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30 de maio de 2020

TAG: Skoob 2020


Em 2015, quando o blog era apenas um bebê, respondi essa tag, que consiste em, além de divulgar o perfil do blogueiro no Skoob, fazer alguns amigos por lá. Achei que seria bem legal responder de novo para ver o que mudou nesses cinco anos. Quem quiser dar uma olhadinha no post de 2015 para conferir se num tô mentindo, rs, é só clicar aqui.

01. Quantos livros você tem na sua aba LIDO no Skoob?

Em 2015 eu tinha 263 livros lidos, hoje tenho 536 e contando! 

02. Qual livro você está lendo?

Sempre leio mais de um livro ao mesmo tempo para exercitar a memória. Nesse momento, tô lendo três livros: Minha Sombria Vanessa, 99 Dias e Nevermoor.

03. Quantos livros tem na sua aba QUERO LER?

103. Peguei um bocado de e-book gratuito que as editoras disponibilizaram na quarentena, aí o número de livros nessa aba praticamente dobrou, rs.

04. Você está relendo algum livro? Qual é?

Atualmente não. Até comecei a reler Guerra dos Tronos, mas resolvi abandonar a série de vez e parei em 34%.

05. Quantos livros você já abandonou? Quais são eles?

Antigamente eu tinha uma dificuldade enorme em abandonar livros, meio que me sentia obrigada. Hoje abandono sem dó, mas sempre dou uma segunda chance em algum outro momento. 

  • Sombras ― Jessica Verday;
  • Clarice na Cabeceira ― Organização de Teresa Montero;
  • Cinquenta Tons Mais Escuros ― E. L. James;
  • Copo Vazio ― Menalton Braff;
  • Deusa do Mar ― P. C. Cast;
  • Tony & Susan ― Austin Wright;
  • Estorvo ― Chico Buarque;
  • Holy Cow: Uma Fábula Animal David Duchovny
  • Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca ― Camila Fremder e Jana Rosa 

Notem que a maioria eu já havia abandonado em 2015 e alguns livros que estão lá não aparecem mais aqui, já que acabei doando os livros e, portanto, excluindo-os da minha estante. 

06. Quantas resenhas você tem cadastradas no Skoob?

238. Comecei a cadastrar todas as resenhas que posto no blog no Skoob também, para ajudar na divulgação dos livros.

07. Quantos livros avaliados você tem na sua lista?

536. Continuo avaliando os livros assim que termino a leitura. 

08. Na aba FAVORITOS, quantos livros você tem registrados? Cite alguns.

Em comparação com muitos leitores, tenho poucos livros favoritos: 35. Só coloco aqueles que mexem comigo, que mudaram minha forma de ver o mundo, ou que têm um espacinho separado no meu coração. Alguns favoritos recentes:

  
Minha História, Michelle Obama
Juntos Somos Eternos, Jeff Zentner
Entre Irmãs, Frances de Pontes Peebles

09. Quantos livros você tem na aba TENHO?

324, entre livros e e-books no Kindle. Gosto sempre de lembrar que só mantenho os livros que realmente gostei, então volta e meia tô doando alguns.

10. Quantos livros você tem nos DESEJADOS?

Três. Dois que eu já li, são favoritos, mas não tenho ― Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo e As Vantagens de Ser Invisível ― e um lançamento da Kate Morton que estou doida para ler, A Prisioneira do Tempo.

11. Quantos livros emprestados você tem no momento? Quais?

Ai, eu sou rainha de emprestar livro e esquecer (e nunca mais ver o livro, inclusive), mas tenho alguns que eu lembro:


12. Você quer trocar algum livro? Quais?

Não necessariamente, mas estou sempre aberta à possibilidades.

13. Na aba META, quantos livros você tem marcados? Cumpriu essa meta?

Atualmente tenho 43 livros nas metas de leitura, mas vou acrescentando no decorrer do ano à medida que os livros de parceria chegam. Cumpri 70% da meta até agora. 

14. Qual é o numero do seu paginômetro?
 

156.832. Em 2015 era 77.065.

15. Link do seu perfil no Skoob.

https://www.skoob.com.br/usuario/1092951-ana 

16. Chame alguns amigos para participar também! 

Cássia, do Procurei em Sonhos 
Alisson, do Eita Já Li 

28 de maio de 2020

O Melhor Que Podíamos Fazer | Thi Bui


O Melhor Que Podíamos Fazer é uma autobiografia em forma de quadrinhos da autora e ilustradora Thi Bui. Aqui, ela explora sua história e de sua família antes, durante e depois da Guerra do Vietnã, um grande conflito armado que perdurou por vários anos, de 01 de novembro de 1955 até 30 de abril de 1975, data que culminou com a queda de Saigon. Essa foi a segunda das Guerras da Indochina, oficialmente travada entre o Vietnã do Norte e o Vietnã do Sul, lar da família de Thi Bui. O norte era apoiado pela União Soviética, China e outros aliados comunistas, enquanto o sul era defendido pelos Estados Unidos, Coreia do Sul e várias outras nações anticomunistas.

A narrativa é feita pela autora e possui uma construção muito interessante, principalmente porque ela mescla suas próprias memórias às memórias dos pais. Então, conhecemos tudo o que acontece com eles através de vários olhos, inclusive em uma época que Thi Bui ainda nem tinha nascido (o nascimento dela e de todos os irmãos foi muito complicado, pois passaram muitos anos em meio à pobreza extrema num país que beirava o caos). A vida deles sempre foi difícil, mas, com a queda do Vietnã do Sul, foram obrigados a procurar asilo em outro país. E foi assim que chegaram aos Estados Unidos, lugar de cultura totalmente diferente da que conheciam. 


Fui totalmente envolvida pelos relatos de Thi Bui. As histórias dos pais dela, principalmente do pai, Bô, me marcaram completamente. Durante a leitura, a sensação que eu tinha é que eu estava lá — daí vocês conseguem imaginar o quão intimista esse quadrinho é. Porém, o mais incrível de tudo é a forma como a autora mostra o impacto dos acontecimentos históricos na história de sua própria família, em várias gerações. Obviamente o período da guerra é o mais difícil e sensível de toda a narrativa. 

Também é incrível como a temática abordada em O Melhor Que Podíamos Fazer é relevante para os dias atuais. O fato da família ser obrigada a se refugiar em outro país por causa de conflitos políticos lembra muito a história de inúmeros refugiados de hoje. Além da questão política, muitos se veem forçados a deixar seus verdadeiros lares por motivos religiosos, violações de direitos humanos e até mesmo outras questões econômicas. São obrigados a largar toda uma história para trás por um direito básico, o de sobrevivência.


De fato, a obra de Thi Bui desperta inúmeras reflexões. Todo o contexto exige do leitor muita sensibilidade. As ilustrações são angustiantes na mesma proporção em que são lindas, bem como os diálogos, que são marcantes, mas extremamente tristes. Os relatos de como eles passaram a viver em uma sociedade repleta de preconceitos com os refugiados são particularmente dolorosos... Fiquei emocionada também ao perceber a empatia da autora em relação aos próprios pais, porque foi a partir da escrita desse livro que ela começou a entender que eles são o que são por causa das marcas que carregam.

Às vezes é uma tarefa muito complicada falar sobre livros como O Melhor Que Podíamos Fazer... Parece que a gente fala, fala, fala e não fala nada... Sinto que todos os parágrafos desse texto são compostos por palavras vazias que não conseguem mostrar de fato o que eu senti, o quanto essa narrativa é sincera e transcendente, o quanto transmite esperança apesar dos pesares. Ou talvez consigam... Na verdade, espero que vocês possam tirar minhas dúvidas quanto a isso.

Título Original: The Best We Could Do ✦ Autora: Thi Bui
Páginas: 336 ✦ Tradução: Fernando Scheibe ✦ Editora: Nemo
Livro recebido em parceria com a editora
Ajude o blog comprando o livro através do nosso link!

25 de maio de 2020

Lolita | Vladimir Nabokov


Lolita é um desses casos em que um livro transcende a barreira da literatura e se torna um elemento cultural com vida própria. Quem nunca ouviu falar de Lolita? O romance de Nabokov é, com certeza, uma das obras mais polêmicas e debatidas da literatura. Afinal, é impossível terminar de ler Lolita e não se sentir inclinado a conversar com alguém sobre o livro. E é isso que vim fazer aqui. 

Minha primeira leitura de Lolita foi há muitos anos, e sempre me deixou com aquele sensação de que eu não tinha absorvido tudo que essa história tem a oferecer. Então, decidi reler e, realmente, quanta coisa há nesse livro e quanta coisa precisa ser debatida.

Lolita já foi descrita como uma história de amor, de pedofilia e de obsessão. Os debates que o livro levanta são intermináveis e sempre rendem muito. Quero começar dizendo que não existe história de amor se uma das partes envolvidas tiver 12 anos. Eu concordo totalmente que Lolita é uma história sobre pedofilia e sobre obsessão, mas também acho que não para por aí. Tem muita mais coisa nessa obra.

Mas vamos do início. O básico a maioria das pessoas já deve saber: o livro é narrado por Humbert Humbert e se trata, na verdade, de uma confissão. No início do livro, o leitor já descobre que Humbert morreu na prisão enquanto aguardava julgamento por um crime, crime este que o leitor não sabe do que se trata, e deixou o livro pronto para ser publicado. Então, H. H. nos conta sua história pelo seu ponto de vista, é claro. E aqui nós temos a primeira grande questão desse livro: Humbert é, muito provavelmente, o narrador não confiável mais conhecido da história da literatura. Ele nos conta toda a sua história e narra como se tornou um pedófilo. E ele sabe que é um pedófilo. Porém, ele tem uma teoria bizarra sobre ninfetas: demônios que assumem a forma de meninas para seduzir homens mais velhos. E essas ninfetas costumam ter entre 9 e 14 anos. Olhem esse trecho:

[...] precisa haver uma lacuna de muitos anos, nunca menos de dez, eu diria, geralmente trinta ou quarenta, até noventa em raros casos, entre donzela e homem para que este possa ser vitimado pelo feitiço de uma ninfeta.

E é em cima dessa ideia que Humbert elabora seu depoimento, sempre argumentando que as ninfetas provocam os homens. E em determinado momento de sua vida, Humbert conhece Dolores, que ele chama de Lolita, a filha da sra. Haze, que aluga um quarto para Humbert. A partir daí, o leitor acompanha a obsessão de H. H. por essa garota e como esse ser maligno seduz o coitado do homem (contém ironia).

A coisa toda vai tomando uma proporção tão grande e tão assustadora que eu precisei ler essa história em pequenas doses. Minha revolta e meu nojo eram tão grandes que era difícil ler sem parar por muito tempo. Como eu disse, Humbert é um narrador não confiável, mas ele, em vários momentos, deixa escapar algumas informações que permitem que o leitor perceba (e só não vê quem não quer) que a menina está completamente desconfortável e infeliz.

Além disso, Humbert tem algumas falas que são de enlouquecer o leitor. Ele fala de si mesmo na terceira pessoa, se define como um homem muito bonito, que chama a atenção de mulheres e de ninfetas e discorre o tempo todo sobre como ele é um homem bom, que respeita as "crianças comuns" e que jamais agiria se não fosse provocado.

A escrita do Nabokov é realmente diferenciada e ele escreve de forma muito poética. O livro não é narrado de forma explícita, não se trata de um livro erótico como muitos pensam. Inclusive, algumas partes eu precisei reler várias vezes pra conferir se eu tinha entendido certo. Então, é realmente um livro que requer atenção. Eu não diria que é um livro de narrativa difícil, a narrativa é rebuscada sim, mas não difícil. Difícil é o conteúdo.

O livro tem quase 400 páginas e se manteve interessante do início ao fim. Eu não lembrava o desfecho da história, então, minha releitura foi empolgante como uma primeira leitura. No entanto, senti que o ritmo da história caiu um pouco no final e não foi tão interessante como o restante do livro pra mim.

Acompanhar os pensamentos de Humbert é torturante, e ver as coisas pelo ponto de vista dele chega a confundir a cabeça do leitor. É muito sutil a forma como a narrativa nos confunde. E tudo isso faz parte da genialidade dessa obra. O autor quer te confundir, quer fazer você sentir empatia por Humbert e, principalmente, quer fazer você colocar a culpa na Dolores. Por isso é um livro cansativo, , porque força o leitor a pensar, porque o leitor precisa parar a leitura a todo momento pra poder refletir sobre o que leu, e refletir de forma crítica e atenta, não basta apenas absorver o que o narrador diz.

Recomendo, mas com cautela. Se você é sensível a temas como pedofilia e abuso sexual, eu não acho que seja um boa escolha de leitura. Certamente, Lolita é um livro que marca a vida do leitor, então, se você está preparado e disposto a mergulhar na mente perturbada de Humbert Humbert, se joga!

Título Original: Lolita ✦ Autor: Vladimir Nabokov
Páginas: 392 ✦ Tradução: Sergio Flaksman ✦ Editora: Alfaguara
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22 de maio de 2020

Amor(es) Verdadeiro(s) | Taylor Jenkins Reid


Taylor Jenkins Reid é uma autora que tem feito bastante sucesso no universo literário, principalmente depois do lançamento de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo. Eu não li muitos livros dela, mas absolutamente todos que foram lançados no Brasil até hoje são bem avaliados. O real motivo de eu ter desejado tanto ler Amor(es) Verdadeiro(s) era confirmar se essa autora é realmente tudo isso. E ela é.

A história criada por Jenkins Reid nesse livro é doida na mesma intensidade que é clichê. Sei que muitos de vocês já vão ficar desanimados depois dessa minha afirmação, mas eu sempre gosto de lembrá-los que ser clichê não é um defeito, pelo menos não quando ele é bem desenvolvido. Aí que entra a maior qualidade dessa autora, saber desenvolver extremamente bem qualquer enredo. 

Então, o que temos aqui é uma protagonista chamada Emma Blair, que foi casada com o amor da sua vida desde o colégio, Jesse Lerner, aquele atleta lindo que todas as garotas desejam. Vocês não leram errado, ela realmente foi casada: exatamente um ano após o casamento, Jesse faz uma viagem de trabalho para o Alasca e o helicóptero em que estava viajando cai no meio do oceano. Emma fica desolada, passa meses sem conseguir viver direito, sofrendo a perda do seu único e verdadeiro amor, até que consegue seguir em frente. 

Emma volta a morar em sua cidade Natal, passa a tomar conta da livraria da família e sente que está voltando a viver de verdade. Numa enorme coincidência do destino, Emma reencontra Sam, um amigo dos tempos de escola, que faz com que ela volte a acreditar no amor, acreditar que a vida está te dando uma outra chance. É acreditando nisso que ela se entrega para Sam e resolve se casar com ele. Tudo vai muito bem, obrigada, até que ela recebe uma ligação. É Jesse, o marido morto que não está tão morto assim. Nem preciso falar mais nada, né?

A primeira coisa que eu preciso falar para vocês é que fiquei impressionada com a habilidade de Taylor Jenkins Reid de transmitir, através das páginas, a angústia da protagonista. Ela ainda ama Jesse (nunca deixou de amá-lo, na verdade), mas também ama Sam, então ela simplesmente não sabe o que fazer e a gente consegue sentir isso com ela. A autora mescla a narrativa entre passado e presente, de forma a nos fazer conhecer um pouco da história de Emma, Emma & Jesse e Emma & Sam. Obviamente esse método nos faz escolher um lado, e eu sou totalmente #TeamSam

O mais engraçado de tudo é que, apesar de entender os sentimentos de Emma, eu senti muita raiva dela em inúmeros momentos e mais raiva ainda de várias decisões que ela tomava no decorrer do caminho. Só depois eu percebi que meus sentimentos foram esses justamente pelo fato de eu já ter tomado o partido do Sam, desde o começo. Mesmo quando estávamos acompanhando a adolescência deles ou início do relacionamento entre Emma e Jesse, não consegui gostar dele de fato e tudo piorou quando ele simplesmente ressurgiu das cinzas achando que estava tudo bem a Emma largar tudo o que ela tinha construído depois que ele desapareceu. Sentimentos muito conflitantes, porque apesar de sentir isso, eu entendia muito bem que o tempo parou para ele e ele simplesmente queria continuar de onde tinha parado. 

O principal motivo de Amor(es) Verdadeiro(s) prender desde o início é o desejo que a gente tem de saber quem ela vai escolher, só que a narrativa ajuda demais nesse contexto, porque eu não sentia as páginas passando. A sensação que eu tinha era que eu tinha lido meia horinha, mas do nada já tinha avançado 20%, 30% na leitura. O final pode até ser previsível, mas a forma como Jenkins Reid chegou até ele foi inusitada — e um pouco incômoda para mim, pois não concordei com algumas atitudes de Emma —, não consigo tirar esse mérito dela. 

Sim, o que move a leitura pode até ser o triângulo amoroso, mas o livro em si não é sobre ele. É sobre Emma Blair & como ela conseguiu superar uma perda enorme, sobre o amadurecimento e desenvolvimento da personagem após essa perda e, principalmente, sobre como ela descobriu quem era de verdade. Após Amor(es) Verdadeiro(s), entendi o porquê de tanto entusiasmo acerca da Taylor Jenkins Reid. E confesso que me juntarei a esse alvoroço. 

Título Original: One True Loves ✦ Autora: Taylor Jenkins Reid
Páginas: 353 ✦ Tradução: Alexandre Boide ✦ Editora: Paralela
Livro recebido em parceria com a editora
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20 de maio de 2020

Cinema: Minha História

Título Original: Becoming
Ano: 2020
Direção: Nadia Hallgren
Duração: 90 min
Gênero: Documentário

Minha História é a segunda parceria dos Obamas com a Netflix e acompanha os bastidores da turnê de Michelle para seu livro em 34 cidades diferentes. Destacando o poder da união entre a comunidade  durante os 8 anos de seu mandato e o de seu marido e o poder da conexão quando ouvimos histórias, o longa conta uma parte da jornada da advogada, escritora e ex-primeira-dama dos Estados Unidos.


Michelle Obama foi é a única primeira dama negra da história dos Estados Unidos. E isso é de longe apenas um dos feitos incríveis da vida de uma mulher dona de uma força e talentos arrebatadores. Após anos de Princeton e Harvard, tornou-se uma das advogadas mais renomadas nas firmas estadunidenses, onde conheceu Barack Obama e, bom... Se você conhece um pouco de política internacional sabe que deste ponto até o ponto em que foi mãe na família mais importante do mundo por 8 anos, existe uma trajetória cheia de altos e baixos. E essa é a história incrível contada no livro e documentário homônimo. Chorei, sorri e me inspirei muito. E tem mais sobre minha opinião no vídeo abaixo!


A resenha completa do livro Minha História, autobiografia de Michelle Obama, pode ser lida aqui. O livro fez tanto sucesso que se tornou o mais vendido nos formatos físico e e-book na Amazon, durante 47 dias consecutivos, quebrando o record de Cinquenta Tons de Cinza.

18 de maio de 2020

Tudo o que Nunca Contei | Celeste Ng


"Lydia está morta. Mas eles ainda não sabem disso. Dia 3 de maio de 1977, seis e meia da manhã, ninguém sabe nada a não ser por este fato inofensivo: Lydia está atrasada para o café da manhã": assim começa Tudo o que Nunca Contei, romance de estreia da norte americana filha de chineses, Celeste Ng. Levando o leitor a acreditar que se trata de um romance policial, um thriller, Celeste entrega muito mais, ela nos presenteia com uma história complexa, emocionante e cheia de camadas.

Esse livro está naquela categoria de livros que são muito mais do que parecem ser. Enquanto uma investigação é feita para tentar descobrir o que aconteceu com Lydia, acompanhamos a família dela desmoronar. E ao mesmo tempo que vemos os membros da família Lee tentando lidar com essa perda, conhecemos um pouco mais cada um: o pai, James, a mãe, Marilyn, o irmão mais velho, Nath, e a irmã caçula, Hannah, todos orbitando ao redor de Lydia, o centro e o pilar da família Lee.

Pra mim, o mais significativo dessa história é o drama familiar, é conhecer como essa família estava configurada e perceber como a ausência de uma pessoa pode mexer com todo o resto. Mas ainda tem mais: a história oscila no tempo e nos conta sobre as vidas de James e Marilyn, desde a infância, passando por quando se conheceram e mostrando todo o desenvolvimento do relacionamento deles. James e Marilyn deixam de ser apenas os pais de Lydia e são mostrados como realmente são, pessoas completas, com suas próprias inseguranças e potencialidades. E nesse ponto a autora insere ainda mais camadas em sua história.

Passado e presente aparecem para mostrar porque as pessoas são como são, porque Marilyn coloca tantas expectativas em cima da vida profissional de Lydia, porque James quer tanto que Lydia seja uma garota comunicativa e popular e porque Nath e Hannah são apenas coadjuvantes nessa família. O livro é narrado em terceira pessoa e alterna os pontos de vista, então, conhecemos todos os membros dessa família, seus pensamentos e emoções. Os pontos de vista de Nath e Hannah são riquíssimos e muito emocionantes. É extremamente difícil um livro me fazer chorar, e esse fez, em uma passagem que envolve Marilyn e Hannah.

Os cinco membros dessa família são explorados e todos recebem o espaço que merecem. São todos muito reais e palpáveis, inevitavelmente despertando empatia nos leitores. Marilyn tem uma história de vida muito interessante e, sendo mulher, é difícil não se identificar com ela, James também é real em todas as suas falhas e inseguranças. A Hannah dilacerou meu coração e eu só queria pegar aquela menininha no colo e abraça-la forte. Assim como Hannah, Nath é forte e tem um coração tão puro... E o que dizer de Lydia e sua gritante solidão? Tudo o que Nunca Contei é um livro que dói, dói ler, dói pensar nele e dói se identificar.

Como se já não fosse o suficiente, a autora ainda trouxe reflexões e debates de cunho social para o livro, sobre preconceito racial e de gênero, mostrando como era a vida de imigrantes chineses nos Estados Unidos e como era para as mulheres que não queriam ser donas de casa nos anos 40 e 50. Não quero revelar a forma como isso acontece, mas, a história consegue explicar os erros de James e Marilyn enquanto pais de uma forma muito tocante, ao mesmo tempo que não os exime de seus erros.

Não me recordo de já ter lido um livro que tratasse o preconceito racial contra chineses. Geralmente, o racismo é associado aos negros. Então, a autora mostrou uma perspectiva pouco conhecida pela maioria de nós, e com conhecimento de causa, afinal, Celeste é filha de chineses. Os debates sobre machismo e sexismo também são muito interessantes, a autora trás reflexões sobre o "lugar da mulher" e sobre como era (e continua sendo) difícil romper essas expectativas sociais a respeito de como uma mulher deve ser, o que deve fazer e quais devem ser suas prioridades na vida.

Acho que todas as pessoas já se sentiram pressionadas com as expectativas alheias, e esse também é um dos temas que essa história trabalha: expectativas, sejam elas sociais ou familiares. Tudo o que Nunca Contei tem aquele caso clássico dos pais que projetam no filho o que eles gostariam de ter sido. E ver como isso pode ser avassalador na vida de alguém é muito triste.

Então temos: investigação, drama familiar e psicológico e temáticas sociais em um livro de 300 páginas, com uma narrativa fluída e envolvente. Eu devorei esse livro, é simplesmente impossível parar de ler. A edição também está lindíssima, a capa é muito bonita e tem tudo a ver com a história e a diagramação está ótima. Já é uma das minha melhores leituras de 2020 e um dos meus favoritos da vida. Celeste Ng entrou no meu radar e vou ficar de olho em tudo o que ela escrever. Não é sempre que encontramos autores que conseguem unir mistério, drama, bom desenvolvimento de personagens, reflexões sociais, complexidade narrativa e fluidez em uma única obra.

Título Original: Everything I Never Told You ✦ Autora: Celeste Ng
Páginas: 304 ✦ Tradução: Julia Sobral Campos ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora
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15 de maio de 2020

Promoção: Onze Anos de Procurei em Sonhos!


Hoje o Procurei em Sonhos está completando 11 anos! Parece que foi ontem que ele era uma criança de dez aninhos, né? Agora já é quase um pré-adolescente... Como estamos passando por um momento delicado, o sorteio será mais prático para comemorarmos essa data tão especial: o prêmio é um livro de até R$ 50,00 no site da Amazon! E para participar é só preencher o formulário do Rafflecopter, se atentar as regras e cruzar os dedos!

Regras e considerações
- Será apenas um ganhador;
- É necessário preencher as entradas obrigatórias para validar a participação no sorteio;
- O sorteio vai de 15/05/2020 até 10/06/2020 e o resultado será divulgado até o dia 15/06/2020;
- O sorteio será realizado pelo aplicativo Rafflecopter;
- Não serão aceitos perfis utilizados unicamente com fins promocionais;
- É obrigatório ter endereço de entrega no Brasil;
- O prêmio será um livro de até R$ 50,00 no site da Amazon;
- O valor do prêmio não poderá ser convertido em dinheiro;
- O prêmio não poderá ser transferido para outra pessoa;
- A pessoa sorteada terá o prazo de 72 horas para responder o e-mail com os dados necessários para o envio do prêmio (nome, CPF e endereço completo);
- Caso o vencedor não responda o e-mail dentro do prazo estabelecido, um novo sorteio será realizado e a pessoa estará automaticamente desclassificada;
- Após a confirmação do recebimento dos dados pelo Procurei em Sonhos (item acima), a pessoa sorteada deverá encaminhar em até 30 dias as informações do livro que escolheu no site da Amazon. O blog Procurei em Sonhos terá até 60 dias para realizar o envio do prêmio.
- O blog Procurei em Sonhos não se responsabiliza por extravio, danos no pacote ou endereço de entrega inválido;
- Em caso de dúvidas, entrar em contato através do e-mail contato@procurei-em-sonhos.com

a Rafflecopter giveaway

13 de maio de 2020

Todo Dia a Mesma Noite | Daniela Arbex


Todo dia a Mesma Noite é um livro difícil de ser lido.

Eu tenho lembranças de alguns casos brasileiros na minha memória, sendo eles o Caso Isabella Oliveira (Nardoni); Eloá (até hoje eu sinto um frio na espinha porque o prédio de onde ela saiu morta eram iguais ao do vizinho ao que eu morava na época) e o da Boate Kiss. É muito assustador você acordar e ligar a TV e ver todos os canais falando de uma coisa, porque isso sempre indica tragédia. E a verdade é que ninguém tinha a menor noção do nível de tragédia da Kiss.

Os aparelhos tocavam juntos e cada telefone tinha um som diferente. Muitos tocavam conhecidas músicas sertanejas, outros, forró e até o repertório tradicional gaúcho. Na maioria dos casos, porém, o visor indicava a mesma legenda: "mãe", "mamãe", "vó","casa", "pai", "mana" (...) quando finalmente amanheceu em Santa Maria, um dos celulares contabilizava quase 150 ligações não atendidas. (...) O protocolo de urgências e emergências impede de qualquer pessoa no local de um acidente atenda ao celular dos envolvidos.

O incêndio na boate é considerado o segundo maior na história do Brasil, com 242 vítimas fatais e 680 feridos na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria no Rio Grande do Sul. A maioria das vítimas não morreu queimada, mas sim intoxicada/asfixiada, já que a fumaça que se espalhou na boate era extremamente tóxica. E o pior é que demoraram pra descobrir isso, afetando também a vida dos sobreviventes que ficaram com problemas respiratórios.

O livro de Arbex traz relatos desde as famílias que perderam seus filhos até da bombeira Liliane Dutra que estava no Centro Esportivo de Santa Maria coordenando a identificação dos corpos sob condições que deixavam o ar com mal cheiro e o espaço muito abafado. Jovens que planejavam celebrar aniversários, conclusões de cursos — já que Santa Maria é uma cidade universitária — ou simplesmente dançar em um sábado a noite.

Na prática, os frequentadores da Kiss foram envenenados pelo mesmo gás letal usado nas câmaras de gás construídas nos campos de concentração nazistas, entre eles Auschwitz, na Polônia, durante a segunda guerra mundial. A associação do cianeto com o monóxido de carbono potencializou o efeito do envenenamento, que resultou em alteração no estado mental dos frequentadores da boate, perda de consciência, colapso cardiovascular seguido por chique, edema pulmonar e morte.

Foi quase impossível não soltar uma lágrima ou duas entre os capítulos. A autora fez um trabalho excelente ao mostrar as emoções e a humanidade de quem sofreu com a irresponsabilidade do homem.

Também temos partes enfurecedoras quando Arbex entra na questão dos processos criminais que hoje, 2020, ainda não aconteceram. Na época do incêndio, em 2013, a culpa era jogada pra todos os lados, sobrando processo de difamação e calúnia até para os pais — sim, que perderam seus filhos na tragédia — vindas do Ministério Público que se sentiu ofendido por ouvirem que eles não estavam fazendo um trabalho justo e digno. O dono da boate e seus sócios até hoje tentam empurrar a culpa pra cima dos bombeiros e pro MP. O MP joga pros pais e os bombeiros sofrem por terem sido acusados de coisas inimagináveis.

Quando a casa noturna incendiou, mas de três depois da abertura do inquérito (pra investigar poluição sonora), ele ainda estava em andamento. Com o incêndio, acabou sendo arquivado em função da perda do objeto da ação. O fato é que só em 2009, a Kiss foi multava cinco vezes por descumprimento de exigências legais. Apesar disso, continuou aberta.

Um bola de neve cheia de faltas governamentais, funcionamento da boate sem regulamentações obrigatórias — que escaparam nos processos burocráticos? — e a cobiça de empresários que estavam funcionando naquela noite muito, mas muito acima mesmo da capacidade do prédio físico. Tudo isso transformou o incêndio na Kiss em uma tragédia nacional e internacional que traz feridas abertas até hoje que não se cicatrizam.

Sinceramente, eu não sei como escrever essa resenha. Da parte literária, eu aplaudo de pé o trabalho de Arbex feito com respeito e apuração dos fatos. É um livro pesado pelo tema, mas de leitura fácil. E quem tem o protagonismo aqui é quem merece.

Meu coração ficou pesado com a realidade da injustiça. O responsável por acender o fogo de artifício que deu início ao incêndio iria ao tribunal do júri em março, mas com a pandemia do Coronavírus foi movido para o segundo semestre.

Na prática, a Kiss ficou aberta durante 42 meses e 27 dias. Nesse período, por 31 meses, funcionou sem o alvará sanitário, incluindo o dia da tragédia. Por vinte meses, funcionou sem a licença de operação ambiental. Por dezessete meses, funcionou sem o alvará de prevenção e proteção contra incêndio. Por sete meses funcionou sem o alvará de localização.

Os outros réus no processo, que incluem o dono da boate e sócios, irão também a julgamento, mas sem data prevista. Todos são indiciados por dolo eventual (quando o réu imputado não queria cometer crime/gerar o resultado criminoso, mas assumiu o risco de), homicídio doloso das 242 vítimas fatais. Acho que só quem ler vai conseguir entender a dificuldade de me expressar na resenha.

Título Original: Todo Dia a Mesma Noite ✦ Autora: Daniela Arbex
Páginas: 248 ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora
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10 de maio de 2020

TAG: Frases de Mãe


Como em todos os anos, queria trazer algum post especial aqui para o Roendo Livros em comemoração ao dia das mães. Pensei em várias coisas, até fazer um textinho especial, mas no fim achei essa tag super legal que exprime direitinho nossas mães — sim, tenho certeza que a de vocês também, porque toda mãe já falou alguma dessas frases pelo menos uma vez na vida. Acabei dando uma adaptada para ficar mais dinâmica, mas tag original foi criada pela Taty do Coleções Literárias e pelo Marcio do Um Baixinho nos Livros.

1) "Se você falar isso de novo, te arrebento os dentes!": um livro que você não suporta que falem mal.


Se um dia eu falei mal de Crepúsculo é mentira, juro! Se tem uma coisa que eu odeio é quando falam mal dessa série e, pior, quando ficam enchendo o saco de quem ainda gosta! Agora vocês me respondam sinceramente: que culpa eu tenho de gente que envelhece e fica amarga a ponto de não gostar mais de Crepúsculo?

2) "Se você correr vai ser pior!": um livro que você corre dele, mas sabe que um dia vai ter que ler.


Na Natureza Selvagem é um dos livros mais antigos da minha estante e até hoje eu não li. Acontece que sempre existem outros livros que preciso dar preferência, então ele segue esquecido. Mas a hora dele um dia vai chegar! rs

3) "Você não é todo mundo!": um livro que todo mundo gosta, menos você.


Não é que eu odeie Todo Dia, mas não acho que ele merece esse sucesso todo que faz. Para falar a verdade, ele é mais monótono que tudo, então li achando meio "bleh". Também não tive curiosidade em ler os outros sobre esse mesmo universo.

4) "Tá chorando sem motivo por que? Pera aí que eu vou te dar motivo para chorar!": um personagem tão dramático que chega dar raiva.


Escolhi um personagem de uma leitura bem recente, o Colin Craven de O Jardim Secreto. Além de dramático, é birrento, mimado e se acha o rei no Universo. Não tive um pingo de paciência com ele, tanto que nem quando ele deu uma melhoradinha consegui gostar dele.

5) "Não fez mais que sua obrigação!": um livro que você leu por obrigação.


Dá pra citar qualquer livro que a gente lê na escola, né? Mas escolhi Lucíola porque foi um dos poucos que gostei de verdade. Lembro que quase morri de chorar o livro quase inteiro e nem liguei de ter que fazer prova depois.

6) "Se eu for aí e achar, esfrego na sua cara!": um livro que você emprestou e nunca mais voltou.


Antigamente era um parto pra eu emprestar algum livro, mas agora não ligo tanto mais pra isso. Acho que os livros têm que rodar mesmo, não faz mais sentido na minha cabeça deixar eles parados tomando poeira. Só que é bem triste quando a gente empresta e não devolvem ou devolvem estragado, né? O que aconteceu com O Último Adeus, um dos meus livros preferidos, é que não lembro pra quem eu emprestei, então nunca mais vi. Ainda bem que consegui comprar outro, se não teria ficado bem mais triste.

A homenagem é simples, mas de coração. Aliás, contem pra mim aqui nos comentários qual frase — alguma dessas ou qualquer outra que seja marcante para vocês — é a mais dita pela mãe de vocês, vou adorar saber!

8 de maio de 2020

O Grande Livro dos Gatos | Vários Autores


Livros de contos não costumam entrar com frequência no meu repertório. Não é que eu não goste, mas dou total preferências para histórias mais longas, com mais tempo de desenvolvimento, o que não é o propósito dos contos. Porém, como admiradora de gatos que sou, não podia deixar de dar uma oportunidade para O Grande Livro dos Gatos, o que foi muito bom, porque acabei aproveitando bastante a leitura. 

Nessa coletânea foram reunidos 17 contos clássicos de autores muito conhecidos por nós, como Lucy Maud Montgomery — ela mesma, a criadora da tão amada Anne de Green Gables —, Charles Perrault, Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft e Arthur Conan Doyle, por exemplo. Então, sim, temos autores de gêneros diferentes escrevendo sobre esses bichanos que tanto amamos.

É sempre uma tarefa bastante complicada falar sobre contos, porque qualquer coisa que a gente fala pode ser spoiler, então só me resta falar sobre os meus sentimentos durante a leitura. Apesar de falar no parágrafo acima sobre gêneros diferenciados, acredito que o foco de O Grande Livro dos Gatos é a fantasia, com um pouco de mistério e terror. Eu adoro fantasia, mas fico um pouco desconfortável com coisas mais sombrias e macabras. Por exemplo, o conto de Edgar Allan Poe, O Gato Preto, me deixou até com um pouco de medo, rs. 

Em compensação gostei especialmente das duas histórias de Edith Nesbit, A Fase Felina de Maurice e A Gata Branca. Ambos são bem levinhos e carregam um tom de fábula muito agradável e nostálgico. E por falar nesses sentimentos, impossível não citar O Gato de Botas, conto de fadas tão presente na infância de várias pessoas, inclusive na minha. Fiquei deveras feliz, porque são sensações como essas que gosto de ter ao ler um livro. 

Com exceção de dois ou três contos, O Grande Livro dos Gatos me agradou bastante, algo que não esperava em tamanhas proporções, diga-se de passagem. Apesar de carregar narrativas bem distintas, elas possuem algo em comum: agilidade na escrita. A gente mal pisca e o livro já terminou. Ah, além disso, de alguma forma, todos exaltam esses habilidosos e astutos felinos.

Título Original: O Grande Livro dos Gatos  ✦ Capa e Ilustrações: Ale Kalko
Páginas: 216 ✦ Preparação: Cristina Yamazaki ✦ Editora: Alfaguara
Livro recebido em parceria com a editora

6 de maio de 2020

Promoção: Aquele em que Ana faz UM ANO de idade


Hoje é o aniversário do blog da Ana, que escreve resenhas muito legais pra gente aqui no Roendo Livros. É claro que para ela essa data tem um significado ainda mais especial, porque também é aniversário Archie Harrison, filhinho da Meghan Markle e do Príncipe Harry. Para quem não sabe, ela é superfã dessa família, então é motivo para festejar em dobro! Mas enfim, essa introdução inteira foi só para avisar para vocês que tá rolando sorteio de comemoração!

O sorteio tá rolando no Instagram do Aquele em que Ana e são dois prêmios muito legais: um funko de biscuit personalizado do @sonhosateliemodelando (sim, o ganhador vai poder escolher qualquer um que quiser) + um vale de R$30 pra comprar o livro que quiser na Amazon, presente do Roendo Livros.

Todas as regras de participação vocês podem conferir no post oficial da promoção, abaixo. Boa sorte a todos e qualquer dúvida é só gritar nas redes sociais do blog!







✨ S O R T E I O ✨ ⠀ Hoje Archie Harrison e o Aquele em que Ana completam um ano de idade, mas quem vai ganhar o presente é você!⠀ ⠀ Pra comemorar o aniversário do blog me juntei a duas pessoinhas para sortear algo bem especial e legal pra você que me acompanha por aqui. ⠀ Os prêmios são: ⠀ ✨ um funko de biscuit personalizado do @sonhosateliemodelando (sim, você vai poder escolher de quem você quer ❤️, a imagem ilustra alguns dos meus!); ⠀ ✨ Um vale presente de R$30 na Amazon da @anadoroendo. ⠀ As regras são as seguintes: ⠀ 💫 Seguir os perfis: @aquelemqueana @sonhosateliemodelando @anadoroendo @belapsicose.podcast ⠀ 💫 Curtir a foto oficial (essa aqui mesma);⠀ ⠀ 💫 Comentar marcando 3 amiguinhos - quantas vezes você quiser, só não repete os @ (não valem perfis famosos, de lojas ou fakes). ⠀ O sorteio vai ser realizado no dia 6 de junho, ou seja, você tem um mês pra participar e torcer. As entradas serão permitidas até 12h do dia 6/6. O resultado sai nos stories aqui do blog! Tenha endereço de entrega no Brasil. ⠀ Todas as regras serão checadas!⠀ ⠀ Esse sorteio é de fim recreativo 😊.
Uma publicação compartilhada por Aquele Em Que Ana (@aquelemqueana) em

5 de maio de 2020

Frank e o Amor | David Yoon



Frank Li não é um norte-americano comum. Ele é um filho de coreanos que migraram para a Califórnia na década de 1980. Por isso, toda a sua vida foi composta de inúmeros compromissos sociais com outros imigrantes coreanos, alimentação oriental e o pior... uma redoma muitíssimo dotada de preconceito. Aos desavisados fãs de k-culture: sul-coreanos podem ser pessoas bastante preconceituosas. Com negros, latinos e qualquer outro ser humano que não tenha olhos puxados, pele clara, e fluência nativa em coreano. Em Frank e o Amor, o preconceito coreano  e a incapacidade dos Sr. e Sra. Li aprisionam a vida amorosa do secundarista prestes a se mudar para o outro lado do país. 

Nos primeiros capítulos, Frank e Q querem fazer valer seu último ano de ensino médio, se apaixonarem e se arriscarem como dois nerds que nunca antes apostaram no amor. Frank e Q estão sempre juntos, e apesar de ser negro, a família Li o aceita bem. E é nesse momento que eles conhecem, na turma de cálculo avançado, Brit Means. Uma garota perfeita, o clichê americano disposta a fazer um trabalho em dupla com Frank. E como bons secundaristas em busca de aventura, logo as fagulhas de um relacionamento proibido começam a queimar. A família Li é incapaz de aceitar o namoro com uma garota branca, por isso, Frank recorre à Joy.

Desde pequeno, Frank frequenta a casa de Joy para reuniões de seus pais, conversam bastante, mas se ignoram na escola. Mantêm a relação apenas na frente da família. Mas agora ambos namoram com cônjuges que suas famílias jamais aceitariam, assim eles começam a forjar um namoro para poder manterem seus relacionamentos reais intactos. Você deve ter imaginado um final clichê e feliz, certo? Errado! David Yoon passa pelo final clichê 100 páginas antes do fim e a partir dali começa o verdadeiro final inesperado, de tirar o fôlego e arrancar lágrimas de quem já passou pela ruptura de se mudar para bem longe para fazer faculdade. A doçura das cenas me lembrou Cidades de Papel e o tempo todo nas últimas páginas, parecia estar tocando Smile, do Mikky Ekko na minha cabeça (trilha sonora do filme baseado na obra de John Green).

Antes de começar a leitura, eu não sabia que traria minhas temáticas preferidas: cultura coreana e último ano do ensino médio. No quesito cultura coreana, enquanto os romances de Frank desenrolam-se, existem passagens em primeira pessoa explicando as numerologias de nomes coreanos, a sua alimentação, hábitos de consumo e o estilo trabalhador exaustivo dos adultos da terra do k-pop. Foi uma imersão completamente diferente do que é entregue em doramas ou clipes de k-pop. Além disso, a temática do último ano do ensino médio, aquele clima de "agora ou nunca" que eu amo desde As Vantagens de Ser Invisível, está lá. Enquanto Frank e Q enviam suas cartas de motivação  prestam vestibular, muitas emoções acontecem e as explicações sobre porque escolher Harvard ou MIT nos imergem também na cultura estadunidense. Ou seja: Frank e o Amor é uma viagem intercontinental gratuita. 

Apesar das comparações com outras grandes obras da literatura infanto-juvenil contemporânea, "Francamente apaixonado" (tradução literal do título original, bem melhor que a oficial, em minha opinião) é um livro doce, apaixonante, leve, com cenas que estarão gravadas na minha cabeça sempre que lembrar. Noites no parque de diversões no píer, momentos secretos em estacionamentos vazios e demais ambientações incríveis. Por fim, uma narrativa em primeira pessoa que nos faz perceber, que quando nos apaixonamos, tudo o que queremos é leveza e paz para viver aquele sentimento até o momento em que perde o sentido e ambos tem que seguir novas rotas.

Título Original: Frankly in Love ✦ Autora: David Yoon ✦ Páginas: 400
Tradução: Lígia Azevedo ✦ Editora: Seguinte
Livro recebido em parceria com a editora
Ajude o blog comprando o livro através do nosso link!

3 de maio de 2020

TAG: Quarentena


Sempre gosto de responder tags quando tô meio desanimadinha com as leituras, porque volto a ficar animada com o mundo literário. Gostei da tag da Quarentena em específico porque ela consiste em mostrar alguns livros que podem distrair a cabeça dos leitores nesse momento tão difícil que estamos passando. Quem me indicou foi a Mika, do blog Capítulo Treze, mas a criadora é a Kabook TV.

1) Você acaba de se trancar em casa e não sabe por onde começar: indique o primeiro livro de uma série que te deixará preso neste mundo até o último volume.


Engraçado que só percebi que não tenho lido muitas séries quando entrei no Skoob para procurar uma indicação recente para vocês. Não é exatamente o primeiro volume de uma série, mas Graça & Fúria faz parte de uma duologia que me conquistou por completo!

2) Hora de experimentar uma leitura diferente: indique um livro que te tirou da zona de conforto.


Vocês sabem muito bem que o que eu gosto mesmo são histórias bem adolescentes, um romancinho água com açúcar e etc, então Como Conversar Com Um Fascista com certeza foi uma leitura fora da minha zona de conforto. Inclusive é um indicação ótima para os tempos em que estamos vivendo, rs. 

3) Você já superou todas as suas expectativas e se sente um leitor ávido: indique um livro do seu gênero favorito.


Gosto particularmente de livros voltados para o público jovem adulto ou que têm adolescentes/jovens como protagonistas. As Três Partes de Grace é sobre três irmãos que buscam respostas sobre sua mãe biológica. Mexeu tanto comigo que se tornou um dos favoritos de 2019.

4) Esta é a sua quarta leitura e você já está sentindo os primeiros sintomas da ressaca literária: indique um livro que vai te curar desse mal.


Nada melhor que um livro levinho e bem engraçado pra tira a gente de uma ressaca literária. A Camila Fremder é muito engraçada e tem o poder de fazer a gente se identificar com qualquer coisa que ela escreve, por isso escolhi Adulta Sim, Madura Nem Sempre para esse item. Inclusive, sigam a Camila no Instagram para vocês darem boas risadas.

5) O fim da ressaca chegou! Seu diagnóstico de animação para ler está mais forte do que nunca: indique um livro que faça você lê-lo em um único dia, do início ao fim! 


Se você gosta de livros estilo O Diário da Princesa, com um enredo digno de filmes da Sessão da Tarde — e sim, isso foi um elogio —, O Reino de Zália é perfeito para você. Dá pra ler em um dia justamente por causa do enredo leve e gostosinho, eu mesma levei poucas horas para concluir a leitura.

6) Sua quarentena está em reta final e você precisa renovar sua animação na leitura: indique um livro 5 estrelas e favoritado!


A maioria das pessoas que eu conheço não é muito de ler quadrinhos, mas se você tá a fim de começar ou quer uma indicação de um muito bom: Rosalie Lightning. É muito, muito bonito, mas também é extremamente triste. É meu quadrinho preferido porque me emocionei muito durante a leitura.

7) Para fechar sua quarentena com chave de ouro, nada melhor do que uma leitura impactante: indique um livro que superou suas expectativas!


O Labirinto do Fauno superou minhas expectativas porque Cornelia Funke conseguiu captar perfeitamente a essência do filme. Essa mulher é maravilhosa, meu Deus do céu. Às vezes fico chocada ao lembrar que ela não usou o roteiro como base, simplesmente assistiu ao filme inúmeras vezes. Tem que ser muito boa mesmo pra fazer uma coisa dessas.

8) Nada de abraçar o amiguinho: indique um amigo para responder a TAG e se proteger dos males do mundo.

Nati, do Ei Nati 
Alessandra, do @indecisoes_literarias
Cássia, do Procurei em Sonhos