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24 de janeiro de 2023

Quatro personagens que facilmente desvendariam A Mandíbula de Caim, livro-enigma publicado pela Intrínseca

Acredito que não exista um leitor que não conheça A Mandíbula de Caim, mas caso alguém tenha caído nesse post de paraquedas, aqui vai um breve resumo do que o livro se trata: é um suspense policial em forma de quebra-cabeças. No decorrer das páginas, que foram impressas em ordem aleatória, estão descritos seis assassinatos, mas a única maneira de descobrir quem matou quem é colocando-as na ordem correta. Publicado originalmente em 1934, foi desvendado por apenas quatro pessoas até hoje! São milhões de combinações possíveis, ou seja, a probabilidade de descobrirmos a única sequência correta é a mesma que temos de ganhar na loteria, digamos assim. 

Estava conversando com meu marido sobre o assunto, sobre quantas pessoas no mundo seriam capazes de chegar na resposta certa, e simplesmente me veio um dos meus personagens preferidos da vida na mente. Daí eu tive essa ideia maravilhosa de mostrar para vocês alguns personagens que, na minha opinião, desvendariam A Mandíbula de Caim num piscar de olhos. 



Spencer Reid, de Criminal Minds

O muso inspirador dessa lista, Dr. Reid, que trabalha como agente especial na Unidade de Análise Comportamental do FBI dos Estados Unidos, certamente ficaria obcecado por A Mandíbula de Caim. O personagem é um gênio cujo QI é um dos mais altos do mundo: 187. Além disso, possui memória fotográfica, raciocínio rápido e pode ler cerca de 20 mil palavras por minuto. E não é apenas por isso que ele conseguiria resolver o mistério rapidinho... O fato de ser hiperfocado ajudaria demais, também. Na série, quando ele está trabalhando em um caso criminal, não descansa até chegar ao cerne da questão. Colocar as 100 páginas em ordem seria fichinha para ele!

Shuri, de Pantera Negra

Shuri é nada mais, nada menos que a Princesa de Wakanda, a pessoa mais inteligente do Universo Marvel — quem é Tony Stark perto dessa deusa, gente? Ela é tão genial que é simplesmente o cérebro por trás da tecnologia incrivelmente avançada do país. Para uma cientista que desenvolve os melhores equipamentos utilizando tecnologia de ponta aliado ao vibranium, desvendar esses seis assassinatos seria a coisa mais simples do universo. 


Amy Farrah Fowler, de The Big Bang Theory

Quem é fã de The Big Bang Theory com certeza acha que o Sheldon é o personagem mais inteligente da série, mas eu discordo. É óbvio que ele é um gênio, mas a Amy tem uma coisa que o Sheldon não tem: inteligência emocional. Essa característica, aliada ao fato de ela ser neurocientista — especialista em cérebros, gente, não é coincidência rs —, é a prova de que ela conseguiria resolver o enigma. Nada melhor que compreender a motivação dos assassinos para desvendar os assassinatos, né?


Enola Holmes

Para mim é bastante claro que Enola Holmes é infinitamente mais esperta e inteligente que Sherlock. Tudo bem que o irmão mais velho tem mais tempo de mercado e, consequentemente, mais prática, mas Enola não fica atrás: ela sabe exatamente o que quer fazer e não espera ninguém para começar. Além de correr atrás das pistas utilizando qualquer meio que estiver disponível, Enola não tem medo de errar e isso é muito importante, principalmente em um mistério com mil possibilidades como A Mandíbula de Caim.

Poderia citar também o Mike Ross, de Suits, e até mesmo o Shikamaru, de Naruto... Mas escolhi esses personagens porque realmente acredito que são capazes! Gostaria de saber a opinião de vocês também! Quem mais vocês acham que tem uma inteligência tão acima da média que conseguiria resolver o enigma sem maiores dificuldades? E por falar em inteligência, vocês já perceberam que existem pouquíssimas personagens femininas descritas como gênias?

Título Original: Cain's Jawbone  ✦ Autor: Torquemada
Páginas: 100 ✦ Tradução: Myra Marple ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

21 de janeiro de 2023

O Amor Não Morreu, de Ashley Poston, ou a história de como praticamente me apaixonei por um personagem que é — quase — um fantasma


Como vocês bem perceberam, estou numa fase muito comédias românticas. Mas vou dizer uma coisa: de início não tinha prestado muita atenção em O Amor Não Morreu até o pessoal no grupo de parceiros da Intrínseca indicar. Aí fui ler a sinopse e fiquei bem animada, porque de algum modo me lembrou A Mediadora, série que eu adorava quando adolescente — que eu tive a péssima ideia de reler e estragar toda a magia por trás a história, rs —, acho que por conta de todo esse rolê com fantasmas e tudo mais. Só que assim, esse livro aqui é sem condições de bom. 

Basicamente é sobre uma escritoa, Florence Day, que trabalha como a ghostwriter de uma autora de romances muito famosa. O problema começa quando a personagem não consegue terminar o último livro do contrato simplesmente porque não consegue visualizar um desfecho satisfatório para a história. O término do seu último relacionamento foi traumático demais, e ela não acredita mais no amor, finais felizes e esse tipo de besteira. As coisas pioram consideravelmente quando o editor responsável pelas publicações não aceita estender o prazo  final de entrega do livro. 

A partir daí acontece uma sucessão de fatos: 
1) Florence tem certeza que sua carreira chegará ao fim;
2) Inevitavelmente Florence e Ben, o temido editor, acabam aos beijos em um beco;
3) O pai de Florence morre, e ela não pensa duas vezes antes de abandonar tudo e voltar para sua cidade natal, depois de 10 anos fora, para ajudar no funeral e dar apoio à família. 
Essas coisas não teriam ligação nenhuma não fosse o fato de, assim que chega na funerária, Florence dar de cara com o fantasma de Ben. Se Ben é um fantasma, isso significa duas coisas: a primeira é óbvia, ele está mortinho da Silva. E a segunda é que ele tem algum assunto inacabado na Terra, e, para Florence, esse assunto com certeza envolve um certo livro de romance não finalizado.

A coisa que eu mais gostei nesse enredo é a semelhança com E Se Fosse Verdade, aquele filme com o Mark Ruffalo e a Reese Witherspoon que passava direto na Sessão da Tarde e eu simplesmente amo. Ou seja, para a minha alegria, a única coisa que ele realmente tem em comum com A Mediadora é o fato das protagonistas serem capazes de ver fantasmas e ajudá-los na travessia. É totalmente clichê e impossível, e é isso o que o torna muito bom, risos. A Florence é uma personagem adorável, Ben é o galã de romances perfeito e a família da personagem principal é a cereja do bolo. 

As minhas cenas preferidas, obviamente, envolvem as interações entre Ben e Florence. Com o passar do tempo ela percebe que está se apaixonado por ele, o que é uma coisa totalmente fora de órbita, uma vez que Ben está morto. Só que a esperança está ali, tanto para ela quanto para quem lê, visto que a Ashley Poston deixa pistas de que talvez, só talvez, Ben não esteja assim tão morto. Eu amei isso, porque permitiu que eu me envolvesse mais com o romance... Pensem bem... Torcer tanto para que eles pudessem ficar juntos e no final não dar em nada? Ia ser muito frustrante. 

O Ben, gente... Pelo amor de Deus, o Ben... Acho que o único defeito dele é estar morto, sinceramente. Educadíssimo, inteligente e, pasmem, leitor de romances fofinhos! Gente como a gente! Isso sem tirar o fato de ser tipo, o homem mais lindo do universo — obrigada, cérebro, por ser capaz de me dar uma imagem tão perfeita desse homem. Juro para vocês que eu já estava mais apaixonada por ele do que a própria Florence antes da metade do livro e eu não tenho nem vergonha de contar isso. 

Já a Florence não deixa de ser a mocinha perfeita. Cheia de dilemas, muitos deles envolvendo dedo podre para relacionamentos e sua cidade natal, um lugar onde todo mundo acha que ela é meio doidinha... Então, quando ela se vê obrigada a voltar para lá, ainda mais numa situação tão atípica, acaba tendo que lidar com mil coisas e isso a amadurece bastante. Convenhamos que não tem nada melhor que acompanhar uma personagem feminina desabrochar — e voltar a acreditar no amor, é claro —, né?

Parada ali em meio aos dentes-de-leão, com o olhar erguido para fitar os olhos suaves de Ben, comecei a perceber que o amor não estava morto, mas que também não era para sempre. Ficava entre uma coisa e outra. Era um instante no tempo em que duas pessoas existiam no mesmo exato momento, no mesmo exato lugar do universo.
[...]
O amor não era um sussurro em uma noite silenciosa.
Era um clamor para o vazio, gritando que você estava ali. 

Para não falar que tudo são flores, a única coisa que me incomou mesmo e apenas no comecinho foi essa coisa do luto e pessoas importantes morrendo. Se a gente pensa um pouquinho, parece de muito mal gosto um enredo de romance num clima de velório, né? Mas a grande questão foi que a autora conseguiu desenvolver demais essa parte. Sim, o pai da Florence morreu e ninguém estava realmente feliz por causa disso, mas como ele e toda a família da personagem estavam diretamente envolvidos com a morte — são donos e trabalham em uma funerária —, todos sabiam que a morte não significa necessariamente o fim. Achei um trabalho muito bonito, inclusive. 

O romance é uma delícia de acompanhar, muito bem construído. Prova disso é que o tempo que leva pra eles se apaixonarem é curto, questão de uma semana, quinze dias, mas os acontecimentos que levaram a isso são tão bem descritos que parece que eles estão convivendo há meses. E assim, convenhamos que pra se envolver com uma pessoa que você não consegue tocar a paixão tem que falar muito alto mesmo. Aliás, gostaria de lembrar que apesar da capa e enredo fofinhos, O Amor Não Morreu é um livro bem adulto... E não, não vou falar um "A" de como isso foi possível, rs. 

E o final... Não poderia ter sido mais perfeito e apaixonante! Rolou até uma choradinha, pra vocês terem noção. Tem muitas passagens bonitas, que falam principalmente de amor, luto e família. Também tem muitas cenas divertidas que fazem jus ao gênero. Tenho certeza que qualquer fã de comédia romântica vai adorar esse livro.

Título Original: The Dead Romantics ✦ Autora: Ashley Poston
Páginas: 331 ✦ Tradução: Ana Rodrigues & Laura Pohl ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

18 de janeiro de 2023

Uma comédia romântica juvenil perfeita para curar qualquer ressaca literária: Por Essa Eu Não Esperava, de Jesse Q. Sutanto


Verdade seja dita, eu quis ler Por Essa Eu Não Esperava por dois únicos motivos: "Depois de ser flagrada pela mãe em uma situação vergonhosa com Bradley, seu namorado lindo (e secreto), Sharlot Citra é obrigada a deixar Los Angeles para passar o verão em Jakarta..." e "Como se não bastasse o nome ilustre, George Clooney Tanuwijaya é flagrado por seu pai e sua irmã em uma situação bastante… íntima". Eu juro, gente, não abusem de mim, mas fiquei curiosa.

O enredo é basicamente esse mesmo. Os dois protagonistas são pegos pelos parentes em situações íntimas, mas extremamente comuns para adolescentes de 17 anos, diga-se de passagem. A questão é que todos eles têm origem asiática, onde os costumes são bem diferentes e mais rigorosos. Praticamente toda a história se passa na Indonésia, uma nação localizada no sudeste asiático que abriga diversos grupos étnicos. Por exemplo, Sharlot e sua mãe são sino-indonésias, ou seja, indonésias cujos ancestrais chegaram da China.

Além de rigorosos, pelo que foi apresentado no livro por Jesse Q. Sutanto, os indonésios ainda vivem em uma sociedade muito machista e patriarcal... E é claro que é por isso que o plot da história acontece: Sharlot e George só se conhecem porque os pais deles estavam se passando por eles em uma rede social, porque ambos acreditavam que os filhos precisavam de um relacionamento para serem felizes. Só que a bomba quando é pra explodir, explode com gosto, né? George é herdeiro da família mais rica de Jakarta, e quando ele e Sharlot são vistos juntos, todo mundo já supõe que o bonito está namorando. E é dessa forma que os protagonistas são obrigados a sustentar um romance de mentira. 

Eu estaria mentindo para você se disesse que não me diverti com esse livro. Algumas cenas são muito cômicas, bem dos tipos que acontecem nos filmes protagonizados pelo Adam Sandler — que eu amo, não ousem falar mal dele aqui nesse post kkkkkkkk —; mas, ao mesmo tempo, muitas vezes tive aquela sensação de incômodo de quando uma pessoa tá tentando ser muito engraçada e acaba forçando a barra, sabem? Dito isto, acredito que o que mais sustenta a narrativa é a expectativa do romance. 

Achei a química entre Sharlot e George muito boa, mas senti que foi levemente desperdiçada. Primeiro porque a Sharlot é bem chatinha no início e parece fazer um esforço tremendo para fazer hora com a cara do George... Não estou julgando, porque eu mesma fui muito chata quando tinha essa idade, acho que é algo comum de adolescentes com pais controladores, sei lá. Segundo porque o romance de fato demora demais para acontecer. Aqui vai um spoiler: eles só se beijaram no final do livro. Eu sei que é uma história voltada para o público adolescente, mas por acaso eu tenho cara de palhaça pra esperar um livro inteiro por um mísero beijinho? 

Vocês lembram que eu comentei no início que os pais dos personagens se passaram por eles numa rede social? Pois então. Acreditam que precisou acontecer uma tragédia enorme para que eles se abrissem e contassem a verdade um para o outro? Para mim, esse foi o principal motivo para eles não conseguirem engatar de verdade no romance, já que estavam o tempo inteiro preocupados se o outro ia ou não descobrir a mentira. É o que eu digo, mores, diálogo é tudo. 

Mas sério, a imersão nos aspectos culturais da Indonésia compensam demais tudo o que eu citei anteriormente. É um dos países mais populosos do mundo, com várias culturas dentro de uma só, uma vez que é lar de pessoas com inúmeras origens e religiões diferentes. É totalmente formado por ilhas e justamente por isso é lotado de belezas naturais. Os personagens fazem uma viagem para Bali, e as descrições são tão detalhadas e lindas que parecia que eu estava lá aproveitando com eles. 

Não é que eu esteja velha para esse tipo de leitura, até porque é um dos gêneros que eu mais consumo, mas Por Essa Eu Não Esperava é exatamente o tipo de livro que eu indicaria pros meus primos na casa dos 14 anos, porque é leve, engraçado e não tem nenhuma questão grande demais ou dramática demais para ser resolvida. É precisamente esse ponto que faz o livro ser super indicado para curar uma ressaca literária: nada melhor que uma leitura rápida e escapista para fazer a gente retomar o hábido de leitura. 

Título Original: Well, That Was Unexpected ✦ Autor: Jesse Q. Sutanto
Páginas: 331 ✦ Tradução: Ana Beatriz Omuro ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

15 de janeiro de 2023

A Bala Que Errou o Alvo, de Richard Osman, a mais nova aventura do Clube do Crime das Quintas-Feiras


Desde 2021 a série O Clube do Crime das Quintas-Feiras vem conquistando fãs por aí. Convenhamos que é fácil demais gostar de Elizabeth, Joyce, Ibrahim e Ron, que são simplesmente velhinhos que gostam de solucionar crimes. No primeiro volume, eles descobriram quem assassinou o empreiteiro de Cooper Chase, o lugar em que eles vivem. Já em O Homem que Morreu Duas Vezes eles conseguem, pasmem, enganar mafiosos poderosíssimos para roubar diamantes. E assim, Richard Osman tinha que vir com uma história muito surpreendente para superar esse babado do segundo volume, e digamos que, em partes, ele consegue. 

Antes de começar, gostaria de avisar que, como vocês obviamente notaram no primeiro parágrafo, é impossível falar de A Bala Que Errou o Alvo sem soltar spoilers dos volumes anteriores e, eventualmente, desse próprio volume, então estejam avisados e parem por aqui caso não gostem ou não queiram saber detalhes demais. 

Em A Bala Que Errou o Alvo, o Clube do Crime está trabalhando em um caso que envolve um possível assassinato de uma jornalista local que ocorreu dez anos atrás. As coisas estão bem confusas e parecem não sair do lugar, principalmente porque nenhum corpo foi encontrado. E como se isso já não fosse dificuldade o suficiente, Elizabeth está sendo chantageada por um inimigo desconhecido: ela tem que matar um antigo amigo se quiser que ela e Joyce continem vivas. Dessa forma, o autor consegue prender o leitor com dois mistérios ao invés de um.

Como sempre, a narrativa de Richard Osman está excepcionalmente divertida e os capítulos narrados por Joyce continuam sendo o ponto alto da história. Além disso, somos apresentados a novos personagens que, ao que tudo indica, deverão ser recorrentes no próximo volume. Eu adorei isso, sobretudo porque nos apegamos à eles mesmo sabendo que não são lá muito confiáveis. Para falar a verdade com vocês, me questiono se devo rotular qualquer um dos personagens desse livro como confiável... Acho que rola muito aquela vibe anti-herói que todo mundo gosta: parece ser malvado, tem umas ações muito duvidosas, mas no fim o coração é bem molenga. Isso vale, inclusive, para Elizabeth, Joyce, Ibrahim e Ron.

Outro ponto alto do livro são as histórias que acontecem em paralelo ao enredo principal: o sofrimento de Elizabeth ao constatar que Stephen, seu marido, está sendo totalmente consumido pelo Alzheimer; o romance inusitado entre Bogdan e Donna; todos os laços de amizade fora do quarteto principal; e até mesmo as peripécias de Alan, o cachorro de Joyce — e vocês não vão acreditar: descobri que o Instagram da personagem, @greatjoy69, existe de verdade e as publicações são fofas demais, hahahaha.

Em comparação aos volumes anteriores, A Bala Que Errou o Alvo é bem mais curto, mas em compensação o mistério demora muito mais para prender. Apesar de estarem interligados de certa forma e um precisar do outro para se desenvolver, o plot envolvendo Elizabeth é bem mais interessante que o da jornalista. Pelo menos no início, eu estava muito mais interessada em saber o que a Elizabeth ia fazer e quem estava tramando contra ela do que descobrir ser Bethany Waites havia ou não sido assassinada. Confesso para vocês que algumas vezes me dava uma preguicinha quando o foco era a investigação desse suposto assassinato... Senti que essa parte foi um pouco negligenciada, mas no fim das contas acabou sendo satisfatório. Por mais que eu tenha adivinhado o final, não adivinhei a motivação, então gostei de modo geral.

Para o quarto volume, que acredito ser o último da série, Richard Osman já deixou algumas pistas de algumas coisas que podem acontecer, talvez envolvendo uma certa traficante que foi pega no volume dois... Não sei se é o bastante para um livro inteiro, mas tenho certeza que essa história vai ter um desfecho. Espero também ver mais do Bogdan, ainda mais porque eu reclamei que ele não estava sendo aproveitado o suficiente e, nesse volume, dá uma boa melhoara, visto que ele ganha seu próprio arco. 

Acho que, dos três, o meu preferido ainda é O Homem que Morreu Duas Vezes pelo simples fato de ser o mais bem desenvolvido e inteligente até agora. A Bala Que Errou o Alvo é muito mais engraçado, mas não acho que isso compense uma forçação de barra ou outra que acontecem, e O Clube do Crime das Quintas-Feiras é muito introdutório para ser considerado o melhor. Mas não vou enganar vocês: sou completamente apaixonada pelo Clube do Crime e não vejo a hora da próxima aventura ser lançada aqui no Brasil!

Título Original: The Bullet That Missed ✦ Autor: Richard Osman
Páginas: 320 ✦ Tradução: Jaime Biaggio ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora

13 de janeiro de 2023

Os Livros Cinco Estrelas de 2022


Sei que já estamos praticamente na metade do mês de janeiro, mas não poderia deixar de trazer para vocês a retrospectiva com os melhores livros que li em 2022, afinal, já é um marco aqui do blog, né? Adoro falar sobre e divulgar os livros que amei, porque quero que todo mundo leia. Além do mais, eu amo muito essa nossa troca!

Livros cinco estrelas dos anos anteriores

2021
2020
2019
2018
2017
2016
2015

A seguir, os melhores livros do ano, na minha humilde opinião, por ordem de leitura


Maternidades no Plural, Annie Bàracat, Deh Bastos, Glaucia Batista, Ligia Moreiras, Marcela Tiboni & Mariana Camardelli

É provável que vocês saibam que um dos meus maiores sonhos é ser mãe, então tô sempre lendo sobre maternidade. Eu amei muito Maternidades no Plural porque o título já diz tudo: é um livro que foge do comum, que apresenta diferentes núcleos familiares e, consequentemente, diferentes formas de maternar. São seis autoras, cada uma com suas histórias e relatos sobre ser mãe e a criação de filhos nesse mundão de Deus. 

É óbvio que meus filhos Nick & Charlie não ficariam de fora dessa lista! Eu amei os dois volumes, Heartstopper: Um Passo Adiante e Heartstopper: De Mãos Dadas, amei a forma como Alice Oseman conduziu essa história que está no coração de tantas pessoas. Um Passo Adiante ainda é bem levinho, com os refrescos de uma excursão para Paris com vários acontecimentos, inclusive a introdução dos transtornos de Charlie que são melhores retratados em De Mãos Dadas. O mais lindo de tudo, no fim das contas, é o amor e a cumplicidade dos protagonistas mesmo com as dificuldades. Agora é segurar a ansiedade para a segunda temporada da série!


Pássaro Branco, R. J. Palacio
Água Fresca Para as Flores, Valérie Perrin
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, J. R. R. Tolkien

Pássaro Branco é um livro da Palacio que se passa no mesmo universo de Extraordinário. Aqui conhecemos detalhes da vida da avó do Julian em um momento em que ela precisou se esconder dos nazistas na França durante a Segunda Guerra Mundial. É bonito na mesma medida que é triste, e as ilustrações só agregam. Eu me apaixonei por esse livro principalmente por causa dos trechos maravilhosos que carrega, muito marcantes e que com certeza ficarão no meu coração para sempre.

Por falar em trechos marcantes, Água Fresca Para as Flores consegue ser mais lindo ainda. Eu me encatei por ele logo no título do primeiro capítulo, Basta que um único ser nos falte para que tudo pareça vazio ❞, e cada capítulo que eu lia me presenteava com mais frases e cenários maravilhosos. Tudo nesse livro é sensível, visceral e envolvente, e é até difícil achar um adjetivo que realmente consiga retratar de fato a grandiosidade essa história. 

2022 foi o ano de dar continuidade a trilogia de maior sucesso de Tolkien. As Duas Torres é provavelmente um dos livros mais antigos da minha estante e estava na lista de leitura há séculos, mas nunca sentia que era a hora dele. Assim como A Sociedade do Anel, é um livro muito cheio de detalhes, não dá para ser lido de qualquer jeito. E assim, sem comentários para essa história, não dá para não exaltar a criatividade do autor e o Universo maravilhoso criado por ele. 


A Hipótese do Amor, Ali Hazelwood
A Razão do Amor, Ali Hazelwood
A Casa dos Espíritos

Obviamente não poderiam faltar minhas duas farofinhas preferidas da vida nos melhores de 2022. Ali Hazelwood escreve comédias românticas clichês como ninguém, é fato. A Hipótese do Amor, por exemplo, tem tudo o que eu amo num romancinho água com açúcar: namoro de mentira, "só tem um quarto" e, é claro, protagonistas com muita química. A Razão do Amor não fica atrás de jeito nenhum com seu enredo envolvendo inimigos que se apaixonam. A autora usa mesma fórmula nos livros dela? Sim. Isso é ruim? Claro que não! Acho que é justamente isso que eu gosto nesses livros, além, é claro, das protagonistas que são cientistas super f*d*nas!

Ano passado tentei ler alguns encalhados (finalmente tomei vergonha nessa minha cara rs) e achei que A Casa dos Espíritos seria uma ótima pedida. E eu não estava errada. Que livro incrível, gente! É muito pesado e dramático, com inúmeras camadas que retratam muito bem a sociedade latino-americana na década de 70. Apesar da enorme influência do sobrenatural, é tudo muito real... E parecido, inclusive, com o que passamos no nosso país nos últimos quatro anos. Pretendo, em breve, trazer uma resenha completa para vocês. 

Menções honrosas
Não foram cinco estrelas, mas chegaram perto


Como boa leitora de romances de época que me tornei, achei injusto não acrescentar nessa lista ao menos um livrinho que gostei muito, risos. Os Rokesbys, de forma geral, é uma série muito boa, mas Uma Dama Fora dos Padrões tem a melhor mocinha de todas! Manual de Assassinato Para Boas Garotas também foi uma grata surpresa, uma investigação conduzida por uma adolescente, bem à la Pretty Little Liars, ou seja, com personagens no ensino médio metendo o nariz onde não são chamados. Por fim, mas não menos importante, achei que Daisy Jones & The Six merecia um espacinho aqui também, porque amei a forma como a TJR criou uma banda que parece real. Achei o livro muito bom não por causa dos protagonistas ou do enredo em si, mas porque senti que estava lendo a biografia de uma banda de verdade!

Agora, além de me contarem os favoritos de vocês de 2022, quero saber também se já leram algum que está aqui na minha listinha. Comentem aqui embaixo!

9 de janeiro de 2023

As decepções literárias de 2022


Geralmente começo o ano mostrando para vocês as minhas melhores leituras, mas dessa vez resolvi mostrar primeiro minhas decepções. Já viram aquela coisa de vir com a notícia ruim primeiro, rs? E também porque as decepções de 2022 foram bem pouquinhas se comparadas às dos anos anteriores, algo que inclusive me deixou muito feliz!

Dessa forma a restrospectiva de hoje é para mostrar a vocês os livros que menos me agradaram no decorrer do ano de 2022 e apontar os pontos principais para que isso acontecesse. 

As decepções literárias dos anos anteriores

2021
2020
2019
2018
2017
2016

A seguir, as piores obras de 2022, por ordem de leitura & na minha humilde opinião


A Barraca do Beijo, Beth Reekles
Viúva de Ferro, Xiran Jay Zhao
Um Ano Solitário, Alice Oseman

Gente, até hoje quando eu lembro que perdi horas da minha vida lendo essa bomba chamada A Barraca do Beijo eu fico triste. O cara super ciumento, machista e violento, a galerinha toda é bem precisada de uma terapia. Sem contar que até as relações de amizades têm uma cobrança excessiva, o que eu achei muito bizarro e que prova que esse rolê de relacionamento tóxico não acontece só com namorados. E assim, não vou ser hipócrita com vocês porque eu gosto de muitas histórias que têm suas problemáticas, como Crepúsculoinclusive já fiz um post super completo falando sobre o assunto —, Continência ao Amor, e até mesmo uns clássicos que a gente vê nos cinemas, aí eu trago 10 Coisas Que eu Odeio em Você como exemplo... Mas A Barraca do Beijo, para mim, passa do limite do tolerável.

Em relação a Viúva de Ferro, tenho duas "reclamações" principais. A primeira é em relação ao desenvolvimento mesmo, que é muito fraco. Nada é muito bem explicado, termos são simplesmente jogados como se tivéssemos a obrigação de entender e isso me deixou bem bolada. Tanto que até agora eu não compreendo muito bem como a China retratada no livro chegou àquele ponto. E aí temos a protagonista... Sinto que Xiran Jay Zhao quis escrever uma personagem forte que fosse contra ao contexto opressor do país, mas falhou miseravelmente, porque as atitudes dela não condizem com as de mulheres que lutam diariamente contra o sistema. Não bastasse isso, existe um trisal que era pra ser revolucionário, mas é tão mal executado que se perde no conceito. Dito isso, muito provavelmente não lerei as continuações. 

Um Ano Solitário me deixou até triste, sabem? Esperava muito dele porque é da Alice Oseman, a mesma autora da minha atual maior obsessão literária, Heartstopper. Inclusive é sobre a Tori, irmã mas velha do Charlie, e justamente por isso coloquei muita expectativa. A grande questão é que Tori daqui é muito diferente da Tori de Heartstopper e isso me incomodou demais. São tão diferentes que parece que a Alice parece ter "consertado" a bichinha — Um Ano Solitário é o primeiríssimo livro dela, então a história da Tori veio primeiro, digamos assim. É bastante óbvio que Tori enfrenta problemas com depressão e que se sente responsável pelo Charlie e pelos problemas que ele enfrenta, mas foi muito difícil lidar com a personalidade niilista dela. É bastante complexo, porque eu ENTENDO, mas ao mesmo tempo não entendo as ações dela, sabem? Compreendo que é um mecanismo de defesa não deixar ninguém se aproximar, mas ao mesmo tempo acho muito difícil aceitar a forma como ela trata as pessoas... E no final das contas, a história inteira é sem pé nem cabeça demais pro meu gosto.

Por fim, temos uma história da queridinha dos brasileiros, a Tessa Dare. Ela é realmente um amor, adoro vê-la falando português no Twitter. Foi por causa disso que eu quis ler alguma coisa dela, hehe. Primeiro li Um Casamento Conveniente, que eu até gostei, apesar de achar que a escrita em si não combinava com um romance aristocrático, mas relevei... Aí tentei Romance Com o Duque, que é um dos mais famosos da autora, e achei tão básico, gente... Não que eu espere algo muito revolucionário de romances de época, mas falam tanto desse livro que esperava um quê a mais. No fim, acho que o que mais me tirou do sério foi o fato de a personagem ser diferente por não carregar aquela inocência que as mocinhas dos romances de época têm, mas ao mesmo tempo ser bobinha demais pra outras coisas, principalmente em qualquer questão que envolve as histórias do pai dela, um escritor famoso que transformou a filha em personagem. São duas personalidades tão contrastantes que acabei ficando muito irritada.

Como vocês podem ver, tive apenas quatro grandes decepções em 2022, e eu nem falei muito sobre elas no blog ou nas redes sociais. De certo modo, foi até bom desabafar aqui! Agora é a vez de vocês deixarem aqui nos comentários os livros que foram decepção durante o ano passado, e eu adoraria saber o porquê desse veredito! 

1 de janeiro de 2023

Top Comentarista: Janeiro 2023


TÁ NA HORA DO JAIR, TÁ NA HORA DO JAIR... O QUÊ?? JÁ IR EMBORAAAAAAAAA ♫♪ Vocês não têm noção da vontade que eu tava que chegasse dia primeiro de janeiro pra eu começar esse post desse jeito, pelo amor de Deus! Tem como começar 2023 com mais esperança? Não tem! E se Deus quiser vai dar tudo certo pra gente! Vamos que vamos que vai ter muito conteúdo legal para vocês esse ano, mal posso esperar!

Agora falando do top comentarista... As regrinhas vocês já sabem de cor, mas não custa relembrar: antes era obrigatório comentar em todas as postagens para não ser desclassificado do concurso, mas a partir de agora vocês serão sorteados a partir dos comentários. Isso significa que não é obrigatório comentar em todos os posts: cada comentário que vocês fizerem devem ser cadastrados no formulário do Rafflecopter, que só aceita uma entrada por dia — recomendo que vocês comentem e preencham o formulário sempre que sair post novo, já que quanto mais comentários cadastrados, maior a chance de ganhar. Todos os meses um comentário será sorteado pelo aplicativo.

Atenção: só preencha o formulário nos dias em que comentar no blog. Por exemplo, se em determinado mês tiverem 13 posts, o número máximo de entradas que cada participante pode ter no formulário é 13!

O prêmio é um vale de trinta reais na Amazon! Ah, as chances extras continuam: comentar nos posts do Instagram e tweetar sobre o top todos os dias em que tiver postagem nova por aqui, então aproveitem! Caso tenha restado alguma dúvida, podem me procurar nas redes sociais, tá bom?

Observações
- O período de validade desse top comentarista é de 01/01/2023 à 31/01/2023. Cada comentário que vocês fizerem devem ser cadastrados no formulário do Rafflecopter, que só aceita uma entrada por dia.
Não serão computados comentários genéricos, só aqueles que exprimem a opinião do leitor e mostram que ele realmente leu o post. Comentários plagiados de outras plataformas (lembrem-se que plágio é crime) ou que se repetem em outros blogs não serão considerados. Comentários do tipo serão excluídos sem aviso prévio e o participante será automaticamente desclassificado;
- É permitido apenas um comentário por post;
- É obrigatório seguir o Roendo Livros via GFC e seguir o perfil @anadoroendo no Instagram para validar a participação;
- A entrada "tweet about de giveaway" só será válida se a pessoa estiver seguindo o Twitter informado (@anadoroendo);
- Após o término do top, o Roendo Livros tem até 15 dias para divulgar o resultado;
- O ganhador tem 48h para responder o e-mail com os dados de envio, caso contrário o sorteio será refeito. O livro escolhido (na faixa de preço estabelecida) deverá ser informado no corpo do e-mail;
- Após feito o contato, o prêmio será enviado dentro de até 60 dias úteis;
- Para o livro ser enviado, é necessário que o ganhador passe o número do CPF para a Ana, já que agora os Correios solicitam uma declaração de conteúdo (saiba mais aqui) Só participe do sorteio se estiver de acordo;
- O Roendo Livros não se responsabiliza por extravio ou atraso na entrega dos Correios, bem como danos causados no livro. Assim como não se responsabiliza por entrega não efetuada por motivos de endereço incorreto, fornecido pelo próprio ganhador, e ausência de recebedor. O livro não será enviado novamente;
- O Roendo Livros se reserva o direito de dirimir questões não previstas neste regulamento.
- Este concurso é de caráter recreativo/cultural, conforme item II do artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71 e dispensa autorização do Ministério da Fazenda e da Justiça, não está vinculada à compra e/ou aquisição de produtos e serviços e a participação é gratuita.
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