a filha. O parto foi um sacrilégio e desde recém nascida a criança demonstrava que não era apegada à mãe, por mais que ela tentasse. A medida que ia crescendo, Violet demonstrava que era diferente, mas só Blythe enxergava isso. Pior, sempre que comentava alguma coisa, era taxada de louca por achar que a filha tinha algum problema e era amplamente criticada pelo marido "perfeito".
Mas aí acontece uma coisa deveras interessante: Blythe tem um segundo filho, Sam, e sente exatamente tudo aquela magia que não sentiu com Violet. Então só com a história de uma mulher a gente consegue ver as diversas facetas da maternidade e entende que são experiências completamente diferentes. Foi muito excitante acompanhar as formas totalmente opostas da protagonista enquanto mãe a partir de duas gestações, mas apenas uma que ela realmente desejou.
3. Traz inúmeros questionamentos sobre até que ponto sua criação pode te influenciar no futuro
Um dos motivos de Blythe não ser uma narradora confiável é que ela justifica toda a situação e sentimentos em relação à Violet com os seus problemas do passado. Sua avó tentou matar sua mãe inúmeras vezes; sua mãe carregava tanto sofrimento do que passou que não conseguiu arcar com o peso dela mesma gerar uma vida e ter que cuidar dela... Então acho que, no fundo, Blythe acreditava que herdou essas características de alguma forma.
Imagino que deva ser uma situação muito angustiante e que justifique todos os medos... O que me faz ter certeza que Blythe precisava urgentemente de um tratamento psicológico para tratar as dores do seu passado. Aliás, todo mundo nesse livro precisa de terapia, acredito que isso já resolveria metade dos problemas dos personagens, rs. A questão é que todas as situações me fizeram pensar muito sobre o desenvolvimento da nossa personalidade. Será que se minha mãe tivesse tomado decisões diferentes eu seria diferente? Será que se eu não tivesse saído de casa para estudar aos 14 anos me pareceria mais com os meus pais? Muita coisa para se pensar...
Recebi a prova antecipada para divulgação, mas O Impulso acabou de ser lançado e já está disponível para compra na Amazon. Se você gostou de Precisamos Falar Sobre o Kevin e não tiver problemas com gatilhos relacionados à maternidade, depressão, ansiedade e pensamentos homicidas, esse livro é para você.
20 de janeiro de 2021
Minha Vida Fora dos Trilhos | Clare Vanderpool
Meu primeiro contato com Clare Vanderpool foi com, obviamente, Em Algum Lugar nas Estrelas. Gostei muito da escrita da autora, e foi isso que me impulsionou a ler Minha Vida Fora dos Trilhos, a primeiríssima obra escrita por ela. Nessa história, conhecemos Abilene Tucker, uma garota de 12 anos que é enviada pelo pai para passar o verão em uma cidadezinha do Kansas chamada Manifest — um lugar que, apesar de pequeno, é cheio de segredos — após um acidente que a deixou de cama por alguns dias. Nada extremamente sério, mas que deixou o pai da garotinha muito preocupado e fez com que ele decidisse que Abilene não devia acompanhá-lo no seu próximo trabalho.
Quando há sofrimento, procuramos um motivo. E é mais fácil encontrar esse motivo dentro de si mesmo. — p. 143
18 de janeiro de 2021
Tempo de Reacender Estrelas | Virginie Grimaldi
15 de janeiro de 2021
Não é Errado Ser Feliz | Linda Holmes
Além da cronologia, os personagens me agradaram intimamente, pois ninguém tem surtos adolescentes inesperados, resolvem situação no diálogo, se desentendem, mas conseguem manter seus laços. O padrão da geração atual é desistir dos relacionamentos, já a geração adulta atual ainda os conserva apesar das adversidades, espera o tempo certo de falar, tocar em determinados assuntos delicados. Tal postura dos personagem é um aprendizado aos leitores mais jovens e mais ansiosos: fique tranquilo, leva tempo e nem tudo sairá como você deseja.
Se você é daqueles que ama um romance adulto, sem apelo adolescente e situações que perfeitamente poderiam acontecer na vida real, esse livro é para você. Ultimamente, tenho preferido os romances mais realistas, com personagens imperfeitos tomando atitudes questionáveis que certamente tomaríamos em seus lugares. E fazia tempo que não encontrava um livro onde os personagens fossem maduros, completos e que não agissem como um adolescente de 16 anos do nada. Acredite, foi difícil encontrar, mas Não É Errado Ser Feliz é isso e muito mais.
13 de janeiro de 2021
Laura Dean Vive Terminando Comigo | Mariko Tamaki & Rosemary Valero-O’Connell
Se alguém me perguntasse o primeiro motivo para ler o livro, certamente são as lições de relacionamento que aparecem ao redor da história, que nos esquecemos quando crescemos ou estamos apaixonados, são muito boas e entregues de um jeito leve. Segundo motivo seria a diagramação moderna, com telas de celulares e mensagens de texto, que dá um toque muito jovial à HQ. Em terceiro lugar, estaria a nada menos incrível ilustração que se une ao enredo perfeitamente, com sua paleta de preto branco e rosa bebê. Por fim, a leveza da história e a forma como os personagens conseguem se tornar amigos imaginários logo nas primeiras páginas é surreal.
11 de janeiro de 2021
Trocas Macabras | Stephen King
A loja Artigos Indispensáveis abriu em Castle Rock, sem nenhum indício de qual mercadoria os donos pretendiam comercializar ali, mas a propaganda foi grande e muita gente ficou curiosa. Se a loja já atraia os olhares, o proprietário Leland Gaunt conseguia ser a cereja do bolo, já que era muito misterioso. A loja? Vendia de tudo, tudo mesmo, por um preço muito amigo que variava da capacidade do comprador. Não existia nada que você não pudesse encontrar ali, e isso era muito legal.
Além do valor basicamente irrisório pelo item, Leland também requisitava pequenos favores aos seus compradores. Afinal, que mal teria pregar uma peça em outro morador de Castle Rock em troca do item dos sonhos? E é claro que aos poucos as coisas começam a escalar e se tornam extremamente perigosas. Uma vez que as trocas macabras começam, a cidade se torna o próprio caos. Cabe à Alan Pangborn, o xerife, tentar chegar ao culpado das atrocidades, enfrentando suas próprias tragédias ao longo da trama.
É bom lembrar que, sendo uma obra de King, Trocas Macabras é um livro que pode demorar um pouquinho para ser lido. Além de ser grandinho, contém muita descrição do que os personagens fazem uns aos outros — por falar nisso, personagens não faltam nessa história, mas nada que nós, leitores do King, não estejamos acostumados. Nenhum deles é raso ou tem motivações que não são explicadas, por isso tenha paciência, vale a pena.
Também foi um livro que King escreveu depois de sair da sua reabilitação, e você consegue perceber isso na narrativa. Os personagens em certo ponto, vendo que poderiam ter o que queriam, não se importavam mais com as consequências ou o preço a ser pago, lembrando bastante como os viciados agem em busca do que querem. Inclusive, a maior discussão que o livro traz é justamente essa, até onde as pessoas vão para conseguirem algo que querem muito, mostrando o pior lado do ser humano.
Como algumas outras obras de King, Trocas Macabras também faz referência à outros livros do autor (já que como comentei lá no começo, Castle Rock é uma cidade um tanto quanto recorrente nas histórias de King). Se você não tiver lido A Metade Sombria e Cujo (até Zona Morta se encaixa aqui), vai pegar spoilers, mas nada que atrapalhe a leitura futura.
Tradução: Regiane Winarski ✦ Editora: Suma
7 de janeiro de 2021
Sempre em Frente & O Filho Rebelde | Rainbow Rowell
Páginas: 504 + 344 ✦ Tradução: Lígia Azevedo ✦ Editora: Seguinte
5 de janeiro de 2021
As Decepções Literárias de 2020
Faz parte do universo literário ler alguns livros que não vão nos agradar e está tudo bem — o que não significa, é óbvio, que a leitura vai ser ruim para todo mundo, é sempre bom lembrar. Na retrospectiva de hoje vou mostrar para vocês os livros que não me conquistaram de forma alguma em 2020. Por favor, não me julguem! rs
As decepções literárias dos anos anteriores
3 de janeiro de 2021
Livros Cinco Estrelas de 2020
Quem não ama uma retrospectiva literária? Aqui no blog a listinha de melhores livros lidos no ano anterior sai logo no início de janeiro e sempre me animo muito para esse post. Inclusive, fico muito feliz em informar que 2020 foi um ano muito bom no quesito leituras, então hoje vou mostrar para vocês todos os livros que conquistaram o meu coração e receberam as famosas cinco estrelinhas.
Livros cinco estrelas dos anos anteriores
1 de janeiro de 2021
Top Comentarista: Janeiro 2021
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