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29 de junho de 2020

Antifrágil | Nassim Nicholas Taleb


No best-seller A Lógica do Cisne Negro, Nassim Taleb propõe diversos desafios a serem vencidos nos próximos anos. Alguns anos depois, continuamos a história da humanidade e aqui estamos: apelando para diversas forças para manter firmes nossa economia, política e vencer nossas batalhas pessoais. Pensando nisso, Antifrágil ensina novos caminhos para, como enuncia seu subtítulo, beneficiar-se do caos. E apesar do título sensacionalista, garanto a qualidade impecável do previsor da crise de 2008 que devastou a economia mundial por anos. 

Mas o que é ser antifrágil? É tudo aquilo oposto ao frágil, portanto, tenaz, resiliente, mutável e que melhora após cada queda ao invés de quebrar-se. E partindo desse belíssimo conceito, Nassim traz este compilado de análises filosóficas de maneiras aplicáveis na vida de um poderoso executivo, Madre Tereza e o mais importante: na vida de qualquer um que esteja atento a absorver seus posicionamentos. 

A experiência lecionando e lidando com ameaças de investimentos permite ao autor explicar com classe qual a melhor forma de se fortalecer com os riscos e sua importância na nossa vida. Ensinando a como devemos ser como ímãs atraídos pelas situações imprevisíveis e assimetricamente favoráveis. O que no livro significa ganharmos mais que perdermos, evitando a prevalência de desvantagens. 

Fazendo parte de um compilado de ensaios filosóficos e com suas mais de 700 páginas, não é um livro de leitura fácil, um tanto cansativo e é preciso estar visando alguma aplicação prática imediata para alcançar a leitura até o final. Se deseja superar um status quo ruim, ser promovido, tornar-se político ou alguma outra ambição prática e relevante, a leitura será fácil e proveitosa, caso contrário, pode tornar-se um fardo. 
 

Por fim, assim como na última resenha, deixo 3 principais lições do livro e que certamente impactarão sua vida ao lê-lo!
  1. Busque riscos em sua vida, são eles que te tornarão melhor!
  2. “Sem aleatoriedade, sem desordem, sem perigo, sem estresse, sem incerteza, sem instabilidade, não temos como desenvolver o “antifrágil” que está dentro de nós.”
  3. O problema deve ser transformado em motivação.
Título Original: Antifragile ✦ Autore: Nassim Taleb
Páginas: 670 ✦ Tradução: Renato Marques ✦ Editora: Companhia das Letras
Livro recebido em parceria com a editora
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26 de junho de 2020

A Casa Holandesa | Ann Patchett


A Casa Holandesa, lançamento da autora Ann Patchett, foi o vigésimo livro entregue no Intrínsecos, clube de assinatura da Editora Intrínseca. Nessa obra, conhecemos a história dos irmãos Maeve e Danny, abandonados pela mãe ainda pequenos, ficando sob os cuidados dos pai, Cyril, e das funcionárias da Casa Holandesa. Tudo corria relativamente bem até que Andrea entra na vida dessa família, casando-se com Cyril e trazendo na bagagem duas filhas e um coração de pedra.

Acredito que essa história pode ser muito bem comparada com o clássico Cinderella. Por exemplo, Andrea casou por puro interesse na Casa Holandesa ― e obviamente em qualquer dinheiro que conseguisse sugar ―, não pensava duas vezes em tirar de Maeve e Danny para dar às suas próprias filhas e se livrou dos dois na primeira oportunidade que teve. A única ressalva é que as meninas eram tão vítimas da mãe quanto os enteados, o que fez com que eu sentisse ainda mais raiva da mulher.

Todo o livro é narrado sob o ponto de vista de Danny, mas de uma forma bem interessante porque seus olhos basicamente só enxergam Maeve. Conhecemos o passado e o presente dos irmãos de forma não linear e, apesar de não ter nenhuma reviravolta impressionante, a narrativa é muito ágil. A gente quer saber porque Elna, a mãe, abandonou os dois, por exemplo, ou saber como Danny e Maeve chegaram aonde chegaram.

Olhamos para o passado pela lente do que sabemos agora, então não o vemos como as pessoas que éramos, vemos com os olhos das pessoas que somos hoje, o que significa que o passado foi radicalmente alterado. (p. 51)

E por falar em narrativa, o mais interessante desse livro é como a história é contada. Apesar de ser o narrador, não acredito que Danny seja o personagem principal. Parando para pensar, eu pouco sei sobre ele, no fim das contas, mas sei de detalhes muito vívidos de Maeve e da Casa Holandesa, portanto, me afeiçoei muito à elas. Seguindo essa mesma linha de pensamento, senti muita raiva de Elna o tempo inteiro justamente porque a visão que eu tive dela foi a visão de Danny, que nunca entendeu o porquê da mãe ter ido embora.

Como eu disse anteriormente, não existe nenhum plot twist, mas ficamos esperando por ele. Eu já li vários dramas familiares e gosto muito deles, mas ainda me incomodo um pouco com o fato de normalmente as narrativas decorrerem sem nenhum grande acontecimento, focando mais no desenvolvimento e crescimento dos personagens ao longo dos anos. A parte boa é que, apesar dos pesares, A Casa Holandesa consegue se sustentar dessa forma.

Obviamente é um livro que conta como uma casa moldou várias pessoas, mas acho que é mais que isso. É uma história sobre família, sobre como muitas pessoas que estão ao nosso redor podem não ter nosso sangue, mas cuidam de nós com muito amor e carinho... Mas, acima de tudo, é uma história sobre entender as pessoas e perdoá-las, mesmo que as decisões delas, de alguma forma, tenham mudado o curso da nossa vida.

Título Original: The Dutch House ✦ Autor: Ann Patchett
Páginas: 345 ✦ Tradução: Alessandra Esteche ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora
Assine o Intrínsecos

24 de junho de 2020

Roendo Indica: TRÊS meses de Kindle Unlimited por R$1,99


Quem me acompanha no Instagram e no Twitter sabe que eu sou totalmente cadelinha do Kindle & companhia. Estou sempre falando dele nas redes e mostrando as leituras que faço. Já fiz um post bastante explicativo aqui no blog contando minha experiência com o Kindle e o Kindle Unlimited e quem leu sabe o quanto meu ritmo de leitura aumentou. 

Quando eu ainda usava o aplicativo do Kindle para o celular, comecei a usar o tal Kindle Unlimited (só para ver se compensava), que é o programa da Amazon que oferece uma biblioteca virtual com inúmeros títulos interessantes por uma mensalidade de R$19,90. Só que o post de hoje é para contar uma SUPER novidade para vocês: tá rolando uma promoção muito boa para novos assinantes, que poderão desfrutar o serviço durante três meses por apenas R$1,99

É a oportunidade perfeita para quem sempre teve vontade de experimentar o Kindle Unlimited, mas sempre teve medo de não gostar ou achar que não vale a pena. Eu já fiz um post indicando vários livros muito bons que estão disponíveis no programa, mas resolvi indicar mais alguns só para vocês terem certeza que sim, compensa muito, ainda mais por esse valor promocional:

Todo Dia, David Levithan: https://amzn.to/3hVGvG1 
As Crônicas de Bane, Cassandra Clare, Maureen Johnson & Sarah Rees Brennan: https://amzn.to/3ds459T
Boa Noite, Pam Gonçalves: https://amzn.to/2CGagux
✦ O Bosque Selvagem, Colin Meloy: https://amzn.to/2Yrs0Ca 

Gostaram da ideia, das dicas e querem testar? Não percam tempo!

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Lembrando que você não precisa ter um dispositivo Kindle propriamente dito para aproveitar o Kindle Unlimited. Você pode baixar o aplicativo no celular (tem para Android ou IOS) ou usar a versão do Kindle para PC. Aproveitem!

22 de junho de 2020

Música: As Playlists do Intrínsecos, Clube de Assinatura da Intrínseca


Fazer parte de um clube do livro é uma experiência bastante divertida. Um clube do livro por assinatura então, pode ser duplamente apaixonante! Justamente por isso a Intrínseca criou o Intrínsecos, que funciona da seguinte forma: todo mês a equipe da editora seleciona um livro inédito no Brasil, que recebe uma edição especial em capa dura. Além disso, a caixinha com o livro surpresa vem acompanhada uma revista com artigos, ilustrações e entrevistas para expandir o universo da leitura, marcador, cartão-postal colecionável e um brinde relacionado com a história, tudo exclusivo!

Os livros escolhidos são de vários temas e gêneros, então temos a oportunidade de ler uma obra que provavelmente não nos interessaria em circunstâncias diferentes. Manter a mente aberta é muito importante, principalmente porque podemos nos apaixonar por histórias ou autores inimagináveis. Bem legal, né? Como os livros são inéditos, a Intrínseca solta pistas todo mês pra gente tentar descobrir alguma coisa sobre eles: daí nasceram as playlists incríveis sobre cada uma das caixinhas!

Apaixonada por playlists que sou, sobretudo porque sempre descubro artistas e músicas incríveis assim, resolvi mostrar para vocês as minhas favoritas. Aumentem o som e apertem o play!

O Desaparecimento de Stephanie Mailer, de Joël Dicker


Os Prós e os Contras de Nunca Esquecer, de Val Emmich



O Construtor de Pontes, de Markus Zusak



O Que Aconteceu Com Annie, de C. J. Tudor



Um Lugar Bem Longe Daqui, de Delia Owens



Um Caminho Para a Liberdade, de Jojo Moyes



Uma Dor Tão Doce, de David Nicholls



Intrínsecos #020



Quer fazer parte do Intrínsecos para receber em casa todo mês uma caixinha com um livro inédito + brindes exclusivos, além de ficar por dentro de todos os bastidores e pistas? É só clicar aqui!

20 de junho de 2020

Red Hill | Jamie McGuire


Indiquei Red Hill da Jamie McGuire para vocês há um tempinho como opção para ler no Kindle Unlimited, então nada mais justo que falar um pouco dele aqui no Roendo Livros. Já começo dizendo que, apesar de ser familiarizada com tramas apocalípticas ― principalmente as que envolvem zumbis ―, fiz essa leitura bem no meio da quarentena, uma escolha não muito inteligente. Não que a gente esteja no meio de um apocalipse, mas foi meio difícil controlar meus pensamentos de doida em relação ao vírus que está assolando o nosso e tantos outros países. Falo isso porque se algum de vocês for sensível a gatilhos, talvez seja melhor dar uma chance para o livro num momento mais calmo, ok?

O enredo é basicamente o que conhecemos de todo apocalipse zumbi: uma epidemia mortal que se espalha muito rápido sem dar pistas de onde começou e porquê ― na realidade, nesse livro em específico a autora nos dá uma pista, mas vou reservar um parágrafo só para falar disso. Basta uma mordida de um ser transformado para contrair a "doença" e se tornar um deles. Nesse plano de fundo acompanhamos personagens principais, Scarlet, Nathan e Miranda, cada um tentando se salvar e salvar os seus da melhor forma possível. 

Scarlet é uma técnica em radiologia que presencia a epidemia chegando em seu auge dentro do hospital em um fim de semana que suas filhas foram ficar com o pai; Miranda é a filha mais velha de um dos médicos que trabalha no mesmo hospital que Scarlet e está indo encontrar o pai no rancho Red Hill quando o caos se instala; a situação de Nathan também não é das melhores, já que foi abandonada pela esposa no meio do apocalipse com uma filha pequena para cuidar. Para quem acha que o mundo é gigante, um apocalipse é a prova viva de que a gente mora em um ovo, pois não existia outra maneira desses três protagonistas e seus acompanhantes se encontrarem a não ser procurando um lugar seguro para evitar os zumbis, o rancho Red Hill. 

O início do livro é bastante frenético e lotadas de cena de ação, já que tudo acontece muito rápido. Na minha opinião, tudo foi descrito muito perfeitamente, porque um apocalipse zumbi é meio que um efeito em cascata, a gente mal pisca e a pessoa que está do nosso lado foi mordida. Então, pelo menos até os personagens chegarem ao destino ― ok, a chegada deles no rancho não é considerada um spoiler, é? ― há uma cena eletrizante atrás da outra. Muitas mortes de pessoas queridas, muitos crânios zumbis sendo explodidos e várias outras coisas mórbidas que retratam o fim do mundo. Aí eles chegam no rancho...

A partir desse ponto da história, a ação diminui um pouco e o foco se torna a relação entre os personagens, e muita coisa acontece. Imaginem como seria estar em uma casa no meio do nada, no meio de um apocalipse zumbi, com várias pessoas que você não conhece. Todos nós sabemos que conviver com pessoas em situações de estresse é um pouco difícil, e a autora retrata isso muito bem. Nervos a flor da pele, hormônios a flor da pele... Então, sim, esperem alguns relacionamentos do tipo "amor à primeira vista". Confesso que esses amor à jato me deixa muito irritada e me deixou irritada aqui também, mas eu entendi. Pensem comigo: estamos no meio do fim do mundo, todos que amamos provavelmente estão mortos, então é natural do ser humano buscar apoio no outro, né? Acho que esse tipo de atração acabaria se tornando inevitável. Mas sim, ainda fiquei um pouco irritada. 

Agora sim preciso falar sobre uma coisa que pode ser um spoiler, mesmo que esteja bem no início do livro. Sendo assim, salte esse parágrafo se não quiser estragar nenhuma surpresa. O que me irritou de verdade foi a tal pista que a autora deu sobre o início do contágio: a vacina contra a gripe. Aparentemente as pessoas vacinadas se transformavam em zumbi mais rápido e tudo indicava que o contágio se deu a partir de uma pessoa que morreu dos efeitos colaterais da vacina; essa pessoa reviveu e começou a espalhar o vírus que sofreu mutação para outras pessoas. Sinceramente? Ridículo! Vacina é solução, não é problema! Senti uma crítica da autora em relação às vacinas, o que é totalmente sem noção porque obviamente o movimento antivacina é uma ameaça para saúde mundial. Pelo amor de Deus, se vacinem e vacinem seus filhos, #paz.

Além disso, achei o final um pouco corrido quando comparado ao resto do desenvolvimento. A neura da Scarlet pelas filhas e suas atitudes egoístas ― lembram que eu falei que elas estavam com o pai? ― acabam colocando muita coisa a perder, o que refletiu negativamente nesse final que deixou a desejar. Muitas pontas ficam soltas, principalmente sobre a morte de alguns personagens e sobre as próprias filhas da Scarlet, mas, de forma geral, Red Hill foi uma leitura muito satisfatória, mesmo me deixado com umas ideias não muito legais sobre o Coronavírus.

Título Original: Red Hill ✦ Autora: Jamie McGuire ✦ Páginas: 350
Tradução: Ana Death Duarte ✦ Editora: Verus

17 de junho de 2020

Algoritmos para Viver | Brian Christian & Tom Griffiths


Você já se perguntou como funciona um computador? Como todas as interações fazem um amontoado de circuitos eletrônicos sincronizarem de maneira muito semelhante aos seus pensamentos humanos? Bom, talvez seja um pouco nerd demais pensar nisso, mas garanto que Algoritmos para Viver traz essas e mais algumas respostas para instigantes perguntas do nosso dia a dia que podem ser respondidas com um pouco de computação, estatística e muita, mas muita matemática. E antes que eu perca sua atenção: existem algoritmos para encontrar o melhor noivo, o melhor apartamento, utilizar o menor tempo possível planejando algo... e para mais uma centena de coisas que você sempre precisou de uma mãozinha para decidir mas não sabia onde encontrá-la.

Brian e Tom escreveram simplesmente um magnífico guia de como nossas mentes e decisões podem ser mais pragmáticas e próximas de computadores do que imaginamos! Em quase 500 páginas de pura ciência, essas duas mentes brilhantes provam que todas as interações de um computador vieram da máquina mais perfeita de todas: o cérebro humano. Apesar de ser um livro de leitura difícil, garanto que você terminará se sentindo mais inteligente e sentindo muito mais vontade de estimular todo o potencial mental que está guardado entre os seus neurônios.

O livro é dividido em 11 capítulos e em cada um deles há uma correlação entre importantes algoritmos base da computação atual e a mente humana. No primeiro capítulo, descobrimos que após 37% das observações de uma amostra, encontramos a nossa parada ótima. E o que isso quer dizer? A partir dos 26 anos você deve se preparar para encontrar sua alma gêmea, pois antes disso terá procurado menos e após isso terá procurado demais! E aí fica o questionamento... Precisa gostar muito de matemática para ler esse livro? Aos amigos de humanas, sinto informar que sim. Mas aos amantes das artes numéricas, garanto que será um prato cheio. E aos que não se encaixam nos grupos anteriores: fiquem tranquilos, absolutamente todas as passagens matemáticas do livro têm exemplos práticos como esse do casamento. E alguns são bastante engraçados, os escritores são nerds dotados de excelente senso de humor.

Propostas feitas no tempo certo são sempre aceitas, e propostas tardias, nunca.

Da primeira à última página, somos bombardeados com teoremas matemáticos que pautam os algoritmos e com gráficos, tabelas e equações esporádicas. E aos que pensam que isso é uma desvantagem, sinto informar novamente que este é o ponto forte do livro. É literalmente um livro divertido que traz matemática robusta (estou falando de equações de cálculo universitário) para problemas do nosso dia a dia, o que é um grande convite aos jovens para as exatas, carreiras ainda pouco exploradas pelos jovens.

E aqui exploro um pouco da minha experiência maluca com a leitura: torne este livro um objeto de decoração na sua cabeceira. Não cometa a loucura de lê-lo todo em seguida, pois é uma carga alta de conteúdo, não só nas páginas mas também nas quase 100 páginas de notas auxiliares no final. Ou seja, lendo muito rápido, você pode correr o risco de não aproveitar todas as piadas internas e todo o potencial de aprendizagem que poderia ter com uma leitura mais lenta e proveitosa! Além disso, algumas traduções são um pouco confusas por não existirem palavras exatas em português, então é necessário conferir asteriscos e notas de rodapé durante a leitura.

E você não leu errado! São 100 páginas de NOTAS. E garanto que essa é a melhor parte. Simplesmente acompanhando as notas de rodapé, eu sinto que aprendi mais sobre computação do que nos meus últimos 21 anos de vida, e eu programo há 2 anos. São notas que trazem muito sobre história da computação, como matemática otimiza os processos das máquinas inteligentes e como podemos usar algoritmos para melhorar não só nosso dia a dia, mas o nosso uso de smartphones, computadores ou na hora de programar, para aquelas que são programadores :)


Por fim, queria deixar uma lista com 5 motivos para ler Algoritmos para Viver!

1. Aprenda matemática sem fazer contas e de uma maneira super divertida
2. Entenda as bases da lógica computacional que te permite ler esse texto agora!
3. Conheça mais sobre a história da programação
4. Aprenda algoritmos de máquinas e estatística que certamente otimizarão seu dia a dia
5. E por fim, mude seus hábitos de não ficção lendo um livro 100% baseado em ciência. Xô, achismo de autoajuda!

Espero que tenham gostado da resenha e possam em breve dar uma chance aos livros de ciência publicados no Brasil. Gostaria de agradecer à Companhia das Letras pelo envio do e-book que me permitiu conseguir insumos para a minha pesquisa sobre Tecnologia aplicada aos hábitos cotidianos, que estou desenvolvendo atualmente. Obrigada pelo fomento da ciência nacional!

Título Original: Algorithms to Live By ✦ Autores: Brian Christian e Tom Griffiths 
Páginas: 528 ✦ Tradução: Paulo Geiger ✦ Editora: Companhia das Letras
Livro recebido em parceria com a editora
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15 de junho de 2020

Séries que eu AMAVA Quando Adolescente que Provavelmente Não Amaria TANTO ASSIM se Lesse Hoje em Dia


Quando eu era mais nova só gostava de ler séries. Acho que me sentia mais confortável em passar mais tempo dentro do Universo criado por cada autor. Só percebi que coloquei livros únicos como prioridade na minha vida esses dias, quando fui atualizar meu Skoob

Mas enfim, o que me motivou a fazer esse post foi uma conversa com uma amiga minha: ela me disse que estava lendo Cidade dos Ossos, primeiro volume da série Os Instrumentos Mortais, e falei que eu amava, mas tinha medo de reler e parar de gostar. Pensando no assunto, cheguei a conclusão que eu veria pelo menos um defeitinho na maioria das séries que eu era apaixonada. Vamos ver quais são?

1) Os Instrumentos Mortais  


Nada mais justo que começar com a série que me inspirou a fazer o post, não é mesmo? Não acho que eu odiaria Os Instrumentos Mortais se eu começasse a ler hoje, mas com certeza encontraria alguns erros de continuidade e, sobretudo, acharia o Jace um moleque insuportável por causa da sua personalidade arrogante e narcisista. Se eu já achava a Clary chata em 2012, imagina agora? Teria que ter o dobro de paciência pra aturar, principalmente porque, apesar de ser narrado em terceira pessoa, tudo gira em torno dela ― se a gente parar para pensar, não faz sentido criar um narrador onisciente para basicamente acompanhar o personagem principal, né?

Mas calma, eu não odeio Os Instrumentos Mortais, esses são apenas alguns pontos que estou apresentando, já que tenho uma leitura muito mais crítica agora e consigo enxergar furos no enredo com mais clareza. É justamente por esse motivo que não releio, tenho certeza que ia enxergar a série com outros olhos. Ah, não posso deixar de lembrá-los que foi aqui que Cassandra Clare me apresentou um dos meus casais literários preferidos até hoje: Malec. Sigo sentindo um carinho muito grande pelo universo dos Shadowhunters.

2) Wherlocke


Os livros da série Wherlocke foram os primeiros de romance de época que li na vida, e os únicos que gostei. É por isso que não consigo me desapegar deles. Lembro de ter ficado muito encantada e animada durante a leitura, inebriada pelos romances avassaladores ― cada volume acompanha um protagonista diferente. Então por que eu não gostaria dos enredos caso começasse a lê-los agora? A resposta é óbvia: são romances de época. 

Quem me conhece bem sabe que não a maior fã desse gênero literário. Não gosto como os protagonistas se conhecem e se apaixonam instantaneamente, não gosto do desenvolvimento dos relacionamentos, fico extremamente irritada com o machismo presente nas histórias, mesmo sabendo que se passam em séculos completamente diferentes dos nossos. Isso sem contar que muitas vezes rolam uns estupros, né... Enfim.

3) Beautiful Creatures


Eu conheci Dezesseis Luas pelo filme, que eu amei, apesar da crítica tão negativa em cima da adaptação. Sendo bem sincera, hoje enxergo que Beautiful Creatures inteirinha tem uma atmosfera bem parecida com a de Crepúsculo: a narrativa meio sombria, os personagens sobrenaturais, romance entre um ser mágico e um mortal... Coisas que me atraiam bastante em livros em meados de 2012/2013. Sigo gostando de fantasias, mas esse lance de amor proibido já não me conquista tanto assim.

Além disso, lembro muito bem de ter ficado bem decepcionada com o último livro por causa da narrativa extremamente arrastada. Pensando bem, puxando pela memória, o que eu chamei de narrativa sombria no parágrafo acima seria justamente essa coisa mais lenta, parada, que rola na série inteira. Bom, não sei, só relendo para ter certeza e provavelmente não é algo que eu vá fazer, rs. 

Vocês também conseguem pensar em alguma série que cause esse sentimento em vocês? Algo que gostavam muito mas com certeza não achariam muito legal depois de alguns anos desenvolvendo o senso crítico de leitor? Contem para mim nos comentários!

13 de junho de 2020

Uma Dor Tão Doce | David Nicholls


Uma Dor Tão Doce é o novo livro de David Nicholls, autor do sucesso Um Dia, que provavelmente todos vocês conhecem — ou pelo menos conhecem a adaptação protagonizada por Anne  Hathaway e Jim Sturgess. Nessa obra, conhecemos a história de Charlie Lewis, que teve uma adolescência marcada por duas situações em específico: seu primeiro amor, Fran Fisher, e o período depressivo do pai, que passou por um divórcio conturbado. 

O livro é narrado pelo protagonista em dois tempos diferentes. No passado, recém saído do Ensino Médio, Charlie conta como conheceu Fran na companhia de teatro A Trinta Pés, durante o verão de 1997. A gente logo entende que eles se envolvem, então a história foca em mostrar a construção do relacionamento. Porém, no presente, temos um Charlie adulto de casamento marcado com outra mulher, ou seja, além de sabermos que Fran e Charlie ficam juntos em algum momento, sabemos também que não durou muito tempo. 

Afirmo que Uma Dor Tão Doce é sobre o primeiro amor e como ele é importante para nosso crescimento. Parece um bom enredo, né? Mas infelizmente não funcionou para mim. A narrativa de Nicholls nesse livro é tão cansativa e monótona que fez com que eu sentisse que o primeiro amor de Charlie foi cansativo e monótono. Engraçado que quando eu li Um Dia tive essas mesmas impressões, mas de alguma forma a história conseguiu dar uma guinada. Tive esperança que acontecesse o mesmo aqui, mas eu fiquei esperando, esperando e esperando por alguma coisa que nunca veio. 

Para não dizer que não tem nada que muda o curso da história, acontece uma coisinha praticamente irrelevante quase no final, mas que só acontece porque o protagonista é extremamente irresponsável e desprovido de inteligência. Ainda assim é triste a gente ter que esperar passar 300 páginas de um total de 384 para que as coisas comecem a ficar interessantes, ainda mais porque o enredo desse livro não é do tipo que se sustenta sem reviravoltas. 

Grande parte das páginas é preenchida pela peça que a companhia está promovendo, Romeu e Julieta, dando aquela sensação de mais do mesmo que eu particularmente detesto. É óbvio que a peça é relevante: é ela que dá nome ao livro, é ela que faz com que os protagonistas se conheçam, é ela que, de fato, muda a vida de Charlie... Mas quem aguenta trechos e mais trechos de adolescentes ensaiando e falando abobrinha? Pode parecer cruel o que vou dizer, mas impressão que eu tenho é que não teria perdido muita coisa se eu tivesse livro somente as primeiras 50 páginas e a últimas 50 páginas.

A realidade é que as histórias do David Nicholls são a definição perfeita de 8 ou 80. Ou você se apaixona por ele ou acha tudo muito arrastado. No final das contas, eu amei Um Dia — e não é todo mundo que gosta, juro  mas no caso de Uma Dor Tão Doce, o romance não é legal de acompanhar, o drama familiar envolvendo o divórcio dos pais de Charlie — que poderia ter sido um ponto interessante  é mais morno impossível, completamente apagado pelas outras mil coisas irrelevantes que acontecem. Simplesmente não tem nada de atraente e inovador, nada que faça eu ter vontade de indicar para qualquer pessoa que seja. Lamentável... 

Título Original: Sweet Sorrow ✦ Autor: David Nicholls ✦ Páginas: 384
Tradução: Carolina Selvatici ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

11 de junho de 2020

Pequenos Incêndios Por Toda Parte | Celeste Ng


Depois de ler e amar Tudo o que Nunca Contei, de Celeste Ng, eu não pude deixar de me interessar por Pequenos Incêndios por Toda Parte, afinal, eu estava curiosa para saber se a autora tinha conseguido repetir a qualidade de seu primeiro livro. Logo no início dessa leitura, já pude notar que algumas características narrativas se repetem. Ambas as histórias começam em momentos importantes e depois vão flutuando no tempo para mostrar de que forma se chegou a esse ponto. Esse parece ser o estilo da autora, iniciar pelo clímax da história e depois recapitular para mostrar como se chegou ali.

Aqui, a história já começa com um incêndio na casa dos Richardson. Em seguida, a autora, de forma muito natural e fluida, nos apresenta os personagens e a forma de apresentá-los também se parece com seu primeiro romance. Os personagens vão sendo delineados aos poucos e o leitor vai conhecendo e entendendo cada um. Acho que a forma como a autora cria seus personagens é uma das coisas mais legais da escrita dela, ela não precisa dizer "esse personagem é assim", ela vai mostrando ao leitor como o personagem é, sem precisar defini-lo com adjetivos prontos.

E assim como em Tudo o que Nunca Contei, em Pequenos Incêndios por Toda Parte também temos uma família grande. O começo pode até parecer confuso, mas, como eu disse, a autora sabe muito bem definir e delinear seus personagens. Então, muito naturalmente, o leitor aprende a reconhecer e diferenciar cada um. Nessa obra, temos ainda uma segunda família, que se contrasta com a primeira. Enquanto que os Richardson são ricos e muito tradicionais, a família que se muda para a casa que os Richardson alugam é pobre e formada apenas por uma mãe solo e sua filha de 15 anos que é muito inteligente.

Como eu disse, a história começa com um incêndio na casa dos Richardson. Essa família é formada pelo Sr. e pela Sra. Richardson e seus quatro filhos: Izzy, Moody, Trip e Lexie, estudantes do nono, primeiro, segundo e terceiro ano, respectivamente. No momento do incêndio, apenas a Sra. Richardson estava em casa a quase todos atribuem a responsabilidade pelo incêndio à filha mais nova dos Richardson, a "ovelha negra da família". Vale mencionar que o que move essa história não é mistério em torno do incêndio. O que temos no livro é um drama familiar e social.

A partir daí, a narrativa se volta para o passado e mostra Mia e Pearl chegando em Shaker Heights, um lugar com valores tradicionais, famílias ricas e muitas regras, ou seja, um lugar em que elas se destacam, pois mãe e filha levam uma vida nômade, simples, colorida, livre e sem muitas regras. O choque cultural entre essas duas famílias é evidenciado e a forma como essas diferenças afetam a todos, mas principalmente a Sra. Richardson, é muito interessante de acompanhar.

Ao mostrar as relações que vão se constituindo entre os membros dessas duas famílias, Celeste Ng traz reflexões pertinentes sobre diversos temas, como a iniciação da vida sexual, racismo, diferenças de classe, a importância da arte e outros assuntos. Eu diria que esse livro não tem um tema ou plot central, não há nenhuma grande questão pra ser desenrolada ou esclarecida ao longo de todo o livro. O que temos são pequenos conflitos e questões que são inseridas durante a trama e talvez por isso a leitura não tenha sido tão boa pra mim. Eu senti falta de algo que movesse a história e me deixasse intrigada do início ao fim. De forma alguma dá pra dizer que o livro é ruim. É muito bom, na verdade, mas eu senti que faltou algo. Houve momentos em que eu fiquei super envolvida e interessada, mas também momentos que eu me senti tentada a pular algumas páginas até que o livro ficasse bom de novo. Então, posso dizer que essa história tem altos e baixos.

Já afirmei isso: um dos maiores méritos da autora é definir muito bem a personalidade de cada personagem. Isso fez com que cada um fosse ganhando vida ao longo da leitura, a ponto de eu sentir que conseguiria imaginar uma conversa com eles, imaginar o que eles diriam e como agiriam em determinadas situações. A narrativa em terceira pessoa permite que a autora flutue de um ponto de vista a outro sem perder a profundidade e a individualidade de cada personagem. Muitas vezes, narrativa em terceira pessoa significa uma narrativa mais impessoal e superficial, mas, definitivamente, não é o caso da narrativa da Celeste Ng. Ela consegue nos colocar na mente dos personagens sem que haja necessidade de inserir uma narrativa em primeira pessoa.

Tanto as flutuações nos diferentes pontos de vista como as flutuações no tempo são feitas de forma muito natural. Não há quebra da narrativa. Definitivamente, Celeste Ng é uma das autoras contemporâneas que mais me surpreendem pela qualidade da escrita. Como no primeiro livro da autora, aqui ela também insere alguns capítulos que servem para contextualizar o leitor em alguma questão, mas que não necessariamente possuem alguma importância para o desenvolvimento da história em si. Porém, em Tudo o que Nunca Contei eu gostei desses capítulos, porque senti que eles eram importantes, fosse para o desenvolvimento da história, fosse para o delineamento dos personagens. Já aqui eu não vi muita utilidade.

A história também acaba com muitas questões em aberto e, por mais que eu entenda que isso pode ter sido intencional, algumas me deixaram bastante frustrada. E minha última reclamação é que eu achei alguns acontecimentos extremamente inverossímeis, realmente não consegui acreditar que algumas das coisas que a autora estava descrevendo realmente pudessem acontecer na vida real. Apesar disso, quero reforçar que eu gostei do livro. Pra mim foi uma experiência boa, longe de ser ótima, mas também longe de ser horrível.

Apesar de os personagens serem todos muito imperfeitos e cheios de falhas, eu consegui sentir empatia por todos eles, até pela Sra. Richardson que chega a ser quase insuportável. E mesmo em seus erros, era fácil entendê-los. Também foi muito interessante acompanhar a força magnética de Mia e Pearl e como os membros da família Richardson se sentiam atraídos pela liberdade delas. Me fez sentir o quanto aqueles jovens estavam precisando de uma realidade mais leve.

Izzi, com certeza, é a Richardson mais intrigante e com uma trajetória mais coerente. A autora conseguiu amarrar todos os pontos para compor essa personagem. É incrível como essa autora elabora os laços familiares de tal forma que um membro da família influencia o outro e todos são um resultado de suas interações afetivas. Aliás, dentre os vários acontecimentos que marcam essa história, o evento que envolve a Lexie foi o que mais me comoveu. Não vou dizer qual foi, mas, quem leu, certamente sabe do que estou falando.

Pequenos Incêndios por Toda Parte me lembrou outro livro de nome parecido: Pequenas Grandes Mentiras. Ambas as histórias foram adaptadas para séries de TV e ambas protagonizadas por Reese Witherspoon. Estou curiosa para ver a série, porque acredito que essa história vai funcionar melhor no audiovisual.

Por fim, vale dizer que a Intrínseca caprichou na edição, que contém jacket com a capa da série e me arrisco dizer que ela é ainda mais bonita que a capa original.

Título Original: Little Fires Everywhere ✦ Autora: Celeste Ng
Páginas: 416 ✦ Tradução: Julia Sobral Campos ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora
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9 de junho de 2020

TAG: Bandeira LGBTQ+


O meu amigo Alisson, do blog Eita Já Li, está fazendo um mês inteirinho de postagens temáticas para comemorar o Mês do Orgulho, em que celebramos a representatividade LGBT+ e reafirmamos a constante luta pelos direitos do grupo. Nesse sentido, o Ali criou essa tag mais que especial, que são alguns tópicos para, além de podermos entender um pouco mais do significado da bandeira, indicarmos livros que amamos. Fiquei muito feliz por ele ter me convidado para participar de uma época tão especial!

1) Vermelho significa vida: um personagem entusiasmado e sempre motivado.


Confesso que fiquei um pouquinho irritada com a Anne por causa da quantidade de palavras que saem da boca dela por minuto, mas não posso negar que ela é a criaturinha mais de bem com a vida que eu conheço no universo literário. Apesar de se sentir triste em várias ocasiões, sempre busca ver o lado bom das coisas.

2) Laranja significa cura: um personagem que sofre, mas fica mais forte.


Apesar de ser um personagem que sofre bastante, Max cresce à medida que a narrativa avança. E Menino de Ouro é um livro super importante, porque fala sobre um tema que não é muito abordado na mídia, na literatura e que não é muito estudado na medicina: a interesexualidade (é quando a pessoa tem uma variação em seus caracteres sexuais, incluindo cromossomos, gônadas e os órgãos sexuais, que impedem sua identificação como indivíduo masculino ou feminino).

3) Amarelo significa a luz do sol: um personagem que não tem vergonha de suas origens ou de quem ou que ele é.


Li O Amor Não é Óbvio, romance lésbico nacional, há pouquíssimo tempo. Apesar de ter algumas problemáticas no desenvolvimento, o livro é bem bom! Escolhi a personagem Édra Norr porque ela simplesmente não está nem aí para o que os outros vão pensar dela. Ai gente, a autoconfiança dela é a coisa mais incrível do mundo.

4) Verde significa a natureza: um personagem que ame ou tenha conexão com a natureza.


Mais que amar, a natureza é o lar da protagonista Kya, a companhia dela. Kya foi abandonada pela família quando ela ainda era uma criança e passou a morar sozinha no brejo onde ficava sua casa. Aprendeu a fazer tudo sozinha, a prover seu próprio alimento, a se esconder nas árvores... Não existe personagem que simbolize melhor essa conexão com a natureza.

5) Azul significa harmonia: um personagem que sempre desfaz conflitos e traz a paz.


Ai amados, quanto mais as pessoas criticarem a saga Crepúsculo mais falarei dela aqui no Roendo Livros (vocês precisam aceitar meu eu Crepusculete uma hora ou outra). Só consegui pensar no Jasper aqui, por causa do dom maravilhoso que ele tem de controlar a emoção das pessoas. Em Eclipse, especialmente, ele foi o ponto chave para a aliança entre os lobos e vampiros funcionar, né?

6) Violeta significa o espírito: um personagem determinado e que nunca desiste.


A Cor Púrpura foi um dos primeiros livros de parceria que recebi na vida... Mas, para mim, ele é especial e importante principalmente por causa da história. A narrativa se passa nos anos 1900 e mostra a realidade de Celie, uma mulher pobre, negra e semianalfabeta que foi abusada por todos os homens ao seu redor da infância à vida adulta. Escolhi Celie porque ela é personificação da palavra determinação.

Obviamente a bandeira LGBTQ+ é mais que um mero símbolo, já que ela mostra a resistência da comunidade. É maravilhosa pelas cores, é claro, mas mais ainda polo significado que carrega. Convido os amigos Wesley do Vagando e Divagando, Lucas do @claqueteliteraria, Annie do @queriaseralice e o Fábbio do @omeninoquele para responderem a tag também! ❤

7 de junho de 2020

Minha Sombria Vanessa | Kate Elizabeth Russell


Minha Sombria Vanessa, primeiro livro de Kate Elizabeth Russell, é, provavelmente, uma das obras mais comentadas do momento. A narrativa se inicia em 2017 nos mostrando a protagonista, Vanessa Wye, aos 32 anos de idade tendo que lidar com um post no Facebook em que uma garota conta que foi abusada quando adolescente por seu professor de literatura, Jacob Strane. Para entendermos a relação da personagem com a publicação e conhecermos sua história, voltamos ao ano 2000, quando Vanessa sai de casa para estudar em um internato muito renomado.

Quando começou a dar aulas de literatura para Vanessa no primeiro ano do Ensino Médio, Jacob Strane tinha 42 anos. Ele viu na aluna o que outras pessoas não conseguiam ver, uma menininha talentosa, inteligente e muito bonita... Solitária e sombria, assim como ele. E tudo começou com um elogio inocente: "seu cabelo é da mesma cor das folhas de bordo". Depois, Strane passou a emprestar seus livros favoritos para Vanessa — como Lolita, por exemplo —, começou a tocá-la por detrás da mesa na sala de aula... Vanessa tinha certeza que era especial e importante. Ela tinha certeza absoluta que estava vivendo um grande amor.

Porém, desde o início, a autora nos dá um alerta: "esta não é uma história de amor". A narrativa criada por ela é fictícia, mas pode facilmente condizer com a realidade de várias meninas. Mais que um livro sobre pedofilia e abuso sexual, Russel nos mostra como a normalização dessa violência faz parte de nós e as consequências que esse "fechar de olhos" traz para as vítimas. Toda essa teia é tecida a partir do ponto de vista da Vanessa, que se alterna entre passado e presente. Assim, conhecemos todos os pensamentos da protagonista aos 15 anos, quando se relacionava com Strane, e aos 32, tentando entender sua própria história.

A primeira coisa que eu tenho para falar sobre Minha Sombria Vanessa é a dificuldade que eu tive para lê-lo. Diferente de todas as histórias sobre abuso que li, aqui eu estava na mente da vítima e ver como ela era facilmente manipulada pelo abusador me machucou demais. O foco da autora foi mostrar como Strane entra na mente da Vanessa, fazendo-a acreditar que queria aquilo, que tudo aconteceu com o consentimento dela — algo obviamente desnecessário, visto que é uma relação de pedofilia. Justamente por termos acesso à tudo o que ela pensava se sentia, era praticamente impossível não notar o quanto ela estava desconfortável e com medo. Os pensamentos dela só me fizeram confirmar que esse argumento de consentimento nos casos de abuso infantil/violência sexual é pura balela. 

Além disso, o livro também mostra a tendência natural que nós temos de culpabilizar a vítima. No diálogo abaixo, por exemplo, Vanessa confirma para sua psicóloga que a culpa foi dela simplesmente pelo fato de ter entrado na sala dele. Ela acreditava, desde quando estava sendo abusada, que ela era um risco por atrair a atenção de homens mais velhos, que se algo realmente aconteceu — não se esqueçam que a personagem acredita o tempo todo num conto de fadas, tamanho o trauma que viveu —, ela provocou tudo:

— Eu o torturei — digo. — Acho que você não entende como contribuí para que tudo acontecesse. Ele foi até o inferno por minha causa.
— Ele era um homem adulto e você tinha quinze anos — diz ela. — O que você pode ter feito para torturá-lo?
Por alguns segundos, fico sem palavras, incapaz de pensar em outra resposta além de Eu entrei na sala de aula dele. Eu existi. Eu nasci.

A situação é tão triste e séria que muitas vezes eu mesma não consegui entender. Obviamente ela estava sendo abusada, como não conseguia enxergar os fatos? Pior, como podia afirmar que as outras inúmeras vítimas de Strane estavam mentindo quando ela mesma tinha passado pelo inferno que elas passaram? Como ela conseguia manter contato com aquele monstro, como conseguia defendê-lo? Mas a realidade é que muitas vezes a pessoa não aceitar o abuso é simplesmente uma forma de se defender, de seguir com a vida. Às vezes a dependência emocional e psicológica é tão forte, como no caso de Vanessa, que pior que não aceitar, é não conseguir enxergar.

Inclusive, Strane foi muito criterioso ao escolher sua vítima. Foi inteligente ao atrair atenção de uma jovem que estava longe da família, que não tinha amigos e necessitava mostrar seu potencial para alguém. Não é a toa que Vanessa buscava insistentemente a aprovação de Strane em tudo que fazia, que se aproveitava disso para moldar a protagonista. Acho que nunca senti tanto ódio com um personagem na vida, principalmente porque sempre que Vanessa sentia que algo estava errado ou questionava algo que ele fazia, ele usava de uma artimanha muito conhecida por qualquer pessoa que tenha sofrido algum tipo de abuso: a autodepreciação. A forma como ele se criticava para conquistar a empatia de Vanessa e fazer com que ela se sentisse culpara era nojenta.

Acho que Minha Sombria Vanessa é muito pautado nessa culpa, porque a partir do momento que você se sente responsável pelo o que aconteceu, você não se coloca no papel de vítima. Mas também é muito difícil acreditar que você é uma vítima quando as pessoas ao seu redor sabem o que está acontecendo e não fazem nada ("O que poderíamos ter feito para impedir?"). Então eu comecei a entender a Vanessa, porque ela viveu tanto tempo à mercê de Strane que, se aceitasse que foi abusada, sua vida inteira desmoronaria. Para mim, essa constatação foi a parte mais dolorosa de todas.

[...] — Eu simplesmente preciso muito que seja uma história de amor. Você entende? Preciso muito, muito que seja isso.
— Eu sei.
— Porque se não for uma história de amor, então o que é?

Minha Sombria Vanessa é um livro muito bom, mas quando digo isso, não quero que entendam que vão encontrar uma história bonita, com final feliz. É bom porque é extremamente bem escrito e mostra uma realidade que, apesar de difícil de ser digerida, é muito importante. É bom porque pode criar uma atmosfera de identificação com outras vítimas de abuso, mostrando que elas não estão sozinhas e que os sentimentos delas não estão errados. É necessária porque, ao não romantizar o abuso, Russell nos dá a oportunidade de usarmos essa narrativa como meio de conscientização e mais do que isso, como forma de denúncia.

Título Original: My Dark Vanessa ✦ Autora: Kate Elizabeth Russell ✦ Páginas: 432
Tradução: Fernanda Abreu ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

5 de junho de 2020

O Amor Não é Óbvio | Elayne Baeta


Já tive contato com várias histórias LGBT+, mas pouquíssimas terminavam de uma forma bacana. Quando se trata desse assunto, geralmente há muito sofrimento envolvido e a maioria das histórias que eu tive contato acabaram em tragédia, o que me deixava muito triste. É claro que há, obviamente, muita coisa ruim que deve ser mostrada em um livro cuja protagonista é lésbica, como o medo, o preconceito, as inseguranças... Mas o que me fez amar profundamente O Amor Não é Óbvio foi o fato de ser um livro com história feliz, apesar de todas as dificuldades.

Nessa história, Elayne Baeta dá voz a Íris Pêssego, uma adolescente de 17 anos viciada em novelas e apaixonada por Cadu Sena desde que percebeu que poderia ser apaixonada por alguém. Mas acontece que Cadu Sena namora a mesma menina, Camila Dourado, desde o primeiro ano do Ensino Médio. Daí uma coisa bem inusitada acontece: Cadu fica solteiro, o que seria "ok" não fosse o fato de Camila tê-lo trocado por uma garota, Édra Norr. Antes de se enveredar pelos encantos de sua paixão platônica, Íris decide que precisa entender o que Édra tem de tão especial para Camila resolver ficar justo com ela. 

Quem me vê falando desse livro nem imagina que eu achei o começo muito chato e bobo. Não estava conseguindo me conectar com a Íris pelo simples fato da obsessão dela pela Édra, coisa que gostaria de pontuar que não é normal. Ela ficava seguindo a menina pra todo lado para tentar saber mais sobre ela (isso até me lembrou um pouco o Edward com a Bella, pra vocês terem ideia, rs), jurando que estava sendo super discreta — o que é praticamente impossível quando se está usando um binóculo em cima de uma bicicleta amarela, né? Daí eu fiquei "meu Deus, não é possível que o livro vai ser sobre uma menina de 17 anos agindo como uma criançona com comportamento psicótico, misericórdia", só que aí ela começa a se envolver efetivamente com a Édra. Além disso, me incomodei um pouco com a forma como a autora desenvolveu algumas falas no livro, algumas coisas bem problemáticas sobre a vivência de pessoas trans, inclusive.

Depois desses baixos no início, a história começa a engatar, mas acho que isso só acontece porque Íris começa a se descobrir. Nós, leitores, já sabemos, mas Íris só começa a perceber que está atraída pela personagem depois de um tempo. A partir daí, a gente percebe que essa obsessão toda que ela tinha no início era, na verdade, desejo — e eu volto a dizer que ficar seguindo as pessoas por aí não é normal, eu tô ciente e espero que vocês também! E pode parecer um pouco repetitiva e frenética a forma como a protagonista descrevia Édra, mas eu não consegui julgar ou achar ridículo porque eu mesma era assim quando tinha 17 anos. Que adolescente não fica louco por uma pessoa, primeiramente, pelas características físicas dela? Um cabelo bonito, o jeito que sorri ironicamente, o cheiro da pessoa... Enfim.

O livro, para mim, tem dois pontos altos. O primeiro é a escrita de Elayne Baeta, muito divertida e real, condizente com a atmosfera do livro e, principalmente, com a idade dos personagens. Não tem coisa mais horrível que ler um livro com personagem adolescente que pensa igual uma pessoa de 40 anos. O segundo é a atmosfera de descoberta. Foi a coisa mais fofinha do mundo acompanhar Íris descobrindo sua sexualidade, sua paixão pela Édra. Gente, euzinha não consigo parar de pensar na Édra, a autoconfiança dela é T-U-D-O para mim. Inclusive a Elayne Baeta é a própria Édra sim e ninguém vai tirar essa ideia da minha cabeça. 

Enquanto a gente ainda tá com a Édra na cabeça, é importante pontuar que a autoconfiança dela pode ser um ponto fora curva. Vejam a Íris, por exemplo, descobrindo um monte de respostas sozinha, sem conversar com ninguém, por medo de ser julgada. Em vários momentos dava para sentir que ela estava aflita só de cogitar sentir alguma coisa por uma pessoa do mesmo sexo, o que é triste principalmente porque é real. O pior é que se fosse num YA com protagonistas do sexo oposto, descobrir essa paixão seria a coisa mais descomplicada do mundo. É ou não é algo para se pensar?

Obviamente a história não se resume a Íris & Édra. Alguns personagens secundários são muito legais e importantes, como, por exemplo, Dona Símia. Lembram que eu contei que a Íris é apaixonada por novela? Pois então, ela divide esses momentos noveleiros com sua vizinha idosa, que é coisa mais foda desse mundo inteiro. Inclusive queria que tivessem mais cenas com ela (eu ia amar um livro inteiro dela, para falar a verdade).

Apesar dos defeitos, O Amor Não é Óbvio me deixou com um quentinho no coração. Eu amo um amor juvenil, aquele beija-não-beija, vocês não têm ideia. Melhor ainda é quando a gente consegue reproduzir as sensações da personagem: quando, por exemplo, ela sabe que vai rolar alguma coisa e sente um frio na barriga, e faz a gente sentir esse friozinho também, sabem? Além do mais, vocês têm noção que é um romance lésbico que não termina com nenhum drama e sim com cenas de tirar o fôlego? Esse livro é a representatividade que a gente sempre precisou, então, sinceramente, saiam com o hate de vocês para lá.

Título Original: O Amor Não é Óbvio ✦ Autora: Elayne Baeta
Páginas: 392 ✦ Editora: Galera
Livro recebido em parceria com a editora
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3 de junho de 2020

Na Hora da Virada | Angie Thomas


O Ódio que Você Semeia foi um livro que mexeu muito comigo. Sempre que me lembro dele ou dou uma relida na resenha, minha garganta aperta. Eu quis ler Na Hora da Virada porque amei a escrita da Angie Thomas e a forma como ela retratou o racismo nos Estados Unidos, país que ainda hoje é extremamente segregado. Obviamente não é algo exclusivo dos EUA; aqui no Brasil, por exemplo, as coisas funcionam de forma semelhante. Mas enfim, apesar de ter realmente voltado a tratar do tema que citei anteriormente com maestria, esperava um pouco mais da obra.

Aqui acompanhamos a história de Brianna, uma adolescente de periferia que sonha em ser uma rapper famosa. Apesar da pouca idade, a protagonista já sofreu muito: seu pai, um rapper em ascensão, foi morto por uma gangue do bairro quando ela ainda era muito novinha; pouco tempo depois, foi abandonada pela mãe, que começou a se envolver com drogas. Mesmo depois de ter ido para um centro de reabilitação e ter conseguido a guarda dos filhos — Bri tem um irmão mais velho, Trey — de volta, Jay nunca conseguiu fazer com que Bri confiasse totalmente nela de novo.

Tudo parecia estar entrando nos eixos novamente até que Jay perde o emprego. Eles não têm mais dinheiro para comprar comida, muito menos para pagar as contas. Para piorar a situação, Bri, que estuda em um colégio majoritariamente branco, passa por um episódio racista que muda sua vida completamente: dois seguranças a barram na porta do colégio e exigem ver o conteúdo da sua mochila; a imobilizam no chão para conseguir o que querem, mas obviamente Bri não tinha nada na bolsa, apenas doces que vende para conseguir uma grana extra. Mais óbvia ainda é a certeza de que nenhum aluno branco do colégio NUNCA passou por isso.

Esse episódio faz com que Bri escreva uma música, Na Hora da Virada, criticando e ironizando o que as pessoas acham que ela é por ser negra, viver na periferia e conviver diariamente com o tráfico. A música estoura, mas pelos motivos errados. As pessoas não entendem que é uma crítica social e começam a taxar Bri de marginal, para não dizer coisas piores. Assim, na mesma taxa em que sua carreira deslancha, sua vida pessoal parece não ter mais solução.

Eu simplesmente não tenho o que dizer da narrativa de Angie Thomas. É extremamente envolvente, assim como O Ódio que Você Semeia. É impossível controlar o desejo de saber o que vai ser de Bri, se ela vai conseguir sair da enrascada em que foi metida, se Jay vai conseguir outro emprego, se os guardas que atacaram Bri vão ter o que merecem (se a escola vai tomar alguma atitude quanto aos episódios de racismo que acontecem frequentemente com todos os estudantes negos de lá)... Os enredos dos personagens secundários também não deixam a desejar, até porque são muito importantes para a evolução da trama. Os melhores amigos de Bri, Malik e Sonny, são muito bem construídos e têm seus próprios conflitos para resolver, o que dá um gás a mais na história.

Outro ponto bastante interessante são os conflitos familiares retratados na história. Bri não confia totalmente na mãe, mesmo estando limpa há oito anos. Isso influencia diretamente no relacionamento delas. Também há a questão da avó de Bri, mãe do seu pai, detestar a nora, o que causa uma certa tensão em vários momentos. Não vou dizer que não é entendível, mas depois de tanto tempo limpa, acho que ela devia deixar Jay cuidar dos próprios filhos, coisa que ela se esforça muito para fazer. Além disso, tem a problemática da tia de Bri, Pooh, ser traficante e ela ficar com aquele eterno sentimento de que vai acontecer alguma coisa com ela. E tem aquela coisa, né... Bri pensa nisso o tempo todo. Como a tia vê a irmã definhar por causa de drogas e ainda assim se tornar uma traficante? Mas a gente sabe muito bem que tem muita história por trás de uma pessoa que entra para o tráfico, né? Pois é.

Poucas coisas me incomodaram durante a leitura. A primeira delas é que, apesar de achar que a tradutora fez um trabalho incrível, afinal, não dever ser nada fácil traduzir letras de músicas de forma que elas façam sentido para o leitor,  achei que as letras de Bri deixaram muito a desejar. É claro que as críticas são maravilhosas e cumprem com o seu papel, mas as rimas em si são bastante pobres e acho, infelizmente, que a tradução tenha uma certa influência sobre isso. E por falar em Bri, algumas decisões tomadas por ela no impulso a prejudicaram mais que ajudaram, vide o lance da música que a a mãe dela não tinha conhecimento, por exemplo.

Porém, o que mais me decepcionou foi o final e, para eu falar sobre isso, talvez tenha que dar alguns spoilers, então não leia esse parágrafo caso não queria saber o que acontece. Eu não gosto de finais abertos e foi isso o que Angie Thomas entregou em Na Hora da Virada. Nenhum dos conflitos foi realmente resolvido: a carreira de Bri no rap simplesmente não teve o desfecho que merecia — gente, pelo amor de Deus, que artista famoso do ramo mencionou o vídeo dela no Twitter? —, a situação da tia Pooh não foi resolvida e muitos outros acontecimentos ficaram, digamos, no ar. Esse foi o principal motivo de eu não ter amado esse livro como amei O Ódio que Você Semeia.

É claro que Na Hora da Virada continua sendo um livro ótimo e necessário. Novamente Angie Thomas mostra a realidade das pessoas negras através dos seus protagonistas, além de expor as dificuldades de uma mulher que sonha em construir uma carreira em um ambiente essencialmente machista. Outra coisa muito presente, é claro, são os dramas adolescentes, indispensáveis em qualquer romance jovem adulto de qualidade.

Título Original: On The Come Up  ✦ Autora: Angie Thomas ✦ Páginas: 378
Tradução: Regiane Winarski ✦ Editora: Galera Record
Livro recebido em parceria com a editora

1 de junho de 2020

Top Comentarista: Junho 2020


Normalmente começo o post do top comentarista de junho super animada, pois é um mês que amo muito por causa das festas juninas... O que me deixa feliz ultimamente é essa esperança que carrego comigo, de que ficaremos bem logo. Esse mês não tem quadrilha, mas tem prêmio bacana: um vale compras no valor de trinta e cinco reais e o período de inscrições vai de 01/06/2020 à 01/07/2020, lembrando que o último dia é apenas para a regularização de comentários. 

Regras
- Comentar em todos os posts, exceto os de promoções, no período de 01/06/2020 à 30/06/2020;
- Não serão computados comentários genéricos, só aqueles que exprimem a opinião do leitor e mostram que ele realmente leu o post. Comentários plagiados de outras plataformas (lembrem-se que plágio é crime) ou que se repetem em outros blogs não serão considerados. Comentários do tipo serão excluídos sem aviso prévio e o participante será automaticamente desclassificado;
- É permitido apenas um comentário por post;
- Apenas as duas primeiras entradas do formulário são obrigatórias;
- A entrada "tweet about de giveaway" só será válida se a pessoa estiver seguindo o Twitter informado, bem como a entrada de compartilhamento no Facebook que também só será válida se a pessoa for curtidora da página;
- Após o término do top, o Roendo Livros tem até 15 dias para divulgar o resultado;
- O ganhador tem 48h para responder o e-mail com os dados de envio, caso contrário o sorteio será refeito. O livro escolhido (na faixa de preço estabelecida) deverá ser informado no corpo do e-mail;
- Após feito o contato, o prêmio será enviado dentro de até 60 dias úteis;
- Para o livro ser enviado, é necessário que o ganhador passe o número do CPF para a Ana, já que agora os Correios solicitam uma declaração de conteúdo (saiba mais aqui) Só participe do sorteio se estiver de acordo;
- O Roendo Livros não se responsabiliza por extravio ou atraso na entrega dos Correios, bem como danos causados no livro. Assim como não se responsabiliza por entrega não efetuada por motivos de endereço incorreto, fornecido pelo próprio ganhador, e ausência de recebedor. O livro não será enviado novamente;
- O Roendo Livros se reserva o direito de dirimir questões não previstas neste regulamento.
- Este concurso é de caráter recreativo/cultural, conforme item II do artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71 e dispensa autorização do Ministério da Fazenda e da Justiça, não está vinculada à compra e/ou aquisição de produtos e serviços e a participação é gratuita.

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